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Único alimento… Porra! Parte 2

886 palavras | 3 |3.91
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Ana Maria só banhava nocórrego. O saco de pano a vestia… mais furos do que lhe tampava as partes. Calcinha… Nunca viu. Arrumei tudo… Grande dia!

Fiquei feliz com a repercussão da parte 1. Espero melhorar. Opinem! Quero oferecer o melhor conto!
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Renato foi chamado em um final de semana. Mandou cancelar a agenda com a secretária de toda sexta a tarde. No zap o protesto dos pacientes, mas a forma intrigante da sobrevida de Ana Maria o maravilhava mais que as necessidades de seus fúteis clientes que tudo tinham e nada os satisfazia. Porém a profissão o obrigava a escutar as marmotas!
Zé, antes de falecer, deu a Ana Maria uma função. Ela era responsável por levar água aos peões na lida. Ele tinha ciência de que quem alimentava sua sobrinha não poderia passar sede. Homem bem hidratado dava mais porra a ela e tudo isso foi passado à pequena que cumpria com a tarefa com presteza e qualidade.
Andava vários quilômetros. Dava água a todos e como prêmio se alimentava. Amava o que fazia. Aquilo era sua subsistência. Zé nunca perguntava se ela tinha tomado café, almoçado, lanchado e/ou jantado. Se recebia um agrado de comida dos homens guardava numa sacolinha suja que trazia sempre no braço para os cães. Amava os amigos caninos.
Muitas vezes eles é quem lhe dava a maior parte de sua nutrição diária.
Passava muita gente diferente pela fazenda e nem sempre os machos entendiam que a menina não via o ato de arrancar leitinho de tora com cunho sexual, contudo o fazia por fome.
A morte de Zé não mudou sua rotinha. Havia se transformado na rainha da bronha e do boquete. Um peão passava a mensagem ao outro e acabava todo mundo concordando com a forma estranha de vida da pequena.
Era uma troca justa. Ela se recusava a comer outra coisa. O que mais importava era ser mais bela que suas primas.
As bocas falam. Diziam que Ana Maria era virgem pq Zé tinha o pinto pequeno. Inclusive essa informação me foi confidenciada por Maria do Rosário. Acabou a mulher se tornando minha amante por nunca se satisfazer com a piroquinha do finado José da Silva. Mal servia para ejacular na beirada de sua buceta e lhe dar as filhas. Para a boquinha de Ana Maria isso era perfeito. Todo dia Zé gozava para Ana beber. Não faltava água para Zé, por isso sua gala era tão doce!
Perguntei a Maria do Rosário se lhe pagando poderia dar um banho decente em Ana Maria. A velha amante cobrou um preço exorbitante. A menina era arredia e nunca queria tomar banho no chuveiro, pois tinha o córrego no fundo da roça para tirar a catinga da priquitinha e do cu que nunca percebeu um papel higiênico. Rosário disse que teria que amarrar pés e braços de Ana. Concordei.
Fui a cidade e comprei escova de dente, calcinhas, um par de sapatos de menina, vestido, shampoo, Lysoform – para um banho perfeito -, hidratante e perfume de Alfazema. O rapaz do balcão me sugeriu condicionador, mas com tão pouco cabelo que ela tinha preferi comprar uma máquina pra passar e deixar no zero. Assim o fiz.
Renato me acompanhava besta. Seria uma festa e tanto! Eu estava empolgado. Não sabia como agir. Seguiria as recomendações de Renato, pois ele era o especialista na mente humana.
Cheguei na fazenda e mandei tudo para Rosário. Mandei Tonhão ajudar Rosário catar Ana Maria no laço. Ela parecia saber que algo estava estranho e não se aproximava da casa grande. A corda poderia a machucar, por isso chamamos vários homens para fazer um cerco de forma que ela fosse amarrada para tomar banho.
A pegaram. Ana se debateu demais nos braços de Rosário. Tonhão amarrou seus pés e braços. A água quente já estava pronta. A pequena bebedora de leite de tora parecia uma franquinha sendo aprontada para o almoço.
Mas na verdade a janta era minha!
Lavraram tudo. Quando a secaram foi a vez de raspar as penugens de cabelo que ela tinha na cabeça.
Ana Maria de início gritou muito, mas foi percebendo pelo cheiro do sabonete e outros perfumes que a estavam tratando bem.
Água quente, perfumes, vestido bonito com bordados e sapatos.
Não era uma princesa, mas ao menos uma caboclinha boqueitera que estava prestes a se ver como gente!
Trouxeram um espelho para que ela se visse. Ao que parece… Não se reconheceu imediatamente. Pelos movimentos idênticos aos que ela fazia viu que era ela naquele pedaço de vidro. Sorriu… Como sempre de forma estranha! Parecia que fazia aquilo para afastar a todos. Risada horrenda. Os dentes tortos, mas sem cárie, pois não comida doce.
Para que os sapatos coubessem nos pés, aqueles foram lixados com lixa d’água por Socorro.
Ana não tinha pertencimento naquela situação. Apenas exclamou:
– Tô com fome.
Chamou Bilu, um dog alemão da Fazenda. Este veio ao seu encontro. Já sabia o que a pequena Ana queria e de pau duro se colocou pronto a ser chupado!
A cena já não escandalizava ninguém.
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Continua…

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3 Comentários

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  • Responder Lobão ID:5pbbw6ruv9b

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  • Responder Vik ID:xlolbr44

    Péssimo conto

    • Pq? ID:8kqtg02i8l

      Pq? Argumente pq achou ruim. Por favor!