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Tudo tem um começo

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Nasci João, no interior da Paraíba, filho de mãe descendente de holandeses e pai brasileiro, olhos azuis, cabelo loiro, puxei o lado de minha mãe. O vilarejo que eu morava era muito pequeno, talvez com pouco mais de duzentos habitantes. Se a internet chegou lá, é possível que quem tenha mais trinta anos possa se lembrar do que ocorreu.

Meu pai era um sujeito violento, machão, mas que só tinha filhas. Quando nasci foi grande o orgulho dele, porém, com o passar dos anos, talvez por ter sido criado com a presença e proteção das minhas irmãs e mais minha mãe, que morreu quando eu tinha cinco anos, ele foi ficando indignado.

A partir daí minhas irmãs assumiram a minha criação e acabei me tornando mais sensível, delicado o que causava grande ira em meu pai que me batia sempre, prá aprender a ser homem, dizia ele.

Quando despertei para o sexo, por volta dos doze a treze anos de idade, percebi que gostava de meninos. Sabe aquela fase que os meninos começam a se impor, a marcar território, a se mostrar para as meninas, principalmente pela força, eu continuava a me manter no meu canto. Quando mexiam comigo para que eu brigasse, ficava submisso e as meninas não me davam atenção, embora eu fosse bonito. Porém, isto, para mim, não tinha nenhuma importância.

Em casa, muitas vezes, via as minhas irmãs peladas e tinha inveja delas por não ter uma rachinha no meio das minhas pernas. Tudo bem que meu pintinho era pequeno, mas era um pintinho. Rezava para ele não crescer.

Até que durante as férias escolares, na rua, fui cercado por uma meia dúzia de meninos que me provocavam para que eu reagisse. Um deles queria brigar comigo, medir força e me chamava de boiolinha, que para o pessoal do sul e sudeste é viadinho, bichinha. Eu estava assustado, tentei correr, mas eles me impediam. Chico, o valentão, passou a mão na minha bunda e disse que eu era gostosinha, que iria comer minha bundinha, que sabia que eu gostava de chupar uma rola.

Não reagi. Os demais meninos se revezavam falando besteiras também, até que me deixaram ir. O que não vi foi meu pai que assistiu a tudo.

Quando cheguei em casa meu pai chegou logo atrás. Me deu uma surra, dizendo que no dia seguinte era para brigar com o valentão, mostrar que eu também era macho, que não levava desaforo para casa, que poderia até apanhar mas que mostrasse atitude de homem.

Chorei muito naquela noite amparado pelas minhas irmãs. No dia seguinte, a cena se repetiu quase no mesmo lugar. Procurei ver se o meu pai estava por perto, mas não o vi. Cercado novamente pelos meninos, agora deviam ser uns oito e desafiado por Chico, mais uma vez não reagi. Ele me agarrou e me encoxou dizendo que tinha mais uma namorada, mas que essa tinha uma bundinha linda. Tentei me soltar dele, mas ele não me largava. Os meninos riam, até que ele me soltou dizendo que era para ir embora que amanhã me esperava novamente.

Cheguei em casa ofegante. Estava com vergonha. Meu pai chegou depois de uma meia hora e me perguntou como havia sido. Menti para ele dizendo que tínhamos conversado e que tínhamos nos tornado amigos.

– Amigos!!! – gritou meu pai – Eu vi tudo… Você deixou ele te encoxar e não reagiu. Era só o que me faltava, ter um filho viado e mentiroso.

– Mas pai… – tentei argumentar tomando um tapa no rosto.

– Cala a boca… A minha vontade é de te encher de porrada… – disse ele extremamente nervoso – Você quer ser mulher… Então tá…

Foi para o quarto onde eu dormia, pegou todas as minhas roupas, voltou para a sala e ordenou que eu tirasse o que estava vestindo. Fiquei pelado. Vi ele sair com minhas roupas, ir até o quintal e por fogo nelas. Voltou para casa e disse a mim:

– A partir de agora não compro mais roupa de homem. Se quiser se vestir use os vestidos da suas irmãs.

Eu chorava e minhas irmãs me acolheram, enquanto ele batia a porta e saía novamente. Tomei um banho e uma das minhas irmãs veio com uma calcinha e uma camisola, dizendo para usar e que o pai, depois iriam comprar roupas para mim.

Foi a primeira vez que vesti uma calcinha. O toque, a maciez era completamente diferente de uma cueca. Enquanto eu me vestia ela saiu e pude me olhar no espelho. Parecia uma das minhas irmãs e por um lado estava contente, por outro, triste por causa do meu pai. Fui dormir.

Era sábado e quando acordei minhas irmãs tinham ido para a casa da minha avó, como todo final de semana e que morava a uns cem quilômetros dali. Eu não pude ir porque não tinha roupa masculina. Tentando agradar meu pai fui levar café para ele na cama, mas a reação não foi a que eu esperava. Me xingou, dizendo que eu devia ter nascido mulher assim ele não passaria vergonha, entre outras coisas. Levantou-se e saiu de casa.

Procurei uma roupa masculina para colocar, mas não havia mais nenhuma. Optei em pegar um vestido de uma das minhas irmãs que ficou meio curto e fui preparar o almoço. Eram quase uma hora da tarde quando meu pai retornou, completamente bêbado. Sem dizer uma única palavra, me pegou pelo braço e saiu comigo de casa, me arrastando.

A nossa casa era a última da rua que se estendia por uns cem a cento e cinquenta metros de mato dos dois lados até chegar a um casebre que não era utilizado há muito tempo. Na porta vi Chico e os meninos que me atormentavam, rindo, provavelmente da minha vestimenta. Quis recuar, mas a força do meu pai foi bem maior e me levou com facilidade.

– É sua última oportunidade de mostrar que é homem… que é macho… – disse meu pai.

Me soltou, se afastou e fiquei frente a frente com Chico. Estava com vergonha, queria chorar.

– Te vendo de vestido você é bem gostosinha. Dá uma reboladinha dá… – disse Chico.

Diante da minha passividade, ele se aproximou e me agarrou por trás, me encoxando mais uma vez. Falava que iria me comer, que iria me fazer chupar rola. Eu já podia sentir algo duro na minha bunda e ele dobrou meu braço para trás fazendo que eu encostasse a mão no pinto dele.

Eu não sabia o que fazer. Queria reagir porque meu pai estava assistindo a tudo, mas não tinha forças. Estava paralisado e até hoje não entendo se era por medo, se era por minha própria vontade, ou sei lá.
Dirigindo-se a Chico meu pai disse:

– Queria ter um filho assim… Macho… Menino pode levar ela como premio ali para o casebre e faça o que quiser. A partir de hoje você não vai precisar nem de cabrita, nem de uma égua para se aliviar. Vai ter uma bundinha de viado. E vocês, molecada… Também são convidados. Podem comer quando quiserem e se ele não quiser dar é só me avisar que eu o trago aqui.

Os quatro meninos gritaram de alegria e foram me levando para o casebre. Vi meu pai ir embora, cabisbaixo. Entramos e logo encontraram um quarto com um colchonete velho no chão. Chico, que já estava sem camisa tirou o calção ficando completamente pelado. Seu gesto foi imitado pelos outros meninos.

Não vou mentir dizendo que tinham rolas enormes, grossas, afinal eram meninos entre treze e quinze anos. Algumas estavam duras outras moles. Chico se aproximou de mim, cheirou meu pescoço dizendo:

– Tem cheiro de menina.

Antes do almoço eu havia tomado banho usando o sabonete de minhas irmãs. Me abraçou por trás, senti seu pinto encontrar minha bunda. Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, pelas minhas coxas e bunda. Sem dizer uma palavra, tirou meu vestido me deixando de calcinha.

– Ajoelha e beija meu pau… sua bicha – disse Chico com autoridade.

Relutei em me abaixar e tomei um tapa no rosto. Chico colocou as mãos nos meus ombros e com força me fez ajoelhar. Pela primeira vez fiquei em frente a um pinto. Havia um punhadinho de pelinhos pretos no seu púbis. Lembro-me do cheiro de macho misturado com urina. Ajoelhado, encostei meus lábios no corpo do pinto dele, para o delírio dos outros meninos.

– Calma… – disse Chico – Calma que ela vai chupar todos vocês também. Seu nome agora é Marizete e vai chupar meu pau. Chupa direitinho. Se morder eu vou te encher de porrada. Enfia na boca e chupa… Vai…

Meio sem jeito por ser a primeira vez fui abocanhando com cuidado. Escutei Chico delirar e puxar meus cabelos retirando-o da minha boca. Pegou no pau, puxou a pele, a cabecinha ficou exposta e me disse.

– Põe os lábios na cabecinha e vai chupando vagabunda… Puta…

A cabecinha estava cheia de uma coisa branca que depois fiquei sabendo que se chama esmegma. Com nojo, coloquei a boca ali. Um gosto estranho, salgado, amargo, azedo sei lá… Quando tirei da boca, aquela substância já não existia mais. Chico segurava minha cabeça, forçando-a a encontrar seu pau. Ele delirava.

O mais novo dos meninos, devia ter uns treze anos, com um pintinho durinho e uma penugem branquinha se aproximou, pegou na minha mão e me fez segurar. Isso foi um incentivo para os demais se aproximarem e fazerem o mesmo. Fiquei alternando, trocando de pinto em pinto, porém às vezes me desconcentrava de Chico, que me dava bronca.

De repente, Chico me segurou fortemente fazendo com que eu abandonasse os outros pintos. Começou a gemer, fodia minha boca, tirando e colocando até que enfiou tudo e segurou. Senti um liquido quente, gosmento, com sabor estranho, mas não muito ruim embora eu tenha me engasgado e quase vomitado.

– Engole meu leitinho… – disse Chico – Engole tudo e limpa meu pau.

Obedeci fazendo o que ele queria. Logo o mais novo se aproximou dizendo que iria me dar leitinho e Chico emendou dizendo:

– Vamos ficar o dia e a noite aqui… Você ainda não tem porra… seu moleque.

A gargalhada foi geral porque ele ainda era novinho, mas era o mais atrevidinho. Se posicionou na minha frente e me deu de mamar. O gosto do pau dele era diferente e mais fácil de ser chupado, afinal era um palitinho. Logo, os outros se aproximaram me fazendo experimentar suas rolas.

Ficamos ali, não sei precisar o tempo, até que Chico veio até mim e mandou eu levantar. Tirou minha calcinha me deixando peladinho. Seu pau estava meia bomba. Me virou de costas e começou a me encoxar, me agarrando firme e fazendo novamente suas mãos deslizarem pelo meu corpo. Senti seu pau endurecendo nas minhas nádegas.

– Fica de quatro que vou te foder agora… – disse Chico com voz autoritária – Vai perder teu cabacinho comigo. Como disse teu pai, chega de cabrita e de égua, agora é a tua bundinha que vamos ter para comer.

Fiquei na posição em cima daquele colchão velho. Estava morrendo de medo e somente obedecia ao que me mandavam fazer. Chico veio por trás e encostou seu pinto no meu buraquinho. Imediatamente tranquei o cú e levei um tapa na bunda.

– Abre o cuzinho – disse Chico num tom macho.

– Não… – disse eu quase chorando.

– Abre esta porra e deixa eu te comer. Se quiser na marra vai ser pior para você.- gritou Chico.

Tomei outro tapa na bunda e suas mãos começaram a tentar abrir minhas nádegas. Dei uma pequena relaxada e a cabecinha encaixou entrando um pouco. Só quem já deu a bunda sabe que a primeira vez que você recebe um pinto é muito bizarro. Gritei e pedi:

– Aiii … Não… Tira Chico… Tira… Aiii… Está doendo… Tira…

– Que tira o que… – respondeu Chico rindo – Não estou sentindo nada.

Eu tentava jogar meu corpo para frente, mas ele me segurava forte e puxava para trás. Até que senti uma dor penetrante e dei um grito. Ele havia conseguido colocar tudo de uma vez, embora não fosse um pinto enorme, talvez uns quinze centímetros, mas era a primeira ocasião que me comiam. Ele riu e disse:

– Não é mais virgem. O cabacinho estourou…

Eu chorava, não sei se de dor, de vergonha pela humilhação ou sei lá. Sem dó nem piedade, Chico começou a bombar forte fazendo eu gemer. Eu pedia para ele parar, mas não me dava ouvidos.

– Isso… geme na minha pica… Viadinho… Geme gostoso… Está aguentando ela inteira… Você ainda vai dar para todo mundo aqui – disse Chico enquanto os meninos riam.

– Eu não quero. – disse chorando

– Você não tem que querer. – respondeu Chico – É nossa menina agora e vai dar a bundinha sempre que quisermos.

Aos poucos meu cú foi se acostumando com aquele intruso que entrava e saia. Eu já quase não oferecia mais resistência. Chico continuava a me violentar, segurando forte meu quadril para que eu não fugisse, até que penetrou fundo, urrou e gozou.

Senti um líquido dentro de mim e um alívio quando ele tirou seu pau. Percebi que o líquido escorria pelo meu cú e uma sensação de vazio tomou conta de mim. Sem mesmo esperar eu me recuperar, aquele menino mais novo veio por trás e enfiou o pintinho durinho dele. Dei um gritinho menor porque acho que não tinha dez centímetros e bem fininho, mas incomodou quanto entrou. Os meninos riam enquanto ele tentava imitar o Chico.

Ficou me comendo alguns minutos e depois cedeu o lugar aos outros meninos que fizeram revezamento até gozarem também. Eu já não me importava com mais nada. Estava anestesiado e antes de irem embora, Chico ainda me fez bater uma punheta para ele.

Voltei para casa. Meu pai não estava. Tomei um banho e a água fria aliviou a dor que eu tinha na bunda. Havia lido em algum lugar que vaselina era bom para acalmar a dor. Meu pai usava para limpar e guardar o revolver que tinha. Passei um pouco, colocando papel higiênico para não sujar a calcinha e a camisola, comi um lanche e adormeci na minha cama. Nem vi meu pai chegar.

Acordei no domingo e meu pai não estava em casa. Acho que nem veio para casa. Coloquei uma vestido, fiz o almoço, comi, já passava das duas horas e foi enquanto arrumava a casa que ouvi:

– Vem Marizete… Quero te comer de novo… Vamos… Quer que eu entre aí para te pegar…

Era Chico e os amigos. Sabia que não teria jeito, que se não fosse eles me levariam na marra, então lembrei da vaselina e peguei a latinha. Saí sem dizer uma única palavra e fomos para o casebre. Os meninos estavam eufóricos.

Entramos e Chico já baixou o calção me mandando chupar. Os demais meninos começaram a imitar Chico e em segundos estavam todos pelados. Fui alternando as mamadas e sentindo o gosto diferente de cada um. Por alguma razão eu estava feliz em ver todos aqueles pintinhos duros. Comecei a caprichar na chupetinha e escutava os elogios e os gemidos deles.

Logo Chico quis me comer. Eu tirei o vestido, a calcinha, passei vaselina no cú, deitei no colchão e abri as pernas.

– Eita… A menininha hoje quer pica… Acho que viciou na rola… – disse Chico – Vou te comer gostoso sua putinha…

Deitou-se sobre mim e senti o pinto dele escorregar para dentro. Dei um gemido porque ardeu, mas logo me acostumei. Passou os braços dele pelas minhas axilas, me segurando e começou a estocar. Seu corpo batia na minha bunda violentamente, fazendo meu pinto afundar, roçar no colchão e por isso começou a endurecer. Não era somente mais a dor, agora eu percebia que estava sentido prazer.

– Ai… me come – disse sem mesmo saber por que.

– Tá gostoso né viadinho… Sabia que iria gostar… Vai me dar toda vez que eu quiser – disse Chico.

– Vou… Me come… Me come… – respondi delirando de prazer

Logo ele me apertou forte, aumentou a velocidade e a força das bombadas, gozou e senti novamente um liquido quente dentro de mim. Isso provocou uma reação no meu corpo e gozei também.

Os meninos se revezaram me comendo e gozando. Mudamos de posição, cavalguei, fiquei de quatro chupando outro menino, enfim, estava descobrindo o que realmente eu gostava de fazer em relação a sexo. Meu pau estava durinho e eles notaram isso.

– Viadinho safado. – disse Chico – Gosta de rola e fica de pau duro.

Passamos a tarde fazendo sexo e eles me deixaram em casa. Tomei um banho, me troquei e logo minhas irmãs chegaram da casa da minha avó materna, com roupas masculinas e pediram que eu as escondesse do meu pai. Contei a elas o que ocorreu e elas ficaram espantadas.

Meu pai chegou bêbado novamente em casa e com uma faca na mão queria cortar meu pinto já que eu não iria usar. Minhas irmãs o impediram. Na manhã seguida fui colocado em um ônibus e fui para a casa da minha avó materna. Com medo de que meu pai viesse e fizesse uma bobagem, ela me enviou para São Paulo, para a casa de uma irmã dela, viúva e sem filhos.

Fiquei na casa desta minha tia até completar o colegial e ter dezoito anos. Fiz curso profissionalizante de cabeleireiro e comecei a trabalhar. Sempre fui um bom profissional e as portas foram se abrindo para mim e logo fui morar sozinho de aluguel.

A sorte bateu na minha porta e ganhei um premio na loteria esportiva que me deixou estabilizada financeiramente. Comprei duas casas, minhas irmãs vieram para São Paulo, casaram, meu pai, avó e tia já morreram. Fiz tratamento com hormônios e tenho o corpo feminino. Tive alguns relacionamentos e dei a bunda bastante. Hoje, tenho um namorido há três meses e tudo começou da maneira que narrei.

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3 Comentários

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  • Responder Anônimo ID:e4ljw89fp9i

    Uma história com começo bem triste e assustador, mas com final feliz. E pensar que muitas crianças como você são até mortas por pais homofóbicos e retrógrados.

  • Responder Athos ID:1ddow0talc70

    Gostei mas fiquei mais feliz que deu tudo certo para você. Que bom alguém lá em cima olhou para sua vida. Beijos.

  • Responder Anônimo ID:dlo3mjphi

    Não vou dizer que foi excitante. Sua história é uma lição de vida. Não se trata de putaria ou sacanagem, mas mostra que todo gay tem uma história de descobertas, dores e lutas. Respeito sua história e torço pela sua felicidade!