Pai e filho no estacionamento

Esses pais…

Eu estava parado junto à entrada do lugar onde trabalho. Na frente do local existe um estacionamento e por vezes o lugar fica razoavelmente vazio de pessoas, o que deve ter sido a motivação daquele pai. Que sorte, a minha. Eu vi quando a mulher desceu e entrou na agência bancária não distante de nós. Pouco tempo depois de sua saída vi um homem sair do mesmo carro com um menino. Nem parei pra pensar sobre a idade dele, mas não julgo muito longe dos oito anos. Era miúdo e muito quietinho. Primeiro o pai encostou no carro e deixou o menino correr por perto, depois chamou o filho para próximo dele. Obviamente pensei que poderia ser boa aquela observação. Sempre dá pra tirar algo de bom de pais e suas relações com seus filhos. Obviamente estava certo, como sempre.

O menino parecia muito próximo do homem. Às vezes ele encostava junto ao pai e ficava parado por um tempo enquanto o mais velho só alisava o cabelo do filho. Na maioria das vezes a criança não tinha noção de como sua mão ficava bem pertinho da virilha do pai. Eu vi o homem evitar ser tocado algumas vezes, mas pai é pai, né? Rolava uns toques certeiros. O homem, mais permissivo, não impedia o menino de roçar a mão sobre a calça, bem na altura do volume mesmo, enquanto usava o corpo do pai de encosto. Quando ele mesmo ajeitava o tecido dava pra ver que o pau estava duro. Tenho uma leve impressão de ter visto o menino apertar o volume do pai, mas acho que foi só impressão mesmo.

Outro detalhe é que ele, o pai, notou a minha presença. Eu sei porque ele me olhou várias vezes. Penso que ele observou como a relação dele com o filho me atraía e resolveu mostrar a liberdade que possuem. Eu sei que eles ficaram nisso de pequenas roçadas até a mãe sair do banco e voltar ao carro. Com o homem de lado, o volume pareceu ainda maior. Não sei quem eu invejei mais; o pai ou o filho…

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