Anjos do Condomínio (Parte 1)

Esse conto será dividido em várias partes. Retrata uma fase muito gostosa da minha vida, com dois irmãozinhos que roubaram meu coração, enquanto eu lhes roubei a inocência.

Meu nome é Sony, tenho 19 anos e estou no terceiro ano faculdade de medicina. Moro no prédio mais fino do Leblon, na cidade do Rio de Janeiro. Meus pais sempre trabalharam muito (até demais) por isso dinheiro para nós nunca foi o problema. Cresci com esses valores e mesmo que meu pai pagasse minha faculdade, eu fazia questão de trabalhar com ele em sua firma de automóveis aos fins de semana para compensar.
Sou filho único e moro com meus pais. Confesso que não tenho a menor propensão para sair de casa, afinal o condomínio era fino demais e meus pais e eu nos damos muito bem.
Enfim, vou dizer que anda acontecendo na minha vida. Meus pais sempre se questionaram porque um rapaz bonito e inteligente como eu não tinha uma namorada. Inteligente, é verdade, mas não sei muito em relação a bonito. Eu era alto, moreno e com olhos azuis. Talvez seja os olhos azuis que eles estejam se referindo. Enfim, eu não namorava mesmo, afinal as garotas não me interessavam nem um pouco e como os garotos da minha idade eram um bando de idiotas, preferia ficar mil vezes sozinho. Não tinha vícios e nem era de balada.
Em uma manhã de segunda feira de maio, sai do apartamento para mais um dia na faculdade. Fazia um frio cruel, mas eu gostava muito desse clima, apesar de cortar minha pele que era demasiada branca. O condomínio que eu morava, tinha capacidade para 100 moradores, embora somente 90 apartamentos estivessem ocupados. Era um condomínio muito luxuoso.
Assim que sair pelo portão (eu gostava de ir a pé para a faculdade) vi um enorme e luxuoso caminhão de mudanças estacionado ali em frente. Uau, quer dizer que teremos vizinhos novos?
Uma Mercedes C280 estacionou atrás do caminhão e de dentro saiu uma mulher loura, alta e linda. Usava um vestido justo e vermelho e tinha fartos seios e uma bunda que também não era de se desperdiçar.
Em seguida saiu um homem que só podia ser seu marido. Era um palmo menor e era tão moreno quanto eu, mas o que chamou a atenção foram seus olhos estupendamente azuis. Legal, não?
Em seguida saíram dois garotos da parte de trás do carro luxuoso. O mais velho não devia ter mais que doze anos. Tinha o cabelo curto (não muito), liso e de um tom castanho louro. Seu rosto era cheio e redondo, com uma pele tom de leite e várias sardas entre os olhos e o nariz. Os olhos também eram azuis e claros, tinha um nariz arrebitado e lábios vermelhissimos. Seu tronco era magro, embora tivesse coxas fartas e um quadril da mesma proporção.
Junto com ele saiu um outro menino que era mais novo que não devia ter mais de dez anos. Só podia ser seu irmão, embora tivesse cabelos mais longos e negros, diferente do outro garoto. Seu rosto também era largo e bochechudo, com as mesmas sardinhas do irmão. Usava óculos redondos e tinha olhos apertados, o que lhe dava um vago ar oriental. Seu corpo era mas robusto que o do irmão e tinha até uma barriguinha saliente, embora eu não o classificasse como gordo.
Os quatro moradores usavam roupas caras e tinham um ar de ricos, o que é óbvio, devido ao prédio que morariam. Antes que eu pudesse ir seguir meu caminho, o garoto menor me encarou. Tinha um olhar petulante que me surpreendeu muito. Me surpreendeu mais ainda ele ter me mostrado a língua em desafio, o que fez eu ficar boquiaberto. Balancei o rosto e finalmente segui meu caminho, afinal eu já tinha me distraído demais. Nem eu sabia o porque eles tinham me chamado tanto a atenção, mas logo eu descobriria.

Na quarta feira daquela semana, sai mais cedo da faculdade. O que foi ótimo, pois tinha muita lição acumulada e precisava ler dois livros em menos de um mês. Ao lado da sala de jogos do condomínio, tinha uma guarita bem escondida e decidi ficar ali embaixo para dar conta dos deveres. Estava tão focado nisso, que não reparei que já tinha alguém sentado ali. Só fui perceber mesmo, porque um cheiro de talco e amêndoas envolveu meu nariz, fazendo-me ter uma contração engraçada na barriga. Ergui rapidamente a cabeça e vi um garoto me encarando, assustado, o mesmo garoto que descera do carro naquela fatídica segunda feira. Usava um casaco preto, simples uma calça jeans apertada, ressaltando ainda mais suas coxas fartas.
– Me desculpe – apressei-me a dizer. – Eu sempre faço lição aqui. Não sabia que a guarita já estava ocupada.
– Me desculpe. – ele também disse, todo atrapalhado. -Já estou saindo.
– De maneira alguma. Pode ficar, você chegou primeiro.
– Mas você vai fazer lição. – ele disse isso como se fosse uma acusação.
– Sim. – respondi sorrindo. – Mas não precisa ir embora. Fique aqui, gosto de companhia.
-Você quer que eu fique? – o menino estranhou, o que eu achei mais fofo ainda. – Mas eu só tenho 11 anos.
– Não, você precisa pensar diferente. Eu JÁ tenho 11 anos.
– E quantos anos você tem? – ele perguntou, educadamente.
– Dezenove. Aliás, me chamo Sony. – estendi a mão para ele apertar.
– Me chamo Anthony. – ele disse apertando minha mão. Era uma mão quente e pequenina, mais uma vez me deixando confuso.
Enquanto nos cumprimentavamos, uma rajada de vento assaltou a guarita mais uma vez, fazendo com que o perfume do menino tomasse meu nariz mais uma vez. Minha cabeça girou com o cheiro de pré adolescente e senti meu pau pulsar dentro da minha calça, me deixando bem surpreso.
Reparei que Anthony esfregou seus dois braços, com frio.
– O que você está fazendo aqui embaixo, com esse frio todo? – perguntei, lutando com a vontade de agarrar o menino para deixa – lo bem quente.
– Eu gosto do frio. – ele respondeu com doçura. – Mas hoje está frio demais. E não queria ficar lá com meu irmão, que é um chato.
– Ah, eu vi o seu irmão quando vocês se mudaram.
– É, ele se chama Caique. Está com 9 anos e eu tenho que tomar conta dele o dia todo.
– E com isso nem da tempo de ficar com os amigos, não é? – falei para ser solidário.
– Que amigos? Acabei de mudar para cá, não tenho nenhum amigo. – ele disse com uma certa tristeza na voz.
– Mas irá fazer. Na escola, por exemplo.
– Duvido. – ele deu os ombros. – As crianças de lá são muito metidas. – levanto – se. – Preciso ir. Se eu deixar meu irmão sozinho por muito tempo, ele me dedura para o meu pai. Até mais.
Dito isso, ele saiu rapidamente da guarita com aquele mesmo ar de tristeza. Mil e um planos para seduzir aquele garoto meu cérebro já tinha criado. Como eu disse, não gosto de mulheres e o que sinto por homens é adequado, mas aquele pré adolescente estava me enlouquecendo.
Enquanto ele estava se afastando, não pude deixar de notar o quanto a bunda desse garoto era gostosa e redonda. Se eu fosse um pouco mais pirado, juraria que ele estava rebolando daquele jeito apenas para me provocar.
Não consegui mais me concentrar na lição da faculdade, portanto comecei a imaginar um jeito de trazer aquela criatura dos céus direto para os meus braços.
Estava só começando…

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