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Casanova no Carnaval de Ancona em 1744, com Cecília, 12, e Marina, 11

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Uma breve mas célebre visita que fiz a Ancona, na Itália, em 1744, quando tinha meros 19 anos, onde conheci as belas irmãs Celília, 12, e Marina, 11.

(Este conto é uma tradução e adaptação das Memórias de Giacomo Casanova, capítulo XI)

Escrevo-lhes da cidade de Dux, na Boêmia, em 1798, acerca de uma breve mas célebre visita que fiz a Ancona, na Itália, em 1744, quando tinha meros 19 anos:

Desembarquei em Ancona em 25 de fevereiro de 1744 e me hospedei na melhor estalagem local. Satisfeito com meus aposentos, solicitei ao meu anfitrião que me preparasse uma boa carne para a ceia, mas ele me respondeu que durante a Quaresma todos os bons católicos comiam apenas peixe.

Repliquei: “Mas o Santo Papa deu-me permissão para comer carne.”

“Deixe-me ver sua permissão.”

“Ele a deu oralmente.”

“Reverendo senhor, não sou obrigado a acreditá-lo.”

“És um tolo!”

“Sou mestre em minha própria casa, e lhe suplico que vá a outra estalagem!” E se retirou.

Tal resposta, combinada com tão inesperada ordem de despejo, atirou-me em uma reação violenta. Eu estava blasfemando e gritando quando de repente um indivíduo de porte sério apareceu no meu aposento, e me disse:

“Senhor, está errado em pedir carne, quando em Ancona peixe é muito melhor; está errado em esperar que o anfitrião acredite em você com base apenas em sua palavra; e se obteve a permissão do Papa, está errado em a ter solicitado na sua idade; errou ao não ter pedido tal permissão por escrito; está errado em chamar o anfitrião de tolo, vez que é um cumprimento que nenhum homem é obrigado a aceitar em sua própria casa; e, finalmente, está errado em fazer tamanho escândalo.”

Longe de fazer crescer meu mau humor, esse indivíduo, que havia adentrado meu quarto apenas para me fazer um sermão, fez-me rir!

“Eu assumo a culpa de bom grado, senhor,” respondi, “de tudo o que alegou contra mim; mas está chovendo e está ficando tarde, estou cansado e faminto, e portanto facilmente entenderá que não me sinto disposto a mudar de aposento. Você me daria de comer, já que o anfitrião se recusa a fazê-lo?”

“Não,” ele respondeu, com grande compostura, “porque sou bom católico e jejuo. Mas me esforçarei para que esteja em bons termos com o anfitrião, que lhe dará uma boa ceia.”

Assim ele desceu as escadas, e eu, comparando minha natureza precipitada com a sua calma, reconheci que aquele homem poderia proporcionar algumas lições. Ele logo retornou, informou-me que a paz havia sido feita e que logo eu seria servido.

“Você ceiará comigo?”, indaguei-lhe.

“Não, mas eu lhe farei companhia.”

Aceitei sua oferta, e a fim de saber quem ele era, contei-lhe meu nome, e me dei o título de secretário do Cardeal Acquaviva.

“Meu nome é Sancio Pico,” ele disse; “sou castelhano e fornecedor do exército de Sua Majestade Católica, que é comandado pelo Conde de Gages sob as ordens do generalíssimo, o Duque de Módena.”

Meu excelente apetite o surpreendeu, e ele inquiriu se eu havia jantado (nota: correspondente ao atual almoço). “Não,” eu disse; e vi seu semblante assumir um ar de satisfação.

“Não tem medo de que esta ceia lhe prejudicará?” ele perguntou.

“Pelo contrário, eu espero que me fará um bem muito grande”.

“Então você enganou o Papa?”

“Não, pois eu não lhe contei que eu não tinha apetite, mas apenas que eu preferia carne a peixe.”

“Se você está disposto a ouvir uma boa música,” ele disse um momento depois, “siga-me até o próximo quarto; a ‘prima donna’ (cantora e atriz encarregada do papel principal numa ópera) de Ancona mora nele.”

As palavras “prima donna” interessaram-me de imediato, e eu o segui. Eu, sentados a uma mesa, uma mulher com idade um tanto avançada, com duas meninas jovens, as quais me foram apresentadas por Don Sancio Pico. A mãe, Dona Teresa, apesar da idade, ainda mantinha uma boa aparência.

A garota mais velha, que se chamava Cecília, tinha 12 anos, além de uma linda voz; ela era a “prima donna”. Era dona de um cabelo castanho claro ondulado que chegava à sua cintura; sua pele era da cor do leite, seus olhos da cor do mel e seus lábios pequenos e rosados, muito convidativos. Em suma, a personificação da primavera, em combinação com sua tenra idade.

A mais nova, chamada Marina, tinha apenas 11 anos e ainda estudava música, e, apesar de não seguir o padrão de beleza tão apreciado na minha nativa Veneza e adotado por Cecília, possuía seus próprios encantos, com seu cabelo negro passando um pouco dos ombros, seus olhos escuros e sua pele não era clara como a da sua irmã, mas possuía uma matiz morena. Seus lábios eram moderadamente grandes, e assim como a irmã era uma atraente ninfa.

A família havia vindo de Bologna e viviam dos talentos de seus membros; alegria e amabilidade substituíram a riqueza por eles. Cecília, cedendo às súplicas de Don Sancio, levantou-se da mesa, dirigiu-se ao cravo (instrumento musical), e cantou com a voz de um anjo e graça encantadora. O castelhano escutava com seus olhos fechados em um êxtase de prazer, mas eu, longe de fechar meus olhos, mirei nos olhos de Cecília, que pareciam lançar relâmpagos amorosos sobre mim. Seu vestido de seda não ocultava perfeitamente seus seios que ainda brotavam, o que de logo fez minha imaginação subir às alturas. Fiquei completamente apaixonado.

Passamos ali duas horas muito agradáveis e eu retornei aos meus aposentos acompanhado pelo castelhano. “Eu pretendo ir embora muito cedo amanhã,”, ele disse, “para Sinigaglia, com o Abade Vilmarcati, mas espero retornar para a ceia de depois de amanhã.” Desejei-lhe uma boa viagem.

Fui para a cama pensando em Cecília e na impressão que ela havia causado em mim. Logo, fiquei muito satisfeito ao vê-la entrar no meu quarto de manhã assim que abri a porta. Ela havia vindo para oferecer os serviços da sua irmã como criada. Eu aceitei a proposta e mandei Marina buscar café.

Pedi a Cecília que sentasse na minha cama, com a intenção de fazer amor com ela e de tratá-la como uma mulher, mas a irmã mais nova logo voltou para o meu quarto e atrapalhou meus planos. Ainda assim, a dupla formava diante de mim uma vista muito agradável; elas representavam a beleza natural e alegria ingênua de quatro tipos diferentes: familiaridade discreta, humor teatral, lucidade agradável e belas modos bologneses os quais eu testemunhava pela primeira vez; tudo isso teria sido suficiente para me animar se eu estivesse abatido.

Cecília e Marina eram dois brotos de rosa, os quais, para florescerem em toda a sua beleza, precisavam apenas da inspiração do amor, pois, apesar da juventude, as duas meninas amáveis ofereciam em seus seios nascentes a preciosa imagem da feminilidade.

O café servido, mandei que Marina desse um pouco à sua mãe, que ainda não havia saído de seu quarto, assim como que pedisse janta para quatro pessoas para o meu quarto, mas ela disse que pediria apenas para dois, pois ela faria companhia à sua mãe, que preferia jantar na cama. Dei-lhe dois cequims para pagar por tudo e lhe disse que ficasse com o troco, e, para demonstrar sua gratidão, ela beijou meu rosto com os lábios meio abertos, supondo em mim um gosto o qual eu estava muito empolgado para entreter.

Havendo terminado de beber o café com Cecília, vesti-me a fim de prestar meus cumprimentos à mãe complacente. Fui ao seu quarto e a parabenizei pelas suas filhas. Ela me agradeceu pelo presente que havia dado a Marina e me confidenciou uma preocupação sua. “O dono do teatro,” ela disse, “é um miserável que nos deu apenas 50 coroas romanas por todo o Carnaval. Já gastamos tudo com nossas despesas e, para retornar a Bologna, teremos que andar e mendigar pelo caminho.” Sua confidência me deu pena, então peguei uma peça de quatro dourada e lhe ofereci; ela chorou por alegria e gratidão.

“Prometo-lhe outra peça de quatro dourada, madame,” eu disse, “se você permitir que sua filha cante somente para mim enquanto eu estiver aqui.” Com um sorriso no rosto ela acenou com a cabeça.

Após pedir a Marina uma garrafa de vinho cipriota, retornei aos meus aposentos e contei a Cecília o acordo que fiz com sua mãe. Ela, muito contente com a pequena fortuna que lhe providenciei, abraçou-me e beijou meu rosto. Começou a cantar uma bela canção napolitana que eu conhecia com sua voz angelical. Logo Marina chegou com o vinho e nos serviu, sentando-se ao meu lado, apreciando as canções de sua irmã.

Não tardou para que a janta fosse posta à mesa. Infelizmente, a refeição não agradou ao meu paladar, o que me levou ao mau humor, mas o apetite excelente das minhas duas belas convidadas me aplacou, e logo eu pensei que, afinal, alegria seria melhor do que mau humor, e resolvi compensar a minha decepção com as duas charmosas irmãs, que pareciam bem dispostas a desfrutar de uns gracejos.

Comecei por distribuindo uns poucos beijos inocentes, enquanto eu sentava no meio delas à frente de uma boa lareira, comendo castanhas que molhávamos no vinho cipriota. Mas logo minhas ávidas mãos tocavam toda parte que meus lábios não podiam beijar, e Cecília, assim como Marina, encantaram-se com os gracejos. Seduzido pelo amplo decote de Cecília, aventurei-me e minha mão apalpou seus seios que ainda brotavam.

Quem não sabe que o amor, inflamado por tudo o que o pode excitar, nunca cessa nos jovens até que esteja satisfeito, e aquele favor concedido desperta o desejo por algo maior? Eu comecei bem, tentei ir mais longe e sufocar com beijos ardentes aquilo que minha mão estava pressionando tão ardentemente, mas Cecília, como se só então estivesse consciente do prazer ilícito de que eu estava desfrutando, levantou-se e correu para fora. A raiva fez crescer em mim o ardor do amor, e sentindo a necessidade de me acalmar satisfazendo meus desejos ou os evaporando, supliquei a Marina que cantasse algo para mim, embora sua voz não se comparasse à da irmã.

Findada a janta, saí para me encontrar com o banqueiro, do qual tomei uma letra de câmbio em Bologna, pela quantia que eu devia receber, e no meu retorno à estalagem, após uma ceia leve com as duas jovens irmãs, preparei-me para ir à cama.

Estava prestes a trancar minha porta quando Cecília, vestindo apenas uma camisola de cama, adentrou o aposento e perguntou se eu gostaria que ela cantasse para mim um pouco antes de dormir. Agradecidamente eu aceitei a oferta.

“Você me fará companhia esta noite?” indaguei-lhe após algumas poucas canções.

“Você me ama muito?”

“Muito mesmo, se você se mostrar muito gentil.”

“Eu serei muito gentil, pois eu também lhe amo muito. Eu irei e contarei a minha mãe.”

“Claro que você tem um amante?”

“Eu nunca tive um.”

Ela saiu do quarto e em pouco tempo estava de volta cheia de alegria, dizendo que sua mãe acreditava que eu era um homem honesto; ela, é claro, quis dizer um homem generoso. Cecília trancou a porta, e se jogando em meus braços cobriu-me de beijos. Ela era linda, charmosa, e logo nossos lábios se encontraram. Sua inexperiência era compensada por sua avidez, e da sua língua extraí um leve sabor de vinho. Pedi para que se despisse, e ela o fez timidamente. Deitei-a na cama e pincelei sua vagina e apalpei seus seios juvenis. Sua respiração acelerada logo resultou em um clímax, provavelmente o primeiro que ela havia tido.

“Cecília,” eu disse, “agracie o meu falo com sua boca da mesma forma que você agracia meus ouvidos com sua voz”.

“Como?” ela indagou espantada.

“Beije-o,”

Eu estando em pé, ela se aproximou timidamente, ajoelhou-se e vergonhosamente começou a beijar meu falo ao longo do seu comprimento. Mesmo na penumbra da noite, a vista daquela ninfa trazendo-me tamanho prazer elevava minha mente às alturas. Ardendo de paixão por aquela menina, agarrei sua cabeça com uma mão e com a outra dirigi o ápice do meu membro, agora em suas máximas dimensões, em direção aos seus lábios, fazendo-a beijá-lo. Pressionando meu falo contra seus lábios, ela entendeu minha intenção e paulatinamente permitiu que eu invadisse sua pequena e apertada boca.

Satisfeito em ter violado seu instrumento de trabalho, deitei-a novamente na cama e me posicionei para penetrá-la. Com meu membro pulsante, adentrei-a e logo rompi seu hímen, tapando-lhe a boca para que seu grito de dor não causasse transtorno. Seu leve choro e seus fracos tapas de protesto não despertaram em mim nenhum sentimento de pena, mas sim um ardor selvagem que me levou a penetrá-la vigorosamente, sua apertada vulva não tardando em me levar ao clímax. Preenchi seu pequeno ventre com minha semente, a qual liberei em grande quantidade, em virtude de que não havia tido alívio desde que me encontrara com a bela Dona Clarissa em Ferrara duas semanas antes.

Retirando meu falo, coberto por minha semente e por sangue da pureza de Cecília, ela cessou seu choro e logo me abraçou. Vi minha semente, em tom rosado, escorrer pelas pernas da menina, e mandei que nos limpasse. Feito isso, ela nos serviu vinho e voltou a cantar, agora no meu colo, mas por pouco tempo, pois rapidamente o desejo pela carne retornou e meu falo enrijeceu. Tratei de penetrá-la novamente, naquela mesma posição, estando ela no meu colo; mas agora ao invés de choro a linda garota gemia e sorria para mim; aquela pequena rosa havia finalmente florescido. Mais uma vez preenchi seu ventre com minha semente, que mais uma vez escorreu pelas suas pernas; exaustos, deitamo-nos e adormecemos.

Quando acordei de manhã, dei a ela uma afetuosa saudação e a presenteei com três peças de dois douradas, que deveriam encantar particularmente sua mãe. Eu a mandei embora do quarto sem perder tempo em lhe prometer constância eterna – uma promessa tão absurda quanto insignificante, e a qual nem mesmo o homem mais virtuoso deve fazer à mais bela mulher.

Mais tarde, enquanto aguardava a janta, Marina veio a mim com um semblante abatido, inquirindo como ela havia merecido meu menosprezo.

“Cecília passou a noite com você! Eu sou a mais desafortunada de nós duas!”

“Você quer dinheiro?”

“Não, pois eu lhe amo.”

“Mas Marinetta, você é muito jovem.”

“Eu sou mais formosa do que minha irmã.”

“Talvez você tenha um amante.”

“Ah, não!”

“Muito bem, podemos tentar esta noite.”

“Ótimo! Então eu vou avisar minha mãe que prepare lençóis limpos para amanhã de manhã; se não todos aqui saberão que dormi com você.”

Não pude deixar de admirar os frutos de uma educação teatral e fiquei muito entretido.

À noite, as duas meninas e sua mãe me fizeram companhia durante a ceia. Terminada esta, Dona Teresa e Cecília se retiraram, e Marina, alegre como um pássaro, correu para trancar a porta e voltou para mim, seus olhos brilhando com desejo. Despiu-se sem sequer eu pedisse; era de fato mais formosa do que Cecília, embora fosse um ano mais nova; seus seios eram do mesmo diminuto tamanho, mas sua cintura era mais larga e suas nádegas mais avantajadas. Esta terá facilidade para parir, pensei.

Marina parecia ansiosa para me convencer que era superior à irmã, mas, imaginando que a fatiga da noite anterior poderiam ter exaurido minha força, ela desdobrou todas as ideias amorosas de sua mente, explicou detalhadamente tudo o que sabia sobre o grande mistério que iria realizar comigo, e de todos os artifícios aos quais ela recorreu para adquirir seu conhecimento imperfeito, tudo isso entrelaçado com a conversa tola natural da sua idade.

Eu deduzi que ela temia que eu descobrisse que ela não era uma donzela e que eu a censurasse por isso. Sua ansiedade me agradou, e eu lhe dei mais confiança ao lhe dizer que a natureza havia negado a muitas garotas jovens o que é chamado virgindade, e que apenas um tolo poderia ficar com raiva de uma menina por tal motivo.

Minha ciência lhe deu coragem e confiança, e logo ela se pôs de joelhos em minha frente, abocanhando meu falo que começou a crescer em sua diminuta boca. A ninfa tinha certa experiência no que fazia, e pela primeira vez depositei minha semente na boca de uma mulher, um prazer divino o qual eu me proporcionara muitas outras vezes no futuro.

Marina ficou apoiada em minha perna recuperando a respiração. Passados alguns minutos, coloquei-a na cama e pincelei sua vulva até que me retornasse a ardência, quando então lhe disse para que ficasse apoiada sobre os quatro membros, e posicionei meu falo para penetrá-la por trás. Suas nádegas, avantajadas para sua idade, moviam-se para trás em direção a mim de maneira muito convidativa, e sem mais delongas inseri meu membro, o qual começou a sentir enorme pressão de todos os lados, tamanho era o aperto de Marina, trazendo-me prazer extremo. Mas, por mais que eu a penetrasse, não se rompia hímen nem havia sinal de sangue; embora incrivelmente apertada, mais até do que Cecília, Marina claramente já havia sido bem desvirginada.

Seus baixos gemidos eram uma mistura de dor e prazer; não só não houve choro como com Cecília, mas Marina logo chegou ao clímax enquanto era penetrada, e eu não tardei ao mesmo, jorrando o pouco de semente que me restava no ventre da pequena Marinetta. Fui compelido a reconhecer que ela era muito superior à sua irmã.

“Estou muito contento que você ache isso,” ela disse; “nós não devemos dormir durante a noite toda”.

“Sono, minha querida, provar-se-á nosso amigo, e nossas forças renovadas pelo repouso nos recompensará pela manhã o que você supõe ser tempo perdido”.

E em verdade, após uma noite de sono, a manhã foi para ela uma sucessão de triunfos frescos, após eu alcançar o clímax mais duas vezes dentro do seu apertado ventre. Eu coroei sua felicidade com duas peças de três, os quais ela levou à sua mãe, dando à boa mulher um desejo insaciável de contratar novas obrigações com a Providência.

Há algumas pessoas que fingem que a vida é apenas uma sucessão de infortúnios, o que equivale a dizer que a própria vida é uma desgraça; mas se a vida é uma desgraça, a morte deve ser exatamente o contrário e, portanto, a morte deve ser felicidade, já que a morte é exatamente o reverso da vida. Essa dedução pode parecer muito elaborada, mas aqueles que dizem que a vida é uma sucessão de infortúnios, certamente estão doentes ou pobres; pois, se gozassem de boa saúde, se tivessem alegria no coração e dinheiro no bolso, se tivessem para sua diversão uma Cecília, uma Marinetta, ou outra ainda mais linda em perspectiva, eles logo iriam ter uma opinião muito diferente sobre a vida!

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