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Vivendo um romance secreto com o marido da amiga

1701 palavras | 10 |4.59
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Leonardo passou a confraternização toda perto da esposa, mas era em mim que seu olhar fixava…

A escola onde trabalho decidiu promover uma confraternização de fim de ano entre funcionários e professores. Assim que saiu a ideia, a pergunta mais feita foi: pode levar acompanhante? E logo todos concordaram que assim seria melhor, já que a confra aconteceria em um balneário e lá poderíamos aproveitar melhor em família.
Como não estava muito animado, resolvi ir sozinho, planejando sair na primeira brecha que houvesse.
Chegando o dia, fomos todos ao ponto de encontro pegar o ônibus, que nos deixaria no balneário. Já no transporte, o dia prenunciava ser bastante divertido. Muitas piadas, descontração… Estava um clima divertido!
Ao chegarmos, começamos o processo de nos organizar, ajeitar isso, aquilo… Nisso as crianças foram logo para a piscina, os homens já começaram a pedir cerveja. Eu fiquei batendo papo com as professoras e falando mal dos alunos que reprovaram. Nesse momento, percebi que minha amiga Elisa foi para a piscina com o marido Leonardo. Ele chamava muita atenção por sua cor de pele parda, por ser alto e ter um sorriso bonito. Apesar disso, disfarcei bem o olhar para não dar na cara que estava atento a ele, e além disso minha amiga parecia disposta a fazer do momento algo íntimo entre os dois.
Quando todos já estava bem acostumados ao local, surgiu a primeira dinâmica. A ideia veio da professora de geografia Joana. Consistia em juntar as barras de chocolate que todos levaram e os 10 reais de cada um (no total, deu 400 reais). O nome dos participantes foram colocados em um recipiente e a dinâmica era: à medida que o nome de cada um era sorteado, tinha de pegar uma barra de chocolate e era eliminado da possibilidade de ganhar o dinheiro total, pois o prêmio seria dado a quem ficasse por último. Estava tudo muito bem encaminhado até que meu nome foi retirado pelo professor de História. Chateado, fui e retirar outro nome e saiu o Leonardo, que me olhou com muita decepção e, para piorar, retirou a esposa Elisa, o que me fez ser responsável por ter eliminado a chance de os dois ganharem. Mas logo o clima de decepção passou quando o motorista do ônibus venceu. Ele era quem mais precisava.
Continuamos com a diversão, decidi ir para a piscina, lá comecei a conversar com o pessoal e inclusive o Leonardo, que aproveitava sozinho enquanto a esposa batia papo com as outras professoras. Elogiei o excelente trabalho que ela fazia com os alunos e disse que ele era sortudo de ter se casado com uma professora tão dedicada. Conversa vai e vem… Ele me disse que estava complicado porque havia deixado de trabalhar e ela era quem estava pagando todas as despesas, uma vez que ele estava se dedicando a um concurso público da área fiscal que o ajudaria a ter estabilidade e a construir uma família com ela, que era o maior sonho dos dois. Perguntei qual era a maior dificuldade dele nos estudos, pois tinha um acervo de material muito bom e que poderia ajudá-lo. Coincidemente ele disse ser em português, no que me ofereci em ajudá-lo com material. Ele me confessou que não conseguia aprender sozinho e não estava podendo se matricular em um curso presencial, em razão do tempo corrido e os custos. Como tenho tempo livre, me ofereci em dar aulas particulares uma vez por semana, no período da noite. Em troca disso, ele faria uns trabalhos de contabilidade para mim. Ajustamos e ele pareceu muito animado. Falou com a esposa e ela me agradeceu, só disse ser uma pena que era justamente no horário que ela trabalha na EJA e perguntou se eu não poderia mudar, para que pudesse servir janta para mim e o Leonardo enquanto estudávamos. Disse que não seria preciso e que realmente era meu único dia disponível.
Após o evento, ajustei com o Leo, que me pediu para começarmos já no dia seguinte, visto que o dia da prova se aproximava e ele queria dar atenção a português pelo alto peso no concurso. Não vi problemas e marcamos para a segunda-feira.
Às 18h, cheguei à casa dele e de Elisa, que estava de saída para a escola.
– Amigo, fica à vontade. Deixei café na garrafa e se precisar de mais alguma coisa o Léo prepara.
– Imagina, Elisa. Eu só janto tarde. Pode ir em paz. Hoje o diretor não está, você deveria liberar os alunos mais cedo.
– Ih, nem vai dar. Capaz de sair é mais tarde, pois estamos com o projeto de Feira das Nações atrasadíssimo.
– Nossa, nem me fale de projeto escolar. Acho que ensinar o Léo vai me ajudar a desfazer um pouco a visão de ensinar para os alunos daquela escola.
– Amigo, falando nisso, já quero te alertar que o Léo tem muita dificuldade. Ele é super inteligente em exatas, mas quando parte para português, parece que ele não aprende. Até já estudei para poder ajudá-lo, mas não consegui. Se você conseguir, serei eternamente grata.
– Pode deixar. Tenho aqui alguns materiais focados na prática. Ele vai se sair bem. Abraço e bom trabalho.
Enquanto Elisa se despedia, Leo apareceu na sala. Ele tinha acabado de sair do banho e apareceu perfumado e com um sorriso que me fez tremer. Levantei da cadeira e fui apertar a mão, mas ele desviou e me deu um abraço.
– E aí, amigo. Pronto para ajudar esse analfabeto aqui?
– Que é isso, rapaz. Aposto que sabe muito mais do que imagina, eu disse rindo.
Nós nos acomodamos no quintal da casa e, por ser distante da entrada da casa, Leo me pediu licença para fechar a porta de chave, visto que morava sozinho com a Elisa e o bairro estava enfrentando uma onda de assaltos.
Começamos com uma avaliação para eu verificar qual o nível de aprendizagem do Leonardo. Ele demorou cerca de uma hora para responder, enquanto eu preparava um jogo didático de tabuleiro para o primeiro assunto que ensinaria. Leonardo estava bastante cheiroso e fiquei sentado bem do lado dele, sentido o calor do corpo dele um pouco e o cheiro inebriante. Após cerca de uma hora, ele finaliza e eu começo e a corrigir, ele se aproximou ainda mais de mim e pareceu muito interessado em entender os erros. Nisso, ele comecou a apontar na prova frases, palavras e eu comentava as respostas. Num desses momentos, minha mão involuntariamente tocou a dele como se estivesse encaixando, mas fingi não ter percebido. No final, o Léo disse que eu era muito inteligente e estava confiante na evolução. Com um sorriso bobo, ele pediu para parar para tomar água e quando ele se levantou, senti meu coração acelerar. Parecia que algo estava prestes a acontecer entre nós dois. Ele retornou com a água e ficamos mais um tempo estudando. Durante o jogo, a mão do Leonardo repousou na minha coxa e ele parecia bem acostumado com aquilo, apesar de eu ter ficado vermelho. Finalizamos o jogo minuitos depois e quando percebemos, o tempo do estudo já havia passado. Ele me perguntou se eu estava com clima para uma cerveja, disse que não pois iria encontrar com meu namorado no final da noite e não havia dito a ele que iria beber, nisso Leonardo me pergunta:
– Cara, se você não me dissesse não imaginaria que era gay. Mas tranquilo, eu tenho zero preconceito.
– Valeu, Leo. Sei que Elisa jamais casaria com um homem preconceituoso, disse eu rindo.
Leonardo e eu nos entreolhamos por um instante, capturando uma energia estranha que pairava no ar. Uma troca de olhares intensa e cheia de significados silenciosos. Com um movimento sutil, ele tocou minha mão, enviando um arrepio inesperado pelo meu corpo.
– Você é um cara muito inteligente. Hoje percebi isso. Obrigado, de verdade!
Ele me abraçou para agradecer. Nesse instante, num gesto impulsivo, eu acabei beijando o pescoço dele. Um silêncio pairou no ar, estava com uma sensação de constrangimento e sem conseguir me mover. O Leonardo parecia sentir o mesmo.
Ao nos separarmos, ambos atordoados pela intensidade do momento, eu não consegui encará-lo e me despedi. Disse que precisaria ir embora. Leonardo me disse que Elisa ainda demoraria mais de uma hora para chegar e ele podia me levar de carro em minha casa, que ficava a cerca de 10 minutos dali. Aceitei a proposta, mas disse que nas próximas vezes voltaria de Uber, no que ele assentiu rindo.
No caminho, conversamos sobre meu relacionamento, ele disse que tinha curiosidade em saber como era o cotidiano de um casal gay. Disse que se assemelhava mais do que ele imaginava ao de um casal hétero. A diferença era somente no sexo. Ele riu bastante e me perguntou algo que me deixou constrangido:
-Vocês reversam os dias de quem vai ser ativo? (Sim, ele sabia a diferença nas posições sexuais).
– Leo, veja bem, meu namorado não curte ser passivo. Então, eu acabo sendo sempre.
– Rapaz, e você aguenta o rojão? Ele perguntou bem descontraído.
– Ué, a Elisa não aguenta? Falei rindo.
– Mas no caso dela, ela tem buceta. Ele falou gargalhando. E ainda continuou:
– Quando tento atrás, ela diz que que não dá de jeito nenhum.
– Tem que ter todo um preparo para conseguir o de uma mulher. Com gay é mais fácil.
– Cara, vou confessar para você já que estamos bem à vontade. Eu já fiquei com outro homem antes de conhecer a Elisa. Mas não rolou penetração…
– E você tem vontade? Interrompi…
– Demais, até mesmo com outro cara. Mas não tenho coragem em trair a Elisa.
– Leo, posso te dizer um negócio?
Comentem para a parte 2…

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10 Comentários

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  • Responder Ronaldo Souza ID:40vokilezrj

    Nossa que delicia de conto… afoito pela segunda parte

  • Responder Pedro ID:1emjkxtgqzji

    Cade parte 2 to com tesao aqui

    • romancecomleo ID:w724g3hj

      Saiu

  • Responder Eu ID:g61t9lv9d

    Que bosta

  • Responder Will ID:1djnmhnaqzmr

    Cadê a continuação?

  • Responder Eu ID:1e0gisbryv8a

    Até aqui nada

    • romancecomleo ID:1se48w6z

      Não foi por mal, mas estava muito Longo. Vou postar a parte 2, que vai ser a última.

  • Responder Nelson ID:8cio2sam9k

    Que pena que não rolou nada e eu aqui cheio de expectativa.

    • romancecomleo ID:1se48w6z

      Rolou! Na parte 2, conto tudo.

  • Responder Nojento ID:8315w31b0b

    Aff