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Fui Desmoralizado Pelo Meu Inimigo

1691 palavras | 6 |2.70
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Faz tempo! Na época tentei o suicídio. Mas tem males que vêm para o bem. Hoje estou de boa com minha nova vida, como passivo submisso. A vida é assim!

Eu tinha vinte e sete anos na época e eu e minha noiva, virgem, da igreja, que era o meu ar e minha vida, estávamos com toda a casa praticamente montada. Só faltavam as coisas miúdas e o sofá, que ainda não tínhamos nos decidido quanto ao modelo. O casamento seria em menos de um mês e era aquela correria. Um dia a Bete estava meio diferente, chorosa e evitando falar. Eu insisti em saber o que era e ela disse, depois de muita relutância, que era tudo, saber que ia deixar seus pais e também por ter ficado reprovada no período. Pareceu convincente e eu até a abracei e busquei animar ela. Mas ela estava realmente bem estranha. Passado uma semana, no dia que era pra gente ir ver o sofá e algumas coisinhas, ela não estava em casa e não atendeu minhas ligações. A mãe dela não sabia de nada. A Bete tinha saído sem dizer nada. Mas estava arrumada. Dona Eliza até pensou que estivesse comigo. Eu fui ver o sofá assim mesmo, sem ela. Eu não conseguia parar de pensar aonde ela poderia estar. Tinha ligado pra todos onde ela talvez estivesse e nada. Era já por volta das cinco da tarde quando ela atendeu minha chamada. Voz estranha, bastante nervosa e sem falar muito. Apenas não explicou nada e disse que a gente precisava ter uma conversa séria. Eu entrei em desespero. Conversa séria? Não quis adiantar nada e no final da ligação disse “desculpa”. Fui lá e ela me atendeu bastante seca. Evitando me olhar e não me permitindo tocar nela. Eu sabia que tinha algo realmente sério. Ela não quis conversar lá e a gente foi pra orla. E em pouco tempo meu universo desmoronou. Senti algo tão perturbador e excruciante, que cheguei a ver tudo preto e faltou pernas e ar. Eu estava sentado. Mas sentia como se estivesse caindo. Mas, não estava nem perto do terror que veio em seguida. Ela tinha dito que não dava pra gente continuar e que a gente tinha que encontrar a melhor maneira de desfazer tudo e dar uma satisfação para todos, mas sem ser brigados. Isso já me derrubou. Mas quando eu perguntei o porquê, ela não queria dizer. Mas eu insisti, dizendo que era o mínimo que ela tinha como responsabilidade. Me dar uma razão plausível para o fim do noivado. Todo aquele tempo, nossos planos e tantos gastos… Não fazia sentido. Então ela começou a chorar. Desabou mesmo, me pedindo mil desculpas e dizendo que não foi consensual a princípio, mas que não sabia o que havia dado nela e que acabou sedendo. Eu pedi pra explicar direito. Então ela soltou de uma só vez. O Luiz, vizinho que era o namoradinho dela, antes da gente começar a namorar, e que frequentava o grupo jovem com ela, um cara com quem eu havia tido uma briga séria um ano atrás, justamente por eu não concordar com o fato dele ficar direto encima dela, uma briga de sangrar mesmo e que eu acabei levando a pior, já que ele sabia artes marciais; ele conseguiu seduzir ela. Ela até tentou resistir. Mas ele acabou levando ela pra casa e tirou a virgindade dela. Ela se arrependeu, iria ficar como segredo, mas acabou que em menos de uma semana, ela mesma se entregou pra ele. Ouvir tudo aquilo! Eu não tinha palavras. Nem conseguia pensar direito. Aquilo foi humilhante pra mim. Me senti um merda sem nenhum valor. Simplesmente me levantei e saí andando sem rumo. Larguei o emprego, me tranquei em casa. Na casa que seria nossa, e em duas semanas ela me ligou chorando, pedindo pra voltar, que ainda dava tempo de consertar tudo e a gente casar. Eu era muito apaixonado por ela. Não queria de jeito nenhum. Mas, para encurtar, depois de conversar com ela, decidimos voltar, mas sem casamento. Aceitei ela morando comigo. Ela me prometera que nunca mais me faria chorar novamente. Passaram cinco meses. E então eu recebi do meu irmão o tal vídeo que o Luís havia postado no xvideos. O cara comendo a Bete em diferentes posições, inclusive o cu dela, que nem eu havia experimentado ainda, por ela se recusar. Eu não conseguia acreditar no que via. Ela estava dando pra ele feito uma piranha vadia. E até se exibia para a câmera. Não era possível aquilo que eu estava vendo. Não parecia a Bete. Eu não queria acreditar. Ela não veio pra casa nesse dia. Não quis atender minhas ligações. Fui na casa dela, com o capeta no corpo. Mas ela não queria conversa com ninguém. O pai dele me impediu de entrar, mas se colocando no meu lugar e sentindo as minhas dores. Todos me olhavam com aquela cara de pena. Então fui na casa do Luís. Ele parecia estar me esperando e a gente caiu na porrada. Bem… Se não fosse o pessoal na rua impedir, eu teria morrido ali. Ele estava esfregando a minha cara no meio fio. Eu tive que ir pro posto de saúde. Foi quando eu tomei os remédios, pensando em morrer. E acordei no hospital geral de Bonsucesso. Eu estava vivendo o inferno. Passei por sessões de psiquiatria e passei a ter o acompanhamento do meu irmão, que foi morar comigo.
O tempo passou. Eu não conseguia perdoar a Bete. Mas o que sentia em relação ao Luís era um ódio que tudo que eu queria era matar ele. E não tinha um dia que eu não planejasse fuder com a vida dele. Passaram dez anos. Eu já era gay, na verdade BI, mas para lá do que para cá. E um dia recebi o Luiz em minha loja. Ele foi lá pra me infernizar, só com a presença dele. Mas ele parecia arrependido e tinha ido na loja não apenas para comprar, mas para implorar o meu perdão. Ele disse que não conseguia dormir com tudo o que fez remoendo em sua cabeça. Havia entrado pra uma religião doida, Cristianismo Gnóstico. Realmente muito doida. E ele pareceu realmente arrependido. Eu desabai em lágrimas na loja, numa mistura de ódio dele e de mim e da vida. Pedi pra Cíntia assumir a loja e fui pro estoque. E ele veio atrás me implorando perdão, dizendo que não sairia de lá sem o meu perdão. Até se ajoelhou. Eu dei um soco com toda a minha raiva na cara dele. E ele não revidou. Apenas disse que merecia. Faça pra ouvir o falatório lá fora no salão da loja. Eu dei outro soco nele. E mandei ele morrer e ir pro inferno. No terceiro soco, ele segurou a minha mão e ficou me encarando. Então disse que eu precisava perdoar ele e ele precisava do meu perdão. Eu cuspi na cara dele e ele limpou a cara. Ficamos um tempo se olhando. E não sei o que me deu. Juro por Deus que não sei o que foi aquilo. Simplesmente tremi com ele tão próximo. Já estava tremendo de ódio. Mas essa tremedeira era diferente. Aquela tremedeira! A boca dele, o perfume dele, as lágrimas, aquele olhar… Eu segurei o pescoço dele e o queixo e o beijei. Ele não entendeu e não retribuiu. Só tentou se soltar. Mesmo com seus lábios fechados e ele me repetindo, eu insistia no beijo, até que ele me deu um empurrão e eu caí nos volumes das bolsas. Ele ficou me encarando sério e eu morrendo de ódio e vergonha. Voltei a levantar e a tentar seduzir ele. Ele me segurou e perguntou que eu estava fazendo. Então eu sussurrei “me fode!”. E o ódio que eu sentia dele se tornou ódio por mim mesmo. Era patético aquilo. Mas quanto mais humilhante ficava pra mim, maior era o ímpeto de dar pra ele. Seu lá! Era como se eu quisesse transformar ele em viado também. A Cíntia veio no estoque e não entendeu nada. Eu disse pra ela fechar a loja. Não estava nem aí pra nada. Não sentia mais esse tal de amor próprio. Ele aproveitou a oportunidade para tentar sair daquilo. Mas eu segurei no braço dele e me virei de costas, novamente pedindo pra ele me fuder. Ele balançou a cabeça e novamente me deu um empurrão, se desvencilhando de mim. Então foi embora. Eu estava ainda sem entender direito a mim mesmo. Então desabei em lágrimas ali no estoque. Quando me recuperei, eu estava determinado que iria dar pra ele e também comer ele. Já fazem três anos e agora sou eu que sinto vergonha de mim mesmo. Da última vez que nos falamos ele disse que se eu insistisse nisso que ia me processar por assédio. Eu estava tão alucinado nele, que contratei um garoto de programa que se parecia com ele e pedi pra ele me humilhar como nunca havia humilhado um vídeo, que se fosse bom o suficiente, eu pagaria o dobro. O rapaz até que me humilhou mesmo. Mas não pareceu real. Eu queria era ser enforcado quase a ponto de morrer, recebendo pika. Queria apanhar de ficar marcado, mas que disse sem esperar as atitudes e não como foi. E até hoje eu fantasio com o Luiz me humilhando na pika. Mas não importa o quanto ele me humilhasse na pika, nada se compararia aí quanto esse cara destruiu quem eu era e me humilhou como homem.

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6 Comentários

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  • Responder a ID:1dlqxf4umfz9

    Isso aqui acabou com meu dia, mano, vai procurar ajuda profissional, você não está bem e isso é bem nítido…

  • Responder Ph ID:1d48ks39em1t

    Procura um psicólogo, de verdade, ou um terreiro de umbanda pra ver essa obsessão aí.

  • Responder Igor ID:1df5wkhwt8kx

    Que lixo de conto! Patético!

  • Responder FábioAM ID:bemkw165hk

    Precisa de ajuda parceiro, tem que tirar essa obsessão porque tá te corroendo. O cara já te deu perdão, e, segue em frente. Pois tem cheio de macho pra você explorar. Se não deu certo com ele, pode dar certo com os outros. E encontar algum, que te conforta e que transforma-te uma putinha submissa ao nível BSDM.

  • Responder Kkkkkkkkkkkkk ID:1ed5he4wguct

    Kkkkkkkkkkkkk

  • Responder Lipe2a ID:1ck66q7bqzq9

    Bom quer um conselho? Continue no pisiquiatra porq essa obssesão nao e normal e nem saudavel kkkkkk