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O lanchinho do meu marido

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Era semana de Natal e estávamos entediados. Grindr está aí pra isso, certo? Não vi ninguém interessante, mas tinha um novinho… O número do meu homem

Eu já contei algumas coisas aqui e estou com um baita tesão nisso. Ainda não sei se devo (ou posso) compartilhar essa parte da minha vida com meu esposo, mas não me sinto culpado, porque há o sigilo. Não é como se eu estivesse traindo ele pelo anonimato, certo? E estou curtindo me expor.

Estávamos em casa, fazendo preparativos para receber amigos à noite. Sim, faríamos uma ceia em casa, mas nada de putaria, só nós e mais dois casais de amigos de longa data, totalmente vanilla. São família mesmo, nunca tivemos nada com eles e essas pessoas em específico não fazem ideia das putarias que a gente curte fazer.

Foi um pouco antes da pandemia, quando o mundo ainda era um pouco mais solto (inclusive, saudades da irresponsabilidade). Como estava com quase tudo adiantado, fomos deitar um pouco e claro, começou a rolar um sarro entre nós dois.

Eu estava louco de tanto tesão mamando aquela vara. Aliás, isso é uma coisa que a gente curte: passamos horas a fio assim, com ele torando minha boca. As bolas do maridão são enormes, e eu chupo aquele sacão com verdadeira adoração – é ali que se produz o meu leite predileto. E assim, ele sentado na cama, costas encostadas na cabeceira, pernas abertas, eu com o pau dele atolado na boca e sentindo seus dedos brincando com a porta do meu cu. Dia normal e feliz em casa.

– Vida, to safado. – eu disse.

– Ah, sério? Quando que você não está safado, seu puto?

– To falando sério… É que sei lá, tá todo mundo nesse clima de fim de ano… Eu acho que trazer alguém aqui hoje, antes dos meninos chegarem, ia ser um tesão. Tipo dar um presente de Natal, saca?

– Cara, cada ideia… Mas eu topo. É safado mesmo. A gente pode pegar um só, em vez de casal? Assim me divirto mais, porque participamos juntos.

E começamos a falar sobre nossos contatos de foda. Apesar do tesão da conversa, não era exatamente aquilo que eu queria. No final, paramos de foder sem gozar mesmo – eu precisava colocar umas coisas pra marinar a tempo do jantar.

E assim, arrumando casa, liguei o app da putaria porque, né, ninguém é de ferro. Em uns 10 minutos, fucei e vi o que tinha disponível, sem promessas, coisa pra rolar agora, coisa real. Vi uns caras que já tinha pegado, chamei, bati papo… Deu saudade – até combinei umas coisas, mas fica pra outro conto. O lance é que eu queria alguém novo, desconhecido, pra brincar mesmo com o fetiche do Natal. Não achei ninguém, mas olha, não é que fui achado?

Rafa era um rapaz lindo, de 22 anos, com um corpo perfeito, daqueles que você não sabe se é pura genética ou academia – tudo no lugar, bunda empinada, torso desenhado, coxas grossas. Seu rosto então me deixou até enciumado: o moleque era gato de verdade, de um jeito que me sentiria ameaçado vendo ele se pegar com meu marido em casa. É CLARO que eu também queria, mas a gente não faz putaria porque não tem tesão um no outro, pelo contrário – pra gente, a putaria é parte do processo. Então um carinha como o Rafa, com tais atributos, eu sabia que era exatamente o que meu marido pediu ao Papai Noel.

– Amorzão, chega mais… Olha isso aqui.

– Caralho, lek. Que porra é essa? Achou agora?

– Não. Eu tava procurando, mas quem me achou foi ele. E, pelo visto, tá afim. Olha aqui.

[reprodução das mensagens]

RAFA: eae, beleza?

**********: Opa, melhor agora. Tá fazendo o que por aqui, que nunca te vi? Teria reparado, gato.

RAFA: Eu moro aqui, mas uso pouco o app. Posso ver seu álbum?

[pausa]

Pediu o meu e já abriu o dele – o menino era, de fato, uma fantasia sexual ambulante. Tinha os lábios carnudos, uma pele levemente bronzeada, queixo bem marcado e um cabelo perfeito. Aliás, tudo ali era perfeito. Nem achei que fosse querer algo comigo, porque esses novinhos de hoje em dia são bem exigentes (e costumam gostar de gente mais nova também).

[reprodução das mensagens]

RAFA: Nossa, **********, curti muito. Se tiver afim, adoraria te ver.

**********: Tipo hoje?

RAFA: Por que não?

[fim]

– Eae, vida… Tá afim?

– Se to afim? Você é louco? Nossa, mano, se pegar esse moleque eu quebro ele no meio de tanto foder. Mas você nem falou que somos um casal… por quê? Quer pegar o putinho sozinho? Não vai fazer isso comigo, vai?

Sorri olhando em seus olhos.

– Amor, lembra da brincadeira? Ele tá afim de vir e ficar comigo, mas chegando aqui vai ganhar duas picas. Mas…

– Mas o que, viado safado da porra?

– Eu to mais afim de ser corno e te dar um presente. Vida, quando ele chegar aqui, ajudo a aquecer, tiro uma casquinha, mas você pode comer esse moleque de jeito? Ser o macho que ele nunca teve? To pedindo… Fode sem pressa, eu continuo o jantar. Quero que você canse ele tanto, mas tanto, que vai sair daqui apaixonadinho hoje. É o dia de sorte desse guri.

Enquanto eu falava, meu marido acariciava o meu rosto e me olhava com um semblante bem idiota.

– Olha, cara, mas nem se eu desenhasse o cara perfeiro seria capaz de chegar perto do que você é. Esse seu jeito, nossa parceria, o que te dá tesão me dá tesão… Eu te amo.

– Também amo você, mas o papo não é esse. Vai fazer o que eu pedi?

– Claro… Ainda vou chamar ele de amorzinho, deixar ele se sentir especial, saca? Só pra brincar. Depois de cansar de foder, dou um beijo e mando embora. Nem quero telefone dele, você organiza tudo.

– Sim, isso mesmo. E como sou um bom corninho, vou organizar, cuidar, deixar que se tenham tudo o que precisam pra se divertir… Aí, no final, ainda levo o seu nenê em casa, deixo ele na porta.

– Você é incrível. Meu corno.

– Eu sei. Amo servir meu macho.

– Por isso que tem passe livre pra ter o rabo fodido sempre que quiser.

*****

Não demorou nada pra que o Rafa estivesse pronto. Rapazinho além de tudo obediente, do jeito que eu gosto. Ele deu o sinal, disse que viria e levaria uma hora – como realmente era coisa de uns 8km de casa, falei que o buscaria, porque seria bem rápido.

Ele entrou no carro confiante. Não era nada tímido, pelo contrário – Rafael era plenamente consciente de seus dotes, estava no auge da beleza juvenil e parecia gostar de ser cortejado. Foi educado, mas não é como se estivesse agradecendo que fui buscá-lo.

Viemos conversando pouco, amenidades. Eu e o elogiei, ao que ele perguntou a minha idade e disse que se sentia inspirado, porque não é comum chegarem aos 35 com um corpo tão legal. O safado gostava mesmo de rola, e já parecia dar sinais de que estava louco pra dar aquele cu. Colocou a mão na minha coxa enquanto eu dirigia e comentou sobre a firmeza dos músculos.

– É pra te comer melhor, chapeuzinho.

– É bom mesmo.

Estacionei o carro em uma parte afastada do condomínio. Eu queria checar o material antes de chegar em casa, e claro, aproveitar dele um pouco caso desistisse na hora em que visse meu marido em casa. Comecei a beijá-lo – que boca deliciosa… Eu sou muito seguro do que sinto e nunca passa pela minha cabeça a vontade de ter outro relacionamento, mas o Rafinha me tiraria fácil da solteirice, se fosse o caso. Levantei sua camisa e comecei a chupar seus mamilos com vontade – ele estava sem graça, por estarmos em um lugar relativamente aberto, mas gemia de tesão, alisava meus braços e forçava meu rosto contra seu peito. Eu lambia ao redor da auréola, chupava os bicos e mordiscava a pontinha – o guri estava todo suadinho já.

– Nossa, que delícia. Eu amo isso.

– Ama, Rafa? Que delícia.. Você é meu hoje e vou cuidar de você.

Beijei aquela boca gostosa mais um tempo, beijos longos, molhados, cheios de desejo. Deslizei a mão por suas costas e apalpei as nádegas mais perfeitas.

– Se você continuar assim, vou ser obrigado a te dar no carro.

– Não por isso, gatinho.

Virei o moleque habilidosamente e baixei seu moletom. Sua bunda era redonda, pequena, arrebitada e carnuda. Perfeita. Comecei a chupar aquele cu, enquanto o rapaz se agarrava ao carro com força, abafando os próprios gemidos e observando, disfarçadamente, pra ver se havia alguém se aproximando. Mas não era um problema, eu calculei bem – ninguém estacionava ali, era só um refugo para os dias lotados.

Ele começou a rebolar na minha cara e não aguentei – tirei o pau e, carinhosamente, comecei a roçar a portinha daquele cu incrível. Fodi segurando ele pelo cabelo, calando sua boca com meus beijos, usando a outra mão para apertar aqueles peitinhos que deixavam ele tão maluco.

Nisso, deu uns 20 minutos. Meu celular vibrou, eu caí na real e lembrei o que estava fazendo ali. Por estranho que pareça, lembrar do meu marido e ver esse moleque ali entregue pra mim fez meu pau estralar de duro.

– **********. que delícia… O que você faz pra ficar assim tão duro?

Sorri, o beijei e mordi seu lábio inferior.

– Eu não presto, Rafa. Vamos logo pra casa, tenho surpresas pra você. Nada do que você não vá gostar, prometo, mas vai entender que eu não valho nada. E é isso que me dá um tesão da porra.

No caminho até meu prédio, passamos por dois elevadores e um longo hall. Mandei mensagem pro meu marido, falei que tinha provado o guri, que ele era muito gostoso mesmo, e pedi que ele nos esperasse do jeito exato da minha fantasia.

Pedi que tomasse uma tadalafila – não porque precisasse, mas pra judiar do rapaz – vestisse o short do Coritinhians sem cueca, colocasse o óculos de aro preto e passasse um óleo no peito e no pau. Ele sabe que óleo é, seja porque eu amo o perfume que deixa no meu macho, porque exalta seus músculos debaixo de seus pelos aparados ou porque ajuda a deixar a pegação mais gostosa, meu homem sempre usa. Ele faz tudo o que eu peço, exatamente como peço.

Entramos em casa e o Rafa estava ansioso para retomarmos.

– Aceita uma água?

– Sim. – ele respondeu, já enfiando a mão na minha calça.

Dei a água ao nosso meninão e deixei que se refrescasse. Peguei um pano de prato escuro e bonito, enrolei enquanto olhava pra ele com um sorriso bem safado.

– Rafa, lembra que eu não presto?

– Eu também não, relaxa.

– Você nem imagina, mas vai gostar. Posso? – mostrei o pano, que já era uma venda.

– Nossa, que delícia… Quero ser estourado assim.

– Você vai, guri, você vai.

Disse isso, o vendei, o levei para o quarto aos beijos. Abri a porta com cuidado e lá estava ele, meu homem, perfeito, com o volume enorme no calção que eu pedi para vestir, e a meia-luz reluzindo em seu peitoral definido de macho. Seu olhar já me mostrava que, pela demora, ele ia torar esse moleque com raiva, pra descontar o ciúme que deve ter sentido (uma vez que eu disse que já voltava e demorei, nem tinha combinado de começar a festa sozinho) – eu sei como atiçar esse macho.

Fui despindo o rapaz suavemente. Ele estava só de camiseta e calça de moletom, sem cueca, bem putinho. Fiz com leveza, pra que ele sentisse a sensualidade do toque, enquanto olhava pro meu marido – eu seus olhos, o via delirar de tesão. Ele apalpava o pau sob o short e a cabeça enorme já despontava na saída da coxa esquerda, com as bolas caídas pro outro lado.

– Se prepara, gatinho.. Feliz Natal!

Tirei a venda. Assumo que, por um instante, achei que o Rafa fosse desistir. Acontece que meu marido, diferente de mim inclusive, não tem qualquer traço que o apontaria como gay – é um homem feito, macho, lindo. Do tipo que, quando chega aos 40, é lido como galã mesmo. Pode parecer agressivo o seu semblante, seus feromônios e a testosterona de seu corpo que é sarado e bruto ao mesmo tempo (ele não tem curvas como eu, não fica fazendo coisas pra tornear, é macho, tem um corpo funcional pra foder).

– Vem cá, delicinha, vem. Tá tudo bem, a gente só vai te usar e depois te mandar pra casa bem mais feliz do que chegou aqui.

Rafa nem respondeu à entrada do meu macho. Meu deu um beijo suave e já correu pra sentar de frente pro meu esposo, sentando sua bundinha perfeita naquele colo de homem. Começaram a se beijar assim, de frente, na minha cama. Eu me aproximei, mas só pra admirar mesmo – sentir a respiração ofegante do Rafael enquanto meu marido enfiava sua língua garganta adentro, roçando a barba malfeita em seu pescoço de menino era exatamente o que eu queria. Beijei um, beijei o outro, mas fui deixando claro que, ali, eu era coadjuvante.

Me afastei pra observar… Meu marido puxou o guri contra seu corpo e falou umas boas putarias em seu ouvido, enquanto me olhava, certo de que eu estava morrendo de curiosidade pra ouvir… Mas ele não ia dizer. Era segredo dele e do moleque, e eu estava ali pra ser torturado como um bom corno submisso.

– Ele disse que seu cu é gostoso, mas eu to vendo que é gostoso demais. Se eu viciar nesse cu, você vai ser minha puta. Olha pra mim, minha puta, não a puta do meu marido viado que nem você. Aqui tem pica pros dois, se você quiser, quando quiser.

Rafa ouvia sua voz grossa e jeito dominante como uma criança ouve um pai rigoroso, com um misto de admiração, respeito e desejo de agradar. O moleque mamava com muita vontade, e o que me deixava mais louco era sua habilidade – certeza de que era do tipo que dá pra quem tem vontade e tem um monte de macho correndo atrás, sabe como tratar uma pica e um macho, e tava ali, totalmente entregue ao meu.

Fiquei por ali, sentado, batendo uma. Depois de ver o Rafinha gemendo de dor sentado na pica, meu marido disse:

– Ei, seu tempo acabou. Me deixa aqui com o novinho, que hoje eu vou dar pica é pra ele. Vai lá pra sala, termina o que a gente tava fazendo, na hora que eu terminar aqui – se eu terminar, te chamo pra limpar o que sobrar. Vai, seu corno de merda.

E fui. Humilhado, morrendo de ciúme, com uma pontada de inveja daquela juventude deliciosa e tão desejável – eu, na idade dele, fazia igualzinho. E como não consigo lidar com esses acessos de violência verbal do meu esposo, fiz o que ele pediu.

– Claro. Qualquer coisa, chama.

*****

Calma, eu estava sofrendo, e muito, mas era uma delícia. Eu amo essa sensação – você pode julgar se quiser, mas ser corno é uma delícia… Ouvia minha cama bater na parede num ritmo frenético, enquanto o moleque gemia e pedia mais.

– Pede pica, viado, pede!

– Me fode, por favor, fode mais…

E dá-lhe bateção de cama. Mas não era só isso… Esses sons se alternavam com gemidos baixos, suaves, com beijos intermináveis, daqueles de novela, que dá pra ouvir o som. E com frases gostosamente safadas:

– Você quer ser minha putinha, quer?

– Quero, quero muito.

– Vai dar pra mim esse cu todo dia?

– Todo dia, cara, juro. Todo dia.. Ai, ai…

– Então sente seu macho… Olha, como entra e sai essa tora do seu rabo… Repara bem no tamanho da minha pica e como ela desliza pra dentro do seu buraco. Larguinho, bem puta, do jeito que eu gosto de foder… Seu buraquinho gosta da minha vara, quero preencher esse seu vazio.

(gemidos)

– Olha pra mim, porra… Olha pra mim e beija seu macho, beija… deixa eu apertar esse peitinho aqui até ficar roxo… Vou chupar pra arroxear, ta? É meu, vou customizar…

E tudo isso entre tapas e beijos. Eu olhei no relógio e cara, tava dando o meu limite já. Já estava dando 20h, o pessoal ficou de chegar perto das 22h, eu tava num tesão do caralho e numa dor de cotovelo melhor ainda. Fui andando até o quarto, devagar, pra ver se ouvia mais.

– Ajoelha… isso, biquinho, faz… Agora olha pro teu macho. [som de cuspida na cara, som de tapa]

– Abre essa boca, porra… Abre pra mim, amorzinho… Quero escarrar na garganta da minha puta. [mais um som forte de cuspida]

Eu ouvindo isso e batendo uma, com algumas lágrimas nos olhos, o cu piscando, pau latejando e o corpo quente de raiva.

– Agora mama a cabeça. Vou dar leite na sua boca de novo. E você vai tomar tudinho, não vai, meu neném?

– Vou sim, amor. Vou sim, meu dono, meu macho.

Eu não aguentei. Gozei ali, na porta, excluído, diminuído e deixado de lado – exatamente como planejei. Eu estava satisfeito – sofrendo pra caralho, mas satisfeito.

Tive que me apressar, porque ouvi eles me chamando.

– Amor? Amor?

Bati antes de entrar.

– E então, tudo bem aqui?

– Tudo sim, vida. É que o Rafa tem um presente pra você também.

Eu, feliz, entrei no quarto. O menino virou aquele rabo perfeito, arqueou o corpo sobre o meu marido e, encostado em seu peito, disse:

– Você pode por favor chupar o leite do meu cu? Agora. Eu preciso ir embora, minha família está me esperando e estou sujo.

– Você vai fazer o que ele pediu ou não, seu lixo?

Aquilo era o limite. Eu estava mal, de verdade. Extrapolou todos os limites da brincadeira saudável… Mas eu sempre vejo que não tenho limites. Obedientemente, tirei minha camisa, deitei atrás do menino, chupei seu rabo como quem está limpando algo com a língua, mais do que simplesmente fazendo um oral.

– Rafa, coloca seu cu pra fora. Deixa ele limpar tudo, tá bem, amorzinho?

– Claro. Assim? – disse, empinando mais e forçando seu cu, que de tão arrombado e quente estava vermelho e inchadinho.

– Isso… bom menino, meu garoto.

E eu chupei. Lambi, lambi, lambi aquel cu. Limpei ele todinho. Enquanto eles conversavam e se acariciavam, combinando fodas pro futuro, me fizeram lamber todo o corpo suado dos dois. Tive que preparar um banho, separar toalhas e ouvir eles namorando mais um tempo no chuveiro. 20h45.

Rafael saiu do banho com o vapor enchendo o quarto. Eu continuava ali, num misto de amor e ódio, me sentido o cara mais trouxa do mundo. Me olhou, sorriu.

– Você pode me levar agora?

Na volta, eu estava um pouco sisudo, quieto. Quando estávamos quase chegando em sua casa, ele disse:

– Não entendi. Você ficou chateado? Eu fui lá pra brincar contigo. Você armou tudo, eu entrei na brincadeira. Fiquei o tempo todo achando que você ia entrar e me foder junto, eu amo ser marmita de casal.

– Ah, para… Não é isso, foi uma brincadeira. Um presente de Natal, saca?

– Eu eu adorei. Posso mesmo ser a puta de vocês? Mas olha, se rolar pra vocês, queria ser dos dois. – disse isso e me beijou no carro. Eu correspondi ao beijo, mas já sem o mesmo fogo de antes.

– Claro. Olha, nós temos os nossos acordos e acredite, se ele agiu assim é porque já esteve do outro lado. Então não tá ficando comigo por pena ou peso na consciência, né? Eu sou adulto, e você era o brinquedo ali.

Rafael sozinho. Uma putinha nata.

– Você é lindo. O ********** é um tesão, um touro, me fodeu de um jeito louco, mas eu adoraria curtir com você, porque te achei gato mesmo. Aliás, um dia, só eu e você, que tal?

– Vamos pensar nisso. Feliz Natal, Rafinha.

– Feliz natal, corno. Manda um beijo gostoso pro meu macho, fala que to com saudade já e vê se sobrou algum leite pra você – é gostoso, viu? Vale a pena. Tomei três vezes e levei duas no cu.

Assim ele saiu do carro, e eu ainda meio tonto. Voltei pra casa.

*****

Chegando em casa, eu assumo que estava puto. Tentei levar tudo numa boa, mas não deu não, estava emburrado e monossilábico.

– Vida, sério que você vai ficar assim?

– Mano, na boa, não to afim.

– É, realmente uma pena. Achei que a gente estava se divertindo. Mas beleza… Na próxima, não começa, ok? Se já tá com raiva mesmo, vou piorar pra você: o moleque tem o cu mais gostoso que comi desde que a gente faz putaria juntos. É uma delícia, e eu pretendo – e vou – foder aquele rabinho até ele cansar de mim. Como você pode imaginar, é mais fácil eu cansar, porque ele gostou muito dessa rola aqui.

– Filho da puta. – eu respondi e segui fazendo as coisas em casa.

Ele também, já tinha passado o clima general e ele não tava me humilhando, pelo contrário. Nossos amigos chegaram, ceiamos, foram embora. Era hora de ir pra cama.

– Você vai continuar de cara virada pra mim?

– Porra, velho… O que você quer que eu te diga? Viu exagerou, viu que não bateu bem pra mim, e ainda chega e fica fazendo todos os elogios do mundo pro cara? Quer que eu me sinta como? Pega logo o telefone dele, vai lá, dorme com o gurizinho engatado no pau.

Meu esposo sorriu, paciente. Eu via amor em seus olhos.

– Olha pra mim.

– Não quero.

– Olha. – disse segurando o meu queixo. – Eu fodi ele, e muito. Assim como combinamos. Lembra que me pediu, que era pra tratar que nem casinho? Tratei, vida. E olha, foi gostoso, foi do caralho. Olha nos meus olhos e veja seu homem dizendo pra você que foi um tesão, que foi incrível, mas que foi só isso mesmo. Eu não quero estar lá com ele, quero estar aqui, com você, como estamos há tantos anos. Aquilo foi um lanchinho, você é a dieta pra vida.

Eu sempre me rendo com essas reflexões dele. É que fala isso com aquela voz grossa, segura, de macho, enquanto me acaricia e passa toda a segurança que preciso pra dormir em paz.

– Ah, mas é ruim saber que você gostou.

– É mesmo? Não era pra ter gostado?

– Podia, mas sei lá.

– Olha pra mim de novo… Eu gostei, vida. De verdade. Vou bater uma punheta mais tarde com você lembrando da putaria de hoje, sabia? Porque eu gostei. E você também, o garoto é um tesão.

– Isso é…

– Tá vendo, só um lanchinho. Deixa eu comer, vai… Você sabe que eu te recompenso.

– Vou precisar mesmo, viu? Porque sério, fiquei inseguro. Sei lá, passou um pouco do limite… Só um pouco, não muito.

Ele sorrindo de novo. Eu amo isso nele!

– Relaxa… Pra poder comer a minha putinha sem magoar o coração do meu homem, vou te deixar bem ocupado. Beeeem ocupado…

– Como assim? Vai, é?

– Sim, vou. Aliás, hoje mesmo eu tenho uma coisa pra ti. Afinal, meu neném secou a sua fonte de leite, e não posso te deixar dormir com fome.

– É natal, viado.

– Feliz natal, amorzão. Eu já falei com alguém, acertei um esqueminha e, como to cansado, vou te deixar lá e amanhã te busco.

– Tá me zoando… Não…

– Que isso. Faço questão. E olha, pra você dar igual uma puta: vou dormir pensando no meu novinho, no rabinho dele e no cansaço que ele me deu. E quando acordar de madrugada, vou bater uma pensando nele de novo.

Eu entrei no clima, mais porque estava puto do que porque estava com tesão. E eu ia descontar, ele querendo ou não, ia botar uns chifres que ele nem ia ver. Mas nessa noite, ia ver o que ele tinha preparado. Dessa vez ele me deu banho, me tratou como um Príncipe, laceou meu rabo com os dedos, depilou meu cu… Cuidou de mim de verdade. Escolheu a minha roupa, me ajudou a vestir, mas ele mesmo não mudou a roupa do jantar.

– Uai, não vai comigo?

– Não, vida. Eu realmente estou satisfeito. Fodi umas três horas, gozei várias vezes com o presentinho que meu marido me deu… Eu quero descansar e me preparar pra você amanhã, quando essa raivinha tiver sido amansada na base da pica. Por isso que to dizendo pra você o quando o Rafa mexeu comigo, o quanto quero foder aquele rabo de novo – pra te deixar puta.

– E onde vai me levar?

– Ah, eu vi que você ficou malzão. Abri uma exceção e liguei pro Julio – contei por cima, perguntei se ele tinha alguma coisa pra fazer, se tava afim de passar a noite contigo. Ele achou estranho, mas claro, topou, aquele cara te ama, sei lá.

O Julio é um ex meu. Um cara que tentou várias vezes voltar comigo, pra quem eu adoro dar, que é outro safado e nunca superou nosso término. Ele, diferente do atual, mentiu pra mim e por isso terminamos. Mas como meu marido e eu somos safados, saímos com ele algumas vezes, até o dia em que meu marido disse que tinha dado, que seria a última, porque não se sentia respeitado.

– Tá falando sério?

– Seríssimo. – disse ele, me passando o celular. Nós temos as senhas um do outro. Vi rapidamente uma conversa curta, com o Ju bem arredio a princípio, mas safado em seguida.

– Tá bem. Mas só porque to puto.

– Ah tá, viado. Só por isso. To ligado. Quero você pronto amanhã, 9h, hein? Vou passar e te buscar. Tenho mais uma surpresa, dessa vez o meu presente de Natal pra você.

– E o que é?

– Nada vida. Se prepara só.

Nos beijamos, ele foi se deitar e eu estava me sentindo incrível em saber que ia sair com meu ex gostoso, dormir com ele fodendo e ainda com meu marido dando anuência. Julio foi me buscar no prédio, e acabamos em sua casa, porque os motéis estavam cheios por conta do feriado.

Um dia falo dessa foda. Foi sacana, gostosa, pesada. No final, teve muito amorzinho também. No outro dia meu marido me fez prometer que não falaria com o Julio e bloqueou o contato dele no meu telefone – saiu dirigindo e, em vez de ir pra casa, entrou em uma casa que nunca vi.

– Oi, quem mora aqui?

– Essa é uma casa de terapias, por assim dizer – tem dois caras bem grandões esperando meu marido pra uma sessão de massagem sacana. Já combinei tudo e até paguei pela finalização com sexo. Foi bem caro, inclusive, porque são dois e hoje é o dia de natal.

– E você?

– Eu? Vou te esperar. Te deixou aqui e vou ao mercado buscar umas coisas. Quero você bem relaxado, sem estresse, ta vida? Aí te levo pra casa pra gente fazer amor do jeitinho que minha puta gosta. Mas mais tarde, já combinei com o Rafa.

Eu o fuzilei com os olhos. No estacionamento da casa, já estavam os caras, vestindo branco, um cara bem preto, outro moreno e tatuado. Saí sem falar nada e fui na direção deles. Eu estava definitivamente muito feliz, doido pra chegar em casa e ficar atiçando meu marido com as peripécias obtidas com o presente que ele tinha acabado de me dar.

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10 Comentários

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  • Responder Liara ID:1czesswfgv56

    Todos os dias levo lanchinho do meu ex pra o corninho todos os dias me enche a bucetinha de porra vou pra casa toda gozada

  • Responder Anon ID:41ihr9kxxi9

    Puts, no final ele mentiu então? Você foi dormir com o ex e ele aproveitou pra ver o menino de novo. Sem contar que se ele marcou sem você pra intermediar, significa que ele também pegou o número do garoto pelas suas costas.

  • Responder Puta de macho ID:1etiwuqm3d2o

    Seus contos me instigaram a começar… Gosto das pausas, pontuações, ser bem escrito me ajuda a imaginar. Quando abrir a inscrição pros futuros lanchinhos do seu macho, gostaria de me candidatar. tg passsafo6

  • Responder Tyler ID:1eug2csr4gmu

    Uma das coisas que eu mais gosto no cuckold é esse misto de tesão com mágoa. O seu marido já comeu alguém de quem você não gostava? Ou já foi seduzido sem que você tenha planejado de antemão?

    • Casado fiel (ao amante) ID:1etiwuqm3d2o

      Já foi seduzido sim… Mas em nosso caso, nós dois curtimos o cuckold. Então acaba que tem mais a ver com essa relação de poder entre nós do que com o sexo com terceiros em si. É muito mais comum que aconteça pelo combinado do que fora dele (ao menos, até onde eu saiba, né? rs – mas não tenho porque duvidar disso). Sobre comer alguém que eu não gosto… Sei lá, não é uma coisa que fazemos, ao menos não com frequência ainda. Ainda, rs.

  • Responder Gab ID:7lxw6rr8rb

    Por isso que relacionamento gay não dura nada.

    Eu nunca me submeteria a uma coisa dessas

    • Casado fiel (ao amante) ID:1cymff5d7thd

      O cara julgando as pessoas no meio de um site de exposição e contos eróticos…

      Gab, cada casal funciona a seu modo. Estamos juntos há onze anos, e somos felizes assim, é bom para os dois. Já vivi relacionamentos vanilla onde fui traído e enganado.

    • Na sua mente ID:10vqy3kbhyvh

      Isso aqui é um site de histórias eróticas, é tudo ficção e a maioria está por fetiches bizarros, vc não vai encontrar gente com moral aqui.

  • Responder Ponto ID:2pfppu7j3pp

    Conta mais experiências, eu curto muito esse lance de cuckold (só não curti muito o final, o marido parece que curtiu mais do que deveria o Rafa)

    • Casado fiel (ao amante) ID:1cymff5d7thd

      Ele curtiu sim, mas era só putaria mesmo. Esse tipo de coisa faz pra me deixar com raiva. Nas continuações você pega essa parte. Temos diferenças de casal, claro, mas nesse ponto somos muito parceiros – até na hora de sermos sinceros ao dizer exatamente como nós sentimos sobre terceiros. No fim, tudo é temporada! A do Rafa mesmo já passou 🙂