#

Anabela 3

1352 palavras | 2 |5.00
Por

As minhas tentativas para a conquistar. Mas ela é teimosa, e também a amo por isso.

– Quim, és tu?
– Sim Bela sou eu.
– E o que queres de mim? Porque me ligas-te?
– Quero-te a ti, e liguei para combinar-mos um café ou qualquer coisa, preciso que me ouças.
– De ti já ouvi tudo o que tinha de ouvir. Adeus, e não me voltes a ligar.

Bem, se és teimosa, eu sou muito mais do que tu imaginas, pensei eu, quando guardei o telemóvel.
Digo aos meus pais, que não janto em casa, saio de casa, monto-me no carro, e vou ter á escola de enfermagem onde ela estuda. Naquele dia, ela iria ouvir-me, nem que eu a tivesse de amarrar a uma cadeira.
Desconhecia por completo os horários dela, mas só me lembrei disso quando cheguei a escola. Como não poderia entrar na escola, resolvi esperar para a ver ela sair, e se ela ainda lá estivesse. Tive sorte, ao fim de cerca de 1h, vejo ela sair da escola com três colegas dela. Meu deus como ela estava linda, cabelos longos a esvoaçar com o vento, umas calças de ganga, ajustadíssimas as pernas dela e ao rabo, uma tshirt que realça os grandes peitos que ela tem, mas aquele sorriso e aqueles olhos… Sinceramnete foi como se tivesse a ver uma deusa. Saio do carro, avanço rapidamente, ela está de costas para mim, toco-lhe no ombro, ela vira-se e viu-me e dá um salto para trás.

– Q… Quim… que fazes aqui????
– Tu não me queres ouvir, e eu vim aqui falar contigo, mas podes crer que depois nunca mais na vida te procuro, sua teimosa.
– Teimosa eu??? Escute aqui sr Quim, eu não sou nenhuma teimosa, tu é que és.
– Anabela…que se passa??? Perguntou uma das colegas dela.
– Não vos contei que a cerca de um ano conheci um parvalhão, que queria abrir-me as pernas, e depois partir para outra??? Apresento-vos o parvalhão.
– É um prazer ser apresentado ás tuas amigas. Meninas, sou o Parvalhão, que vos é apresentado pela Mula Teimosa.
Mas agora vais-me ouvir, quer queiras quer não. E se tiver de ser a frente delas, que seja.
– Pois fala lá então, e depois desaparece da minha vida.
– Bem não sei que se passou naquele dia para te zangares comigo. Eu nunca me quis aproveitar de ti. Contei-te a verdade sobre aminha vida, e tu do nada começas a dizer que eu só queria era abrir-te as pernas e não sei quê mais. Eu não sou assim. E muito menos contigo. Porque para mal dos meus pecados, amo-te. Tenho que ser internado por ser maluco, mas amo-te, e tu nem me deixas-te falar. Por isso fica lá com as tuas teimosias parvas e quando resolveres admitir que gostas de mim, procura-me, porque eu nunca mais te procurarei. Meninas, o Parvalhão vai-se embora. Adeus.

Virei as costas, montei-me no carro e arranco, conduzi sem destino, e fui parar a um sitio lindíssimo em Sintra. Sentei-me numas pedras grandes que lá estavam, e chorei. Chorei lágrimas que se calhar estavam guardadas a um ano. Não conseguia compreender como numa semana me fui apaixonar daquela maneira pela Anabela. Mas estava, e teria de lidar com isso.
Cheguei a casa, já bastante tarde, e a minha mãe, estava sentada na sala á minha espera.

– Mãezinha, que fazes levantada tão tarde?
– Estava a tua espera. Sei que precisas de falar, meu amor.
– Está bem mãe, vamos falar.

E contei-lhe como conheci a Anabela, a discussão, que fiz com aquela mulher no bar, como me arrependi, e ela ouviu-me sem fazer nenhuma pergunta.
Levantou-se, beijou-me na testa, e disse-me:

– Meu querido, esse é um assunto que eu não te posso ajudar, mas posso dar só este concelho. Tenta perceber porque ela reagiu assim, e só ela te poderá dizer. Procura-a, mas não o faças precipitadamente.
– Mas mãe, eu gosto mesmo dela.
– Sim filho eu sei, nota-se a distância. e acredita que para mim é giro ver-te assim apaixonado. Mas se sou tua mãe, também sou mulher. Dá-lhe tempo. Se ela gosta de ti procura-te.

Bem voltei a minha rotina de trabalhar na empresa e estudar, e os dias iam passando, e eu sempre a pensar na Anabela, e houve até umas vezes que eu aproveitava se alguma entrega teria e ser feita na zona da escola de enfermagem, para a tentar ver, e consegui 2 ou 3 vezes. Cerca de 2 meses depois de a ter visto, o meu telemóvel tocou, era ela.

– Quim, posso falar contigo?
– Sabes que eu estou sempre pronto a ouvir-te, agora tu e que não me queres ouvir.
– Queres falar comigo ou não?
– Diz onde te encontrar, eu vou ai ter.
– A porta da escola, daqui a 30 min.
– Estarei lá.

Nem sabem os pulos de alegria que dei, ela queria falar comigo, já era um princípio.
Fui ter com ela, ela já lá estava a minha espera. Inclinei.me para a beijar na cara, mas ela só me deu um olá.

– Vamos para um sítio mais calmo, digo eu.
– Sim vamos, olha ali para aquele jardim.

Quando lá chegamos, ela diz:

– Por favor deixa-me falar, e depois logo fazes perguntas, ok?
– Sim, está bem.
– Quim, antes de tudo, com esta conversa não fiques a perceber que eu quero voltar para ti, não é isso. Quero apenas explicar-te porque naquele dia reagi assim, acho que mereces essa explicação.
Quando eu tinha 16 anos, gostava de um rapaz, rico como tu. Mas ele nem me ligava, até um dia que começa-mos a falar, e ele mostrou-se interessado em mim. eu claro apaixonada, estava no céu, o rapaz que eu me sentia atraída, queria namorar comigo.
Ao fim de uns dias de namoro, fomos para a casa dele, estavamos a sós, fomos para o quarto dele, e ele fodeu-me, tirando a minha virgindade. Fodeu-me de todas as maneiras. Não me contou foi que estava a gravar tudo, pois ele tinha apostado que me tirava a virgindade, e para provar que o tinha feito, gravou tudo. Fez cópias, e uma dessas cópias foi parar ao Xvideos da internet, e claro que no dia seguinte toda a gente sabia. Morri de vergonha, queria morrer.
Quando pensei que já tinha ultrapassado tudo, conheci-te, um rapaz trabalhador, e comecei a gostar de ti. Quando me contaste sobre a rapariga… Rita acho eu, fiquei de pé atrás, mas eu compreendo que podem haver relações em que ambos se divirtam com o sexo. Mas eu de ti queria mais do que sexo, e contas-me que és rico. Pensei que outra vez não, cai uma vez já não caio noutra. E não vou cair, por isso não quero nada contigo. Acabei.

Ouvi tudo, tentei digerir tudo o que ouvi. e pergunto-lhe:

– Lamento tanto que ele tivesse feito o que fez. Mas eu não sou assim Bela. Que culpa tenho eu de ser rico??? Alguma vez te tentei forçar ou enganar para te levar para a cama??? Eu gosto de ti, claro que o teu corpo me atrai, mas é pela maneira de seres que eu me apaixonei. E tu julgaste-me sem me dares hipotese de me defender. Mas uma coisa eu te juro, não vou desistir de ti, vou-te mostrar que eu não sou nenhum covarde com esse gajo foi.

Ela olhou para mim, nos olhos, e disse:

– Faz o que entenderes, eu não vou mudar. Adeus Quim.

Foi-se embora. Eu volto para casa, conto tudo a minha mãe, e ela diz:

– Não sei que se passará no futuro, mas ela ter-te contado porque se zangou, é já um pequeno avanço. Vai com calma filho. E se ela não te quiser, quem perde é ela.

continua

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 5,00 de 13 votos)

Por #
Comente e avalie para incentivar o autor

2 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Ana Moreira ID:8dsp5n5oic

    mais uma parte bem escrita e que mostra bem o lado dos dois!
    não deixes de contar o que aconteceu a seguir!

  • Responder Anônima. ID:w73mmzrj

    Oi! Eu estou adorando ler, acompanhar, todos os seus contos com esse casal, “Quim e Anabela”. Eu estou adorando esses dois personagens dos seus contos. E eu também estou achando, muito, mas muito interessante a história deles. Sabe, é primeira vez que os seus contos despertam o meu interesse. Continue escreve mais sobre eles. Eu adoraria saber qual o final, o desfecho da história desses dois, e se finalmente eles vão ficar juntos ou não. Parabéns pelos seus contos, eles são Ótimos!!! E você continua escrevendo muito bem, como sempre!