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Manuel e Ângela- 1

3159 palavras | 2 |4.81
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A descoberta do verdadeiro amor, por vezes surpreende-nos e se num minuto pensamos de uma forma, no segundo seguinte, se calhar pensamos de outra.

Olá a todos. Desta vez eu não vou contar uma das minhas inúmeras aventuras. Eu tenho um casal muito meu amigo, ambos já quase com 70 anos. o Manuel e a Ângela.
Conheço eles desde sempre, e amo-os do fundo do meu coração. Quando eles começaram a ler as minhas publicações aqui ( devo confessar que eles sabem destas aventuras aqui todas e claro também sabem das outras que publicarei), o Manuel, pediu-me para publicar aqui um pouco sobre a sua vida, inicialmente, e depois como a Ângela entrou na sua vida. Eu achei por bem ser ele próprio a escrever, pelo que se estou a cometer alguma irregularidade peço desde já desculpas a todos. A partir de agora, as palavras serão do Manuel, e eu pedi apenas para escrever algumas palavras no fim de tudo, ao todo este conto terá 2 ou 3 partes.

Olá. Bem eu não tenho nem metade do talento da minha Lex para escrever, mas acho lindo como ela aqui desvenda apenas um pouco sobre ela. Acreditem ela é muito mais do aqui escreve.
Mas voltando a mim, eu nasci em 1952, numa aldeia pequenina no norte de Portugal. Mas aos 2 anos, o meu pai veio trabalhar para Lisboa numa fábrica, e a minha mãe também. Sou filho único pois a minha mãe deixou de poder ter filhos quando eu nasci.
Tive uma infância normal para as crianças daquele tempo, brincando na rua com os meus amigos( nem imaginam a confusão que me faz, hoje em dia as crianças não brincarem nas ruas. As cidades e vilas ficaram mais tristes na minha opinião quando perderam o correr, o brincar e os risos das crianças nas ruas).
Como sempre tive muito empenho na escola, não fiquei apenas pela 4ª classe, como a grande maioria das crianças, e os meus pais faziam enormes sacrifícios, mas como eu sempre tinha excelentes notas escolares, os seus sacrifícios valiam a pena.
Consegui através dos meus estudos, entrar para trabalhar num banco, aos 19 anos e com o ordenado que ganhava, conseguia pagar os meus estudos e ainda ajudar os meus pais. Não vou aqui falar sobre o regime fascista que governava Portugal nesses anos, basta fazerem uma pesquisa no google para quem desconhece, passar a saber muitas coisas.
Falando agora mais sobre coisas minhas íntimas, eu sempre se senti atraído sexualmente por rapazes, o que nos anos 60 em Portugal era um escândalo ( ainda o é infelizmente), e mesmo sendo considerado algo não normal, os homossexuais eram mesmo espancados, descriminados e muitos mas muitos jamais assumiam a sua homossexualidade. Ora vivendo numa sociedade em que o tema sexo era tabu, mesmo o sexo entre um homem e uma mulher, mas considerado normal , quanto mais alguem querer falar sobre sexo com alguem do mesmo género.
Eu um dia, quando tinha os meus 14 anos, confessei a um suposto amigo que gostava de homens. Nem imaginam o escândalo que foi, mas depois. Porque ele era mais velho que eu 2 anos, portanto tinha 16, tinha o corpo mais desenvolvido, e eu sentia atração física por ele. Ele então também diz que gostava de homens, e que eu também lhe causava tesão. Eu na altura era magro, pele morena, porque de Verão tinha a sorte de poder ir a praia, e o meu cu era redondinho e empinado. Acabei por ter relações sexuais com ele, ele foi o primeiro homem a foder o meu cu. Eu estava super nervoso quando naquele dia fui a casa dele, quando me despi todo, quando vi o caralho dele, não muito grande, mas grosso.
Eu parecia um parvinho quando ele me pôs de joelhos para o mamar, e eu sem ter qualquer noção lá o mamei como pude, e a certa altura ele manda-me ir para a cama e pôr-me de 4.
Ele foi a casa de banho e traz um sabão azul e branco, e espalhou um bocado daquilo no meu buraco do cu.
Eu ainda lhe digo que queria desistir, mas ele disse-me para o deixar fazer o que ele sabia fazer.
Ele começa a forçar a entrada do meu cu com o caralho, mas não entrava, mas tanto insistiu que acabeça do caralho entra para dentro do meu cu, e eu dou um pulo parar frente e grito de dor, mas ele segura-me e nem deixou o meu cu habituar-se ao caralho dele e enfiou o resto de uma vez só, rebentando assim com as minhas pregas.
Claro que aquilo causou-me muita dor, eu gritava para ele tirar, mas ele desatou a foder-me e dizia-me:
– Queria caralho e agora reclamas??? Aguenta-te maricas de merda.
O meu cu ardia com aquelas estocadas, eu chorava com a dor, e isso ainda o excitava mais, ele fodeu-me o cu até se esporrar dentro dele. Depois, de ele tirar o caralho, do meu cu escorria sangue esporra, e eu doía-me tanto o cu que chorava. Mas ele voltou-me, deitou-me de costas, ficando o meu cu na beira da cama, afasta-me as pernas apesar de eu resistir, e mete o caralho de uma vez, passando-me a foder na posição de frango assado, e dizia-me:
– As mulheres fodem-se assim, as mulheres e as putas como tu, maricas de merda.
Eu só gritava e chorava e implorava para ele parar, mas ele só o fez quando se esporrou outra vez no meu cu. Então mandou-me vestir, e que queria que eu voltasse no dia seguinte senão contava a todos que me tinha fodido.
Sim eu fui digamos violado, e sem o desculpar, porque não tem desculpa, mas naqueles tempos quem levava no cu era o maricas, o paneleiro, o nome gay ainda não era conhecido como é hoje em dia. E quem fodia o cu era um maxo normal, pois cu de homem ou de mulher era cu. Pois para mim tanto é gay quem leva no cu como quem enrraba, pois as mulheres também têm cu, e querem cu de homem é porque gostam e preferem.
De referir que naqueles tempos as mulheres terem relações anais era muito raro, aliás para a grande maioria das pessoas o sexo era tema tabu, e quem falava sobre sexo, especialmente as mulheres sexo eram consideradas putas. Era assim a mentalidade que nos era ensinada quer em casa quer na escola desde crianças.
Eu com medo que ele fosse contar a mais alguém o que se passou, voltei a ir a casa dele aquela vez e muitas outras mais, e confesso que cada vez me gostava mais ser fodido no cu, dava-me mesmo muito prazer. Sei que começou tudo muito mal, mas eu apesar de nunca o ter amado, gostava de ser fodido por ele. Até que um dia, eu chego lá e estão mais dois homens lá em casa, que eu não conhecia. Eram amigos dele, que eu não sabia quem eram. Ele tinha contado para eles que fodia um rapaz, e eles também queriam foder um cu de homem. Ele tinha-me nas mãos dele, pois ele conhece os meus pais.
Fiquei quase sem pingo de sangue, implorei para que ele não contasse nada, que eu daria o meu cu a ele quando quisesse mas só a ele. Mas ele diz só:
– Maricas, vais dar esse cu aqui a frente de todos, ou hoje o teu pai saberá que tem um maricas, um paneleiro em casa. Despe-te e dobra-te.
Fiz o que ele me me disse, não tinha escolha.
Um dos homens, limita-se a baixar as calças, pôr-se atras de mim, e atolou o caralho dele no meu cu, que já estava habituado a levar com caralho, pois o meu ´´ amigo“, fodia-me o cu quase diariamente.
As estocadas dele, faziam-me quase levantar os pés do chão, e eu gemia e gritava, e confesso que para me vingar do meu amigo eu dizia:
– AAAINNN AAAAHHH O TEU CARALHO É BEM MELHOR DO QUE EO DELE…VAI MAIS FUUNNNDDDOOOO.
– AI E TÃO BOM … AI QUE CARALHO BOMMM ISSO SSIM E CARALHOOO DE MAXXXOOOO.
Ele fodeu-me o cu até se esporrar, e o outro logo de seguida fez a mesma coisa, abaixa as calças e começou a foder-me, e eu faço o mesmo espectaculo, gritando e elogiando o caralho que me fodia, dizendo que o do meu suposto amigo ao pé daqueles era uma minhoca.
O que é certo é que nesse dia ele mandou-me embora e que nunca mais o procura-se, e eu assim o fiz. Tive muita sorte em ele não se vingar e contar aos meus pais. Nunca mais soube dele, ate que
soube mais tarde que ele morreu na guerra de África em Angola.
Passou muito tempo sem que eu volta-se a dar o cu a alguém, só o voltei afazer quando andava já no liceu, mas nessa altura eu tinha já 16 anos, e as minhas hormonas andavam a mil, e apesar de correr enormes riscos, eu deixa-me foder por 5 ou 6 rapazes, meus colegas de escola, sempre tudo em sigilo, mas claro que havia muitas suspeitas, de que eu era gay. Com eles nunca tive problemas e quando tudo acabou, acabou sem problemas ou stress. Apenas disfrutamos do sexo entre nós durante uns tempos, e quando achamos que já não fazia sentido continuar, terminamos.
Eu realmente tinha imensso prazer em sentir caralhos no meu cu, agora eu disfrutava mesmo com isso, tanto que procurava e seduzia os rapazes.
Mas um belo dia, lá á mesma no liceu, uma certa rapariga apareceu a meio do ano letivo, vinda das colónias, e quando eu a vi pela primeira vez, fiquei enfeitiçado por ela, para todo o sempre.
Sim como devem estar a pensar, eu conheci a Ângela. Ela na altura era diferente de todas a raparigas que eu conhecia, cabelo castanho comprido, morena, um sorriso que atodos cativava, umas mamas( desculpa-me meu amor mas sabes bem que as tuas mamas sempre me atraíram muito) grandes, e apesar de fisicamente me atrair e muito, era a maneira como ela falava, como sabia de certas coisas. Antigamente nas colonias portuguesas em África havia mais liberdade do que havia na Metrópole( Portugal), não muita mas mais.
Ela sem saber veio trazer muita confusão para a minha cabeça. Eu nunca me sentira atraído fisicamente por nenhuma mulher, nem fisicamente nem de outra maneira qualquer, as mulheres pura e simplesmente não me diziam nada, eu ignorava-as. No entanto aquela, sem eu perceber porquê levava-me a pensar nela muitas mas muitas vezes, e eu ainda mal sequer trocara duas palavras com ela.
Eu continuava a foder com aqueles meus colegas, e decidi não dar demasiada importância aquela minha atração por ela, até que um professor, para a realização de um trabalho de grupo de 2 pessoas, resolveu sabe-se lá porquê junta-me a mim e a ela. E naquela altura ordem de professor era para ser cumprida, sem mais palavras.
Nesse dia, depois daquela aula, pela primeira vez, tive uma conversa com a Ângela:
– Ângela, como queres combinar? Temos de ir para a biblioteca reunir textos para podermos fazer o trabalho.
Ela olhou nos meus olhos pela primeira vez, nunca mais esqueci esse momento, até porque o vejo ainda hoje em dia, o mesmo olhar.
– És o Manuel não és?
Aquela simples frase deixou-me ali desarmado, sem palavras.
Ela sorriu e diz:
– Lá em África, as pessoas antes de conversarem, apresentam-se. Pensei que aqui fosse igual.
– Claro tens toda a razão, desculpa. Afinal somos colegas de turma a umas semanas mas ainda nunca falamos.
Não vou aqui referir o nome do liceu onde estudávamos, mas vou dizer que era raríssimo haver escolas com turmas mistas, de rapazes e raparigas em Portugal nessa altura. O normal era haver turmas de rapazes, e turmas de raparigas, onde elas eram educadas a serem boas esposas e donas de casa, e eram raras aquelas que prosseguiam os seus estudos, sendo que no máximo alguma das profissões a que poderiam aspirar era serem professoras, e do ensino primário. Mal comparado antigamente as mulheres eram tratadas como as mulheres muçulmanas de hoje me dia. Apenas um exemplo para não maçar muito, se elas tivessem por algum motivo viajar sozinhas só o poderiam fazer com a autorização por escrito dos maridos. A Ângela era uma das poucas raparigas a estudar naquele liceu.
Começamos a conversar, e combinamos naquela tarde irmos para a biblioteca.
Fomos juntos para a biblioteca, eu já com mais avontade com ela, e ela falava imensso sobre África, ela sentia saudades do sol, do calor, das pessoas.
Bem eu nessa noite não dormi. Eu pensava apenas nela, nop seu sorriso…nos seus peitos… na sua voz meio rouca. E a confusão era muita, porque eu procurava uma explicação para aquele meu desejo, se eu apenas gostava de rapazes, gostava de ser fodido no cu, porque razão agora aquela rapariga me deixava assim???
No dia seguinte voltei a dar o cu a 3 rapazes, e voltei a ter muito prazer a levar no cu, adorava quando o caralho estava todo atolado no meu cu, e sentia os colhões a baterem-me nas nalgas, e delirava quando sentia a esporra a ser depositada no meu cu ou na minha boca.
Mas quando mais tarde, fui continuar a fazer aquele trabalho com ela, eu sentia-me atraído por aqueles olhos, aquela boca, aquelas mamas, o cheiro dela… o geito de ela me falar, o toque dela arrepiava-me todo.
Hoje em dia sei bem o que era, mas na altura ainda era tudo novidade, e alem disso eu não podia desabafar com ninguem em que eu confiasse. hoje em dia sei bem que apesar de gostar de levar no cu, eu nunca me apaixonei por um homem, gosto apenas de fazer sexo com eles, gosto de sentir o meu cu ser invadido por caralhos. Amor, aquele amor verdadeiro, eu tenho por ela, a minha Ângela, a minha companheira, amiga, alma gémea.
Mas naquela altura, aos 16 anos, inexperiente, eu quase dou em maluco, pois achava que ou só poderia gostar de homens, ou de mulheres, e eu ainda não diferenciava o amor do sexo, e que com ela essa diferença deixou de existir, como mais tarde descobri.
Mas voltando atrás, quando acabamos o trabalho eu e ela tornamo-nos quase inseparáveis, iamos aos cinemas nas tardes de domingo, passamos a sentarmo-nos lado a lado nas aulas, e eu sem dar conta fui-me apaixonando por ela. Quando percebo que estou apaixonado por ela, fiquei com muito medo de lho confessar, pois eu já antes tinha decidido contar-lhe o meu segredo, que eu dava o meu cu a alguns rapazes e que gostava de o fazer. Mas iria confessara a uma amiga, nunca a uma possivel namorada pois na minha cabeça jamais alguma mulher aceitaria essa situação. Começo a evita-la, e com isso tornei-me uma pessoa fria e distante, até mesmo para todos.
Ela, começou a estranhar o meu comportamento, eu distanciar-me cada vez mais e mais dela, e como ela resolvia e ainda hoje resolve, os seus próprios problemas, um dia esperou por mim no fim das aulas, segue-me até casa.
Eu mal entro em casa, batem-me aporta e vou abrir e está ela a minha porta, mas com uma cara de zangada, como eu nunca a vira antes e graças a deus bem poucas vezes vim a ver durante a nossa vida.
Eu pergunto-lhe:
– Ângela, que fazes aqui???
– Já que mal me falas na escola, resolvi seguir-te até a tua casa, para de uma vez esclarecermos tudo.
E mesmo sem eu a convidar ela entra na minha casa. Eu fecho a porta e digo:
– Mas que se passa???
– Diz-me tu o que se passa, já que pareçe que eu te fiz alguma coisa, Manuel.
– Não me fizeste nada, Ângela. E não se passa nada.
Ela está furiosa e dá-me um valente estalo na cara, e a chorar diz:
– Mentiroso, maldito mentiroso. A pouco tempo estavas sempre comigo e agora evitas-me. Ou estou parva?
Eu fiquei calado e baixei a cabeça, e digo-lhe:
– Tu não irias compreender, pois nem eu compreendo.
– Diz-me pelo amor de Deus o que se passa.
– Ângela, eu conto-te mas tu nunca mais vais olhar sequer para mim…
– Diz Manuel, diz de uma vez.
– Bem antes de te conheçer eu…eu… fiz coisas com rapazes…e gostei e gosto de o fazer.
– Que coisas???
– Bem eu… gosto de … gosto…porra isto é tão dificil, porra.
– Fala de uma vez!!!
– Eu gosto de ser penetrado por rapazes, pronto.
Olha para mim com cara de espanto, e eu digo:
. Pois agora sabes, eu gosto de levar no cu. E apaixonei-me por ti. Gosto de estar ao teu lado, gosto do teu cheiro, gosto do teu sorriso, dos teus olhos, do teu cabelo, da tua voz, das tuas mamas, gosto como me tratas quando estamos juntos e apaixonei-me por ti, mas não quero deixar de ser fodido no cu porque gosto, e tu agora se calhar vais-me mandar a merda e nunca mais me queres ver. E eu morro de medo que isso aconteça, porque te amo. Pronto já sabes.
Ela está completamente parada a minha frente, mas agora a cara dela não revela zanga, mas sim espanto, e durante uns segundos que me pareceram anos, ela não fala e finalmente diz-me:
– Manuel estou apaixonada por ti também, e eu sei que tu tens sexo com outros rapazes a já algumas semanas.
– Sabes????? Quem te disse????
– Mas também me amas??????
– Sim seu parvalhão eu amo-te. Ou pensavas que eu passava tanto tempo contigo porquê? Porque gostei de ti, e de estar contigo, seu parvo.
– Mas Ângela e… e…
– Tu amas algum deles??? Amas algum homem??
– Não… eu apenas gosto de ter sexo com eles, tenho prazer…
– Assim como eu tenho prazer com mulheres, mas apaixonei-me por ti, seu tolo.
– Hammm?????
– Sim eu sempre gostei de mulheres, desde quando eu estava em África. Sim já fiz sexo com mulheres e adoro, sou bisexual… como tu.

Bem isto já vai muito longo, e fico-me por aqui por hoje. Já perceberam que eu acabei por ficar com a Ângela, mas ainda muita água correu por baixo da ponte até ficarmos juntos definitivamente.

Manuel

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2 Comentários

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  • Responder [email protected] ID:muiuzdozm

    Muito bom

    • Ana Moreira ID:8dsp5n5oic

      Relato deveras interessante! Muito bem escrito e que promete muito nos próximos capítulos!