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O Melhor Tempero: Parte 1 – Descoberta

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Se na gastronomia o melhor tempero é a fome, no sexo o melhor tempero, sem dúvida, são os hormônios. Da mesma forma que, mesmo o menino mais bobinho em sua infância se torna um predador sexual quando chega a puberdade, até a mais recatada das garotinhas um dia acorda com a disposição de uma prostituta tailandesa quando os hormônios começam à ferver. Comigo não foi diferente.
Me chamo Daniele, hoje tenho 25 anos, sou dona de uma lojinha de cosméticos, mãe de um menino lindo prestes à completar 6 aninhos cujo pai é o César, meu marido e sócio com quem sou muito bem casada desde que descobrimos que teríamos um filhinho. Nossa história, porém, não começou naquela época e nem se deu pela via do amor. Não que eu não ame meu marido hoje! Nem que nossa vida seja ruim ou nada do tipo… Na verdade, somos a prova viva de que o amor pode nascer mesmo das piores coisas. No nosso caso, o amor foi lapidado à partir da violência. Antes que meu caminho cruzasse com o de César, porém, minha jornada de descoberta e transformação começou já na infância.
Como disse anteriormente; foi a puberdade que me transformou numa puta. Sem julgamento moral nem nada, mas é a mais pura verdade. Diferente de outras meninas com quem cresci, minhas transformações hormonais se deram em uma idade precóce: já com sete anos comecei a ganhar altura e volume que se destacavam entre as outras crianças. Com oito meu corpinho lentamente começou à criar curvas; já tinha coxas bem roliças, minha bunda começava à ganhar forma e tamanho e pequenos peitinhos já começavam à se desenvolver (o que me rendeu o posto de primeira menina da sala à usar sutiã). Com nove eu já tinha uma bucetinha coberta de pelinhos castanho-claros que se espalhavam por entre minhas nádegas cobrindo meu reguinho e subiam sinuosamente pela minha barriga em direção ao meu umbiguo (minhas pernas e axilas também já tinham pelos que eu aprendi à raspar logo cedo com a minha irmã mais velha, Denise).
Com as mudanças externas, a transformação interna também se iniciou bem cedo. Gradualmente, comecei à ver o mundo de forma diferente e também à pensar em coisas que iam além do pacote “barbie, princesas Disney, revista Capricho”. No recreio meu olhar era atraído para os meninos bonitinhos da escola, no banheiro eu espiava minhas amiguinhas se trocando e na rua eu começava à reparar no olhar maldoso dos homens imaginando o motivo daquela atenção. É claro que, ao menos no começo, era tudo uma grande curiosidade; eu era uma criança na casa dos dez anos e nada sabia dessas coisas.
Embora meus pais não fossem mega conservadores ou algo que o valha, eles também não levavam muito jeito para abordar esses temas (ao menos comigo). Talvez por pura inaptidão para esse tipo de conversa ou por simplesmente não imaginarem que eu já começava à deixar a infância para trás, nunca tive qualquer tipo de orientação sexual por parte deles. Quem primeiro me deu abertura para isso foi justamente a Dê (minha irmã), que tinha 14 anos quando eu estava com 10 e, embora fosse virgem e nunca tivesse sequer beijado, conhecia um pouco mais do assunto e já havia passado pelas mesmas mudanças que eu estava enfrentando (de forma igualmente precoce, o que parece ser uma característica genética).
Quando me abri com minha irmã sobre as curiosidades e estranhos desejos que rondavam minha mente, pude aprender um pouco mais sobre sexo, relacionamentos, cuidados e sobre meu próprio corpo. Foi a Dê quem me explicou sobre métodos de prevenção de gravidez e doenças, me falou sobre a importância da confiança e do amor nas relações sexuais, me explicou sobre as várias formas de sexualidade que existiam e, eventualmente, também me ensinou à aproveitar meu próprio corpinho que, aos poucos, acordava para o mundo.
Foi com 10 aninhos que, deitadas no sofá da sala sob os edredons enquanto nossos pais dormiam, Denise me ensinou o que era a masturbação. Não era nada “lésbico” ou “incestuoso” como algumas pessoas podem fantasiar. Naquela época não tinhamos nem desejávamos ou sequer imaginávamos ter esse tipo de relação uma com a outra. Minha irmã apenas me ensinava o pouco que sabia e, sempre que aprendia algo novo, logo corria para compartilhar comigo. Como tinhamos pouca diferença de idade, acabamos aprendendo muitas coisas juntas: foi juntando nossas pequenas economias, por exemplo, que compramos um pequeno vibrador estilo “bullet” por intermédio de uma prima mais velha. Foi com esse brinquedo quer Denise e eu treinamos como colocar uma camisinha e com o qual eu experimentei meu primeiro orgasmo verdadeiro estimulando meu minúsculo clítoris.
Denise e eu também costumávamos pesquisar pornografias diversas em nossas tardes livres após a escola antes dos nossos pais chegarem do trabalho, descobrindo nossos gostos para homens (e mulheres), que tipo de prática sexual nos interessava (e as que não curtíamos) e também aguçando nosso desejo por experimentar tudo aquilo.
Com 11 anos, tanto ela quanto eu já eramos consumidoras compulsivas de pornô na internet e também tinhamos uma rotina quase religiosa de masturbação. Como compartilhávamos o mesmo quarto, era normal que uma fosse para o banheiro se aliviar enquanto a outra brincava na cama, nos revezando entre os cômodos da casa sempre que batia a necessidade de gozar. Eventualmente, porém, nos tocávamos juntas na sala mesmo, especialmente quando encontrávamos algum vídeo que agradava as duas (algo que se tornava menos frequente com o tempo).
Isso se deu por causa de nossas descobertas e pelo amadurecimento da nossa sexualidade. Dê era uma típica garota de 15 anos tanto em seu corpo bem bonito mas que não fugia do padrão de uma adolescente em desenvolvimento quanto em seus gostos sexuais: seu histórico de buscas consistia basicamente em vídeos de produtoras grandes e populares (tipo a Brazzers) com atrizes plastificadas, atores que pareciam manequins depilados e cenas genéricas que seguiam o roteiro “striptease-boquete-penetração-gozada”. Não que eu desgostasse desse pornô mais “normal”, inclusive nunca deixei de assistir vídeos desse tipo. A questão é que minha curiosidade era ilimitada e eu não havia criado as mesmas travas morais que a minha irmã. Sempre que íamos para uma de nossas muitas sessões de siririca ao longo do dia, eu deixava a Dê com seus vídeos ensaiados e abria meu celular em sites cada vez mais específicos e “diferentes”.
Mas as diferenças dos nossos interesses já começavam no tipo de pessoa que nos atraia. Enquanto a Denise se tocava imaginando estar no lugar daquelas modelos perfeitinhas, eu buscava pelas belezas alternativas e me interessava por corpos de todas as formas e cores: curtia atrizes magras, gordas, brancas, negras, orientais, mulheres com buceta ou com pau, jovens, maduras ou coroas. Gostava das garotas com carinha de nerds certinhas e também daquelas cobertas de tatuagens e piercings. Curtia as que davam quietinhas, as escandalosas e (principalmente) aquelas que falavam putaria.
Quanto aos homens que assistíamos, desejávamos e fantasiávamos, nossos gostos também não eram nada parecidos. Denise era do tipo que usava uma foto do Chris Evans sem camisa como fundo de tela no celular, não gostava de homens peludos ou barbudos demais, torcia o nariz para tatuagens e se derretia toda por uma barriga tanquinho. Eu, por outro lado, focava minha atenção em atributos mais… específicos. No dia a dia, olhava disfarçadamente para os garotos mais troncudos (não necessáriamente gordinhos, mas aqueles com ombros largos, pernas grossas, bunda marcada, etc.) e, preferencialmente, mais altos que os demais. Gostava de reparar nas mãos dos meus coleguinhas e frequentemente me tocava no banheiro da escola quando descobria algum garoto com mãos grandes e com veias saltadas.
No quesito “picas”, Denise e eu eramos unânimes na preferência pelos dotados que víamos nos vídeos, mas enquanto ela dava mais valor ao comprimento, eu priorizava a diâmetro. Gozava forte sempre que assistia uma rola cabeçuda sendo chupada, me arrepiava sempre que via um ator com o pau grosso e veiudo. Fora isso, eu sempre tive um tesão especial por testículos (algo que Denise também curtia, embora não tivesse nenhum interesse específico). Quando me tocava antes de dormir, era frequente me imaginar de joelhos diante de um homem grande e forte com um cacete grosso pulsando em minhas mãos enquanto mamava sua glande enorme e ordenhava um delicioso e pesado par de bolas cheias de porra.
Ah, sim! Como em todo o resto, minha maninha e eu também tinhamos opiniões diferentes quanto ao néctar seminal que todos os homens guardavam para jovens garotinhas como nós! Mesmo sendo uma menina com gostos convencionais, Dê era tão tarada quanto qualquer outra adolescente na puberdade: embora não sentisse vontade de engolir sêmen, seu grande tesão sempre foi a idéia de tomar um banho de porra (até mesmo de vários homens, como me confidenciou certa vez). Ela morria de vontade de receber uma gozada na cara e nos peitos ou de ter um homem gozando em cima da sua buceta ou da sua bunda após o sexo só para espalhar tudo com os dedos e sentir aquela porra quentinha cobrindo sua pele.
Eu também gostava dessa ideia, mas meus interesses eram mais “guturais” que os dela. Sim, eu queria levar porra na cara e sentir ela escorrendo para o meu torso, mas também queria sentir uma pica pulsando na minha lingua e jorrando leite quente na minha boca. Queria ter a sensação da porra fervente de um homem de verdade descendo pela minha garganta e engolir tudo em grandes goladas até ficar com a barriga cheia. Além disso, eu sempre sonhei com a ideia de ser preenchida por sêmen durante o sexo. Eu queria a sensação de ser fodida com força e sentir a cabeçona de uma rola enorme pressionada contra o fundo da minha bucetinha enquanto um homem esvaziava suas bolas na porta do meu útero. Com 11 aninhos eu já imaginava que, se tivesse um namorado, eu só pediria pra ele gozar dentro de mim. A simples ideia de estar entupida de porra até transbordar (fosse na garganta, na buceta ou no cuzinho) deixava minhas perninhas bambas.
Por fim, em meio às diferentes preferências estéticas entre minha irmã e eu, talvez a maior disparidade de nossas pesquisas pelos cantos eróticos da internet era no teor dos vídeos que Denise e eu assistíamos. Desde aquele início das nossas descobertas, Dê se manteve no pornô mais “comercial”: sexo básico e repetitivo, orgasmos fingidos, pouca variedade de posições e, no geral, tudo bem baunilha. Suas siriricas eram estimuladas por cenas de “papai-e-mamãe”, garotas dando de quatro, sentadas ritimadas, boquetes profissionais e fotogênicos, um sexo anal aqui ou ali… Por vezes ela também assistia vídeos de sexo grupal (dois caras e uma mina, duas minas e um cara, algumas orgias bem organizadas), mas não fugia muito do padrão. O máximo de “hardcore” que Denise aceitava em suas sessões eram eventuais tapas, puxões de cabelo, uns xingamentos, alguns filmes com um conteúdo BEM LEVE de bondage e, embora ela nunca tenha me contado, já a flagrei assistindo um vídeo no qual a atriz levava uma chuva dourada durante um gangbang.
Eu respeitava seus gostos e não via mal algum em se satisfazer com as coisas simples da vida. Diversão é diversão, afinal! Porém, como disse antes, eu era muito curiosa. Já no início de nossas pesquisas, eu logo comecei à experimentar categorias que fugiam do “catálogo convencional” oferecido pelo PornHub. Não demorou para que eu desse uma olhada na aba de pornô gay e lésbico, comecei à me interessar por atrizes transexuais famosas e, em pouco tempo, já era frequentadora assídua da tag “hardcore”. Eu estava em um processo de auto-conhecimento e aprendizado, então estava aberta à tudo que descobria de novidade em minhas pesquisas (que eu mantinha em segredo até mesmo da Denise nesse primeiro momento, pois me sentia um pouco envergonhada daqueles interesses que ainda pareciam um pouco “errados”).
Foi quando conheci a ponta do iceberg chamado BDSM. Em pouco tempo, já me tocava assistindo vídeos de bondage onde mulheres submissas eram amarradas em posições inacreditáveis enquanto seus dominadores estimulavam suas bucetas inchadas com vibradores potentes até a exaustão. Sentia minha imaginação atiçada durante longas sessões de espancamento com chicotes, chibatas ou varetas que deixavam lindos vergões nas bundas, coxas e costas daquelas pobres almas presas em cruzes de madeira. Me deliciava ao me imaginar na situação das indefesas garotas desesperadas por dinheiro que eram contratadas pelos produtores da FaceBashed para longas e cruéis cenas onde eram impiedosamente surradas, humilhadas, enforcadas e tinham cada um dos seus buracos usados por homens que não só deixavam claro que não davam o mínimo valor para aqueles pedaços de carne, mas que legitimamente queriam e gostavam de abusá-las da forma mais extrema que os limites da lei permitiam.
Dessa forma eu, uma menina com 10 para 11 anos, ainda descobrindo e desenvolvendo a própria sexualidade, me habituei à consumir as formas mais agressivas de sexo como algo perfeitamente natural e parte importante da minha rotina de masturbação diária. Aos poucos, assistir casais “fodendo como duas pessoas civilizadas que se respeitavam mutuamente” me dava cada vez menos tesão e me despertavam pouco interesse além da mera atração física/estética das pessoas envolvidas (mais de uma vez, naqueles momentos de masturbação coletiva, fiz companhia para a Denise apenas porque achava a atriz da cena bonita, além, claro, do fato de eu ter me apegado aos momentos de diversão em dupla com minha irmã quase como um ritual que fortalecia os laços afetivos que até hoje mantemos).
Na época eu não tinha a compreensão do efeito que aquela “auto-educação sexual” baseada em pornografia carregada de misoginia teria no médio/longo prazo. Não, pra mim aquilo já era minha referência! Com meus 12 anos, eu não mais dormia pensando em homens beijando meu corpo, chupando minha bucetinha e abraçando meu pequeno corpo enquanto gozavam dentro de mim. O que eu queria naquele momento era sentir a mão pesada de um homem violento na minha cara e uma pica grossa violando minha garganta até me deixar sem ar. Eu queria puxões de cabelo, xingamentos, surras e objetos enormes sendo forçados nos meus buracos. No banho, eu esfregava meu grelo desesperadamente e já começava à forçar os dedos no meu cuzinho enquanto apertava meu próprio pescoço, beliscava meus mamilos rosados com toda a força que eu conseguia e, vez ou outra, estapeava minha própria cara.
Mas, como todo mundo que já enveredou por esse caminho pode confirmar, a busca pelo prazer sem limites através do pornô é como qualquer outro vício: você descobre uma novidade incrível, mergulha de cabeça, chafurda no próprio hedonismo, vai usando cada vez mais e mais, então logo começa à se cansar daquele estímulo habitual. Quando chega nesse ponto, não adianta aumentar as quantidades: é hora de experimentar coisas novas.

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1 comentário

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  • Responder @Dom_daddy ID:45xxp0l1k0d

    Que conto maravilhoso !