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Nove Elas (Parte 1 de 18) – O Feitiço da Bruxa do 72

4196 palavras | 14 |4.15
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A primeira parte de um conjunto de relatos que ocorreram com nove de minhas amiguinhas da sala quando eu tinha por volta de uns 9 anos.

O conjunto de relatos que irei contar ocorreu com nove meninas da minha classe, na época eu tinha uns 9 anos, e acredito que elas também estavam perto desta minha faixa etária.
Sou um homem cético quanto a questões sobrenaturais, não acredito em nada de fantasmas, demônios, espíritos, quanto mais acreditar em bruxas. Para mim esse tipo de coisa não existe e nem nunca existiu, tudo fruto da imaginação do ser humano. Porém nem sempre fui tão cético em minha vida, principalmente na infância eu acreditava muito nessas coisas, poucas coisas haviam me colocado medo na vida, uma dessas coisas é o relato que irei contar da senhora que vivia na rua de uma amiguinha minha, era conhecida por todas as crianças da região como a bruxa do 72.
Lembro que era época de escola, era de manhã ainda, eu estava indo no carro do meu pai para o aniversário de uma das minhas amiguinhas de escola, a Paulinha. Não que eu fosse realmente “amigo” dela, mas era um termo que todos nossos pais e professores designavam para descrever a relação de todas as crianças da minha idade na época, para eles todos éramos “amiguinhos”, embora eu quase não lembre na vida de ter trocado algum papo com Paulinha, pois na própria sala de aula, basicamente, as meninas de juntavam de um lado e os meninos do outro.
Antes de chegar na casa da minha “amiguinha” para celebrar o aniversário dela lembro de prontamente já ficar olhando na parte direita da janela do carro pois sabia que iriamos passar pela casa número 72, já havia visto a mesma casa apenas 2 vezes pois não passávamos muito por aquela rua, mas ela era famosa, a casa era muitas das vezes assunto dentro da sala de aula, no recreio e na saída da escola. Todos ficávamos empolgados de falar não somente pela casa, que por si só tinha uma aparência sinistra, o portão era de grades todo enferrujado, o jardim era pequeno e mal cuidado com plantas grandes que tentavam cobrir a visão da casa, a casa tinha uma estrutura valeriana muito antiga, quem olhasse a casa a primeira vista iria pensar que estava abandonada há anos. Tão sinistro quanto a casa era a senhora que habitava nela, uma velha que deveria ter estatura normal, mas aparentava ser baixinha pois sempre estar andando curvada, cabelos bem brancos longos e maltratados, andava sempre muito coberta por vários tecidos bem fora de moda e todos bem escuros, seu rosto era feio, nariz grande com uma verruga enorme e cheia de rugas. Além de tudo era uma mulher muito antissocial, vivia com a cara fechada, de mal humor, como se nunca tivesse sorrido na vida. Fora ainda haviam relatos de pessoas desaparecidas ou que sofreram acidentes terríveis, inclusive de crianças, que ligavam a esta senhora (mas hoje em dia acredito que eram apenas mentiras que os adultos contavam pras crianças ou as próprias crianças inventavam). Não era à toa que era conhecida por nós como a bruxa do 72.
Olhando apreensivo a janela do carro logo vejo a casa 72, para a minha surpresa a velha senhora está no jardim de costas para nós, eu lembro de estar muito apreensivo só de ver aquela senhora, meu pai deve ter percebido minha apreensão e buzinou e acenou pra velha senhora que rapidamente se virou e seus olhos viraram diretamente para mim e uma face mal encarada me encarou por menos de 1 segundo, pois logo eu abaixei dentro do carro sumindo de perto do vidro e dos olhos mal encarados da velha mulher. Meu pai deu uma risadinha e disse que ele tinha medo de mulher feia até hoje, lembro de ter ficado com muito medo dentro do carro. Era criança e uma mulher que achava ser bruxa acabara de olhar feio pra mim, eu sabia que provavelmente iria ter pesadelo por um bom tempo. Não demora nem mais 2 minutos e meu pai me manda sair do carro pois já tínhamos chegado na casa da Paulinha. Ao sair do carro observo uma casa bem bonita estilo classe média na época com um jardim grande e uma piscina pequena que deveria ter uns 5 por 3 metros sendo a profundidade nem um metro direito, todo jardim havia sido decorado com balões, mesas e cadeiras de plásticos, umas mesinhas com um bolo, salgadinhos e docinhos, tudo com a temática da bela adormecida. Vejo meu pai cumprimentar um homem muito mais alto e corpulento que ele, cabelo castanho com corte militar, barba bem grande de cor castanho claro, era o pai de Paulinha. Meus olhos percorrem nas crianças que estão na festa e vejo cinco meninas, incluindo Paulinha já de biquininhos brincando dentro da piscina, logo me sinto aliviado em ver um amiguinho de sala sozinho sentado, ele mal me vê e já fica todo feliz acenando pra mim e vindo em minha direção. Eu aceno de volta e espero ele chegar perto de mim, enquanto isso ouço parte da conversa do meu pai com o pai de Paulinha. O meu pai pergunta se foi muito difícil fazer a festa da filha sozinho já que a esposa dele tinha falecido, ele diz que a irmã dele, tia da Paulinha, tinha ajudado e estava aqui cuidando de praticamente tudo.
Assim que meu amiguinho chega até mim ele segura minha mão e me começa a me levar pra gente trocar de roupa pra pularmos na piscina, eu vou junto com ele e despeço do meu pai. Como já estávamos com sunga por baixo da roupa apenas fomos para um cantinho da casa e tiramos o excesso de roupas. Quando volto para o jardim com a piscina vejo meu pai já no carro indo embora. Lembro de brincar muito na festa, não tinha piscina em casa e eu adorava nadar, com o tempo foram chegando mais “amiguinhos”, quase todos da minha sala já estavam lá, estava tudo bem divertido, a tia Angélica (tia da Paulinha) era uma mulher muito legal, parecia gosta muito de crianças e todos nós estávamos gostando de ficar sob os cuidados dela, ela parecia se preocupar com todo mundo. Lembro que um certo momento um dos meninos começa a comentar sobre ter passado perto da casa da bruxa (a casa da Paulinha era a casa dentre todos mais próximo dessa senhora, do portão dela dava pra ver a casa dessa velha mulher), ele havia dito que quando passou por lá de carro ele viu a bruxa no jardim e ele disse que ouviu o som de um menino dentro da casa pedindo por ajuda, ele disse que devia ser um dos meninos que morreu pela bruxaria dela. Alguns começaram a ficar assustados, outros começaram a querer fazer gracinha, lembro de um dos meninos colocar a cabeça contra a grade do portão da casa da Paulinha e gritar “Ô BRUUUUUXA” e sair correndo de volta, alguns começaram a rir outros ficaram quase desesperados (como eu) para que ele parasse e não repetisse. Isso foi o gatilho para alguns dos outros meninos também repetissem o feito e começassem a gritar em direção a casa da senhora chamando ela de bruxa. Eu com com bastante medo fiquei mais perto onde estavam o pai e a tia de Paulinha junto com algumas crianças, tia Angélica levanta e cogita ir até as crianças perto do portão para pedir que parem, mas o Pai de Paulinha agarra o braço dela e a impede de ir dizendo que isso é coisa de criança e pra deixarem se divertir, ela não parece concordar mas aceita e volta a sentar. A brincadeira não dura muito, logo vejo de repente as crianças perto do portão começarem a gritar e correr em nossa direção, tento saber o que aconteceu e um coleguinha me diz que a bruxa tinha saído da casa e estava indo em direção a gente. Eu confesso que gelei, eu estava meio incrédulo tentando saber mais até que vejo a velha senhora chegando perto do portão e batendo palma para ser atendida.
A tia Angélica aponta o dedo para o pai de Paulinha e diz que a culpa é dele e é pra ele resolver isso. Ele resmunga algo do tipo “Que essa velha quer aqui” e vai para o portão, ele fica uns 5 minutos conversando com a velha no portão e todos nós estávamos quietinhos no canto só olhando. Vejo o pai de Paulinha levantar as mãos bruscamente algumas vezes, a feição dele se um homem tranquilo passa a mudar para um homem mais nervoso, não consegui ouvir o que estavam conversando pois estava longe mas lembro de quando ele estava voltando já para perto da gente começar a falar mais alto pra senhora que agora parecia voltar pra casa “Vai tomar banho minha senhora”, “São crianças”, “É bruxa mesmo”, “Arruma alguma coisa pra fazer”. Ele volta parecendo muito bravo para o lugar onde estava antes, todos nós olhamos pra cara dele querendo saber o desfecho do acontecimento e ele, percebendo nossa curiosidade, nos diz que ela era uma velha muito chata que não fazia nada da vida só estava querendo encher o saco e que éramos crianças e ela deveria entender isso.
A continuação da festa não foi mais a mesma, não estava sendo tão mais divertida quanto estava antes da velha senhora chegar perto do portão da casa de Paulinha. Dava para perceber que o clima tinha mudado um pouco, as crianças falávamos só disso, quando alguém tentava iniciar alguma brincadeira, logo outro vinha querer discutir o que havia acontecido e a gente parava a brincadeira para falar sobre o assunto. Como o tempo já não estava mais ensolarado como antes, pois havia começado a nublar, lembro de ter ficado mais na cadeira sentado sozinho observando as pessoas. Haviam uns 3 só na piscina ainda, alguns ainda no jardim mas a maioria estava dentro da casa pois tinha colocado um VHS de um desenho para assistirem mas eu não estava tão interessado, e comecei a prestar atenção no ambiente. Lembro de ter me chamado a atenção um pássaro muito negro que estava no galho de uma árvore do jardim bem no canto, a ave tinha olhos vermelhos e parecia encarar tudo que acontecia no jardim da casa. Levo um susto quando parecia que os olhos do corvo de repente me encararam e no exato momento que ele crocita ouço o som de um trovão. Logo vejo as crianças saindo rápido da piscininha e a tia Angélica vindo de dentro da casa mandando a gente entrar. Sou o último a entrar na casa, todos parecem ter ido na sala ver o filme de desenho exceto pelo pai da Paulinha que parece ir pro segundo andar da casa e por mim que fico na sala junto a todos mas fico escorado na janela olhando pro jardim. Olhando distraído para a piscina pela janela de dentro da casa, percebo uma figura escura perto de uma mesinha bem no canto do jardim, eu fico encarando aquela figura preta como se tivesse tentando entender o que era aquilo, parecia um lençol negro, até que aquilo de repente de mexe e eu percebo que é uma coisa, uma pessoa, quando essa coisa preta vira de lado eu vejo a silhueta do rosto da velha senhora. Nisso eu tomo um susto, como ela entrou na casa? Como ela estava no jardim? O que ela estava fazendo? A figura vai calmamente andando até mais pra um canto do jardim, o canto onde tinha trocado de roupa com meu amigo pra irmos pra piscina. Eu lembro que me falaram que eu tinha ficado branco, eu disse pra tia Angélica gaguejando que eu tinha visto a bruxa aqui dentro, ela estava no jardim. Eu disse pra ela em voz alta, nesse momento lembro de todas crianças gelarem, alguns ficarem com cara de apavorado. A tia Angélica me disse que era minha imaginação que eu estava assustado, ela saiu da casa e me perguntou onde tinha visto a senhora eu apontei o local ela foi até lá e gritou do jardim para eu ir ver que não tinha ninguém lá. Eu e uns outros fomos e vimos que realmente não tinha ninguém no jardim além de nós, e ela me mostrou o tamanho do muro, e que a velha não conseguiria ter pulado e começou a rir. Ela percebeu que não conseguiu me deixar muito aliviado, eu era criança tinha quase certeza do que tinha visto, hoje eu sei que deveria ter sido minha imaginação mas na época eu acreditava nessas coisas. Logo aparece o pai da Paulinha no jardim e depara com minha cara de quem viu um fantasma, ou melhor, uma bruxa. Tia Angélica explica o ocorrido, e que eu era o único que não estava vendo o filme, pois ela disse que eu deveria estar assustado demais pra prestar atenção no filme, ele ri e fala pra eu não ficar com medo, que bruxas não existem, ele vai até a mesinha e pega sua latinha de cerveja, percebo que era nessa mesinha que eu tinha visto a bruxa mexendo nela quando estava de costas pra mim. Ele me diz que já que eu não estava interessado em ver filme eu poderia ficar com ele lá em cima vendo um jogo de futebol que estava passando. Eu não estava muito interessado em ver jogo de futebol mas aceitei o convite porque queria ver como era o segundo andar da casa.
O segundo andar parecia ser apenas os quartos, lembro de ter visto três portas, duas estavam abertas e uma fechada, uma das abertas dava pra ver um quartinho rosa, cama de solteiro pequena, deveria ser da Paulinha, na outra que estava aberta entramos, parecia ser o quarto do pai de Paulinha, era um quarto relativamente grande, uma cama de casal no meio com dois criado mudo com um telefone fixo em cima de um deles, de um lado um armário grande com espelhos na porta do lado de fora, uma televisão grande que ficava em frente a cama e do outro lado uma cômoda e uma porta branca que parecia porta de banheiro que estava fechada. O homem tira o tênis e as meias e se joga na cama, a tv já estava ligada e passa o jogo de futebol. Ele manda eu ficar a vontade, podia sentar ou deitar na cama se quisesse, eu como era tímido sentei na beiradinha da cama e fingi ficar vendo televisão mas estava chato, nem lembro quem estava jogando naquela época, mas não era meu time. Pelo espelho do guarda-roupa as vezes olhava para o pai de Paulinha para que ele percebesse que eu não queria ver filme com os outros mas eu também não queria ficar vendo jogo com ele, mas estava com vergonha de falar, tentava olhar para ele para ele perceber que eu estava incomodado. Ele estava bem relaxado em sua cama, com uma mão ele se apoiava na cama e com a outra segurava sua latinha de cerveja. Lembro dele dar uma golada na cerveja e olhar pra cerveja como se ela tivesse um gosto estranho, mas mesmo assim continuou dando goladas em sua cerveja. Começo a perceber que ele começa ficar um pouco inquieto, percebo que ele começa a passar a mão na virilha dele e que a calça jeans que ele vestia começa a ficar muito volumosa na parte da virilha. Eu fico constrangido e começo a olhar mais pra televisão e tentar me interessar mais pelo jogo, quando tento olhar novamente de relance pro espelho percebo que ele coloca um travesseiro em cima do volume e logo ele levante e me fala que ele vai tomar um banho bem rápido mas eu posso continuar assistindo o jogo. Ele levanta ainda com o travesseiro escondendo o enorme volume que havia feito, vai até o cômodo e vejo ele pegando rapidamente algo que parecia ser uma lata de plástico bem comprida e vai até o banheiro do seu quarto. Ouço barulho de água caindo, acreditava que ele deveria estar no banho, mas além do barulho de água escuto um segundo barulho um pouco menos ruidoso que o da água caindo, não sei descrever com que o barulho era parecido mas lembro que era algo como “chók,chók,chók,chók,chók”, de repente esse barulho secundário ficava mais rápido, até que ouço um palavrão baixinho vindo do banheiro e o barulho secundário para. Logo o barulho de água caindo do chuveiro fica diferente, como se alguém tivesse mesmo entrado de baixo d’água. De repente ouço o chuveiro sendo desligado e a porta do banheiro abre revelando um homem de uns 40 anos úmido, bem em forma e vestido apenas com uma toalha em volta da cintura as curvas que o seu pau fazia na toalha mostrava que ele não era só grande em altura e corpo. Seu rosto pouco vermelho, ele olha pra mim por um segundo e quase assusta, devendo ter quase esquecido que eu ainda estava lá. Ele me ignora e senta em sua cama de costas pra mim, pegando o telefone em seu criado mudo. Ele parece ligar pra alguém e tenta falar o mais baixo possível ao telefone mas eu consegui escutar quase tudo pois a distância era muito pequena. Pelo que conversava parecia conversar com uma mulher pois ele se dirigia a outra pessoa na linha no feminino, ele dizia coisas como “você precisa vim aqui hoje”, “estou muito excitado quero você”, “vou te foder a noite inteira”, “cadela”, e sempre com a outra mão parecendo que mexia no seu volume.
Parece que uma hora ele tenta insistir pra mulher na outra linha vir o mais rápido possível mas parece que a outra pessoa iria demorar muito porque percebo que ele começa a insistir e a implorar muito pela visita e começa a falar em tom mais alto tentando utilizar dessa estratégia de persuasão. Ele dá uma virada pra trás e me ve olhando pra ele, dá pra ver que ele se arrependeu de ter me levado pro quarto com ele. Ele diz que vai no escritório rapidinho e vai ligar pra ela. Ele rapidamente desliga o telefone e vai com pressa para fora do quarto com a toalha na cintura que é completamente perceptível que o volume grande que apontava pra baixo agora tinha uma barraca enorme dentro daquela toalha querendo sair. Ele desaparece do quarto e pelo barulho dos passos percebo que ele adentrou na terceira porta do andar onde estávamos, aquela que no começo estava fechada.
Assim que ele entra lá eu olho por mais uns 10 segundos pra televisão e olho pros espelhos do armário e percebo que a porta do banheiro do quarto está aberta com a luz acesa. Eu que quando criança gostava de conhecer e explorar novos lugares, fui fazer xixi no banheiro, por mais que não estivesse 100% de vontade minha bexiga estava um pouquinho cheia já. O banheiro era pequeno, devia ser uns 2 metros quadrados por aí. Um vaso sanitário, um box para tomar banho e uma pia com várias gavetas, mas o que mais me chamou atenção foi a lata de plástico comprida que o pai de Paulinha havia levado do quarto pro banheiro, peguei a lata para inspecionar melhor, era realmente um tubo de plástico cilíndrico bem grande do tamanho do meu antebraço, se pá maior, bem grosso, numa ponta havia algo parecido uma tampa pra abrir e a outra ponta era toda de uma substância que nunca tinha visto (hoje em dia acredito ser silicone), e nessa ponta havia o desenho de uma vagina, eu era pequeno mas sabia essas coisas mais ou menos, meu pai trabalhava na produção de filmes adultos, por mais que eu não tivesse interesse em sexo na época pela idade eu já entendia o que era uma vagina e sabia reconhecer uma. Lembro que a vagina estava bem aberta já dava pra ver quase o interior do objeto, aproximei mais o objeto mas logo afastei novamente pois dentro dessa vagina de silicone havia um forte odor que na época desconhecia hoje acredito que era de porra. Eu rapidamente deixei o objeto de volta na pia, terminei de fazer meu xixizinho e voltei sentar onde estava exatamente. Passou nem um minuto eu lembro de um dos maiores sustos que tomei na vida. Eu quase já havia esquecido o episódio com a bruxa e eu escuto algo parecido com um bater de asas vindo do banheiro. Eu volto a me cagar todo de medo, mas eu meio que incrédulo olho pro banheiro ainda aberto do quarto e reparo na janelinha que tem dentro do banheiro que dá pra fora da casa, ela estava aberta. Pela minha cabeça passa se um passarinho tinha entrado no banheiro, como eu não tenho medo de passarinho vou perdendo o medo e entrando no banheiro devagar pra ver se o passarinho tinha entrado. Quando olho pra pia, do lado do tubo de plástico, tão enorme quanto ele, se pá maior vejo o corvo negro de olhos vermelhos, em fração de milésimos de segundos o corvo se vira pra mim e crocita mais uma vez, não sei como não desmaiei, lembro da primeira vez na vida a expressão cu travado fazer o maior sentido. Meu cu travou tanto que chegou a doer, eu lembro de me virar e ir andando com passo de formiga e cu travado fui até a porta semiaberta onde estava o pai de Paulinha. Ele estava sentado de costas pra mim de toalha na cintura, em uma cadeira em frente a um telefone fixo, com uma mão segurava o telefone e falava várias coisas obscenas e a outra ele balançava freneticamente o braço pra frente e pra trás, não cheguei a ver o que ele fazia mas hoje entendo o que ele deveria estar fazendo, eu cheguei perto dele e eu dei uma cutucada em suas costas, ele parecia estar em êxtase e não percebeu minha cutucadas, eu dei cutucada mais forte ainda e ele parecia não ter percebido ainda, eu lembro que não conseguia nem falar, estava apavorado. Até que a cutucada foi mais forte ele parou o que estava fazendo e olhou pra trás e me viu.
Ele meio que estava diferente, podia ver em sua cara que ele queria muito continuar, ele me olhou mas a mão dele só diminuiu o ritmo mas não chegou a parar de balançar, ele continuou falar as coisas no telefone mas com tom mais baixo, até que ele tirou o telefone da orelha e me perguntou com mais rispidez o que eu queria, eu só apontei pro quarto dele e consegui falar que tinha um corvo. Ele meio que puto falou pra eu voltar que ele já ia, mas quando ele voltou com o telefone pra orelha ele ficou mais puto ainda pois parecia que a linha tinha caído ou a pessoa na outra linha desligou. Ele levanta bruscamente, dentro da toalha a barraca continuava armada, mas ele estava diferente em êxtase, parecia não se importar muito mais comigo presenciando aquilo. Ele vai comigo até o banheiro e entramos juntos. Ele fica nervoso comigo e fala que não tem nada ali, e realmente não tinha corvo preto, ele olha pra lata de plástico comprida com a mão e aponta pro objeto e fala que aquilo não é um corvo, é uma saboneteira e vira a ponta da vagina e diz que ali coloca sabonete líquido e não é nada demais, mas eu já sabia que não era. Mas lembro de quando ele apontou pra mim a vagina de silicone ela estava muito diferente, o material parecia mais realístico parecia pele, a vagina que era enorme agora tinha dado lugar a uma vagina pequena fechadinha. Na época eu podia quase jurar que não era o mesmo objeto, aquilo tinha sido trocado.

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14 Comentários

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  • Responder Rimonteso ID:gqblwvm9a

    Acho q n vou continuar mais esse conto n gente… morreu msm… eu sou apaixonado em filmes de terror e queria mt começar a ler uns livros de terror… mas a vida ta corrida… pelos meus planos talvez daqui há uns 2 anos eu vou ter mais tempo pra mim e vou começar a ler livros de terror e aí eu posso tentar fazer um conto preteen com uma pegada mais sombria… de terror… provavelmente eu vou relançar esse conto só que mais bem escrito daqui uns 2 anos e meio talvez… aí sim eu pretendo terminar as 18 partes que pensei pra ele…

    • Andrade ID:1cwtx0njmg9o

      Poxa… foi o teu conto que eu mais gostei, man. Se puder, só dá pra gente uma ideia geral do q ia acontecer. Se o feitiço da bruxa ia perverter mais o pai da Paulinha, ou algo assim. Um abraço

  • Responder Cuteboyy ID:1eebgjdivh95

    Esse conto morreu ou tem continuação em outro lugar?

  • Responder Gamadão ID:8ef6vikk0k

    Esse conto.continua em outro site? Tá parte 1 de 18 mas não achei o resto

  • Responder Andrade ID:w71js0hj

    Espero q continue esse conto.

  • Responder Telev ID:8d5g1ds8r9

    Tomara que esse autor continue, achei muito bom

  • Responder Anônimo ID:8d5g1ds8r9

    Continua

  • Responder Andrade ID:w71js0hj

    Continua a história, ta muito boa!

  • Responder Anônimo ID:gqaw2rj44

    Muito bom

  • Responder Julia sub ID:831065owhm

    Ansiosa pelo final

  • Responder Andrade ID:w71js0hj

    Eu espero que ele continue este. Essa primeira parte tá muito boa!

  • Responder Incógnito ID:ona04j5qrk

    Ele sempre começa até bem os contos, bronca é ele terminar…

    • Andrade ID:w71js0hj

      Po, esse tá bom demais. Essa pegada sobrenatural dá muito tesão rs.

  • Responder Andrade ID:w71js0hj

    Ótimo conto. Saíram 4 estrelas na avaliação, mas eu quis dar 5 na verdade.