Eduardo 1

Nesse conto, trago o início da minha relação com o Eduardo, um cara maduro que eu conheci na academia e de cara já mexeu comigo.

De uns dias pra cá eu tenho acompanhado uns contos e decidi dividir com vocês um pouco do que aconteceu comigo. Esse será um conto longo, não sei ainda quantos eu vou fazer, mas quero contar as melhores experiências que eu já tive.

Pra começar, eu vou me apresentar: Sou Felipe, e quando isso aconteceu, eu tinha 17 anos. Sou magro, tenho 1,83m de altura, branco mas com a pele bronzeada, cabelo castanho claro, tenho algumas sardas no rosto (não me incomodo com elas, acho que me deixam até mais bonito), tenho um corpo definido porque costumo jogar futebol e fazer academia, mas nada muito exagerado.

Desde os meus 14 anos eu moro com a minha tia, nunca conheci meu pai e minha mãe morreu quando eu tinha essa idade. No início foi bem complicado me acostumar com a nova rotina e com o fato de que não poderia mais ver a minha mãe, mas hoje já estou mais conformado. Minha tia é enfermeira, ela trabalha em um hospital público e tem a vida bem corrida, por isso, passo a maior parte do tempo sozinho e tenho o futebol e a academia como forma de ocupar o tempo. Mesmo passando pouco tempo com ela, nós temos uma ligação surreal e eu a tenho como uma segunda mãe. Vanessa é uma mulher encantadora, divertida, ama sair com as amigas para o pagode, mas que segundo ela, nenhum homem a merece e por isso ela nunca casou ou teve filhos. Ela diz que eu e o Jorge (seu gato) somos os únicos homens que ela atura.

Jorge é um gato sem raça definida, o famoso vira-lata. Eu e minha tia encontramos ele ainda filhote há um pouco mais de um ano, quando voltarmos do supermercado, ele estava na calçada de casa. Desde esse dia ele não saiu mais das nossas vidas.

Como eu já disse, passo maior parte do tempo sozinho, por isso, costumo jogar bola três vezes na semana e ir à academia todo dia. Sou muito simpático e adoro fazer amigos e dá vários rolês. Sou bem tranquilo em relação à bebida alcoólica, até gosto mas não costumo beber muito.

Tudo começou em uma segunda-feira, eu cheguei da escola, esquentei o almoço, depois de tomar banho, eu almocei e fui fazer o dever de casa. Lá pelas 19:00 da noite eu fui para a academia. Eu não costumava ir esse horário porque é sempre lotado, mas eu acabei pegando no sono e acordei com uma ligação da tia Vanessa avisando que iria sair com as amigas e que se eu quisesse, podia pedir algo para jantar ou sair com os amigos, contando que não inventasse de levar ninguém que eu não conheço para a casa dela. Bom, sobre a minha sexualidade, eu não sei exatamente o que sou. Sempre fiquei com mulheres e nunca me relacionei com homens, mas confesso que me sinto atraído por alguns, principalmente mais velhos, por isso, não me considero hétero.

Quando eu cheguei na academia ela estava como o esperado, lotada. Ela fica em um shopping que tem perto de casa, coisa de 5 minutos de caminhada eu estou lá, o que é até bom porque me ajuda a aquecer o sangue e os músculos para os exercícios. Como eu nunca costumo ir a esse horário, eu não conhecia ninguém que estava lá, a não ser a moça da recepção. A cumprimentei e fui direto para a esteira (gosto de me aquecer em casa, antes de sair), como estava lotada, tive que esperar alguma ficar livre para eu poder ir. Enquanto aguardava, vaguei o rosto pelo local vendo se achava alguém que chamasse minha atenção, até que o avistei. Um homem muito bonito, loiro, corpo definido, olhos claros (devido a distância eu não conseguia dizer a cor exata), alto, com um calção que marcava muito as coxas, bunda e o volume da frente. Era nítida a beleza e a masculinidade que aquele homem exalava, metade da academia o encarava de rabo de olho, dentre eles homens e mulheres.

Desviei meu olhar dele assim que a esteira a minha frente vagou e eu pude começar meus exercícios, mas tendo tempo de sempre olhar para ele. Quando meu tempo acabou, fui para outros aparelhos, quando estava na terceira máquina, o vi se aproximando de mim e sentando na máquina ao meu lado. Quando ele fez isso, não pude deixar de sentir o cheiro gostoso do suor dele misturado com o perfume amadeirado. Meu pau ficou meia bomba na hora. Com o tempo, vi que ele dava umas olhadas pra mim e desviava o olhar sempre que eu o olhava de volta.

-Com licença… -ele disse e eu olhei para ele – que caro gato- eu sou novo nessa academia e na que eu frequentava não tinha essa máquina, e com todo respeito, eu fiquei observando você e acho que tô fazendo errado.- ele disse me dando um sorriso sem jeito.

-Hm, tudo bem. Eu posso ajudar o senhor.

-Senhor não, rapaz, você ou se preferir, me chame de Eduardo. – ele me estendeu a mão, e que mão, cobria a minha fácil.

-Felipe!- eu disse estendendo a mão para ele, que apertou em seguida com um sorriso sincero nos lábios.- O senh… quer dizer… você- dei um sorriso sem graça para ele- está apoiando a perna no lugar errado e acho que o peso está pouco comparado ao seu corpo.

-Sabia que estava errando algo- ele coçou a nuca- e qual você acha que é o peso ideal pra mim?

-Depende, eu acho que pelo seu porte físico eu aumentaria mais 5kg.- ele assentiu- quer que eu aumente?

-Se não for pedir demais.- ele sorriu sem graça.

-Que isso?! Claro que não!

Me levantei de onde estava e fui ajustar o aparelho, de rabo de olho vi quando ele desceu o olhar pelas minhas costas chegando até minha bunda. Me agachei ao lado da máquina e pude sentir quando ele colocou a mão na minha camiseta a puxando para baixo e disse “desculpe, mas sua cueca estava aparecendo” e eu apenas assenti e surrei um “obrigado”sentindo meu corpo arrepiar com aquele simples contato. Depois de ajustado máquina, voltei para onde estava e continuei o que estava fazendo, sentindo sempre o olhar dele em mim.

Depois desse dia, passei a frequentar o mesmo horário que ele na academia. Não conversamos mais, mas trocávamos sempre acenos e olhares. Até que uma semana depois, na sexta, algo mudou.

Continua…

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