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De cabeça para baixo

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A história é longa porque mulher gosta de detalhes. Não tive coragem de desabafar com minhas amigas. Estava insatisfeita com minha vida, mas e agora?

Acabei de completar 40 anos de idade, casada a dezesseis e tenho um filho de 13 anos. Desde menina o esporte sempre esteve na minha vida. Fui jogadora de vôlei amadora e hoje pedalo e faço corridas de baixa quilometragem com algumas amigas que fiz ao longo da vida. Desta maneira, mantenho meu corpo saudável e bonito e sei que provoco a imaginação de muitos homens.

Meu marido é avesso a esportes e viciado em trabalho, mas nunca ligou, nem mesmo me acompanhou para ver uma corrida. Conhece algumas meninas que correm comigo, porque eu já as trouxe em casa.

Para contextualizar vocês, preciso voltar na minha adolescência. Eu tinha a idade do meu filho quando tudo começou. Havia um menino, Fábio, que era quatro anos mais velho do que eu e o queridinho da escola. Inteligente, bonito, esportista, sorriso lindo, extrovertido, bem-humorado, enfim acredito que não havia menina que não quisesse namorar com ele.

Apesar de ter treze para quatorze anos meu corpo já era bem desenvolvido, só para comparação, hoje tenho quase 1,80m. Porém, minha cabeça ainda era de menina que começava a descobrir o amor, a sexualidade e embora achasse o Fábio o máximo, não imaginava que ele estava de olho em mim, afinal tinham tantas meninas da idade dele.

E foram minhas amigas, na época, que notaram o interesse dele por mim e começaram a colocar coisas na minha cabeça. Lembro que eu dava risada das coisas que elas falavam, mas não levava muito a sério, afinal ele iria se formar e deixar a escola naquele ano e estávamos no último semestre.

Até que um dia, após uma aula de educação física, ele se aproximou do nosso grupo e começamos a fazer amizade. Não só eu, mas com todas as minhas amigas. Sempre na entrada das aulas, nos intervalos e na saída ele procurava o nosso grupinho para conversar. Isto provocava uma certa raiva nas meninas mais velhas que estavam interessadas nele. Ficamos sabendo disso através de fofocas.

Não sei precisar se foram duas ou três semanas, mas foi num final de tarde na saída da escola que ele nos procurou e disse que precisava falar comigo sozinha. Minhas amigas começaram a se despedir e se afastar de mim e eu gelei quando fiquei sozinha com ele.

Me disse que eu era linda e que queria namorar comigo. Quem é mulher sabe o impacto que o primeiro pedido de namoro causa. Era setembro, mês das flores e tal qual uma flor eu começaria a desabrochar para a vida. Estava muito feliz, mas insegura com minha própria timidez. Naquele momento eu queria dizer sim, mas disse que precisava de um tempo para pensar.

No início da tarde do dia seguinte contei para as meninas que queriam me matar. Me aconselharam, ou melhor, praticamente impuseram que eu fosse até o Fábio e dissesse sim. Foi o que fiz.

No intervalo das aulas ficamos sentados juntos, andamos de mãos dadas e parecia que toda a escola olhava para nós. Lembro de comentar que estava envergonhada com aquela situação, mas ele me acalmou dizendo que era normal e que logo isso passaria.

Na saída daquele dia, esperamos que grande parte dos alunos fosse embora e fomos andando vagarosamente, de mãos dadas, contornando o colégio e assim que a rua ficou quase deserta, ele me encostou na parede e me deu o primeiro beijo.

Eu era tão ingênua que não sabia beijar. Depois de duas tentativas ele riu e me disse que eu tinha que abrir a boca e deixar a língua dele entrar. Mais uma vez eu fiquei envergonhada, mas fazer o que, eu não sabia.

Quando peguei o mecanismo ficou gostoso e estava me realizando. Senti a mão dele atrás do meu pescoço, empurrando a minha cabeça. Ao mesmo tempo, ele colocou a mão esquerda no final das minhas costas e me puxou em direção a ele. Pela primeira vez senti algo duro encostando em mim.

Não sei se mulheres que, porventura, estejam lendo a minha história se lembram da primeira vez que isto ocorre. Eu lembro que senti um calor, vindo de não sei onde, mas se concentrou na minha pepeca. Mais uma vez eu fiquei encabulada, embaraçada e quando isto acontece comigo fico vermelha que nem um pimentão. Mas, era muito gostoso.

Ele me acompanhou até próximo da minha casa e quando entrei minha mãe notou que havia algo estranho e me perguntou se havia acontecido algo. Respondi que não, embora estivesse eufórica. Eu até queria contar para ela, mas naquele momento, achei melhor não.

No dia seguinte cheguei cedo no colégio e minhas amigas queriam saber de tudo e claro que contei. Com o passar dos dias, eu comecei a passar mais tempo com ele do que com elas e toda a curiosidade delas foi se acalmando porque enxerguei que deveria preservar o que acontecia entre eu e ele.

No primeiro final de semana ficamos separados e foi aí que resolvi contar para a minha mãe. Ela me perguntou quem era, que idade tinha, onde morava e quando respondi, para minha surpresa, ela disse que era o filho de uma amiga dela e pela família ao qual ele pertencia, deveria ser uma boa pessoa.

Claro que ela também falou um monte de coisas, me aconselhando a não fazer bobagens, disse para eu contar para o meu pai e que o menino seria bem-vindo em nossa casa. Isso me deixou extremamente feliz e assim Fábio passou a frequentar a minha casa. Sei que minha mãe ligou para a mãe dele para contar sobre o namoro.

Com a presença assídua dele, claro que éramos “vigiados” mas encontramos um lugar estratégico, na garagem, para trocar nossas carícias. De fora ninguém nos via e do lado de dentro dava para escutar a porta abrir e vários passos até chegar onde ficávamos. O local era discreto e mesmo se chegasse alguém, dava para disfarçar olhando e regando as flores que existiam no jardim. Tinha até um pequeno muro que servia de banco.

Foi nesse banco que um dia eu sentei no colo do Fábio e ele colocou a mão nos meus seios. Eu me assustei e tirei a mão dele. Eu disse que estava com medo de alguém poderia chegar e ver. Ele me acalmou dizendo que escutaríamos e insistiu me beijando em seguida.

Com medo e com ouvidos atentos deixei ele apalpar meus seios por cima da blusa. Logo a mão entrou por dentro da blusa alcançando o sutiã. Meus seios, até hoje, são pequenos e ele enchia a mão. Claro que o sutiã não foi barreira suficiente e ele acabou tocando em mim.

Quando senti o contato da pele dele nos meus seios me arrepiei toda. Meu mamilo durinho sendo acariciado me proporcionou uma experiência inesquecível. Sua mão me apertava gostosamente e meu corpo inteiro estava pegando fogo. Com muito medo de que alguém pudesse ver, pedi para ele parar, mesmo a contragosto.

Em outra ocasião, estávamos sentados lado a lado e ele, do nada, pegou a minha mão e colocou sobre o seu pinto. Eu me assustei e quis tirar a mão dali, mas ele segurou. Podia sentir algo duro por cima da bermuda. Ele, calmamente, abriu o zíper da bermuda e tirou o pinto para fora da cueca.

Eu já tinha visto o pinto do meu irmãozinho, mas esse era bem diferente. Estava duro, tinha veias salientes e a cabecinha rosa estava para fora. Ele pegou na minha mão e me fez tocá-lo. A sensação foi incrível, pegar algo duro e macio ao mesmo tempo. Manipulá-lo um pouquinho.

Ele pediu para que eu beijasse e chupasse o pinto dele como se fosse um sorvete, mas eu não quis. Tinha nojo. Então fiquei só segurando e alisando. Estava começando a descobrir tudo o que o sexo tem de bom.

Já estávamos no mês de dezembro, as aulas já haviam terminado e ele me disse que iria me dar um presente de papai Noel. Fazia calor, era final da tarde e sentamos no nosso cantinho secreto. Eu estava de vestido azul e Fábio me pediu que sentasse no colo dele. Adorava isso, pois ele me abraçava e me sentia segura.

Pediu que eu fechasse os olhos e começou a beijar meu pescoço. Isto fez meu corpo contrair e sentir cócegas. Sua mão direita se acomodou em cima do meu joelho direito. Estava tudo quieto, em paz e eu reconhecia o cheiro das flores.

Aos poucos fui experimentando sua mão tocando diretamente na minha perna por debaixo do vestido. Quando chegou no lado interno da minha coxa me arrepiei e um tesão imenso veio. Na minha mente eu não deveria deixar, tanto que falei para ele parar, mas sem nenhuma vontade de que ele fizesse isso.

Ele parou por alguns instante e sem tirar a mão, lentamente, começou a movê-la por cima da calcinha, em direção a minha pepeca. Bem em cima dela, começou a empurrar o dedo, levemente, contra a calcinha.

Este momento ficou gravado e lembro de balbuciar a palavra não. Minha boca se encheu de saliva e engoli, suspirando em seguida. Fechei firmemente as minhas pernas enquanto sua boca continuava a beijar o meu pescoço. Senti uma espécie de umidade na pepeca e aquilo era bem diferente para mim.

Sua mão veio em direção à minha barriga e entrou dentro da calcinha. O seu dedo foi me tocando, suavemente e sem penetrar muito. Só na portinha. Eu estava em êxtase, deslumbrada com aquele momento. Até hoje me lembro disso e acho que foram segundos mágicos, aliás nem sei precisar se foi muito tempo ou não.

Aquilo era gostoso demais, até que escutamos o barulho da porta e passos. Rapidamente ele tirou a mão e eu fiquei em pé abaixando o vestido. Era o meu irmão de oito anos que queria brincar com o Fábio. Ele não percebeu nada, mas não sei se fosse um adulto talvez, pela nossa fisionomia, pudesse deduzir que estávamos fazendo algo, digamos, proibido.

Porém, em janeiro, tive uma grande desilusão. Fábio havia passado no vestibular e ele e sua família iriam morar em outro estado. Por um lado, fiquei feliz por ele conquistar o seu sonho de ser engenheiro, por outro lamentei não haver faculdade de engenharia em nossa cidade.

Seu pai, que era bancário, arrumou uma transferência e eles mudaram rapidamente. De vez em quando, ele me ligava para saber como eu estava. Sofri muito nesta época e acho que ele também. Porém, tempo e distância tem um efeito de acalmar os sentimentos. Estas ligações logo foram ficando cada vez mais raras e assim, seguimos caminhos diferentes. A última vez que liguei, o telefone não era mais aquele. A mulher que me atendeu disse que havia mudado para aquele endereço e não sabia onde os moradores antigos se encontravam. Perdi o contato.

O tempo passou, tive alguns namorados até que me apaixonei perdidamente por um e acabei casando. No início, mil maravilhas até que tivemos um episódio muito ruim logo após o nascimento do meu filho.

A treze anos atrás meu filho nasceu, eu estava na quarentena na casa da minha mãe e precisei ir até em casa para pegar umas roupas. Chegando lá e entrando no meu quarto, me deparei com o notebook dele em cima da cama. Achei estranho ele não levar para o trabalho e quando toquei a tela se abriu e tive uma enorme e desagradável surpresa.

E-mails com mensagens de que estava com saudades e anexos com fotos da mesma mulher pelada. Quando olhei a pasta dos itens enviados, mais uma constatação. Naquele mesmo dia ele mandou um E-mail para ela dizendo que estava indo e que não iria trabalhar. Meu mundo caiu.

Voltei para casa da minha mãe transtornada. Ao entrar me recompus para não deixar transparecer nada. A minha vontade era abandonar tudo e recomeçar a vida só com meu filho, mas não tinha como. Nem trabalhar eu trabalhava. Minha mãe era viúva e a aposentadoria dela não daria para sustentar a gente enquanto eu não arrumasse um emprego. E o pior de tudo: eu amava meu marido.

Foram dias difíceis e acabei voltando para casa. Ali, peguei meu marido de jeito e expus o que tinha visto no seu notebook. No início tentou negar, mas não tinha como. Me pediu perdão e disse que não queria desmanchar nossa família. Segundo ele, foi apenas uma aventura e não se repetiria.

Pensei muito naquele mês e acabei perdoando porque eu o amava. A partir daí algumas coisas mudaram: a atenção dele para comigo e para as necessidades do nosso filho, ficava mais tempo em casa, não trabalhando tanto, procurava me agradar de todos os jeitos.

No início foi difícil abrir as pernas novamente para ele. Eu não sentia muito tesão em dar, mas sabia que deveria fazê-lo, afinal continuávamos como marido e mulher. Muitas vezes eu me questionei se realmente ainda o amava e na maioria das vezes achava que sim e em outras que não. Na realidade, havia ficado uma mancha na confiança que eu depositava nele e ela sempre aparecia.

O tempo foi passando e as coisas se acalmando e digamos, entrando numa rotina. Não sei se o amor diminuiu ou se ele assumiu outra forma. Meu marido é um cara bacana, não é violento nem comigo nem com nosso filho, é inteligente (só não foi quando esqueceu o notebook na cama), é trabalhador e por falar em trabalho, nestes últimos anos voltou a chegar tarde em casa, trabalhar às vezes aos finais de semana, tudo porque lhe prometeram um cargo de diretor.

Nos últimos tempos, estressado, cada vez me procurava menos e é claro que a mente cria uma série de coisas, porque se você for traída uma vez é bem possível que se repita. Mas, eu decidi não me importar com isso. Se ele quiser fazer, que faça, mas não me deixe saber, afinal como diz o provérbio: “o que os olhos não veem o coração não sente. ”

Procurei manter a minha autoestima e me cuidar cada vez mais. Afinal, qual mulher não gosta de ser admirada pelo seu corpo? Qual mulher não gosta de despertar desejo nos homens? Foi por este motivo que voltei a correr e a pedalar, como escrevi lá no começo.

No meio deste ano eu estava triste e meu marido percebeu isto. Me disse que deixaríamos o nosso filho com a mãe dele, que tiraria férias em novembro e iríamos ter uma segunda lua de mel. Eu não me entusiasmei tanto quanto ele, afinal a nossa vida sexual estava, digamos, meia rotineira e sem graça. Porém, eu tinha que dar uma segunda chance para mim mesma, afinal sairia de casa, veria gente diferente, fugiria daquela vida tediosa.

Fomos para o nordeste e chegamos no Resort na segunda-feira à tarde. Cansada, fui tomar um banho e quando voltei ao quarto ele estava ao telefone. Sua aparência não era muito boa. Quando ouvi: “Tá bom, eu volto amanhã” fiquei perplexa.

Ele me contou que uma comitiva tinha vindo dos Estados Unidos para uma reunião na quarta-feira com o diretor comercial e este havia sofrido um infarto e estava na UTI. Como meu marido já trabalhava com este diretor era a melhor pessoa para substituí-lo. Assim, haviam conseguido uma passagem para ele naquela noite e voltaria na sexta-feira à tarde.

Até falei que iria embora junto, mas ele me disse que tinham reservado apenas uma passagem. Seria melhor eu ficar e esperar. Ele iria, na terça prepararia as reuniões, na quarta e quinta seriam as negociações e na sexta retornaria.

– É minha grande oportunidade. – Disse ele – Talvez eu feche um negócio importante e alavanque a minha carreira.

Entendi a gravidade da situação e fiquei feliz por ele, embora triste por ficar sozinha num lugar que não conhecia ninguém. Mas também eram só três dias e mal eu imaginava o que iria acontecer.

Na terça pela manhã, sozinha, tomei meu café da manhã, peguei meus óculos escuros, coloquei um belo biquíni vermelho e fui para a praia. Fazia muito calor. Fiquei algumas horas ali, mas notei dois caras grandes me olhando e embora eu quisesse ser notada, fiquei com um pouco de medo e resolvi ir para a piscina do resort.

Ali fiquei mais à vontade porque havia muito movimento de crianças, mães, etc. No final da tarde, subi para o meu quarto, abri um refrigerante e fui tomar banho. Por incrível que pareça, estava cansada, acho que pelo fato de não ter falado com ninguém. Sei lá.

Quando tirei meu biquíni e olhei no espelho me surpreendi. As famosas marquinhas do biquíni já estavam aparecendo. Contemplei meu corpo inteiro, totalmente depilado e fiquei muito feliz. Não estou querendo me engrandecer, me vangloriar, mas é verdade, é um corpo muito bonito.

Tomei meu banho, relaxei e descansei um pouco e desci para jantar voltando em seguida. Meu marido fez uma chamada de vídeo e conversamos por alguns minutos. Eis minha terça-feira.

Na quarta pela manhã, desci para tomar o café. Estava sentada em uma mesa e percebi alguém vindo em minha direção. Talvez fosse sentar na mesa ao lado, mas me surpreendi quando falou meu nome.

Olhei para ele e quase caí da cadeira. Era o Fábio. Depois de mais de vinte e cinco anos sem ter notícias eu o vejo. Bonito, charmoso, com uma barba rala, coisa que ele não tinha. Não consegui falar nada, mas ele disse:

– Desculpe, vi que você é casada, então não vou me sentar ao seu lado. De qualquer maneira, foi um prazer te ver.

Claro que ele viu a minha mão e a aliança estava nela. Quando me refiz da surpresa falei para ele se sentar ao meu lado e expliquei o que aconteceu com meu marido.

– Lamento por ele ter que ir embora. – Disse ele – Mas pelo menos temos a oportunidade de conversar um pouco.

Na realidade eu não estava me sentindo muito à vontade num ambiente fechado, embora somente estivesse conversando. Tomei meu café rapidamente e o convidei a ir para a praia comigo. Eu até pensei em ir à piscina, mas escolhi a praia, por ser mais aberto e com menos gente.

Fui ao meu quarto, coloquei um biquíni amarelo, uma canga, óculos escuros, bronzeador, pente e toda a parafernália que uma mulher leva. Nos encontramos na praia e escolhi um lugar perto de um quiosque, um pouco mais afastado. Acredito que Fábio tenha percebido que eu não estava muito confortável com a situação.

Mas, ele como sempre, foi gentil, atencioso, trouxe um guarda-sol, cadeiras, esteiras e iniciamos uma conversa. Fiquei sabendo que havia se separado a um ano, tinha dois filhos e um bom relacionamento com a ex esposa, embora o amor não existisse mais. Ainda morava em outro estado.

Eu precisava passar protetor solar nas minhas costas e pedi para ele fazê-lo. Quando me tocou na base do meu pescoço e depois nas minhas costas, me arrepiei. Ele viu e riu, mas não comentou nada.

Ficamos conversando num papo bem agradável, mas eu sempre na defensiva e falando apenas as coisas mais triviais da minha vida sem entrar em detalhes. Ele pegou caipirinha no quiosque ao lado e pensei em me policiar porque sou fraquinha para beber e não recusei apenas pensei: vá devagar.

Acho que aos poucos fui me soltando, fomos lembrando coisas da escola, fatos engraçados, cenas tristes, eventos que eu nem lembrava mais. E depois da segunda caipirinha, estava consciente, porém muito mais relaxada por causa do álcool e o papo começou a ir para o lado dos namoros que tivemos antes de casarmos.

Naquele momento eu me sentia uma adolescente e me perguntou, porque estava muito curioso em saber com quem eu tinha perdido a virgindade e se foi com alguém da escola. Eu respondi que só falaria se ele me contasse com quem ele perdeu a virgindade dele.

Ele concordou e fiquei surpresa em saber que foi com a Luisa, que estava na mesma classe do que ele e era muito discreta. E aí começamos um diálogo, mais ou menos assim:

– Pois é. – Disse ele – Fui fazer um trabalho na casa dela e estávamos os dois sozinhos e aconteceu. Ambos tínhamos quinze anos. Só transamos esta vez, pois ela tinha vergonha de ter dado sem aos menos sermos namorados. Várias vezes conversei com ela, mas não teve jeito, então viramos bons amigos e também perdi o contato com ela. Agora é sua vez. Com quem perdeu a virgindade.

– Tá… – Respondi – Eu já tinha dezoito anos e foi com o Nelsinho.

– Com o Nelsinho, que estudou na sua classe!!! – Exclamou ele – Filho da mãe…. Sempre quietinho…

– Pois é. – complementei – Namoramos quase um ano e depois desmanchamos. Sei que ele mora fora do país e é casado, tem três filhos. A alguns anos eu o vi no facebook.

– Você sempre toda certinha. Dezoito anos. Nelsinho é um cara de sorte por ter pego você. Eu perdi uma grande oportunidade, mas acho que não aguentaria esperar quatro anos. Você me procurou também nas redes sociais? – Perguntou Fábio.

– Sim. – Respondi – Mas não te achei. Mulher é mais curiosa para saber que fim levou seus amigos. Ainda tenho alguns contatos com amigas daquela época, se quiser eu te passo.

– Não…- Disse ele – Eu não curto esta coisa de rede social. Gosto de viver no anonimato.

E assim, ficamos conversando até o início da tarde. Eu estava muito feliz, como não ficava há muitos anos. Repentinamente ouvimos um barulho enorme e nos demos conta que uma tempestade estava vindo.

Corremos para o hotel e pegamos o elevador. Quando chegou no andar dele ele me chamou. Desci e ele me disse:

– Você continua linda como sempre foi.

Claro que eu ia agradecer aquelas palavras, mas não deu tempo. Ele começou a me beijar. No primeiro instante pensei em parar, mas não sei, algo aconteceu dentro de mim e acabei correspondendo ao beijo como se tivéssemos voltado no tempo.

Foi estranho. Eu sabia que aquilo era errado e não vou dar desculpas que era o álcool, ou que ele tenha forçado a situação. Pode até ter forçado, porém concordei com aquilo. Simplesmente não consegui reagir. Até hoje não sei explicar o que me deu. Como escrevi, naquele momento eu parecia ser aquela adolescente de anos atrás.

A sensação era que a minha mente havia se apagado. Estava indo em direção ao quarto dele, sabia o que ia acontecer, mas não me sentia culpada. Eu parecia desconexa do tempo e da realidade.

Entramos no quarto e ele trancou a porta. Começamos a nos beijar e me senti leve, solta. Nossos lábios se encontravam, nossas línguas trocavam de bocas. Eu me sentia entregue e não me preocupei com mais nada. Deixei acontecer.

Logo suas mãos tiraram a minha canga. Ele me puxava forte em sua direção e podia sentir seu pinto duro dentro da sunga sobre a minha calcinha com a pepeca toda molhadinha.

Suas mãos soltaram o laço da parte de cima do meu biquíni que caiu ao chão. Ele apalpou um dos seios e sua boca veio ao encontro do outro. Beijava, sugava levemente meu mamilo que estava extremamente duro e me fazendo suspirar.

Enquanto chupava meus seios, suas mãos foram descendo e começaram a apalpar a minha bunda. Sabe aqueles apertões gostosos. Fábio falava que eu era gostosa demais, que tinha uma bunda durinha e sensual.

Me virou de costas para ele e começou a roçar seu pinto na minha bunda e enquanto beijava meu pescoço, uma de suas mãos brincava com meu seio e a outra mão tocava a minha pepeca por cima da calcinha. Eu estava paralisada, arrepiada e inebriada de tanto tesão.

Sua mão entrou por dentro da calcinha, como fizera na minha adolescência. Só que desta vez, seu dedo me penetrava fazendo eu jogar a minha bunda contra o pinto dele. Aos poucos, foi desatando os nós da minha calcinha que também foi ao chão. Estava peladinha.

Fábio novamente me virou de frente e comentou:

– Sua bocetinha é linda, parece de uma criança.

Minha pepeca tem os lábios praticamente embutidos dentro dela. Ele se voltou aos meus seios novamente e começou a chupá-los e beijá-los. Aí veio beijando minha barriga e começou a morder levemente a minha virilha. Abri minhas pernas e sua boca veio ao encontro da minha pepeca.

Começou a beijar e a chupar. De vez em quando sua língua quente ou seu dedo me penetravam. Eu segurava a sua cabeça para não parar, mas vi que estava sendo muito egoísta.

Puxei o Fábio para cima e fui desamarrando sua sunga. Seu pinto pulou para fora. Eu já o tinha visto uma vez, mas não lembrava mais. Para minha surpresa estava todinho depilado também. Ajoelhei na sua frente e comecei um boquete.

Comecei lambendo toda a extensão, beijei suas bolas e coloquei a boca envolvendo a cabecinha. Comecei fazendo os movimentos, sugando com muita saliva. Fazia tempo que eu não chupava e com tanto gosto. Talvez ele tenha se surpreendido pois na adolescência eu não quis fazer, como já escrevi.

Logo ele quis me comer e foi pegar uma camisinha. Disse a ele que não havia necessidade, porque no parto do meu filho tive uma complicação e não posso mais ter filhos.

Sentei na beirada da cama, ele abriu minhas pernas num frango assado e foi me penetrando. Que tesão. Me beijando, alternando a força e a velocidade dos movimentos me fez gozar rapidinho.

O engraçado é que, normalmente, depois que eu gozo, não tenho vontade de continuar, mas ali foi diferente eu queria mais. Ele me colocou de quatro e começou a me comer. Uma coisa posso dizer, ele não é do tipo que só quer gozar e pronto. Ele gosta de dar prazer.

Suas mãos ora apalpavam meus seios, ora puxavam meu cabelo me fazendo inclinar, ora batiam na minha bunda, ora tocavam minha pepeca.

E foi assim, durante muitos minutos até que aquele clímax encheu meu corpo. Foi como se eu travasse o pinto dele dentro de mim e dali não fosse deixar sair mais. A contração foi gigante e meu corpo estremeceu. Foi um gozo prazeroso e longo.

Tão longo que não percebi o Fábio gozar. Só notei quando ele tirou de dentro de mim, a porra escorrendo para fora e ele dizendo:

– Nossa!!!!

Caiu deitado ao meu lado. Claro que ele estava saciado e imagina eu. Ficamos alguns minutos nos olhando carinhosamente sem trocarmos uma única palavra.

Começamos a conversar novamente sobre o nosso passado e o quanto ele seria alterado se Fábio não tivesse entrado na faculdade tão longe. Claro, fomos formulando hipóteses e rindo muito. Poderíamos ter namorado por, sei lá, mais um mês e ter terminado, como poderíamos ter casado. A vida é cheia de surpresas… E como….

Refeitos, ele me quis mais uma vez. Só que ele pediu a minha bunda e isso nunca fiz. Tenho medo da dor. Ele tentou me convencer usando vários argumentos: que não doía, que faria devagar, que queria tirar a minha virgindade, que se doesse ele parava, enfim… Mas eu não aceitei.

Em troca, fui para cima dele e comecei a cavalgar aquele pinto. Suas mãos tocavam os meus seios enquanto eu subia e descia. Minha pepeca começava a me incomodar, parecia que estava inchada, mas eu não queria parar.

Estava começando a ficar cansada dos movimentos e suas mãos começaram a me ajudar, me segurando pelo quadril levando para cima e me empurrando para baixo, com força. Meus joelhos começavam a doer quando ele, finalmente, gozou.

Fábio apertava a minha bunda com muito vigor. Com seu pinto ainda dentro de mim comecei a rebolar e do nada foi surgindo um tesão repentino que foi aumentando, aumentando e me fez gozar. Mas foi diferente das outras vezes. Era como uma onda que vinha me fazia contrair e relaxar, em seguida vinha outra onda e fazia o mesmo. Não sei quanto isto se repetiu, mas, com certeza, foi a gozada mais gostosa que tive.

Deitei ao seu lado e aos poucos eu o vi fechando os olhos e adormecendo. Coitado, pensei comigo. Acabei com ele. Nada como sexo feito com qualidade. Fui me levantar, mas minhas pernas ainda estavam moles e resolvi deitar novamente e adormeci pesado também.

Acordei e já era madrugada. Fábio dormia profundamente. Vesti o meu biquíni, coloquei a canga e fui para o meu quarto. Estava com medo que alguém me visse vestida daquele jeito e pensasse onde vai esta maluca de madrugada. Mas o trajeto foi limpo, sem ninguém à vista.

Chegando ao quarto a primeira coisa que fiz foi tomar um banho. Estava exausta e saciada. Parece que somente após o banho a ficha caiu. Olhei meu telefone e várias ligações perdidas do meu marido. No whatsapp havia uma mensagem que ele havia fechado negócio e que voltaria amanhã e já era madrugada de quinta.

Não consegui dormir só pensando na merda que eu havia feito. Comecei a chorar e uma tristeza enorme se instalou. Pela manhã, logo cedo, liguei para o meu marido e disse que tinha esquecido de carregar a bateria do celular.

Desci para tomar o café da manhã e Fábio já estava em uma mesa. Sentei com ele e contei que meu marido estava vindo e chegaria na parte da tarde.

– Não quer aproveitar mais um pouco esta manhã? – Perguntou Fábio.

– Não. – Respondi.

Trocamos os números de celulares, mas combinei que eu é quem deveria ligar. Ele entendeu o recado e me disse que jamais faria algo para me prejudicar.

Meu marido chegou eufórico naquela tarde e viu que eu não estava bem. Perguntou o que havia acontecido e disse que só estava com dor de cabeça. Cansada, insegura, dormi a tarde toda.

De noite meu marido quis fazer sexo, mas falei que não estava bem. Isto se repetiu na sexta-feira, mas no sábado e no domingo não tinha mais desculpas, afinal como ele próprio disse, era a nossa segunda lua-de-mel. Me senti estranha, mas acredito que meu marido não percebeu nada.

Durante estes dias que passamos no hotel, vi Fábio umas duas vezes, de longe e, claro, que me observava.

Agora, de volta para casa, sozinha fico pensando em tudo isto que aconteceu. Claro que estou arrependida e não deveria ter feito o que fiz. A verdade é que muitas perguntas ecoam na minha cabeça: Será que amo meu marido? Devo contar a ele o que aconteceu? Foi só uma aventura de um passado mal resolvido? Seria Fábio a mesma pessoa da adolescência? Será que ele está carente e só quis se aproveitar de mim ou existe outro sentimento envolvido? Porventura eu o amo ou o que sinto por ele? Na hipótese de me separar e morar em outro estado, como ficaria meu filho? Se adaptaria?

E assim está minha vida: de cabeça para baixo. Não encontro respostas para as perguntas que me faço. É uma situação muito difícil para mim que estou envolvida. O sentimento de culpa que carrego é grande, mas tenho que ter coragem e encontrar uma solução.

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10 Comentários

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  • Responder gmail: stagandvixen3011 ID:1ecadbuzgv4k

    Que relato, primeira vez que li algo tão tocante realmente, teve outros contos e relatos muito bem elaborados e até mais longos, mas você contou de uma forma que realmente fez eu me conectar. Pelo pouco que já vivi e pela experiência de mais vividos, aconselho, como amigo mesmo, a deixar essas ideias apenas nas fantasias mesmo; você teve um momento maravilhoso com um amor do passado com qual não tinha realmente concluído a história, acredito que muitos de nós passamos por esses relacionamentos juvenil onde perdemos contato com nosso namorico por ações externas e fica esse sentimento de como teria sido se pudéssemos ter ficado juntos, algo que você mesmo expressou no relato. A fantasia de largar tudo e viver sua paixão com certeza é muito atraente, mas parando para pensar com calma e colocando os pontos nos “is”, VOCÊ sente no seu intimo que valha a pena? O sentimento que está rebatando seu coração é a paixão, algo imensuravelmente intenso que tem data de validade, e além de todas as implicações na sua vida que a alterariam, você deixou claro que ainda ama seu marido. Filho mesmo sendo muito afetado pela separação dos pais, não é motivo para “segurar casamento”, o que muito costuma acontecer é o relacionamento dos pais continuar um bolo de neve cada vez mais desandando e criando um ambiente infeliz. Pense na vida que tem, na família que tem, mas coloque o relacionamento que tem com seu marido na mesa e reflita sobre ele, na história e cumplicidade que criaram ao longo dos anos; muitos casais superam traições e bola para frente, se esse não é o caso de vocês ainda, sentem e conversem abertamente para reatar a confiança; mas tudo lógico se você quiser. Apenas não use seu filho ou algumas adversidades que poderia ter como desculpa para não seguir seu desejos, pois isso pode acabar alimentando internamente frustações e sentimentos negativos sobre a vida que tem. Pense bem e faça o melhor para ser feliz com o que decidir. Dê noticias, bjs

  • Responder Vantuil OB ID:19gdc39gyb6w

    Gostaria que tivesse continuação. Espero. Parabéns por ter sido bem contado.

  • Responder Ana Moreira ID:1e8sc2reb763

    Antes de mais, devo dizer que é um conto muito bonito, bem escrito e erótico
    O seu sentimento de culpa é compreensível, mas tem de ver toda a situação! Se você estivesse bem com seu marido, se ele não a tivesse traído anteriormente, se calhar você não tinha feito o que fez!
    Aconteceu e foi bom, melhor, foi maravilhoso e isso vai ficar para sempre no seu coração, mente e corpo
    Não se culpe tanto, pois ele já a tinha tra´do e voce até lhe perdoou! Apenas viva a vida e veja as coisas de um angulo positivo!

    • 100limitespperversao@gmai ID:1eiutx8pxq16

      Passei por uma coisa parecida, minha esposa se senti infeliz no casamento e tinha a impressão que eu não a amava, coisa que era só neura da cabeça dela, pois na época também estava trabalhando bastante. Nós homens que realmente são pais de família, querem proporcionar o melhor do mundo para quem amamos…mas isso as vezes nós toma um tempo, e não pense que não sentimos por isso, sentimos sim…. Mas o nosso erro é a falta de comunicação. Minha esposa acabou me traindo com o namorado de uma amiga minha, era um cara que eu encontrava quase todo final de semana, dávamos risada juntos, ele contava das mulheres que ele pegava as vezes é tenho certeza que alguma das histórias eram com a minha esposa. Eu confiava cegamente nela, pois sempre tivemos um relacionamento aberto e frequentávamos um meio liberal, festinhas privadas, casas de swing…sempre gostei de ver ela com outro. Certa vez, em um aniversário, minha amiga insistiu dizendo que tinha visto o namorado dela apertando a cintura da minha mulher… minha amiga ficou maluca de raiva…eu acalmei ela dizendo que tinha bebido demais e que duvidava que isso teria acontecido, lor conta de tudo que contei anteriormente.
      Resumindo, uma vez estava com a minha esposa, meu filho, os pais dela na praia….quando recebi uma ligação e era dessa aninha amiga. Ela me disse que tinha descoberto tudo, que era verdade que eles tinham um caso, pq um dia o namorado dela tinha esquecido no notebook ligado quando foi tomar banho e ela entrou no e-mail dele e viu vários email que eles trocavam e uns e-mails dele contando para um amigo sobre a amante dele… naquela época não tinha WhatsApp e essas coisas. Ela printou tudo e mandou no meu e-mail. Minha mulher tinha criado um e-mail só para se comunicar com ele e mandar fotos…teve um dia que ela deu para o cara dentro do estacionamento de um supermercado… e depois ainda teve a cara de pau de me ligar para ir buscá-la….voltando à praia… quando vi os email, comecei a passar até mal, de raiva…continuo

  • Responder Mauro Álvarez ID:1dai6ftdqm

    Primeiro lindo relato, bom qts suas dúvidas e perguntas sem respostas, uma posso te ajudar por experiência própria, não separe do marido, minha esposa após 9 anos de casados me traiu com um ex, foi muitas promessas e ela separou e nossa filha ficou uns meses com eles e logo voltou para minha casa, passado um ano e meio quem voltou foi minha esposa, por amar muito e felicidade da nossa filha hj somos um casal novamente. [email protected] podemos conversar melhor.

    • ProfissionalTI ID:1dmk8z91guna

      Não se separe, mas também não se culpe, seu marido não perderia a oportunidade de te cornear também, pense nisso

  • Responder Lucas ID:1cnu75bbgtix

    Podemos conversar??..lucasantonio.46 a outlook.com

    • A ID:44oehue2hrb

      Melhor escrever um livro

  • Responder Leitor satisfeito ID:h5hr26wd4

    Nota 10!

    • Fjo ID:gqaw1aqr9

      Conto maravilhoso, vá por mim, ase contar só vai estragar seu casamento ele, 5e traiu vc viveu uma aventura vida que segue, o que os olhos não vê e a mente não sabe ficar tudo em paz