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Pagando a aposta pro meu primo. PARTE 43

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Do nada Renato se vê no meio de um caos. O mundo desaba e ele precisa seguir em frente, custe o que custar.

Era domingo, acordei com o pedido de Manuel ecoando em minha mente. Na verdade, eu estava perplexo, pois não esperava algo assim. Abri o aplicativo de mensagens e vi a mensagem de Manuel, dizendo que estava tentando falar com Anderson, que o estava ignorando. Decidi, então, ligar para meu primo e marcar um encontro para discutir essa situação.

O celular tocou algumas vezes antes dele atender. Quando finalmente respondeu, fui direto ao ponto. Pedi a ele para parar de fugir do assunto e sugeri nos encontrarmos à noite em um restaurante no centro da cidade, onde poderíamos conversar com mais calma. Ele tentou dar uma desculpa, alegando estar muito cansado, mas fui firme, expressando minha preocupação de que, diante do menor contratempo, ele já estivesse se esquivando. Finalmente, ele concordou em nos encontrar.

À noite, peguei um Uber e fui para o restaurante, onde esperei por Anderson. Ele chegou atrasado, visivelmente tenso, mas logo apertou minha mão e se sentou.

Eu: Oi! Tudo bem?
Anderson: Tudo bem? Aquele safado simplesmente está querendo abrir a relação pra fazer putaria. Quem ele pensa que é?
Eu: Calma! Estamos aqui para resolver isso.
Anderson, exibindo sua indignação, continuou: Ele até me mandou uma mensagem perguntando por que desliguei aquela videochamada!

Para acalmar os ânimos de Anderson, sugeri que fizéssemos nosso pedido, e optamos pela costela assada na brasa com acompanhamentos.

Anderson, ainda cheio de indignação, desabafou, dizendo que achava uma sacanagem Manuel nos pedir isso. “Não tem cabimento! Ele está longe… agora que ele acha que tem passe livre? Vá para puta que pariu!!”

Eu disse a ele que entendia suas preocupações e que ele tinha o direito de ficar nervoso ou chateado. Pedi a Anderson que considerasse o lado de Manuel, lembrando-o de que Manuel estava em um lugar onde conhecia poucas pessoas e que, como homem, tinha suas necessidades. Destaquei que Manuel estava sendo sincero e transparente, pois se quisesse trair a nós, ele poderia ter feito sem nosso conhecimento. Perguntei a Anderson se ele conseguiria se colocar na mesma situação que Manuel.

Anderson ironizou, dizendo que, se estivesse na pele de Manuel, resolveria isso sozinho, batendo uma punheta. Porém, logo admitiu que entendia que a situação de Manuel não era fácil, mas mesmo assim, não concordava em abrir a relação.
Meu primo, incrédulo me perguntou: Você não está pensando na possibilidade de aceitar a proposta de Manuel não, né?
Ele disse que, se eu abrisse para Manuel, teria que abrir a relação pra ele também..

Eu o questionei sobre o que ele acabara de dizer e expliquei que eram situações completamente diferentes, e o que ele estava fazendo era uma chantagem. Fiquei com a impressão de que ele estava se aproveitando da situação para possivelmente abrir a relação e se envolver com outra pessoa.

Insisti perguntando pra ele se realmente estava me propondo isso. Perguntei se uma buceta fazia falta pra ele.

Nesse momento, Anderson não olhava para mim; seus olhos estavam fixos no prato de comida.

Perguntei se era tão difícil entender que Manuel estava longe, sozinho, e que ele (Anderson) me tinha presente na vida dele. Indaguei se eu não era suficiente, se eu não bastava.

Anderson: Não é isso que quis dizer. Só não dá para aceitar que ele transforme nossa relação em um caos.

Eu: Viemos aqui para resolver um problema, e você traz outro. Francamente, não esperava isso de você, pelo menos não agora.

Pedi licença e fui ao banheiro. Lá, entrei em uma das cabines para urinar. Estava muito abalado com o que Anderson havia dito. Quando saí da cabine, vi Anderson próximo a pia olhando no espelho. Me aproximei do lavatório ao lado e o ouvi perguntar: “Você vai ficar assim mesmo?” Respondi: “Como você quer que eu fique? Pulando de alegria? Não sou assim.”

Ele segurou meu braço e disse para eu parar de agir daquele jeito: “Para com isso! Você vai voltar pra mesa e a gente vai finalizar a conversa.”

Nesse momento, um senhor entrou no banheiro e nos viu. Assim, Anderson me soltou e eu retornei ao salão do restaurante, passando pelo senhor com a cabeça baixa.

Quando retornamos à mesa, Anderson me perguntou se havia necessidade daquilo. Respondi que não, já reforçando que foi ele que tinha ido atrás de mim e me segurado. Ele falou que eu estava abusado.

Tentei mais um vez estabelecer um diálogo, mas sem sucesso. Peguei meu copo, bebi o resto do refrigerante e olhei para Anderson. Pedi desculpas e disse que daquele jeito não chegaríamos a lugar algum. Ele resmungou algo enquanto eu acenei para o garçom e pedi a conta. Fiz questão de pagar a conta, já que a ideia de irmos ao restaurante foi minha. Quando terminei, Anderson parecia incrédulo com o que estava acontecendo.

Eu: Vamos embora!
Anderson: Você está falando sério, Renato?
Eu: Estou cansado disso hoje. Está me esgotando.
Anderson: Pode ir, vou ficar mais um pouco aqui.
Eu: Tem certeza?
Anderson: Vaza!

Eu queria ficar, mas a tristeza e a raiva que sentia por dentro me fizeram sair do restaurante e pegar um Uber indo direto para casa.

Quando cheguei em casa, como de costume, mandei uma mensagem para Anderson, dizendo que havia chegado. Sua resposta foi simples: “Vai se fuder.”

Sentei na sala, assistindo TV com meu irmão e minha mãe. Eles notaram minha expressão e minha mente distante, então minha mãe quis saber o que estava acontecendo. Para não preocupá-la, disse que estava pensando no retorno de Gil para casa. Ela comentou que às vezes o amor simplesmente acaba.

Subi para o quarto e deitei na cama. As palavras de minha mãe não me ajudavam em nada. Fiquei trocando mensagens com meus amigos até que Manuel me fez uma videochamada.

Eu: Oi.
Manuel: Oi. Você se encontrou com seu primo hoje?
Eu: Sim, nos encontramos agora boite. Porque?
Manuel: Então está explicado…
Eu: Explicado o quê?
Manuel: Anderson está me bombardeando com mensagens, me xingando de todas as formas possíveis.
Eu: Pois é… ele não reagiu bem à sua proposta. Na verdade, fui falar com ele justamente sobre isso, para entender como seguir adiante, já que somos um trisal.
Manuel: E então, o que decidiram?
Eu: Na verdade, nada. Ou melhor, eu decidi algo.
Manuel: O que é?
Eu: Acho que é melhor darmos um tempo. Você está longe, não posso te manter preso a mim, nem impedir que conheça outras pessoas, o que você já demonstrou interesse em fazer.
Manuel: Espera aí… você está terminando comigo?
Eu: Não era o que eu queria, mas é o que estou fazendo. Um relacionamento aberto nesse momento só iria nos confundir. Talvez, quem sabe, no futuro, possamos nos reencontrar e voltar. Mas, no momento, com você longe, as coisas estão complicadas. Tentamos, mas percebemos que não é tão simples.

Lágrimas escorriam pelo rosto de Manuel, sua voz estava embargada enquanto ele tentava explicar que não queria que fosse assim, que me amava, e que propor um relacionamento aberto era a última alternativa que ele via para me manter em sua vida.

Eu assegurei a ele que não o culpava e que, mesmo não estando mais juntos, não me afastaria dele. Ele me fez prometer que não me afastaria..

Antes de encerrar a chamada, Manuel reforçou seu amor por mim e afirmou que nossa história não terminaria ali. Ele estava decidido a não desistir de nós.

Foi impossível conter as lágrimas naquele momento. Manuel era alguém que eu amava, e agir como se estivesse tudo bem após nosso término seria insensível da minha parte.

Decidi, inicialmente, manter o ocorrido em segredo, não contando a ninguém, nem mesmo a Anderson, que provavelmente estaria igualmente perturbado. Assim, desliguei as luzes e na escuridão, tive meu momento de desabafo.

Na manhã seguinte, o despertador me lembrou da dura realidade de que a segunda-feira trazia consigo a rotina diária. Entre aulas, matérias e conversas na escola, em um momento de confidência, contei a Gil que não apenas ele, mas também Manuel e eu tínhamos terminado. Depois de explicar a situação, Gil ficou chocado com a notícia, e pedi que ele mantivesse a discrição, especialmente com Anderson.

No trabalho, a rotina era a mesma, exceto por um momento, quando o expediente estava quase no fim e Pedro se aproximou de mim.

Pedro: Renato, você falou com o Manuel hoje?
Eu: Não, não falei com ele hoje.
Pedro: Conversei com ele durante o almoço, e ele parecia bem triste. Você sabe de algo?
Eu: Não… Não sei…

Pedro me pediu para ligar para Manuel e tentar descobrir o que estava acontecendo.

A meu ver, Pedro já sabia de tudo, só não sabia como entrar no assunto comigo, ele apenas queria ouvir de minha boca que minha relação com o filho dele havia terminado. No entanto, não conseguiu arrancar essa informação de mim.

No trajeto de volta para casa, mandei uma mensagem para Anderson perguntando como ele estava. Ele leu a mensagem, mas não respondeu. Decidi, então, ligar para Manuel e conversar com ele durante o percurso até em casa.

Manuel expressou como era estranho me ver apenas como um amigo e o quanto se sentia derrotado na situação. Eu concordei com ele, explicando que também sentia um vazio, algo que era estranho para ambos. Afirmei que não desejava o término, mas, considerando as circunstâncias, parecia ser a escolha necessária. Perguntei se ele havia mencionado a situação ao pai dele, e ele confirmou que sim, especialmente porque sabia que iríamos trabalhar juntos naquele dia. Expliquei que o pai dele havia tentado sondar a situação, querendo saber se algo havia acontecido, e no momento em que me fez a pergunta, soube que ele estava ciente de tudo. Disse a Manuel que seu pai era um péssimo ator, e nós rimos juntos.

Houve um momento de silêncio, que Manuel quebrou rapidamente.

Manuel: Eu sei que não costumamos falar muito disso, mas posso pedir algo a você?
Eu: Claro, pode.
Manuel: Eu sei que você e meu pai transaram aquela vez. Sei que ele agora está com outra pessoa, mas, por favor, mas se ele tentar mais uma vez não fique com ele.
Eu: Manuel, o que aconteceu entre seu pai e eu foi apenas uma vez. Ele tentou algumas vezes depois, mas, desde que começamos a trabalhar juntos, vejo ele apenas com chefe, e vou continuar a vê-lo apenas assim.
Manuel: Peço desculpas por ter te pedido isso. Você sabe como isso seria complicado para mim. Guardei isso comigo,Tanto que Anderson nem sonha com essa situação.

Ao longo da semana seguinte, a rotina seguiu seu curso. Escola, trabalho, ligações para Manuel no caminho de casa e Anderson continuava ignorando todas as mensagens e chamadas. Foi em uma quinta-feira, após o trabalho, que resolvi ir para a casa de minha tia, pois estava ficando angustiado com toda a situação.

Chegando lá, minha tia me convidou para entrar, ofereceu um suco, e perguntei se Anderson estava em casa. Ela informou que não, mas ligaria para seu filho, dizendo que eu estava lá. Ela fez a ligação, e com uma expressão um tanto constrangida, me informou que Anderson chegaria mais tarde, o que vinha ocorrendo nos últimos dias. Ela disse que ele estava chegando mais tarde ultimamente.

Então, pedi que ela apenas transmitisse o recado de que gostaria de falar com ele e me despedi, apesar da insistência dela para que eu ficasse para o jantar.

No caminho de volta para casa, enviei outra mensagem para meu primo: “Acabei de sair da sua casa. Vai continuar me ignorando por quanto tempo?” E, mais uma vez, fui ignorado.

Em casa, tomei um banho e me juntei à minha família para o jantar. Durante a refeição, o assunto incluiu diversos tópicos, inclusive como tinha sido nosso dia. Minha mãe perguntou como eu estava lidando com o término, e, com meu pai presente, respondi que estava lidando da melhor forma possível, evitando detalhes.

Mais tarde, na sala, perguntei a Ricardo se havia visto Anderson. Ele confirmou que sim e disse que Anderson estava indo regularmente para a capoeira. Falei que fazia algum tempo que não o via, e Ricardo riu, comentando que bastava enviar uma mensagem para nosso primo que ele responderia.

Ele estava me evitando, já que continuava mandando mensagens para o Manuel, embora fossem cheias de xingamentos, e para Ricardo. Pelo visto, ele estava tocando a vida social dele numa boa, indo para a capoeira e voltando para casa tarde.

Por um tempo, eu me senti culpado, achando que talvez meu primo estivesse se afastando por eu tê-lo deixado sozinho no restaurante. No entanto, essa culpa se dissipou quando lembrei que o convidei para irmos embora, e ele me mandou vazar.

Antes de dormir, insisti em mandar uma mensagem para ele: “Anderson, o que está acontecendo? Por que se afastou? O que fiz? Sinto sua falta. Mande notícias. Te amo.”

Para a minha surpresa, ele finalmente respondeu: “Estou bem. Você não fez nada. Segue o baile.”

Tentei ligar para ele, mas ele recusou a chamada. Fui dormir com esperanças renovadas, afinal, ele tinha respondido, o que parecia um bom sinal.

Na sexta-feira, enquanto eu e meus amigos estávamos na escola, convidei-os para uma social em minha casa. Perguntei o que eles gostariam de comer, e o Gil pediu Strogonoff. Dinei ficou animado, já que fazia um tempo que não nos reuníamos todos juntos.

Avisei minha mãe sobre o jantar e disse que compraria as coisas necessárias. O Pedro, como de costume, me convidou para uma bebida após o expediente, mas recusei novamente, usando a desculpa da social com meus amigos.

No caminho, passei no mercado e comprei o que precisava, com a ajuda da minha mãe, que me enviou uma lista de compras. Ofereci ajuda para preparar o jantar, mas como a Letícia estava em casa, ela pôde ajudar e me mandou tomar banho para receber meus amigos.

Meu pai e irmão chegaram com as bebidas, e desta vez, optei por beber refrigerante, acompanhando meus amigos.

Nós ficamos na varanda, onde conversamos sobre coisas que não costumávamos discutir na escola. Gil compartilhou sua dificuldade em lidar com sua avó e tio em casa, mas mencionou que seu tio estava tentando se aproximar, fazendo perguntas sobre sua experiência morando fora. Ele até comparou seu ex, o Naldo, com seu tio.

Dinei nos surpreendeu com a notícia de que estava saindo com um cara chamado Breno, e mostrou uma foto dele, que era realmente atraente. Parecia ter nossa idade, com pele negra, corte de cabelo descolado, brinco na orelha e um sorriso cativante. “Uau!” exclamei. “Por favor, não me diga que você o encontrou em um aplicativo de relacionamento.” Desta vez, era diferente, Dinei explicou que conhecia Breno há um tempo, pois ambos frequentavam a mesma igreja, e agora seus caminhos se cruzaram fora dela. Ele também compartilhou que sua família religiosa estava ciente de tudo, que era totalmente contra, e ele estava ansioso para se tornar independente e sair de casa. Ele estava até distribuindo currículos.

Quando chegou minha vez de falar, expliquei que não sabia qual era o meu status de relacionamento. Falei sobre o término com o Manuel, que era uma novidade para Dinei, e mencionei minha situação com Anderson, que se afastou e não atendia minhas ligações. Meus amigos sugeriram que eu fosse à capoeira e conversasse com ele, mas eu tinha medo da reação de Anderson diante de todos, já que ele era imprevisível.

Letícia se juntou a nós à mesa, e, automaticamente, mudamos de assunto, não porque não confiássemos nela, mas porque não era o momento certo para ela saber. No entanto, do nada, Letícia perguntou por Anderson, olhando para mim. Fiquei tenso, arregalei os olhos, e meus amigos olharam para mim, esperando uma resposta.

Eu respondi: “Ah, sei lá! Faz tempo que não o vejo.” Letícia insistiu, dizendo que éramos muito próximos. Eu expliquei que éramos próximos porque o Manuel também era o melhor amigo dele, mas agora que não estou mais com o Manuel, meu primo se afastou.

Gil mudou o assunto perguntando quando o casamento entre ela e Ricardo sairia, e Letícia riu, dizendo que planejavam se casar no ano seguinte, após comprarem as coisas para a casa.

Fomos chamados para o jantar , todos nos sentamos à mesa, e uma cadeira extra da varanda precisou ser adicionada para acomodar todos. A conversa era tranquila, nada muito íntimo. Meu pai, de vez em quando, conseguia arrancar risos de todos contando suas piadas.

Meus amigos decidiram ficar mais um pouco, e quando finalmente optaram ir embora, meus pais se ofereceram para levá-los em casa. No entanto, algo começou a me intrigar profundamente: a situação de Gil em sua própria casa. Dividir o teto com alguém que o havia abusado não deveria ser nada fácil, especialmente quando sua avó optou por acreditar no filho em vez de acreditar nele. Eu estava apreensivo, preocupado que o tio pudesse tentar abusar novamente. Ficava me perguntando como Gil reagiria a uma situação assim novamente.

De volta em casa, me deparei com minha mãe esperando meu pai. Ela o informou que minha tia havia ligado, preocupada com o fato de Anderson ainda não ter retornado até aquele momento.

Eu comentei com minha mãe que achei estranha a ligação da minha tia, considerando que ela havia me dito que meu primo estava chegando tarde todos os dias. Minha mãe sorriu e disse que isso era típico da maternidade e de suas inquietações.

No sábado, por volta do meio-dia, Ricardo ainda de uniforme, invadiu meu quarto, parecendo nervoso como nunca, e anunciou que Anderson não tinha retornado para casa e nem apareceu no trabalho naquele dia.

Meu coração deu um salto. O que diabos Anderson estaria tramando?

Eu me levantei num pulo, nem perdi tempo no chuveiro, apenas troquei de roupa e encarei meu irmão com olhos preocupados.

Eu: “Se ele está dormindo fora, deve estar em algum lugar específico.”
Ricardo: “Será que ele foi parar na casa do Seu Pedro? Já liguei para o Pedro, ele disse que lá Anderson não está.”
Eu: “Melhor irmos até lá para conferir.”

Pegamos o carro, e no caminho, comentei com Ricardo sobre como a casa onde Anderson estava era conhecida por nós como a ‘Casa de Foda’. Ele riu, meio descrente, mas admitiu que a casa servia Basicamente pra isso mesmo.

Ao chegarmos, não vimos sinal de ninguém. Espiamos pela janela, tudo parecia em ordem. Batemos na porta, ligamos para Anderson, mas nada.

Ricardo estava convicto de que Anderson estava em algum motel ou na casa de alguma mulher que ele conheceu nas baladas. Mas isso não fazia sentido, já que Anderson costumava ao menos avisar quando passava a noite fora.

Voltamos para casa preocupados, e o sumiço de Anderson dominou todas as conversas. Minha prima até fez uma postagem nas redes sociais, pedindo a quem soubesse algo para ligar no número dela, destacado em vermelho.

A noite caiu, e minha mãe grudou no telefone, tentando obter qualquer informação sobre meu primo. Ricardo, então, tomou uma decisão e pegou o carro, indo aos lugares que Anderson costumava frequentar. Eu o acompanhei.

Passamos por quase todos os bares da cidade, perguntamos a todos se tinham visto Anderson, chegamos até a mostrar sua foto, mas nada.

Quando estávamos retornando para casa, na praça do centro da cidade, de longe eu vi alguém que me lembrava muito Anderson.

Eu: “Ricardo, para o carro! Acho que encontramos o Anderson.”

Ricardo parou o carro imediatamente, me perguntando onde eu o estava vendo.

Eu apontei na direção onde ele estava e saímos do carro na busca pelo meu primo.

Anderson estava lá, com outro cara, claramente embriagado, e isso me deixou em pânico.

Ricardo se aproximou dele, tentando acalmá-lo, explicando que todos estavam preocupados. Anderson se levantou, abraçou meu irmão e disse que estava tudo bem. Mas quando ele me viu, seu semblante mudou completamente.

Ele começou a gritar para que Ricardo me afastasse, acusando-me de ter arruinado a vida dele. Eu tentei intervir, mas Anderson me repreendeu. Ricardo quis saber o que eu tinha feito, e, com medo da verdade vazar, eu disse que não tinha feito nada.

Eu: Anderson, por favor não piore as coisas. Te procuramos por toda cidade e te achamos aqui. Por favor entre no carro.

Anderson: Por favor, Por favor… larga disso Renato! Você não foi tão educado da última vez que nos vimos.

Ricardo me olhava tentando entender tudo aquilo que Anderson estava dizendo.

Ricardo: Anderson, vamos cara! Sua mãe tá preocupada.
Anderson: “Sabe de uma coisa, Ricardo? Eu já transei com o Renato. Antes mesmo de Cabeção começar a namorar com ele!”

Ricardo olhou para mim, com os olhos faiscando de fúria, perguntando se isso era verdade. Só que eu estava nervoso e desesperado com todo clima de tensão que havia se formado ali.

Anderson continuou a falar, meio embriagado, mas revelando a verdade: “Conta aí, priminho! Conta que você me seduziu. Que a gente estava junto desde então.”

Ricardo pediu para Anderson entrar no carro, para que pudéssemos resolver essa questão em outro lugar, mas meu primo se recusou, e a conversa continuava a todo vapor. Eu estava ali, sem reação, tentando segurar as lágrimas diante deles.

O cara que estava com Anderson, vendo toda aquela confusão, decidiu se afastar.

Anderson: “Não era isso que você queria? Que eu saísse do armário? Que eu me assumisse? Fala alguma coisa, seu filho da puta!”

Decidi voltar para o carro, ouvindo Anderson desabafar: “É isso, Renato! Você conseguiu o que queria!”

Anderson já havia jogado toda merda no ventilador , e permanecer ali só agravaria a situação.

Ricardo continuou conversando com meu primo.

Ricardo: “Entra no carro, que vou te levar para casa.”
Anderson: “Eu amo o Renato. Eu amo o Manuel. Cara, nós somos um trisal.”
Ricardo: “Cara, você está bêbado,não está bem.”
Anderson: “Porra! Estou bêbado, mas o que estou te falando é verdade.”

Sem mais paciência, Ricardo perguntou pela última vez se Anderson entraria no carro, mas meu primo recusou. Então, Ricardo pegou o celular e ligou para minha tia, dizendo que Anderson estava na praça no centro da cidade, mas não queria entrar no carro com ele.

Ricardo permaneceu em silêncio, escutando as revelações de Anderson sobre nossa relação, até que meus tios chegaram de carro.

Ele falou brevemente com meus tios, e depois voltou para o carro. Seu olhar era pesado quando entrou, deu partida no veículo e dirigiu até um lugar qualquer, onde estacionou. Ele me olhou com uma expressão que transbordava ira, e disse que queria ouvir de mim se tudo o que tinha acabado de ouvir de Anderson era verdade.

Eu estava apavorado, já que isso não estava nos planos. Saí para procurar Anderson e não esperava que minha vida e minhas relações fossem expostas dessa forma. Inicialmente, fiquei em silêncio, ouvindo meu irmão insistir para que eu contasse a verdade. Depois, eu tentei usar a desculpa de que Anderson estava bêbado e dizia coisas sem sentido, mas Ricardo não era ingênuo e questionou por que eu tinha voltado para o carro, por que não tinha desmentido meu primo.

Ricardo elevou o tom de voz e afirmou que eu precisava ser homem e contar a verdade. Depois de muita pressão por parte do meu irmão, eu acabei confirmando toda a história. Ele ouviu tudo, desde o início, incluindo quando formamos um trisal.

Foi nesse momento que Ricardo, com raiva, soltou em tom desafiador: “Tenho nojo de você! E não pense que é por ser gay, porque não é! Com tanta gente para você se envolver, você escolhe logo o Anderson. O Anderson, nosso primo?! E, para piorar, deu pra dois.”

As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto enquanto eu tentava explicar o que havia acontecido, mas ele me mandou parar de chorar e calar a boca, apontando que Anderson tinha alegado que eu o provoquei.

Ricardo concluiu dizendo que não havia mais nada a ser dito, e que quando chegasse em casa, contaria tudo aos nossos pais.

Durante o resto do trajeto, implorei de todas as formas possíveis convencer meu irmão a não contar nada para meus pais, mas ele já estava decidido, Ricardo dizia que agora entendia o motivo pelo qual eu estava tão preocupado com o afastamento de Anderson.

Assim que chegamos em casa, eu só queria correr para o meu quarto e fugir do que sabia que estava prestes a explodir. Mas não tive essa sorte. Ao entrar, meus pais e Letícia estavam na sala, e quando comecei a subir a escada, Ricardo grita: Foge não Renato!

Eu subo alguns degraus da escada, murmuro que não tenho nada a dizer, mas meu irmão fala de forma brusca:

Ricardo: “Ah, claro que tem! Ou prefere que eu conte tudo?”

Minha mãe, confusa, pergunta se nós encontramos nosso primo.

Ricardo: “É sobre ele que o Renato vai falar, mas não é exatamente isso.”

Sem entender, Letícia tenta acalmar os ânimos, mas a tempestade já estava formada.

Ricardo impaciente continua a gritar: Se preparem para ouvir a aberração que ele fez.

Meu pai, em voz alta, pergunta o motivo de tanto alvoroço. Ricardo insiste que eu revele a “aberração”.

Eu, trêmulo, desço a escada, chorando sabendo que o que estava prestes a falar poderia mudar tudo.

Ricardo não parava de falar que ele tinha descoberto tudo, e que eu falaria por bem ou por mal.

Minha mãe tentava acalmar meu irmão em vão, e aos prantos eu dizia que não sabia do que ele estava falando.

Ricardo vem pra cima de mim, me empurra, me fazendo cair no chão. Letícia e minha mãe o segura, e meu pai diz para Ricardo: Que porra é essa? Você não é doido de encostar um dedo no seu irmão! Você não é o pai dele pra fazer isso.

Eu me sento no sofá, abaixando a cabeça, e solto a frase que corta o ar como um raio: “Eu e o Anderson temos um relacionamento amoroso.”

Minha mãe, incrédula, pede para repetir, e Ricardo confirma: “Sim, mãe, eles namoravam, transavam, o pacote completo.”

Mãe: Mas o Manuel era o namorado dele?

Ricardo: Eles era um trisal. Os três se pegavam.

Como eu estava de cabeça baixa eu não via mais a reação de ninguém, escutava o choro de minha mãe e dela concordando com Ricardo dizendo que o que eu fiz era uma aberração.

Finalmente, meu pai resolveu tirar meu irmão dali, ordenando que Letícia levasse Ricardo para o quarto. Embora Ricardo protestasse, sabendo que tinha dito o suficiente, obedeceu.

Meu pai olhou para minha mãe, que chorava copiosamente, e sugeriu que ela fosse para o quarto se fosse para continuar chorando. Mas ela permaneceu ali.

Meu pai me encarou com uma expressão que parecia perfurar minha alma, e perguntou se tudo que tinha ouvido era verdade. Com um nó na garganta, respondi afirmativamente. Ele, sem conseguir esconder sua decepção, questionou se eu ao menos compreendia o quão errado era.

Eu argumentei que, na minha visão, não era algo tão incomum, que pessoas se relacionavam com primos, e que o que aconteceu entre mim e o Anderson foi evoluindo sem que percebêssemos. Tentei ser claro, dizendo que nos amávamos, acreditando que nossa relação não prejudicava ninguém.

No entanto, ao contrário de minha mãe, meu pai permaneceu firme e sério. Sua decepção era palpável. Ele admitiu que nunca esperava isso vindo de mim.

Pai: Não importa como começou, você estava envolvido em um relacionamento que vai contra todas as normas sociais e familiares. Não sei se entendo isso completamente, mas tenho que priorizar o bem-estar e a integridade da nossa família. Amanhã, iremos à casa da sua tia, e você vai encerrar esse relacionamento com seu primo. Esta decisão pode ser difícil pra você, mas terá que fazê-la.
Eu não proferi mais uma palavra, apenas pedi desculpas com lágrimas nos olhos. Em silêncio, subi para o meu quarto. Ao sentir o peso do mundo sobre mim, liguei para Manuel, desabando em prantos. Ele, inicialmente confuso, pediu que eu parasse de chorar, mas à medida que fui explicando a situação, sua culpa cresceu. Ele acreditava que, se estivesse presente, nada disso teria ocorrido. Eu disse que ele não tinha culpa de nada, Anderson que falou demais complicando nossa vida. Manuel pediu para eu me acalmar, pois infelizmente o pior já tinha ocorrido, agora era só fazer aquilo que meu pai falou e tudo melhoraria até certo ponto.

Aquela noite foi insuportavelmente longa. Mesmo quando fechei os olhos, as palavras de Anderson e o desprezo de meu irmão continuaram ecoando em minha mente.

No domingo, meu pai me acordou cedo, e nós partimos em direção à casa de minha tia. Ao chegarmos, ela estava visivelmente ansiosa, presumindo que estávamos ali para buscar notícias sobre Anderson. Meu pai então pediu que ela convocasse meu tio e Anderson, que estava descansando.

Enquanto aguardávamos, a tensão no ar era palpável. Meu tio apareceu rapidamente, preocupado com a situação, mas a espera por Anderson parecia uma eternidade. Meu tio precisou ir buscá-lo, e quando finalmente surgiu na sala, nossos olhares se cruzaram por um breve instante antes de ele baixar a cabeça.

Reunidos na sala, meu pai decidiu romper o silêncio e despejar a verdade sobre a mesa, poupando apenas eu e meu primo de sermos forçados a nos expor. Meus tios, em choque, dirigiram perguntas a Anderson, que confirmou cada detalhe. A reação deles foi explosiva, insinuando que eu teria influenciado Anderson a se envolver comigo , nos chamando de sem-vergonha e afirmando que não nos ensinaram aquilo. Eles até ameaçaram nos proibir de nos ver.

Meu pai interveio, discordou argumentando que eu era mais novo que Anderson, e se alguém tinha se aproveitado da situação era Anderson, explicou para meus tios que ele havia conversado comigo, e era por isso que eu estava lá, para encerrar aquela situação. Olhei para Anderson e falei admitindo que aquilo realmente havia sido um erro de nossa parte. Entretanto, pedi desculpa para meus tios, mas fui ignorado por eles, e a atmosfera carregada deixou claro que estávamos longe de resolver nossos problemas. Só então, meu pai e eu deixamos a casa, retornando ao nosso lar.

Fui diretamente para o meu quarto, que, ao longo do tempo, se transformara em meu refúgio, meu próprio mundo particular. Ali, pela primeira vez na vida, senti um profundo isolamento. Eu não tinha mais Manuel, acabara de perder Anderson, e minha família me enxergava como um pecador imoral. Não sei quanto tempo passei trancado ali, mas quando finalmente decidi comer alguma coisa, já era noite. Passei pela sala onde minha família estava reunida, ignorei eles e fui até a cozinha para preparar um simples sanduíche.

De volta ao meu quarto, depois de alguns minutos, ouvi batidas na porta. A princípio, ignorei, mas quando reconheci a voz de Letícia pedindo para que eu abrisse, não hesitei e abri a porta.

Ela olhou nos meus olhos, me deu um abraço e disse que compreendia o quão difícil tudo aquilo estava sendo para mim. Eu desabei, deitando na cama com a cabeça apoiada em seu colo, enquanto ela acariciava meu cabelo. Chorando, mas de forma mais calma, expliquei a ela que não era para as coisas acontecerem daquela maneira, que a ideia era que Anderson se assumir gradualmente, de uma forma mais natural, e não da maneira como ele fez. Ele tinha boas intenções, mas agiu no momento errado e de forma inapropriada. A bebida sempre deixava ele agressivo.

Letícia me confessou que também estava chocada com a revelação, nunca imaginou que Anderson fosse atraído por homens, muito menos que tivéssemos um relacionamento.

Falei sobre minhas suspeitas em relação a ela, como eu jurava que ela desconfiava ou sabia sobre minha relação com meu primo, especialmente quando perguntou por Anderson no dia em que fizemos Strogonoff e meus amigos estavam presentes.

Antes de deixar o quarto, ela me aconselhou a dar tempo ao tempo e deixar as coisas se acalmarem. Ela acreditava no amor e disse que, se fosse verdadeiro, em algum momento nos reaproximaríamos.

Quando Letícia se levantou e saiu, pediu que eu não me isolasse, pois isso não me ajudaria em nada.

Eu me deitei, apagando após uma noite de sono conturbada. No entanto, ainda de madrugada, meu celular tocou, era Anderson. Atendi sonolento, e do outro lado da linha, meu primo sussurrava, pedindo desculpas e dizendo que sabia que ele havia arruinado tudo. Ele estava arrependido pelo espetáculo que fez, e o álcool e a raiva o fizeram perder a razão. Ele sabia que nada justificava suas ações, mas estava perdido, e ouvir de mim que nossa relação havia sido um erro doeu muito.

Falei para ele que sempre soube que estava com raiva, por isso que tentei contatá-lo várias vezes, por mensagens, ligações e até indo até sua casa. Eu frisei que, cedo ou tarde, nossas famílias iriam descobrir, mas preferiria que isso não tivesse acontecido daquela maneira, e que ele sim, tinha to responsabilidade nisso. Expliquei que seria praticamente impossível nos encontrarmos e que, talvez, o melhor naquele momento fosse nos afastarmos para não piorar a situação.

Reforcei que o amava, mas que naquele momento, estava de mãos atadas, me sentindo impotente e sem ação.

Sua voz embargou, mas ele disse que me amava, e concordou que o melhor era dar um tempo, seguir nossas vidas separadamente. Sem mais, ele desligou o telefone.

Na manhã seguinte, não fui para a escola. Eu só queria ficar em casa, evitando contato com qualquer pessoa. Minha mãe bateu à porta, preocupada que eu estivesse atrasado, mas avisei que não iria, pois não estava me sentindo bem. Ela entendeu que eu estava passando por um momento difícil e respeitou minha decisão.

Não faltei ao trabalho, afinal Pedro e Manuel confiaram em mim para desempenhar minhas funções, não podia decepcioná-los. O trabalho era uma distração, e eu nem percebia o tempo passar na frente do computador, cercado por planilhas e números.

Descobri que a escola se tornará uma espécie de válvula de escape para mim. Lá, podia conversar livremente com meus amigos sobre a atual situação, um lugar onde eu me sentia confortável. O pensamento de que aquele era meu último ano ali me fazia querer voltar no tempo só para ficar mais tempo por lá.

Uma semana após o fatídico dia, resolvi sair de casa pela primeira vez e fui ao shopping com meus amigos, que já sabiam do meu término com Anderson. Na verdade, foram eles que insistiram que eu saísse com eles, afirmando que eu precisava ver pessoas bonitas e distrair a mente.

Naquela noite, conheci Breno, o namorado de Dinei. Ele era adorável, simpático e ótimo de conversa. Fomos à praça de alimentação, pedimos lanches e começamos a conversar enquanto esperávamos nossos lanches. Todos mexiam nos celulares, distraídos, até que meu mundo desmoronou quando vi no status do app de mensagens Anderson uma foto dele abraçado a uma mulher, acompanhada de um coração na legenda.

Por um momento fiquei estático, olhei no status novamente, senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas ao ver meus amigos ali todos felizes, decidi ser sangue frio e ignorei o que tinha visto, aquilo não iria me afetar não aquela noite. Pra não ficar ruim na fita, tirei um selfie com meus amigos e postei com a frase: Os de verdade eu sei quem são. Anderson visualizou mas assim como eu tbm não comentou nada.

Na volta para casa, não conseguia parar de pensar na forma aparentemente descomplicada com que Anderson seguia em frente. Ele me substituiu sem pensar duas vezes. Talvez tenha sido um desespero para provar a todos que o “pegador de mulheres” estava de volta, e ele precisava reafirmar essa imagem. Encontrou uma mulher que o ajudava nessa empreitada, criando um jeito de reconstruir sua vida. Não estava necessariamente errado, já que sair do armário não é fácil, e manter-se fora dele pode ser ainda mais complicado, com as pessoas frequentemente sendo cruéis com aqueles que têm a coragem de se libertar das amarras. Parecia que Anderson não conseguiu lidar com a pressão e voltou ao armário, talvez por influência de meus tios ou por orgulho.

Os dias passavam lentamente, exceto no trabalho, onde conseguia me distrair. Não gostava de estar em casa, era com se eu fosse um estranho ali, minha família tornaram-se chatos. Nos distanciamos bastante após o ocorrido. Meu pai era o único que tentava se reaproximar, enquanto Letícia permanecia a mesma.

A vida é irônica de certas maneiras. Mesmo estando longe, Manuel parecia mais próximo de mim do que Anderson, que morava no mesmo bairro. Anderson também se distanciou de Manuel, só respondendo quando era conveniente para ele.

Em uma ocasião, chamei meus amigos para tomar sorvete na sorveteria que tínhamos costume de frequentar. Depois de uma conversa animada e algumas risadas, decidimos ir embora. No caminho de volta, vi Anderson vindo, provavelmente voltando do trabalho, de mãos dadas com a mulher da foto. Pensei em voltar atrás, me esconder, para que ele não me visse, evitando assim qualquer constrangimento, mas percebi que isso seria uma atitude infantil. Ao me ver, ele ficou visivelmente constrangido e, ao passar por mim, cumprimentou com um aceno de cabeça. Desta vez, não me deu vontade de chorar, mas fiquei chateado. Reduzir uma relação cheia de intimidade a um simples aceno era humilhante.

Liguei para Manuel e contei o ocorrido. Ele sugeriu que era hora de seguir minha vida, não ficar parado esperando Anderson, que parecia nem se importar. Manuel me encorajou a sair com meus amigos e conhecer novas pessoas, a me permitir ficar com alguém. Isso me deu ânimo, me fez acordar de certa forma.

Por um momento, não precisei recorrer aos aplicativos de relacionamento, mesmo que fossem uma opção. Decidi postar uma foto minha no status, com apenas uma toalha na cintura, valorizando meu corpo e com uma legenda sugestiva: “Solteiro sensualizando e na pista para negócios.” A foto era uma isca para ver quem mordia.

No dia seguinte, fui surpreendido por alguns comentários no privado. Alguns não eram muito interessantes, mas outros eram sugestivos. Até mesmo um vizinho casado comentou o status. No entanto, a pessoa que eu realmente queria que mordesse a isca o fez durante o almoço.

Daniel: “Isso é bom! Bora aproveitar a liberdade!”
Para apimentar a conversa, fui direto: “Depende do que você chama de aproveitar.”
Daniel: “Terá que correr o risco e descobrir por conta própria. Geralmente, quem sai comigo não se decepciona. Qualquer coisa, pergunta para a sua prima.”
Eu: “Adoro correr riscos! Está disponível no fim de semana?”
Daniel: “Amanhã, sim.”
Eu: “O que você sugere?”
Daniel: “Ir para uma adega e lá a gente desenrola.”
Eu: “Está falando sério ou está de brincadeira?”
Daniel: “Quando fui sacana com você? Confia, moleque!”

Após nossa conversa, ele me mandou o nome da adega. Isso me deixou animado e nervoso.

Fui para o trabalho mais animado e ansioso, como um adolescente indo para seu primeiro encontro. Era a primeira vez em muito tempo que eu iria sair com alguém além de Anderson e Manuel.

A empolgação era tamanha que até aceitei o convite de Pedro para um happy hour no final do dia. Ele mal acreditou quando aceitei. Entrei no carro dele, e fomos a um barzinho, longe de ser fuleiro, um lugar bonito, com mesas e cadeiras de madeira e luzes amareladas.

Após pedirmos uma cerveja, começamos a conversar. Curioso, Pedro queria saber por que eu tinha aceitado o convite desta vez. Expliquei que estava solteiro, literalmente solteiro. Só depois percebi o quão constrangedora era a situação. Tentei me explicar, dizendo que estar lá não significava que eu queria algo com ele. Pela primeira vez, consegui deixar meu chefe sem graça. Ele explicou que não tinha pensado por esse lado e mencionou que estava morando com a Verônica. Mudei de assunto, falando que eu precisava de companhia e que era um conselho do Manuel. Contei sobre a situação em casa, com meus tios e meus pais mal falando comigo. Pedro só balançava a cabeça, indignado com o que ouvia. Pedimos mais cerveja, e uma porção de frios e batata frita. Ele também mudou de assunto, falando sobre como seu filho estava se saindo bem em sua nova empresa.

Quando voltamos para casa, Pedro expressou seu respeito por mim e lamentou a situação. Ele disse que no próximo ano, eu trabalharia em tempo integral, ganharia mais e as coisas melhorariam. Enquanto saía do carro, pensei: “Será que Pedro não entende que meus problemas não serão resolvidos com dinheiro?”

Ao chegar em casa, minha mãe quis saber onde eu estava e com quem. Respondi com deboche que não estava com meu primo e como já tinha comido algo no barzinho, subi para o meu quarto, liguei a TV e assisti a um programa qualquer.

O sábado chegou, e eu estava extremamente animado. Fiz um tratamento de beleza em casa, cuidei da pele, fiz uma massagem capilar e até mesmo uma depilação. Saí do quarto apenas para almoçar na varanda com Letícia, Ricardo apareceu, tentando iniciar uma conversa. O ignorei por completo, ele insistiu, perguntando se eu não falaria com ele. Respondi de forma desdenhosa: ” Você tem nojo de mim.” Peguei meu prato e saí, pedindo licença a Letícia.

Em seguida, me tranquei no quarto, liguei o sistema de som e coloquei a minha playlist favorita. Ao mesmo tempo, conversava com meus amigos no aplicativo de mensagens. Daniel me mandou uma mensagem dizendo que não seria possível nos encontrarmos. Expressou pesar, e eu disse que haveria outra oportunidade. No entanto, ele respondeu que era uma brincadeira e que ele estava realmente interessado em saber se estava tudo ok para a noite. Ele então confirmou que nos encontraríamos na adega às oito horas da noite.

Para escolher o meu look, eu usei o seguinte critério: Como eu iria para um lugar mas voltado para o público hetero, escolhi uma calça jeans preta que não era justa ao meu corpo e uma camisa branca que combinava com o tênis, uma bolsa onde eu levava coisas básicas como carteira, celular e lógico lubrificante, afinal esses héteros querem comer um cú mas não facilitam pra gente.

Quando eu estava descendo a escada minha mãe diz: Onde o senhor pensa que vai?

Repondo: Penso não! Eu vou!

Olho para o meu pai que está sentado do lado dela e digo: O senhor vai me desculpar, mas não vou virar um prisioneiro nesta casa!
Minha mãe tentou me responder, mas meu pai a interrompeu:” Ele tá certo! É final de semana, ele estuda e trabalha a semana toda. Desde que não seja com o seu primo tá tudo certo.”
Mas antes de sair, minha mãe ligou pra minha tia perguntando se Anderson estava em casa ou se ela sabia onde ele estava, só pra certificar que eu não sairia com ele.

Chamei o Uber e falei para meu pai que qualquer coisa eu ligaria ou mandaria uma mensagem pra ele.

Ao chegar na adega, mandei uma mensagem para Daniel, informando que estava na porta. Ele prontamente me respondeu para entrar, que ele já estava me esperando em uma mesa no canto do lugar. Adentrei o local e procurei por ele, indo em sua direção, ainda um pouco envergonhado.

Quando me aproximei, ele se levantou, cumprimentou-me com um aperto de mão firme e dois tapinhas leves nas costas.

Daniel: E aí, Renato! Como está tudo indo?
Eu: Tudo tranquilo, rapaz.
Daniel: Senta aí, escolhi essa mesa no cantinho para podermos conversar sem se preocupar se alguém vai ficar nos escutando.
Eu: Beleza.

Nos acomodamos e começamos a conversar. Daniel perguntou sobre a minha família, e eu expliquei que não tinha muitas informações sobre eles e que as coisas estavam meio conturbadas devido ao término do trisal. Ele expressou sua compreensão e afirmou que não gostaria de estar na minha pele.

Quando ele quis saber por que o meu relacionamento com Anderson e Manuel tinha terminado, contei a ele que com a mudança de Manuel para o Sul, tudo ficou mais complicado, até que um dia Anderson perdeu o controle e revelou nosso trisal para todos. Daniel riu com espanto e ouviu atentamente o relato de como Anderson se tornava agressivo quando bebia.

Daniel então sugeriu que parássemos de falar do passado, e eu concordei. Perguntei qual era o plano para o encontro, e ele, com um tom sacana, me respondeu com outra pergunta: “Você quer saber o que vamos fazer no bar ou o que faremos depois?” Falei que queria saber tudo. Daniel então explicou que o bar era apenas para quebrar o gelo, relaxar e bater um papo. De forma irônica, ele continuou: “Depois, vamos a um lugar legal, um local que alguns gostam de frequentar, um lugar que você nunca esteve: um motel.”

Rimos juntos, e eu contestei dizendo que ele estava enganado, que eu já havia estado nos melhores motéis da região. Ele retrucou, afirmando que me levaria ao motel mais simples só para contradizer.

Daniel voltou à época em que passamos o Carnaval em Angra, relembrando o dia em que dancei de forma provocante, e quando ele ficou excitado, eu disfarçadamente alcancei e apertei seu pau, que estava duro como pedra.

Ele confessou que, naquele momento, eu despertei algo nele que não sabia explicar, algo que não sentia com outros caras, era algo especial comigo. Revelou que tinha se masturbado várias vezes pensando em mim. A princípio, fiquei vermelho de vergonha, mas decidi entrar na brincadeira.

Contei a ele sobre a vez que o flagrei transando com minha prima na varanda da casa de meus tios. Daniel ficou surpreso e não acreditou no que ouviu.

Daniel: Você está falando sério?
Eu: Completamente! A Amanda estava gemendo tão alto que não resisti e dei uma olhadinha.
Daniel: E aí? Gostou do que viu?
Eu: A princípio, sim.

Daniel: Agora você está entendendo minha situação? Você esfrega o corpo em mim, me deixa cheio de tesão, depois aparece de sunga, com essa bunda redondinha, não só na praia, mas também no sítio, e como você espera que eu reaja? Depois percebi que havia mais dois peixes grandes na jogada, mas ainda assim continuei tentando, embora aparentemente você não desse muita bola.
Expliquei a ele que sempre o achei atraente, mas que estava em um relacionamento a três, enquanto ele estava com a minha prima.

Até que ele foi direto ao ponto: “E aí, será que hoje rola mesmo?”

Eu: De minha parte, sim.
Daniel: Então, chega de perder tempo aqui e vamos para onde realmente importa.

Ele pagou a conta, e saímos do bar como dois amigos héteros. Eu o segui, pois não sabia se íamos pegar um Uber ou se ele estava de carro. Para a minha surpresa, ele se dirigiu a um carro branco. Brinquei com ele, dizendo que estava ostentando, e ele respondeu que trabalhava para pagar um carro financiado.

No caminho para o motel, percebi que ele estava um pouco nervoso. Ele notou minha percepção e confessou que estava tenso por ser a primeira vez com um homem e, ainda mais, por ser comigo, quem ele havia desejado.

Eu arrisquei uma pergunta:

Eu: Daniel, posso te fazer uma pergunta?
Daniel: Sim, mas pense bem antes de perguntar.

Meio sem jeito, perguntei: “Vai ter beijo? Pergunto isso porque você é hetero, e tem heterossexuais que não beijam.”

Daniel: Cara, nem tinha pensado nisso, mas já que estamos indo transar, por que não ter um beijo?

Minha pergunta parecia ter deixado ele ainda mais nervoso.

“Calma!” Eu tentei acalmá-lo. “Quer que eu te ajude?”

Ele perguntou: “Como?” e a conversa continuou.
Com ele ainda dirigindo, pedi licença e apalpei sua pica por cima da bermuda que ele usava e perguntei: Assim, posso?

“Claro! Pode ficar à vontade!” Disse ele, fiquei brincando com a rola dele até entrarmos na Dutra em busca do motel.

Tirei aquela pica pra fora que estava quase rasgando a bermuda de tão dura que estava.

Me curvei, indo com o rosto perto daquela pica, com comecei a masturba-lo. Ele seguia dirigindo focado na estrada, quando falava alguma coisa era algo do tipo: “Porra Renato!” “Tesão da porra” “Chupa minha piroca!”

Mas não chupei, eu tinha a intenção de chupar ele ali mas no motel.

Eu: Calma! Você tá muito apressadinho…

Entramos no motel, que por sinal já conhecia, e depois de ter estacionado o carro, olhei pra ele e disse: Enfim, aqui estamos!

Rindo de nervoso ele disse: Exatamente.

Mal entramos no quarto e Daniel me puxou para si, me dando um beijo delicioso, Daniel beijava meu pescoço e apertava minha bunda, depois colocou uma de suas mãos por dentro de minha calça e alcançou meu cu e ficou pressionando seu dedo, me fazendo delirar. Ficamos ali nos beijamos por um tempo e quando paramos de nos beijar, ele disse: Tá bom pra quem não pensou que ia ter beijo?

Eu: Claro! Muito mais do que eu esperei.

Dei um selinho nele e falei que eu tomaria um banho já que o calor tinha me deixado todo suado.
Ele ironizou, dizendo que eu ia tomar banho pra suar de novo.

Entrei no box e senti a água caindo sobre mim, do box eu o vi sentar na cama, tirar camisa e ficando somente com a calça com o botão desabotoado e o zíper aberto, ficamos trocando olhares enquanto tiro a espuma do meu corpo.

Daniel: Renato, você dança faz muito tempo, né? Que bunda linda você tem.

Eu: Parei de dançar para trabalhar. Mas a dança me ajudou muito nesse quesito, modesta parte.

Ele sentado naquela cama, me comendo com os olhos, corpinho definido, branco e com aquela cara de safado me fez sair rapidamente do box.

Sai do box e enquanto estava me secando o ouço dizer: E aí, bora fazer acontecer?

Deixei cair a toalha, e fui em sua direção, me ajoelhando diante dele, e puxando sua calça e cueca para baixo fazendo saltar sua pica para fora. Antes de cair de boca, ali naquela situação, fiz cara de puto.

– Me chupa! Cai de boca.

Fechei os olhos e caí de boca naquele pau branco veiudo, cabeça rosa. Minha boca degustava um pau que devia ter 18 cm.

Ele começou a respirar fundo, e jogou seu corpo pra trás, deitando-se , eu subi na cama e segurei sua pica enquanto fazia um vai e vem com a cabeça, ele segurava minha cabeça

Eu usava a minha boca para dar prazer para aquele homem, minha mão explorava cada parte do corpo dele. Peitoral, abdômen coxas! Que homem!
Intensifiquei a minha mamada, e aos poucos mostrei o quanto eu amava uma rola, ele não disfarçava o tesao, gemia de prazer, enquanto eu apertava seu pau com força e usava a minha boca na sua pica, os gemidos deles me deixavam maluco, ele pegou, puxou meus cabelos e tratou de fuder minha boca acelerando ainda mais as estocadas.

Não satisfeito, ele se levantou da cama, pedindo para que eu ficasse de joelho e mamasse a sua rola, pegou meus cabelos novamente e me fez engasgar, observando sua pica entrar e sair de minha boca, me mostrando que sabia fuder gostoso.

Daniel:Tá gostando né safado?! Porra! Você sabe chupar uma pica hein?! Agora abre mais essa boquinha pra eu meter mais rola nela.

Olhando pra mim ele meteu sua pica em minha boca várias vezes, seu pau já estava todo babado, por inúmeras vezes me invadir e eu engasgar.

Eu sugava suas bolas e as colocava em minha boca, minha boca deslizava subindo e descendo em seu pau, queria fazer jus a expectativa e o tesão que ele tinha por mim.

Daniel me colocou de quatro na cama, acariciou minha bunda e cuspiu no meu cú, só então começou a dedar o meu rabo, enquanto ele enfiava seus dedos em mim ele dizia: “Que cú macio! Vou fazer um estrago nesse rabo!”

Não aguentando mais o fogo que havia dentro de mim, pedi loucamente para que ele fizesse o que queria fazer há muito tempo.

Daniel encostou seu corpo no meu, me fazendo sentir os seus pentelhos e roçou seu pauna minha bunda, rebolei, colocou o pau na entrada do meu cú, e antes que ele começasse a me comer supliquei:
Eu: Daniel! Pega o lubrificante que está na minha bolsa.

Ele foi pegar o lubrificante, falando que o que ele estava acostumado a usar era o lubrificante natural,ou seja, o cuspe.
Com os dedos, ele lambuzou meu cu e começou a me penetrar com sua pica, no começou foi um pouco desconfortável, mas quando sua pica entrou por completo, ele meteu sem parar, fazendo meu cu queimar com tantas estocadas, com sua pica que entrava e saia. Eu não arregava, e ele estava insaciável.
Suas mãos acariciavam meu corpo, enquanto ele me fodia bravamente.

Eu: Daniel… porra! Que delicia! Mete gostoso! Fode vai!
Daniel: Toma pica! Seu safado!

E um tapa veio na minha bunda. Gemi de tesão, ele reparando que eu curti, disse:

Daniel: Gosta de levar um tapa? Gosta de ser fudido!

Pedi para ele se deitar na cama e subi em cima dele, sentei lentamente, me permitindo sentir cada centímetro e cada veia daquela pica entrando dentro de mim. Eu estava com um tesão fora do normal, tanto que comecei a cavalgar e rebolar naquele pau loucamente, subia e descia, gemendo com muita vontade e pedindo mais rola no cu, eu estava carente de pica . Daniel só sabia me chamar de safado, e quando percebi que ele estava prestes a gozar, pedi para que não gozasse naquele momento.

Eu: Não goze, sem antes me comer de frango assado, por favor.
Daniel: Porque não pediu antes! Vou macetar seu cú agora desse jeito.

Me deitei na cama e ele em pé, me puxou para beirada da cama, estendendo minha pernas para o ar, e foi me penetrando outra vez. Ali naquele momento eu me senti um puto realizado. Daniel, um hétero totalmente molhado de suor e hipnotizado, olhando seu pau entrar e sair dentro de mim, ele gemia mandando pica no meu rabo. Eu comecei a me masturbar e nem foi preciso bater muita punheta pois o tesão que eu estava sentindo fez com que eu gozasse rapidinho. Os jatos de porra foram tão fortes que alcançaram meu pescoço.

Daniel: Gozou porque tá gostando do da minha pica fudendo teu cú.

Ele começou a me meter com muita força, me fazendo gemer com cada metida em meu rabo.

Quando anunciou que ia gozar, eu pedi para que gozasse na minha boca, ele me ofereceu a sua pica que jorrou leite quente para um mamífero sedento por porra. Só tirei minha boca de seu pau, depois que eu deixei seu pau limpo.

Levantei e olhei sorrindo para ele. Ele ainda ofegante falou que entendia porque Anderson e Manuel eram loucos por mim. Falou que eu o surpreendi em relação a minha disposição em levar pica no cu.
Ao ouvir isso, perguntei se isso era um sinal que ele havia gostado, ele me puxou pra perto e em meu ouvido, sussurrou que sim.

Fomos tomar um banho, enquanto ele se banhava eu viajei observando cada detalhe do seu corpo.

Daniel: Que foi? Tá olhando o que?
Eu: Cara, tô pensando aqui, como eu resisti a um cara tão gostoso por tanto tempo.
Daniel riu e disse: Sei lá, véi! Você tinha duas rolas disponíveis. Talvez não sentia falta de outra.

Concordei com ele, dizendo que agora eu não tinha mais nenhuma, não dei tempo para ele falar nada e me ajoelhei diante dele, pedindo pra ele me deixar chupar sua pica mais uma vez.

Não crendo no que eu estava pedindo, ele falou: Porra mano! Você acabou de levar pica no cú e quer mais?

Eu: Gosto de pica de macho! De homem de verdade. Deixa eu chupar.

Assim ele me ofereceu a sua pica ainda mole, que foi crescendo de acordo que eu o chupava, ele aproveitou e desligou o chuveiro permitindo com que eu o chupasse mais a vontade e com facilidade.

Quando senti que sua pica estava dura, a tirei da boca e olhei para Daniel e disse: Admita que você tá curtindo minha boca nessa pica gostosa!

Daniel: Porra! Para não, Caralho! Continua mamando a minha rola. Você não tá com fome de pica?

E mais uma vez ele soube usar e abusar do boqueteiro que havia diante dele.

E soube aproveitar do macho que tinha ali, levei surra de pica na cara, na garganta mas com prazer.

Dessa vez, ele gozou na minha cara, me chamando de viadinho fogoso!

Eu recebi cada jato, o chamando de macho, de gostoso, tesudo.

Por fim, ele me pegou pelas mãos, me deu um beijo demorado e disse que eu era uma delícia.

Nos lavamos novamente, ele disse que tinha curtido muito nossa foda, eu disse a ele que no meio gay isso se chamava brotheragem.

Nos secamos e quando olhamos a hora, era duas e meia da manhã, então nos arrumamos, e partimos rumo a casa.

No caminho, ele seguia pensativo, minha preocupação era de não ter superado suas expectativas.

Eu: Daniel, fala alguma coisa, do nada ficou quieto.
Daniel: Me desculpa, estava pensando numas paradas aqui.
Eu: Olha, se você não gostou de transar comigo é só falar. Estamos sujeitos a isso.
Daniel: Cara não é isso! É que eu não sou bom em me expressar. Tô aqui pensando naquilo que você me disse sobre brotheragem, e tipo, se você quiser fazer essa brotheragem novamente, só me chamar que a gente marca.
Eu sorrindo falei: Ah! Então superei as expectativas.
Daniel: Teu cú rosinha me deixou maluco.
Eu: Que bom saber disso!
Daniel: Mas sou hétero. Com você busco sexo sem envolvimento, só por prazer mesmo. Tá entendido?
Eu: Super.

Achei melhor ele me deixar na esquina da minha rua, apesar das insistência dele em me deixar na porta de casa. Expliquei que minha mãe provavelmente estaria na sala esperando ver quem ia me deixar de carro.

Sai do carro, e fui caminhando até a minha casa, meio que não acreditando que tinha dado pra aquele macho lindo e safado.

Quando entrei em casa, lá estava minha mãe, sonolenta, falando que aquela hora não era hora de chegar em casa.

Olhei para ela e falei: Oi pra você também, mãe!

Subi para meu quarto onde eu adormeci pensando naquele corpo de Daniel.

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26 Comentários

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  • Responder luiz ID:3v6otnnr6ic

    Muito longo mas foi otimo ve vc dando para Daniel, nunca entendi como vc nao fez isso antes mas quero que vc de para Pedro, vai causar um furror na sua familia

  • Responder Sartur ID:1se2u9zi

    Por favor continua, são os melhores contos que li aaté hoje. Simplesmente perfeito. Muito do que vc narrou me lembrou minha história. Magnífico.

  • Responder Star ID:h5hn7tt0c

    Roendo as unhas…. Cade a continuação?

  • Responder Continuaaaaaaaaa ID:1eof47i8t7g6

    Continua logoooo, pôr favor , tô ficando louco já

  • Responder Tati ID:4adefvj6xia

    Gente ,preciso da continuação

  • Responder MATHEUS ID:1dqq6v6ygubt

    Cade a continuação, porque vc faz isso com a gente

    • Tati ID:40von6safia

      Tô com a impressão de que acabou por aqui , pois nunca ficou tanto tempo sem atualizar 🥲🥲🥲 no mês 11 ele não colocou nada

    • Star ID:h5hn7tt0c

      Acho que ele tá elaborando…. A escrita dele é perfeita e totalmente envolvente

  • Responder Felix ID:81rczeozrb

    Tô pirando aqui esperando a continuação

  • Responder Vit ID:1edv5ajvzzpd

    Kd a continuação?? Tem criança chorando aqui!!!

  • Responder Fã do Daniel ID:1dj60eeqnln7

    Mano que conto extraordinário, sua criatividade e escrita são maravilhosas! Ansioso pelos próximos capítulos, quero daniel e renato se curtindo dnv, anderson sofrendo pelo renato, o renato dando a volta por cima e indo morar sozinho ou alugar um lugar com o gil. Muitas coisas ainda podem acontecer, estou ansioso!!!!

    • Fênix negra ID:1daifftfia

      Sim concordo com vc

    • Eu ID:2ql4dg7hl

      Ainda torço pelo amadurecimento dos três e que o trisal se fortaleça. Renato sempre disse querer um “alguém especial” e ficar com o Daniel só pelo sexo não parece muito com ele.

    • Star ID:h5hn7tt0c

      Acho que Renato vai amadurecer e se mostrar mais forte do que ele imagina . Anderson tem que rever algumas atitudes dele e o Cabeção poderia voltar numa viagem…

    • Tati ID:40von6safia

      Tô torcendo muito p Daniel e Renato darem certo , q Anderson morra de ciúmes do Renato , q faça barraco , que se declare …enfim quero o pacote completo kkkkkkk ele tem q ver o q dispensou, por medo de se assumir , Manuel tb tem q sofrer , ele foi bem sacana várias vzs com o Renato … mas o escroto do Naldo tem q sofrer mais ainda , Gil dando a volta por cima …

    • Tati ID:40von6safia

      Esse conto foi gatilho na minha ansiedade kkkkk tô sofrendo esperando o próximo capítulo, tá bom demais …tomara q passe de 12mil palavras kkkkkk

  • Responder Morenosafado ID:1dhbf9s8nl1i

    Apaixonado por esse capítulo maravilhoso, estou ansioso pelo próximo

  • Responder Fênix negra ID:1daifftfia

    Cara que capítulo incrível triste pela separação do trisal mais, ele com o Daniel foi espetacular Anderson tem que sofrer para dar valor ao Renato.

  • Responder Novin ID:gqaue05d1

    Tomara que agora aconteça umas putarias boas, deixa o romance de lado. Renato tem q dar pro Naldo agora

    • Star ID:h5hn7tt0c

      Naldo é escroto….

  • Responder Semaj ID:1csxs8n0opuj

    Sempre se superar. Que história espetacular. Você está extraordinário. Espero a continuação com entusiasmado.

  • Responder Eu ID:2ql4dg7hl

    Foi preciso acabar com o trisal para o Daniel entrar no Renato, digo, na parada. Tesão da porra com a narrativa. Vida que segue para os 4, cada um a seu modo e como está preparado para viver.

  • Responder Star ID:h5hn7tt0c

    Caralho , que tesão de conto. Faz o Renatinho curte esse lance … Anderson tem que vê-los juntos . Manuel poderia visitar o nosso menino. Aquela sensação de separação dos protagonista ao longo da história… Tomara que volte no fim

  • Responder Caiçara ID:fi07cbmm4

    Cara não tem como não gostar desse conto
    Sou apaixonado por ele, amo demais isso

  • Responder Loko por contos ID:8d5f7kahri

    Ufffaaaa.. Não via a hora desses dois chegar. Que delicia. Conheço varios igual o Daniel que amam uma brotheragem. Já quero o próximo capitulo na minha mesa pra ontem.

  • Responder Leandro ID:1dmsfu548yer

    Sabe o que eu mais gosto nesse @putovr?
    Ele demora pra entregar a continuação, mas quando entrega, entrega tudo e não decepciona.
    Que capítulo mavilhoso! Cheio de detalhes que me fez sentir raiva, tristeza e tesao ao msm tempo.