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A professora Luisa e o aluno

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Uma professora de 29 anos apaixona-se por uma aluno de 17…e ele por ela.

Olho pela janela e vejo eles de mão dada a passear, como toda a minha vida eu vi. Sou a Inês, tenho 32 anos, solteira, por enquanto, pois vou-me casar em janeiro. Vim a Leiria tratar de detalhes do casamento. Trabalho em Lisboa, sou veterinária. Nasci em Leiria, e cá fui criada, e por cá morei até ir estudar para Lisboa.
As pessoas que vejo pela janela são os meus queridos pais, Quim e Luisa. Mas bem eu comecei esta história quase pelo fim, vou voltar cerca de 33 anos atrás. Sim eu ainda não era nascida, mas conheço a história toda dos meus pais. Alias é a minha história favorita. Desde novita que o meu pai a contava às noites, quando ia me desejar as boas noites e me contava sempre um bocadinho sobre eles, embora não me dissesse quem eram os personagens. os pormenores maos, digamos picantes, a minha mãe contou-me, não em detalhe, pois os pais falarem abertamente sobre certos assuntos com os filhos… esqueçam, LOL. Mas deu para imaginar.
O meu pai, quando era adolescente era um bocado rebelde. Cabelo comprido, casacos de ganga com as mangas rasgadas, calças com rasgões, fez a sua primeira tatuagem aos 15 anos, e fez o símbolo dos piratas, na omoplata esquerda. Ele é altíssimo, tem 1,92m, sempre praticou musculação, e natação. Hoje em dia tem mais de 10 tatuagens, incluindo uma minha e da minha mãe, com as nossas caras, a minha quando era ainda uma bebé, no peito dele bem pertinho do coração. O meu irmão Zé, está tatuado também lá.
No entanto aquele look de bad boy, era tudo fachada. O meu pai sempre teve um coração mole. Ele adora animais, e incutiu-me essa paixão, talvez dai eu ter ido para veterinária, e o meu irmão seja biólogo marinho. O meu pai trabalha numa associação de agricultores e criadores de gado, e a minha mãe e professora de estenografia.
Bem voltando lá atrás, o meu pai quando era semi-finalista no liceu, nesse ano chumbou o ano, ele teve de repetir. E foi colocado com outro rapaz, na mesma situação dele, numa turma em que era eles os dois e 22 raparigas, LOL. Foi colocado numa turma de secretariado, pois as disciplinas que ele havia chumbado, eram comuns com aquele curso, e eram matemática e filosofia.
Ele e o rapaz ficaram amigos para a vida, eu chamo-lhe tio Felix, e é o meu padrinho de batismo.
Acontece que para além destas disciplinas, as raparigas, tinham ainda mais algumas, como estenografia, e a minha mãe foi colocada nesse ano na escola, na Moita, onde o meu pai nasceu, e foi criado. Fica perto de Lisboa, a cerca de 20 min de carro, hoje em dia.
O meu pai, ia assistir às aulas que tinha chumbado no ano anterior, e depois ia trabalhar, pois o meu pai sempre foi uma pessoa que gosta de ter o seu tempo ocupado. Além disso o ordenado que ganhava no hipermercado, dava para as despesas dele, e ainda juntou dinheiro para ajudar a pagar o curso no ensino superior.
Bem, o meu pai conta-me, que num dia de Inverno, quando acabou de assistir as aulas dele, estava a chover torrencialmente, e ele estava de folga, pois eram folgas rotativas. As colegas dele, convenceram-no a ir assistir á aula delas, e depois iam embora. Bem ele, já que tinha tempo foi. Pediu a professora se poderia assistir e ela deixou, e foi a primeira vez que les se viram. Mas tudo normal, ele até achou graça á aula, pois estenografia, é feita com caracteres que simbolizam letras e palavras. Nunca viram em tribunais, às vezes estar uma senhora ou um senhor, que parece que está a escrever á máquina, em frente ao local onde o juiz se senta??? Ela está a escrever uma ata sobre a sessão, e está a utilizar a estenografia, pois simplifica as palavras.
O que é certo, é que o meu pai sempre que podia, ia assistir a essas aulas. Ele contou-me que sim, reparou que a professora era linda, cabelos pretos longos e encaracolados, olhos castanho-escuros, morena, gordita, mas não muito, usava sempre calças apertadas, o que lhe realçava as pernas, um cu grande e umas mamas de tamanho médio, mas um médio grande. Sempre bem maquiada, e simpática. Ela na altura tinha 29 anos e ele 17.
Uma rapariga fez anos e convidou a turma inteira e a professora de estenografia também. O jantar foi num restaurante na Moita, e depois foram em 4 carros alguns dos convidados, e o meu pai e a minha mãe foram também. Foram a uma discoteca, e iam todos dançar menos o meu pai. O meu pai diz que existem 3 coisas que não tem jeito nenhum para fazer:
– Dançar, cantar e lavar a loiça.
Lavar a loiça resolveu o problema, comprando uma máquina de lavar loiça, LOL, mas o dançar e o cantar… nada a fazer, LOL.
Mas a minha mãe, diz que teve pena dele, e foi desafiá-lo para dançar.

– Então, não dança?
– É melhor não, stora( é um termo usado entre os alunos em Portugal, um diminutivo de professora).
– E porque não?
-É que eu não sei dançar… sou desengonçado. Não sei mesmo dançar.
– E vais deixar uma rapariga vir pedir-te para dançar, e vais recusar? Vá não sejas assim, ninguém vai reparar.

Bem o meu pai foi, embora se mexesse pouco, e quando a música acabou, ele pensou que o seu tormento tinha acabado, quando o DJ coloca um slow.
E a minha mãe, agarra o meu pai, e diz-lhe:

– Bem esta é dançada bem devagar, mas tem que se chegar mais perto de mim.

Ela diz que o meu pai, corou, e sorriu, mas que colocou ela no meio dos braços dele, a agarrou na cintura, e ela ficou com a cara no meio do peito dele. O meu pai tem 1,92m, ela tem 1,57m!!!!
A minha mãe disse que ela se começou a rir, da situação, que só naquela altura teve a real noção do tamanho do meu pai. E comentou isso com o meu pai, e ele também começou a rir. Bem acabaram de dançar, e ela foi dançar mais um pouco com as raparigas, e o meu pai, teve que sair um bocado da discoteca, e foi para uma varanda enorme. O meu pai é alérgico ao fumo do tabaco, e acho que ele sofre também um pouco de claustrofobia, embora nunca o tenha admitido. A minha mãe não o viu, e as raparigas queriam ir embora, era já cerca de 3h da madrugada. E foi dar com ele, sentado numa cadeira, a beber uma cerveja.

– Então, fugiu para não ter que dançar?
– Não, nada disso, e explicou a ela os seus problemas de saúde. O meu pai sofre imenso com as alergias.
– Bem, então quando estiver pronto, vamos embora, as meninas, estão a nossa espera. Quer vir comigo no carro???
– Desde que me deixe ir á frente… sou pequenino e sentado atrás…
– Fica esborrachado, ahahah. Sim venha, vem a frente comigo.

Bem eles vieram de Lisboa, chegaram a Moita era já cerca de 4h da madrugada, e ela foi entregar em casa as raparigas que vieram a boleia com ela no carro, e depois pergunta ao meu pai:

– Bem falta você. Onde quer que o deixe?
– Bem á porta de sua casa, stora.
– À porta de minha casa?
– Sim claro, se pensa que a deixo a estas horas da madrugada, andar por aí sozinha, não. Desculpe, mas não.
– Era o que faltava, eu estou de carro, nada de mal me pode acontecer.
– Uma mulher tão bonita… o meu pai disse que falou aquilo sem pensar, andar por ai sozinha, desculpe, mas eu não permito.
– Acha-me bonita?
– Bem…quer dizer… desculpe eu… sim acho-a bonita. (o meu pai conta-me que estava cheio de vergonha e medo. Afinal ele tinha 17 anos e ela 29, e o meu pai sempre respeitara as pessoas com mais idade, e a professora poderia pensar que ele se estava a fazer a ela.) O meu pai diz que ela sorriu e que lhe disse:
– Bem, vou deixá-lo ser um cavalheiro. Também moro já ali, cerca de duas ruas a frente.

E foram, ela estacionou o carro, e ele acompanhou-a até a porta, e falaram mais uns instantes, e ela depois disse-lhe que tinha que se ir deitar. Ele despediu-se e ia para se ir embora, e a minha mãe chamou-o. Ele voltou para trás, e ela colocou-se em cima de um dos degraus que estavam perto da porta de entrada do prédio, e lhe deu doi beijos na cara, e lhe disse:

– Isto é pela tua gentileza com uma donzela em apuros, ahahah. Boas noites. E entrou no prédio.

O meu pai diz que ficou ins dois minutos parado, a pensar no que sucedera, e depois foi para casa. Na segunda-feira seguinte, foi assistir novamente á aula de estenografia, e ele e a stora, trocavam olhares, sabem aqueles olhares que as pessoas trocam, e que quando somos apanhados ou sorrimos para aas pessoas, ou desviamos os olhares e não ligamos às pessoas?
Bem a minha mãe, disse-me que nessa noite em que foram a Lisboa, pouco ou nada dormiu. Que parecia uma jovem apaixonada. Ela diz que ficou a gostar do meu pai nessa noite. Gostou do jeito cavalheiresco dele, de como ele lhe abriu a porta do carro quando chegaram a Moita, ele saiu e só a deixou sair quando lhe foi abrir a porta, de como ele a acompanhou a casa, adorou o jeito dele horrível para dançar, e que adorou o cheiro do corpo dele, quando dançaram o slow. Estava interessada nele, mas ao mesmo tempo… a diferença de idades, ela achava que o meu pai nunca se iria interessar por uma mulher mais velha, sendo ele um quase um deus grego, alto, musculado e bonito…gentil… Ela confessou que amou aquele jeito dele de bad boy, mas tão cavalheiro… parecia ter mais idade.
Mas que na segunda-feira seguinte, quando na aula o apanhou inúmeras vezes a olhar para ela, sentiu-se correspondida no seu sentimento. Acabou a aula e ele ficou sentado á mesma, e esperou que quase todas saíssem da aula. Dirigiu-se a ela, e perguntou:

– Desculpe stora, mas no outro dia, perdi a carteira, por acaso não ficou dentro do seu carro?
– Não reparei em nada…mas posso ir ver agora, se quiseres.
– Se puder, agradeceria.

Foi o esquema que o meu pai arranjou para voltar a estar a sós com ela. sabia que ela depois não teria mais aulas a dar.
É que ele também passara o tempo a pensar nela, nos dois beijos que ela lhe dera na cara e que tão bem lhe tinham sabido receber. A pensar no corpo dela, no cheiro dela, no sorriso dela…. Pensava estar a agostar mesmo daquela mulher. Mas como falar com uma mulher mais velha, que ele estava interessado em conhecer ela melhor?? Talvez mesmo começar uma relação mais séria…

Chegaram perto do carro dela, e ele mostrou a carteira á minha mãe, e disse-lhe:

– Desculpe, mas eu menti-lhe. Queria falar consigo a sós, e não estava a aguentar esperar que as aulas acabassem. Se me quiser ouvir, se não me quiser ouvir, compreendo.
– Bem já que te deste ao trabalho de me fazer vir aqui, diz.
– Será que poderíamos ir para algum sítio, onde estivéssemos a sós? Sem que ninguém nos incomodasse.
– Bem já estas a pedir muito, não estás?
– Por favor… é assunto sério.
– Bem vamos ao Rosário. O Rosário é uma pequena aldeia a cerca de 3 km da Moita.

Montaram-se no carro, e ele quase não falou com ela. Pararam o carro perto da praia, que existe lá. Eles desceram-se do carro, e a minha mãe diz:

– Pronto, diz lá o que te apoquenta.
– Bem… não me leve a mal.…se calhar até vai se chatear comigo, mas eu tenho que le confessar.
– Diz, Quim, estas a deixar-me nervosa.
– Stora eu… eu… estou nervoso. Estou a gostar de uma mulher mais velha. Adorei estar com ela a dançar, e eu sou um desastre a dançar, adorei falar com ela…e adorei os dois beijos na cara que la me deu no sábado a noite. Sabe que estou a falar de si. Eu gosto de si. Pronto já disse.
– Quim… eu… bem… eu… ai porra, por esta e que eu não esperava.
– Desculpe se a embaracei…mas eu precisava de falar o que sentia, eu…
– Quim cala-te…cala-te… e a minha mãe diz que respirou fundo, e disse:
– Eu também fiquei a gostar de ti. Pensei que tu não gostavas de mim da mesma maneira, e estava disposta a esquecer esta paixoneta. Mas quando te vi hoje, e ouvi atua voz a pedir para assistires á aula, a minha cabeça quis dizer não, mas saiu um sim. bolas e depois não conseguia deixar de olhar para ti e via que em devolvias o olhar… mas pensei que fosse impressão minha.
– Mas não foi, stora. E nem sabe como estou feliz por gostar também de mim.
– Não me trates por stora…pelo menos agora. Sou a Luisa. E que vamos fazer agora?

Ela contou-me que o meu pai se abaixou, olhando-a sempre nos olhos, e a segurou nos ombros, e a beijou na boca. Ela quando ele a beija, colocou os braços á volta do pescoço dele e devolveu o beijo. Ela disse-me que o meu pai tremia, com o nervosismo e que ela também. E que ela lhe disse:

– Quim… isto está tão errado… a diferença de idades…
– Luisa… não tenho culpa de ter nascido quando nasci… não tenho culpa de gostar de ti…e se isto é errado… nunca mais quero estar certo. Quero-te apenas a ti.

A minha mãe voltou a beijá-lo, e passaram essa tarde, sentados na praia a falar e a namorar, e decidiram manter a seu namoro em segredo.
Passados uns dias, ele foi a casa dela, que era alugada. E como eles se desejavam, nesse dia fizeram sexo. A minha mãe contou-me que começaram a beijar-se, depois ela tirou a roupa dele, e ficou admirada com o físico dele e que isso a atraiu ainda mais. E quando ela viu o pénis dele, 19cm grosso, agradou-lhe. Ela conta-me que o mau pai estava nervoso, e ela também. Depois ele despiu-a, a levou ao colo para o quarto, a deitou na cama, e começou a beijar as mamas dela, a chupar os bicos delas, e depois beijou a barriga dela… e que lhe metia a lingua dentro da cona, foi o primeiro e único homem que lhe fez isso, e que ela adorou. Ela pediu para que ele a fodesse. E ele pôs-se em cima dela começou a foder ela, com gentileza, carinho, e a beijava na boca. para ele era fácil fazer isso, pois é alto e ela baixa. Depois ele sai de cima dela, e ele pôs-se em cima dele e começou a cavalgar o caralho dele, e ao mesmo tempo agarrava os músculos dele, e via a cara dele a disfrutar do sexo. E via que ele estava a adorar. Depois saiu de cima dele, e pediu que ele a fodesse no cu, pois ela adora sexo anal. Ele nunca tinha feito isso, e pediu para ela o ensinar. Ela o ensinou e ele foi fazendo como ela lhe pedia, e ele sentiu uma sensação maravilhosa, de ter o seu caralho metido num buraco tão apertadinho e quentinho. Quando ela lhe pediu para ele aumentar o ritmo, ele ia aumentando aos poucos até que a fodia com força.
O seu corpo estava a experimentar uma mulher mais velha, e ela lhe falava como ele lhe dar mais prazer, onde lhe tocar para ela ter mais tesão, o sexo era completamente diferente do que praticava ocasionalmente com as raparigas da sua idade. Este era muitíssimo melhor. A maniera como ela se contorcia… como lhe mordiscava a orelha quando ele a fodia, com ela ao seu colo, em pé, ou como lhe arranhava as costas… ou como lhe mamava o caralho, lhe lambia o cu… lhe chupava os dedos dos pés… ela sexualmente preenchia-o plenamente, era fogosa… e gostava de de o satisfazer… ele acabava sempre por se esporra no mínimo 4 vezes na cona e cu dela. O sexo uniu eles ainda mais.
Namoram em segredo até que chegou o Verão. Depois ela um dia quase no fim do Verão, foi-se embora. De um dia para o outro foi-se embora sem se despedir dele.
Ela foi colocada noutra escola, em Leiria, era assim a vida de professores. Bem ainda é. Num ano estão num sítio e no outro ano podem estar noutro, e ela foi para Leiria.
Abalou numa altura em que o meu pai foi uns dias com os pais dele a um casamento, no Alentejo. Quando ele voltou, a casa onde ela estava a morar, estava vazia. Ele ficou desesperado, ninguém sabia para onde ela tinha ido ensinar.
Um dia, passadas umas semanas, chega uma carta sem remetente á sua casa. Ele abre-a e é da minha mãe. Ele leu a carta, e disse-me que com a frustração, rasgou a carta. Lá ela vinha a dizer que fora colocada noutra escola, mas longe, que foi lindo o romance deles, que o amava, mas que era melhor assim.
O meu pai, que até aquela data ainda a tentava procurar, desistiu. Acabou nesse ano o ensino secundário, entrou em Beja no Politécnico, estudou lá 3 anos, namorou, mas não conseguia esquecer a minha mãe.
Depois entrou no programa Erasmus, e foi 6 meses para a Républica Checa, e voltou lá depois, pois arranjou por lá trabalho, esteve lá 2 anos, até que concorreu para um trabalho cá em Portugal, portanto estiveram 5 anos sem se verem, o meu pai e a minha mãe.
O meu pai, não sei por que razão, voltou a procurar a minha mãe, acho que para resolver definitivamente o assunto. Ele tinha que falar com ela. Ele continuava a sonhar com ela, pensava que fora por causa dele que tinham acabado, que ele tinha feito algo mal.… mas o que????
Não sei como, mas ele descobre que a minha mãe, tinha ficado efetiva a dar aulas, em Leiria, e nesse mesmo dia, foi a Leiria. Ele na altura estava a trabalhar em Santarem.
Foi a Leiria, disposto a falar o que teria que falar e nunca mais a procurar.
Viu ela, a sair da escola onde estava a lecionar, e atravessou a rua e parou a frente dela a uns escassos 10 metros. Ela vinha a falar com outra mulher e quando o viu, parou…e deixou cair a pasta que levava na mão, e ficou parada, a olhar para o meu pai. O meu pai disse-me que a raiva com que ia desapareceu toda quando a viu.
Apenas ficou o amor que sentia por ela.
Ele aproximou-se dela, até estar mesmo perto dela, e lhe disse:

– Posso demorar, mas não te livras assim tão fácil de mim, Luisa.
– Quim… eu… euuu…
– Porque fugis-te, Luisa?

A minha mãe diz que começa a chorar, que foi a vez que mais chorou na vida, queria falar, mas não conseguia. Ela diz que o meu pai, a abraçou, e ela chorava com a cabeça arrumada ao seu peito, e que quando consegui-o falar só dizia:

– Desculpa, Quim…desculpa… fui egoísta eu sei…
– Sim foste e nem me deixaste despedir de ti… foste cobarde.
– Eu sei…e mereço que penses mal de mim.
– Eu odieie-te, Luisa. Nunca consegui perceber porque te foste embora. Tentei esquecer-te, mas impossível isso acontecer pelo menos até me dizeres na cara, que não gostas de mim. Eu odiei-te porque te amo. Ainda te amo.
– Quim… eu não fui capaz… eu amo.-te tanto tanto… não fui capaz de te dizer que tinha que me ir embora… que não te veria todos os dias… e depois feita parva comecei a pensar na diferença de idades… que se eu me fosse embora daquela maneira tu me esquecerias e eu a ti… não consegui… depois tive medo de voltar… pensei que me rejeitarias…
– Não, Luísa, enganas-te. Eu amo-te.

E beijou-a com paixão… parecia que aqueles 5 anos não se tinham passado. As pessoas olhavam, eles estavam no meio de um passeio, mas o mundo ali era só ele e ela.
Ela voltou a sorrir, e pergunta:

– Porque vieste?
– Por ti…por mim…por nós… bem eu vim cá para te dizer umas verdades e depois voltar as costas e ir embora, mas assim que te vi… esquece… queria era voltar a sentir teu corpo perto do meu.
– E eu desejei que tu aparecias aqui um dia… não sei porque, mas sempre pensei que esse dia chegaria…e aqui estás tu. deves pensar que estou doida…fugi e desejei que me encontrasses.
– Conheçes-me, Luisa, saberias mesmo antes de mim, que eu acabaria por ir ter contigo. Sabes o quanto te amo.

Depois a minha mãe disse:

– Bem Quim… tenho que te contar uma coisa. Tenho alguém na minha vida… e é para sempre.

O meu pai diz que sentiu o mundo desabar…

– Tens… outro homem???
– Não… mas vem comigo, ali já ao fim da rua.
– Mas que se passa, Luisa???
– Peço-te que esperes. Vem, confia em mim.

Foram até ao fim da rua, perto da escola primária, e sai de lá uma menina a gritar pela mãe, e abraçou-se a ela e cobriu a mãe de beijos. Estava um homem altíssimo ao lado da mãe, a olhar para ambas. Gostei dele, não sei porque, mas gostei. Vi pela primeira vez o meu pai.
Aquele homem pergunta á minha mãe:

– É tua filha?
– Bem… eu não a fiz sozinha, tu deste uma ajuda, Quim.
– Eu dei uma ajuda…como… Luisa estás a dizer que…
– Sim é tua filha também. Inês apresento-te o teu pai…Quim esta é a tua filha.

Lembro-me de o meu pai ficar espantado, ia falar qualquer coisa, mas só mexia os lábios… Lembro-me de irmos jantar juntos nesse dia.
A minha mãe contou ao meu pai, que descobriu estar grávida uns dias depois de se ter vindo embora. Pensou em fazer um aborto, mas não foi capaz. E nasci eu uns meses depois.
O meu pai, nessa noite, dormiu lá em casa, pois eu lembro-me de a minha mãe fazer uma cama no sofá na sala, mas quando eu acordei, eles saíram os dois do quarto dela. Vinham a falar, a rir, e eu disse:

– Bom dia, mãezinha. bom dia, pai.
– Bom dia, filhota, disse a minha mãe.

O meu pai, não disse nada, eu vi lágrimas na cara dele.…e olhem que tinha de olhar bem para cima. O meu pai era um gigante, como aqueles que a minha mãe lia nas histórias do livro.
Ele pôs-se de joelhos, e estendeu aqueles enormes braços e eu corri para ele e abracei ele. Finalmente tinha um pai também, e daqueles grandes, LOL. Vi que a minha mãe chorava, mas um chorar diferente daqueles que eu as vezes ouvia vindos do quarto dela, quando ela estava sozinha. Era um chorar de felicidade.
Depois conheci a família do meu pai, os meus avós, que me contavam como ele era em pequenino, e que ele fingia ficar zangado com eles.
Bem aquele gigante passou a morar lá em casa, e passados 3 anos nasceu o meu irmão, Zé. Não me admira nada, pois todas as noites eu ouvi aquele barulho vindo lá do quarto, em que parecia que duas pessoas estavam a lutar com a outra. Ouvia ais e uis, e dá-me mais… aliás ainda ontem a noite os ouvi, LOL. Sabem, ter saído de casa, fez-me ter saudades de os ver todas as manhãs, eles de roupão, ele por detrás da minha mãe, tapando-a quase toda como seu corpo, a beijar o pescoço dela, a apalpando-lhe o cu, e as mamas, discretamente para eu não me aperceber, mas eu vi-a tudo, rsrsr. Depois ele afastava ele e lá ia aquele roupão com aquele enorme alto a frente…. Fui criada num lar de amor.
Ainda hoje eles vivem agarradinhos um ao outro.

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PéssimoRuimMédioBomExcelente
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2 Comentários

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  • Responder Anônima ID:1se799zj

    Maravilhoso!!! Mais uma linda história de Amor! Tão apaixonante, admirável e bem escrita quanto as suas outras histórias escritas anteriormente. E é assim que eu gosto, de histórias que cativa, que prende a minha atenção. Parabéns mais uma vez! Eu Amei mais essa também.