# # #

Desafios de um pai – 05

7750 palavras | 22 |4.61
Por

O pai ingênuo tem uma segunda-feira bem movimentada depois do incidente do domingo e finalmente começa a se questionar sobre seus desejos.

Depois que Rodrigo foi embora, fui para cozinha ajeitar as coisas e fiquei bastante pensativo.
Não conseguia parar de pensar que a culpa de tudo era minha, afinal, eu que havia pedido para Rodrigo tomar banho com Alice, mesmo sabendo que ele ainda estava de pau duro.
Acho que na ânsia de curar a minha pequena do distúrbio psicológico que ela tinha, acabei me descuidando e deixando meu mais novo amigo em maus lençóis.
Sabia que, pelo menos fisicamente, minha pequena estava bem, pois vi que sua vagina já estava com um aspecto muito melhor do que depois do banho ontem à noite, nem parecia que tinha sido desvirginada por acidente por um pau tão grande e grosso como o do Rodrigo.
Além disso, Rodrigo tinha gozado mais duas vezes nela enquanto ela dormia, o que certamente iria ajudar a sarar mais rápido a pele irritada da xaninha da minha pequena.
Por outro lado, estava com medo de Rodrigo não conseguir lidar com tudo o que aconteceu e se afastar de mim e da Alice.
De um modo que eu não sei explicar, sentia por ele um profundo carinho, como se já o conhecesse há bastante tempo, e me perturbava a possibilidade de não tê-lo por perto.
Para me distrair desses pensamentos, passei a resolver algumas coisas, enviando um e-mail para meu advogado cobrando a minuta do contrato de compra e venda da antiga casa.
Por volta das 10:00h, aproveitei que a Alice ainda não tinha acordado e mandei uma mensagem para a doutora Márcia, falando que tinha acontecido algo importante e que eu precisava de uma nova sessão.
Ela me retornou alguns minutos depois, dizendo que eu poderia falar com ela ao telefone para explicar melhor. Liguei no consultório e contei a ela sobre o acidente no banheiro e a forma súbita e brutal como Alice foi desvirginada. Quando terminei de contar, reiterei que Rodrigo não tinha culpa e que foi um acidente, momento em que tive a impressão de ouvir um gritinho histérico ao fundo, seguido de uma risada, ao que doutora Márcia falou: “mil desculpas pela indelicadeza, a secretária abriu a porta sem bater e entrou rindo alto, já fiz um sinal para ela se recompor porque estou numa ligação”, disse ela.
Contei que estava muito preocupado com Rodrigo, pois temia que ele se afastasse, o que acabaria prejudicando o tratamento da Alice. Doutora Márcia então completou:
– Sérgio, o tratamento não envolvia que seu amigo fizesse sexo com a Alice, apenas que a curiosidade sexual dela fosse despertada, mas já que aconteceu por acidente, acho que podemos colher os melhores frutos dessa situação. A combinação dos feromônios, o estímulo visual e a grande quantidade de líquido pré-ejaculatório e sémen que ele despejou dentro dela podem acelerar a resposta psicológica de Alice e quebrar o ciclo de fechamento em si mesma que ela vinha apresentando. O esperma contém muitas enzimas importantes também, como cortisol, estrogênio, oxitocina e serotonina, é bem provável que Alice acorde com um humor melhor hoje.
Doutora Márcia continuou me explicando os efeitos do esperma para a saúde da minha filhinha, mas advertiu que deveríamos levá-la a um médico para ter certeza de que ela estava bem.
– Doutora, eu não sei se podemos. O médico que a atender chamará a polícia se souber do caso, isso pode acabar prejudicando a mim e ao Rodrigo.
Doutora Márcia riu da minha preocupação, acrescentando:
– Não se preocupe, Sérgio. Eu vou te encaminhar para um médico conhecido meu, a consulta será sigilosa e sequer será registrada em nome da Alice. Eu o indico sempre para atendimento de vítimas de abuso que não querem expor seus casos numa delegacia. O médico é meu amigo e se chama Reginaldo.
Na hora me lembrei que se já soubesse da existência desse médico, nem teria pedido a Rodrigo que ejaculasse na vagina de Alice de manhã, mas sim a levado imediatamente para uma consulta. Mas deixei isso para lá, porque no final das contas o esperma de Rodrigo funcionou como mágica, a menina tava ótima.
– Antes de fazer o encaminhamento, vou precisar de um favor da sua parte. Quero que convença Rodrigo a acompanhá-lo na consulta da Alice, inclusive vou fazer o encaminhamento no nome de vocês dois. Quero também que ele venha no atendimento psicológico, preciso conversar com ele também, para direcionar melhor o tratamento e esclarecer as dúvidas dele. Como as coisas chegaram nesse ponto, já é hora de ele saber de tudo.
Fiquei intrigado com o pedido, mas assenti, dizendo que iria falar com Rodrigo.
– Faça um esforço para convencê-lo a ir tanto no atendimento psicológico quanto na consulta médica, será bom para vocês dois tirarem suas dúvidas e medos em relação ao que ocorreu, além de saberem se houve alguma sequela interna na vagina ou mesmo no útero da Alice.
Por fim, doutora Márcia disse que iria entrar em contato com o médico pessoalmente para alertá-lo sobre o sigilo da consulta e me passou os dados da clínica.
Logo em seguida, liguei de novo para Rodrigo e expliquei toda a situação, pedindo que ele me acompanhasse nas consultas.
Ele pareceu confuso sobre o problema da minha filha, disse “a Alice é perfeita, não aparenta ser apática, Sérgio, é sério isso mesmo que você está falando?”. Eu respondi que sim e que ele iria entender melhor ao conversar com a doutora Márcia.
Falei sobre o médico também e passei os dados dele, no que Rodrigo teve uma crise de riso:
– Cara, eu conheço esse médico! Já consultei com ele para tentar resolver meu problema do meu pau babão. E uma vez contei a ele que a minha filhinha Jojo tinha machucado a vagina ao cair sobre um tijolo e ele se dispôs a atendê-la no sigilo. Quero ir sim, me fala o dia que eu converso com o Pedro ou com o Carlos para me cobrir no trabalho.
Eu não me cansava de me surpreender com o Rodrigo, ele era prestativo demais, aceitou me ajudar na consulta logo de cara.
Depois de tudo acertado com Rodrigo, vi que já era quase 11:00h e lembrei-me de checar se a Alice estava bem e fui até o quarto dela.
Ao abrir a porta, não pude deixar de notar o cheiro intenso de sexo no ar. O suor de Rodrigo parecia ter impregnado todo o ambiente, de um jeito que, se eu fechasse os olhos, poderia jurar que ele estava ali.
O cheiro de sêmen completava essa mistura, evocando as cenas que mais haviam me perturbado mais cedo: Rodrigo martelando a bucetinha da minha filha, com o corpo vermelho e as veias saltadas sobre os músculos, respingando suor no corpinho de Alice, até gozar pela segunda vez, inundando seu útero de porra, como se ela fosse um depósito.
Se para mim foi difícil, para Rodrigo deve ter sido muito mais, pois teve que lidar com o imenso carinho que sentia por Alice e o sentimento de proteção, ao mesmo tempo em que liberava seu instinto animal sobre o corpo adormecido da menina, usando-a para atingir o ápice do prazer.
Meus pensamentos foram interrompidos quando vi Alice se remexer dormindo, enfiando as mãozinhas entre as pernas, soltando um gemidinho parecido com o que ouvi na noite passada.
Cheguei mais perto devagar, notando que ela ainda dormia, pois estava com os olhinhos fechados. Dava para ver ela dedilhando o pequeno clitóris, que parecia bem intumescido, sujando os dedinhos com a porra que ainda escorria de sua vagina.
Observei que a vermelhidão havia desaparecido completamente, o que parecia um milagre, pois poucas horas antes ainda estava vermelho.
Ela ainda estava inchada, o que era normal devido às estocadas que levou da rola de Rodrigo horas antes, mas tirando isso parecia perfeitamente nova.
Acho que nem Rodrigo acreditaria, mas o fato é que em poucas horas a bucetinha de Alice, pelo menos na parte externa, parecia completamente curada.
Deixei o quarto e pesquisei novamente as propriedades do esperma e não encontrei nada a respeito de efeito cicatrizante. Encontrei pesquisas sobre o uso como hidratante, suavizador de rugas, agente contra acne, cheguei até a entrar em sites que vendiam potes caríssimos dos cremes de porra.
Alice tinha uma certa razão quando falava que o xixi de Rodrigo era “diferente”, pensei. Ele devia ter algum distúrbio ou síndrome que afetava as propriedades de seu esperma, fazendo com que produzisse quantidades absurdas e com alguma substância de efeito cicatrizante.
Mais aliviado ao ver a melhora da minha menininha, mandei um whatsapp para Rodrigo, “amigo, vc não vai acreditar, mas eu olhei a Alice agora e não vi vermelho nenhum mais, parece que já tá boa”. Imaginei que ele fosse demorar a responder, já que estava trabalhando, mas minutos depois ele responde “não acredito, jura cara? Vc não imagina o quanto é bom saber disso”. Eu respondi: “é tudo graças a vc, cara! Vc salvou minha filhinha. Sou muito sortudo de ter conhecido vc. Nos conhecemos há poucos dias mas já te considero pacas, é um AMIGO de verdade”, respondi, fazendo questão de colocar em caixa alta a palavra “amigo”. Ele ficou “digitando” um tempo, até que mandou a seguinte mensagem: “para de frescura, Sérgio, sei que vc tá é apaixonado por mim hahaha, vamos assumir nosso caso logo hehehe”.
A imagem de “digitando” continuou aparecendo, até que Rodrigo completou: “mas falando sério, a parte física não é a minha única preocupação, ainda precisamos saber se a Alice entendeu o que aconteceu ontem, se sabia que estávamos grudados e entendeu que fiz sexo com ela e gozei dentro dela para meu pau amolecer um pouco e conseguir sair de dentro. Tenho medo de ela ficar com algum trauma psicológico. Sei que vai marcar a consulta, mas até o dia marcado ela pode ficar sofrendo”.
Rodrigo me pegou de surpresa, pois ainda nem tinha pensado que teria que conversar com a Alice antes da consulta com a doutora Márcia. Eu então mandei outra mensagem: “nossa Rodrigo, será que ela percebeu o que aconteceu? É tão novinha, talvez só tenha sentido dor, sem entender que era seu pau dentro dela”. Ele ficou “digitando” um longo tempo, até que emendou com a seguinte mensagem: “eu tenho que te explicar tudo, né amigão, parece até que eu é que sou pai da Alice rsrs. Lógico que ela pode ter entendido o que aconteceu, então você precisa conversar com ela sim”.
Rodrigo era um verdadeiro paizão, tava tomando as rédeas dos cuidados com a Alice e ao mesmo tempo me ensinando a ser pai dela.
Ele então mandou outra mensagem: “sei que é difícil para mim e para você, mas temos que pensar na Alice em primeiro lugar. Eu mesmo ainda estou um pouco confuso com o que aconteceu, não consegui descrever direito o que rolou porque eu mesmo não entendi, saca?”.
Senti mais pena do Rodrigo, mesmo ouvindo a boa notícia sobre a melhora da minha filha ele continuava se preocupando, parecia mais pai dela do que eu.
– Cara, eu estou de boa, confio em você, se quiser me ligar para conversar agora, tá tudo bem – disse para ele.
Ele demorou a ver a última mensagem, já estava achando que ele ia me deixar no vácuo, mas em alguns minutos meu telefone tocou.
– Fala Rodrigo – atendi tentando entusiasmá-lo, já te falei que estou de boa, cara, fica tranquilo.
– Eu sei, Sérgio, vc é um cara 10, já te considero como um irmão mais novo, da família mesmo. Mas por mais que eu saiba que fiz tudo que estava a meu alcance quando ela estava dormindo, faria de novo se fosse necessário. Meu medo é em relação ao que fiz quando ela estava acordada, não sei se passei dos limites no banheiro, tava demorando a gozar demais, sabe? Mandei ela cavalgar mais rápido e ainda ajudei eu mesmo ela a aumentar a velocidade, fazendo meu pau socar com força no fim, entende? Então mesmo que não tenha machucado a Alice fisicamente, posso ter traumatizado a menina, não quero nem imaginar se ela acabar ficando com medo de mim.
– Deixa de ser bobo, se ela estivesse com medo de você teria falado ontem mesmo, quando saiu do banheiro. Para ser sincero, se eu não tivesse visto que a vagina dela estava bem aberta, inchada e vermelha, nem teria notado que tinha acontecido algo do tipo – emendei. Ela continuou quietinha do seu lado, segurando sua mão. Quando decidimos que era melhor levar ela do jeito que estava para cama, ela pediu o seu braço para carregá-la e não o meu, lembra?
– Eu ainda tenho minhas dúvidas. Ela não parecia triste nem nada, mas estava tão cabisbaixa, parecendo cansadinha.
Ficamos os dois em silêncio alguns segundos, eu me angustiei porque não sabia o que dizer para ele, até que completei:
Deve ser normal ela ter ficado cansada, até agora ela não acordou. E você deve estar cansado também, cara.
– Tenho que admitir que sim – disse ele rindo. Não apenas por causa do esgotamento sexual, mas também porque dormi mal a noite inteira, a cama de solteiro da Alice era pequena para mim, não cabia nós dois e eu tive que ajeitá-la no meu peito para cabermos.
Lembrei que quando cheguei no quarto, Alice estava deitada sobre Rodrigo, com as perninhas abertas, e com a cabeça apoiada no peito dele. Eu devia ter arrumado um colchão para ele colocar no chão, pensei.
– Cara, desculpa de novo, eu sou um idiota, não lembrei de colocar um colchão extra para você dormir.
– Agora já foi – disse ele num misto de resignação com cansaço. Mas tem algo que eu queria comentar e não tive coragem mais cedo, espero que não fique chateado comigo.
– Claro que não, cara, você só me ajudou desde que nos conhecemos, nada que você me disser me deixará com raiva. Pode desabafar comigo.
Ele ficou um tempo em silêncio, o que pareceu um eternidade, então eu perguntei se ele ainda estava na ligação, quando ouço um gemido seguido de um suspiro. Ele continuou calado e, uma vez mais, soltou um gemido, o que me pareceu muito estranho, então perguntei se ele estava bem, quando finalmente ele respondeu, arfando:
– Cara, me distraí aqui e tropecei numa caixa, machuquei o dedão do pé, tá doendo pra caralho – disse ele gemendo de novo.
Se ele não tivesse avisado que havia machucado o pé, poderia jurar que ele estava gemendo de tesão do mesmo jeito que fez ao gozar hoje de manhã.
– Mas então, pode falar comigo, eu não vou ficar com raiva.
– Sérgio, vou ser honesto com você, mas antes de falar quero que prometa não brigar com a princesinha, ela é uma criança ainda e não entende das coisas.
Comecei a ficar preocupado, imaginando se toda a história do banheiro não tinha passado de uma farsa, mas tive meus pensamentos interrompidos com um novo pedido dele:
– Anda, cara, promete!
– Prometo – respondi, hesitando.
– Então, durante a noite, acordei com a Alice gemendo, sentindo que ela se esfregava no meu pau, mas sem penetrar. Eu estava meio sonolento e a sensação estava boa, porque estava lambuzado, acabei deixando ela ficar assim durante um tempo, me deixei levar pelo tesão por alguns minutos, até que recobrei a razão e tentei tirar ela de cima de mim, erguendo seu corpinho e aninhando ela do meu lado, só que ela começou a esboçar um choro e eu acabei voltando com ela para a posição que estava, tomando o cuidado de colocar meu pau apoiado nas costas dela, sobre a bundinha, para não correr o risco de penetrar ela sem querer.
Ele parou de falar, esperando a minha reação. Fiquei chateado de ele não ter comentado nada ao falar comigo no quarto ou quando tomamos o café juntos, mas no fundo entendia que para ele devia ser muito difícil. Qualquer pai reagiria muito mal ao saber que a filhinha de sete anos tentou se aproveitar do amigo, se esfregando nele enquanto ele dormia.
– Cara, obrigado por me contar isso. Agora entendi porque você está preocupado com o aspecto psicológico da Alice. Talvez tenha despertado o desejo sexual nela – concluí.
– Sim cara – disse ele ofegando de novo, como se estivesse acabado de correr uma maratona – tenho medo de ter provocado esse desejo nela sem querer, você sabe que sou muito expansivo e gosto de fazer carinho na Alice, sempre a carrego nos braços e a coloco no meu colo. Mas agora não sei se é prudente eu continuar tendo contato com ela.
Só então me dei conta de que ainda não havia comentado com Rodrigo sobre detalhes do tratamento da Alice. Ele ficou sabendo que ela tinha um problema, mas não sabia que o tratamento envolvia despertar a curiosidade sexual da menina.
Achei que jamais precisaria falar nisso com ele, mas devido aos altos níveis de testosterona que Rodrigo exalava, a resposta de Alice veio rápida e intensa demais, seu corpinho reagiu ao dele desde o dia da mudança e culminou com ela tentando abusar dele de madrugada.
Eu tinha que convencê-lo de alguma forma a não se afastar de mim e da Alice, mas ao mesmo tempo tinha medo de contar sobre o tratamento. Então tentei acalmá-lo:
– Deixa disso, Rodrigo. A Alice te adora, tem sido ótimo para ela ter sua figura por perto. Isso vai ficar entre nós, cara, fica tranquilo.
– Então você ainda me quer por perto? – perguntou ele, incrédulo. Sérgio, você não existe cara, não mereço um amigo tão bom.
– Merece sim! Eu é que tenho dúvida se estou a altura da sua amizade – falei emocionado.
Então Rodrigo soltou uma risada alta, dizendo:
Até chorei aqui, nós dois parecemos duas bichas apaixonadas.
Você e suas piadinhas, acho que tá me querendo, assume aí – provoquei.
A piada ajudou a quebrar um pouco o clima de tensão, Rodrigo pareceu mais relaxado. Tive a impressão de ouvir a voz de um homem falando perto dele e perguntei quem era, ao que ele respondeu:
Ninguém não, cara. Deve ser o Carlos roncando aqui no leito da cabine. O safado veio trabalhar virado de ressaca e tá deixando todo o serviço pesado nas minhas costas.
Ah, então é por isso que você tava ofegante! Cheguei a pensar que tava batendo uma pensando em mim, amigo.
Rodrigo soltou de novo a sua risada alta e grave, dizendo: “vai me provocando, vai me provocando, uma hora eu te pego de jeito, Sérgio, você vai gamar”.
Pensei ter ouvido outros barulhos, mas não consegui identificar de onde vinham, até que Rodrigo me pediu:
– Vai lá no quarto ver se minha princesa já acordou, quero falar com ela para ter certeza de que está bem de verdade.
Eu assenti e voltei para dentro de casa, subi as escadas e abri a porta do quarto de Alice, novamente sentindo a lufada com o forte cheiro de suor e sexo que vinham dali. Entrei sem fazer barulho e notei que ela continuava do mesmo jeitinho, dormindo com a mãozinha entre as pernas, passando os dedinhos no clitóris.
– Ela ainda tá dormindo, Rodrigo – falei com ele baixinho para não acordar a menina.
– Então faz uma chamada de vídeo. Quero ver com meus próprios olhos que ela esta bem lá embaixo.
Achei que não tinha nada de mal em fazer isso, já que iria deixar Rodrigo mais tranquilo. Então encerrei a ligação e fiz outra chamada, dessa vez de vídeo. Rodrigo atendeu imediatamente, deu para ver que ele estava bastante suado dentro da cabine do caminhão, sorrindo para a câmera:
– Não aguentou de saudade e quis ver meu rosto de Apollo né amor? – zombou.
– Se continuar fazendo essas piadas eu não mostro a Alice para você – ameacei.
– Não, cara, beleza, tava te zoando, mostra aí.
Ouvi um barulho dentro da cabine, parecia algo batendo de forma ritmada. Logo em seguida ouvi o que me pareceu ser um gemido, então falei:
– Rodrigo, ouvi uns barulhos estranhos de novo, vc tá sozinho aí, né? Se estiver com alguém não vou mostrar.
To sozinho, cara, só tá o Carlos deitado na cama da cabine aqui no fundo, o barulho que vc ouviu deve ser ele roncando e mexendo no colchão.
Acreditei na resposta de Rodrigo e passei a usar a câmera traseira do celular, para gerar uma imagem melhor, e a virei para a cama da Alice. A luz tava boa, dava para ver a mancha de pré gozo, porra e suor embaixo do corpinho dela, bem como ela mexendo de leve na xaninha, com os dedinhos melados com a cachoeira de porra que ainda vertia de dentro.
Ouvi de novo o que me pareceu ser um gemido, ao que Rodrigo tossiu e me pediu para chegar mais perto da xaninha, para enxergar melhor e ter certeza de que estava boa. Então eu me aproximei e dei um zoom, e a imagem ficou perfeita: dava para ver que a pele dela estava novamente branquinha e que a xaninha estava rosada, mas não vermelha. Dava para ver também as bolhas que se formavam com o líquido viscoso que escorria de dentro da minha menina.
Ouvi o som das batidas mais alto no carro, e algo como a voz de Carlos, mas como ao mesmo tempo Rodrigo tossiu várias vezes, não consegui distinguir direito.
– Viu? Ela tá ótima! E tudo graças a você amigão. – falei antes de voltar a usar a câmera frontal.
Notei que a imagem de Rodrigo mostrava apenas o teto da boleia, como se o celular tivesse caído sobre o banco, e vi uma mão passando em frente da câmera, a imagem girando e, em seguida, o rosto sorridente e suado de Rodrigo aparecendo.
– Vi sim – disse ele novamente ofegando. Cara, tossi tanto que fiquei meio sem ar. Olha lá, acabei acordando o folgado do Carlos! – disse Rodrigo apontando a câmera para o rosto moreno do colega, que sorria de um jeito malicioso ao acenar para a câmera.
– Mas o Carlos não viu aquilo que acabei de te mostrar não, né? Eu pedi para você ficar num lugar sozinho, Rodrigo – falei preocupado.
– Opa amorzinho, relaxa, ele só acordou agora, olha lá a cara de sono do folgado? – disse ele apontando de novo a câmera para Carlos, que ajeitava o cabelo e bocejava.
– Ufa, melhor assim – completei.
Rodrigo então me agradeceu, repetindo que estava muito feliz em saber que a Alice estava bem e que, se desse, passaria lá em casa para vê-la.

Nos despedimos e, quase como se tivesse combinado com Rodrigo a hora de acordar, escutei o bocejo da Alice vindo do quarto.
Chegava a hora de conversar com ela sobre tudo o que aconteceu no banheiro.
– Bom dia, filhinha! Até que enfim acordou, dormiu bem?! – falei notando quando ela ajeitou o travesseiro na cabeceira e se sentou, esfregando os olhinhos. – O café da manhã está pronto, fiz ovos mexidos para você crescer forte e preparei um suco de laranja também, tá geladinho.
– Bom dia, papai!!! – disse ela com uma animação incomum.
Nesse momento ela levantou a camisolinha e olhou para o meio das pernas, dizendo: “tá escorrendo xixi, papai, desculpa”.
– Você fez xixi, meu amor? – perguntei, já sabendo que o líquido que escorria era a porra de Rodrigo.
– Não, o Rodrigo que fez para tirar o pipi de dentro de mim, para não me machucar – disse ela com naturalidade. Mas eu sei que não é xixi de verdade, é outra coisa que eu esqueci o nome.
Eu ri da inocência da minha princesa, e expliquei que a parte branca ela podia chamar de esperma ou leitinho, apontando para a gosma que ainda não tinha secado na cama.
– Mas e essa parte transparente? – perguntou ela apontando para a grande mancha de baba que havia no lençol.
– Essa parte é um pouquinho diferente, não tem cor e costuma sair toda vez que o pipi fica duro, tem gente que chama de “melzinho”, mas isso é coisa de adulto, tá bom querida?! Não precisa ficar preocupada de entender tudo agora não – falei.
Ela pegou um pouco de porra e de baba com as mãos e ficou comparando, até que colocou a porra na boca, provando.
– Não é ruim, mas não tem gosto de leite – comentou.
Depois provou a parte transparente e falou: essa é bem mais docinha, gostei – disse rindo.
Eu expliquei para ela que não podia por na boca e ela ameaçou fazer birra, então deixei o assunto para lá.
– Filha, posso te perguntar outra coisa? – perguntei cheio de dedos.
Ela fez que sim com a cabeça lambendo os dedinhos, parecia que tinha gostado mesmo do sabor da baba de Rodrigo, pois passou as mãos de novo no lençol pegando um pouco mais.
– Você se lembra de tudo o que aconteceu ontem no banheiro? Lembra de como caiu?
Ela ficou pensativa e depois me ignorou, colocando as mãozinhas na boca e lambendo o pré gozo de Rodrigo.
– Pode falar, filhinha – insisti.
Ela olhou para mim com um jeito sapeca e finalmente falou:
– O senhor promete que não conta para o Rodrigo?
– Sim, prometo. – respondi.
– Eu não lembro direito, papai. Rodrigo fez cócegas no meu pé lavando e eu corri dele para o chuveiro, tinha bolhas de sabão e uma hora eu caí e senti muita dor na xaninha.
– Sim, entendi. Mas você lembra como caiu?
Ela ficou pensando um pouquinho, mas deu de ombros:
– Não lembro não, lembro que caí e Rodrigo me salvou, me segurando, mas eu senti muita dor e queria gritar, então ele ficou me abraçando para eu não chorar e eu acalmei. Tinha alguma coisa me espetando bem fundo na xaninha, parou de doer depois de um tempo, ele tentou me levantar para tirar mas aí eu senti dor e pedi para não tirar.
Nessa hora notei que ela olhou para baixo, com vergonha, e eu disse “pode falar, minha filha”, então ela contou:
– Eu sentia algo quente espetando, mexendo igual ponteiro de relógio – e fez um gesto com as mãozinhas, mostrando algo que pareceu um pênis latejando – e ouvi Rodrigo gemendo e fiquei com medo de ter machucado ele, porque ele pedia para tirar, então devia ser porque estava doendo. O resto eu tenho medo de contar, porque o senhor vai contar para o Rodrigo e ele vai ficar com raiva de mim.
Eu fiquei curioso e insisti para ela continuar, prometendo que não contaria.
– Eu ouvi ele sentindo dor, gemendo, mas eu já não tava com tanta dor, tava gostoso sentir a coisa quente espetando e mexendo igual o ponteiro do relógio, então fingi que ia chorar para ele não tirar.
– Você ficou fingindo muito tempo? – perguntei.
Ela ficou sem graça de novo e voltou a mexer no lençol, procurando algum resquício de baba de Rodrigo.
– Pode falar, filha, eu não conto para o Rodrigo, prometo.
– Eu não lembro direito quanto tempo foi, papai. Eu fiquei meio tonta, sabe? Tava muito apertado dentro de mim e uma hora eu tremi lá embaixo e fiz xixi no Rodrigo, ele continuou me abraçando, eu fiquei com soninho, dormi, depois acordei e o senhor bateu na porta, o Rodrigo falou no meu ouvido para eu brincar de cavalgada que ele iria fazer xixi e ia conseguir tirar de dentro de mim. Uma hora ele me ajudou a cavalgar mais rápido e fez um monte de xixi dentro de mim, aí a coisa dura parou de espetar e saiu de dentro.
Ela ficou olhando para baixo, envergonhada, mexendo as mãozinhas de um jeito nervoso.
Eu sorri para ela, para acalmá-la.
Achei estranho a história coincidir tão perfeitamente com a de Rodrigo, se eu não soubesse que ele é de inteira confiança e jamais faria mal a minha filha, pensaria que os dois haviam combinado o que iam me dizer.
Alice olhou para mim com uma carinha de piedade, implorando:
– Não conta pra ele que eu desobedeci, papai, por favor.
Pode deixar que não conto pra ele, mas desde que prometa obedecê-lo da próxima vez, ok? Ele ficou muito preocupado com você, sofreu muito.
Sim, vou obedecer – disse ela sorrindo.
Você lembra que ele dormiu essa noite aqui? – perguntei.
– Lembro sim!!! To com o cheiro dele, é tão gostoso o cheiro dele, papai – disse ela cheirando o travesseiro e o lençol. Mas cadê o Rodrigo? Ele já foi embora? – perguntou meio manhosa.
– Ele já foi filhota, tinha que ir trabalhar. Mas logo você vai ver ele de novo, tá bom?
– Tá bom, papai.
– Você tá sentindo dor na borboletinha por causa de ontem? – indaguei.
Ela riu da palavra “borboletinha” e ficou repetindo, como se estivesse me imitando, até que finalmente falou:
– Ta doendo não, eu tô sentindo uma cosquinha nela gostosa, mas não tá doendo. E tá com um cheiro forte também – disse ela cheirando os dedinhos.
– Então tá filha vai tomar um banho e depois vai tomar café, enquanto eu arrumo seu quarto.
Ela obedeceu e foi ao banheiro, saltitando e cantando uma musiquinha infantil que ela decorou da escola, como se tudo estivesse absolutamente normal.
Ao ver minha filha tão alegre e bem, não pude conter as lágrimas, meus medos tinham enfim se dissipado. Rodrigo era mesmo um herói, conseguiu salvar minha Alice do acidente no banheiro, eu devia tudo a ele.
Comecei a trocar os lençóis da cama, notando que eles ainda estavam encharcados com suor, esperma e lubrificação vaginal da minha menina. Manusear o tecido sujo pareceu intensificar o forte cheiro de sexo do quarto, e a imagem de Rodrigo me voltou à cabeça, mas de uma forma diferente: vi seu torso nu brilhando de suor como no dia em que dei carona para ele, exalando um cheiro entre o cítrico e o adocicado, sorrindo de um jeito bobo.
Não sei se estava sendo afetado pelos feromônios que pairavam no ar, mas pela primeira vez o vi de forma erótica.
Eu estava excitado.
Fiquei bastante perturbado com essa sensação e tratei de arrumar o quarto o mais rápido possível, saindo em seguida.
Durante a tarde, levei Alice para almoçar num restaurante do centro, onde pedimos um peixe e, de sobremesa, o sorvete de baunilha que ela tanto adorava. Quando voltamos para casa, Alice quis “organizar” a casa, falando que eu deixava tudo bagunçado. Ela ficou trocando coisas de lugar, arrumou os brinquedos, pediu para eu ajudar a trocar as bonecas de lugar no armário, enfim, tirou a tarde para brincar de dona de casa.
Tudo isso era algo novo para mim, ela nunca foi uma menina independente e resoluta como estava se mostrando hoje. Então deixei ela fazer as trocas do seu gosto, mesmo quando não concordava com o que ela estava fazendo.
Por volta das 17:00h, recebi uma mensagem do Rodrigo, perguntando se o Carlos poderia passar aqui, ele precisava que eu assinasse o recibo relativo à mudança, declarando que os móveis estavam intactos, “coisas do seguro, amigão, eu acabei esquecendo no dia da mudança”.
Respondi que estava em casa e que não teria problema algum, ao que ele acrescentou que se desse tempo passaria aqui depois, queria tomar uma para esquecer do drama da noite anterior.
A expectativa de receber meu amigo me deixou ao mesmo tempo animado e preocupado, ainda não tinha compreendido o que senti mais cedo ao trocar os lençóis da cama de Alice.
Perto do anoitecer, a campainha toca e, ao atender, vejo Carlos vestido com uma bermuda de moletom cinza e camiseta preta. Parecia estar sem cueca, ao estilo de Rodrigo, pois o pau mole estava perfeitamente visível sob o tecido.
Ele abriu um sorrisão ao me ver, apertou forte minha mão e deu um tapinha nas minhas costas, dizendo:
– Bom te ver, cara! Puxa, que casão, não vai me convidar para entrar, não? Ah, já sei, seu namoradinho tem ciúme né? Pode deixar que eu não conto pro Rodrigo – disse ele dando uma piscadinha.
Ele falava pelos cotovelos, mas era bem engraçado, fiquei desarmado e abri um sorriso, fazendo um gesto para ele entrar.
– Se tá achando essa casa grande é porque não viu a outra. Era imensa, um luxo inútil que fiz pensando em agradar a minha ex-mulher. Essa agora é confortável e bonita, sim, mas não é grande não, soh dois quartos, sendo uma suíte, sala, cozinha, banheiro.
Ele pareceu bastante curioso sobre a casa, olhando tudo ao redor e emendou:
– Mas além da casa tem uma piscina, uma área no fundo, uma sauna, é bem grande sim – sentenciou.
Observei que ele trazia um formulário nas mãos e perguntei se era o tal recibo de entrega, ele respondeu que sim e reclamou da falta de atenção de Rodrigo, “se não sou eu para manter a papelada em dia, o Rodrigo já estaria falido”.
Guiei Carlos até uma mesa branca na área da piscina, onde havia algumas cadeiras, percebendo que Alice, para me contrariar, estava sentada no chão, com as perninhas abertas, mostrando o que não devia para o convidado.
– Alice, fecha essas pernas filhinha, estamos com visita, tenha modos! – ordenei.
Ela levantou de um pulo, limpando a parte de trás do vestido batendo com as mãozinhas, e correu em nossa direção:
– Oi, meu nome é Alice – disse animada e esticando as mãozinhas para cumprimentar Carlos.
Ele abriu um sorriso, se agachou para ficar da altura de Alice, e disse:
– Que nome lindo! É nome de princesa! Já o meu nome é nome de príncipe, me chamo Carlos! Como somos da realeza, não quero aperto de mão, não. De uma princesa tão linda eu quero um beijo gostoso na bochecha – falou enquanto virava o rosto e apontava a bochecha com o dedo indicador.
Alice riu e sem rodeios deu um beijo no rosto de Carlos, que, de forma teatral, caiu de costas na grama, colocando as duas mãos no peito, fazendo o formato de coração: “estou apaixonado pela princesa, é o beijo mais amoroso que já recebi na vida”.
Os dois caíram na gargalhada e ele comentou, olhando na minha direção com uma piscadinha: “a princesa não vai mostrar o lindo castelo para mim? Parece tão lindo”.
Eu entendi o recado e falei:
Vem Alice, vamos mostrar a casa para nosso amigo.
Alice correu na direção da sauna, pulando e gritando “vem, vem, vou mostrar a sauna!”, sendo seguida por Rodrigo e por mim.
– Calma Alice, vai acabar caindo no chão, não vai se machucar de novo – ralhei com ela.
Ela diminuiu o passo e nós a alcançamos. Destranquei a porta de vidro e comecei a mostrar para Rodrigo as duas duchas que ficavam ao lado da sauna.
– Caramba, é bem grande isso aqui – comentou ele admirado.
Nessa hora Alice armou uma cena, começando a chorar:
– Eu que tinha que abrir a sauna, papai, agora não quero mais mostrar nada – e sentou no chão batendo as perninhas.
– Alice! Para com isso, você não tem mais idade para fazer pirraça – ralhei com ela de novo, em tom firme, mas ela me ignorou.
Enquanto ela se debatia, a saia do vestido ficou levantada, mostrando a xaninha da Alice, que era observada atentamente por Carlos, que instantaneamente massageou o pau sobre a bermuda, parecendo que ele ficou maior.
Ele notou que eu olhei na direção dele e tirou a mão da virilha, apontando o dedo na direção de Alice, dizendo:
– Ah não, não, não, não, princesa não pode chorar, senão perde a coroa!
Alice diminuiu o choro, prestando atenção ao que ele dizia. Era impressionante como ela parecia obedecer a qualquer um, menos ao pai dela, pensei irritado e constrangido.
Carlos então propôs:
– Por que a princesa então não me mostra o resto da casa? Só tinha a sauna para mostrar?
Ela parou de chorar e olhou com raiva na minha direção, dizendo:
– Eu mostro, mas o papai não vai, senão vai me atrapalhar.
– Deixa de besteira menina, qual o problema em mostrarmos juntos? Você não gosta do papai? – tentei fazer chantagem emocional.
Ela armou um berreiro maior que o anterior, de modo que não vi outra saída a não ser aceitar.
– Tudo bem, eu fico aqui e você mostra a casa, danadinha! Mas quero que se comporte, e acenda as luzes porque tá escurecendo – falei com ela, percebendo que as lágrimas que ela vertia logo se transformaram num sorriso de agitação.
Eba! Eba! – gritou correndo ao redor da piscina.
Carlos olhou para mim, intrigado, dizendo:
– Cara, vem junto que ela nem vai notar.
Eu que já conhecia bem minha menina geniosa, respondi:
– Eu conheço bem a peça, vai junto com ela por favor, senão o choro vai durar um bom tempo.
– Blz, vou rapidinho e volto, é coisa de cinco minutos – e deu uma piscadinha sacana.
Alice saiu puxando as mãos de Carlos, gritando “vem, vem, eu arrumei tudo sozinha hoje, tá lindo”. Ele seguiu correndo atrás dela.
Eles entraram pela cozinha e, à distância, eu gritei, “acende a luz, Alice, já tá escuro”. Logo eu vi que a luz foi acesa, observando, através do vidro da porta, ela mostrar animada cada um dos armários para um Carlos que, aparentemente, não estava muito animado com aquilo.
Eu aproveitei para acender as luzes da área da piscina, sentando-me na cadeira enquanto checava emails no celular. Vi que meu advogado havia enviado a minuta do contrato de compra e venda da antiga casa e aproveitei para estudá-la com calma sem a Alice por perto.
Eu e Suellen havíamos chegado num consenso quanto a dividir o valor, embora ela tenha feito eu ficar com uma fatia menor do dinheiro da venda: ela ficaria com 60% e eu com 40%.
Como eu não queria ter mais qualquer vínculo com ela, à exceção da minha pequena Alice, aceitei a divisão do jeito que ela propôs, mesmo sendo injusta. Não queria render o assunto.
Respondi ao e-mail do advogado sugerindo algumas alterações quanto a questões de responsabilidade do comprador e olhei em direção à casa, para ver se Alice continuava na cozinha.
A luz da cozinha havia sido apagada, indicando que ela havia saído de lá e as luzes da sala também estavam apagadas.
Fiquei um pouco receoso, principalmente porque lembrava dos comentários maldosos feitos por Carlos para mim no sábado, e decidi ir ver o que estava acontecendo.
Quando me preparava para levantar, vi as luzes do quarto da minha filha se acendendo e ela aparecendo debruçada na janela apontando para algum ponto à distância. Ela estava rindo de alguma coisa que Carlos havia falado para ela, mas eu não conseguia ouvir de onde estava. De repente, vejo ele chegar por trás dela, colocando as mãos dentro da boca para fazer uma careta, dando um susto nela ao gritar perto do seu ouvidinho. Os dois caem na gargalhada e ela se levanta, aparentemente subindo na cadeira infantil que ficava ao lado da janela.
Pela primeira vez notei o quão arriscado era deixar a cadeira naquela posição, pois a janela não tinha rede de proteção e Alice poderia facilmente cair de lá. Carlos parece ter tido essa mesma impressão, pois logo aparou o corpo de Alice com as mãos, abraçando-a por trás, fazendo um gesto negativo com os dedos e fechou a janela.
Respirei aliviado, pensando que, afinal de contas, Carlos também devia ser um cara legal.
Nesse momento notei que havia esquecido o portão aberto e fui até ele.
Caminhei numa parte menos iluminada, ao lado da sauna, para cortar caminho, e segui até o portão, quando ouço um barulho estranho vindo por trás de mim. Tive um sobressalto, olhando assustado, mas não vi nada. Continuei olhando para trás e, ao olhar para cima, na direção da casa, vi Carlos fechando as cortinas do quarto de Alice. Esperei alguns minutos imaginando que os dois fossem sair da casa, mas nada disso aconteceu.
Achei aquilo muito suspeito e decidir ir correndo até a casa, porém, ouvi novamente um barulho, dessa vez vindo do portão e, antes que eu me virasse, senti um forte puxão no peito e meu corpo caindo para trás, sentindo também minha perna esquerda ser agarrada com força, me fazendo perder completamente o equilíbrio.
Fechei os olhos e, involuntariamente, tentei levar minhas mãos para baixo, para me proteger da queda, mas senti meu corpo ser segurado e girado, me fazendo ficar tonto.
Eu entrei em desespero, quase soltando um grito de socorro, quando percebo que estou sendo carregado igual a uma criança por uma pessoa já bem conhecida.
– Te peguei princesa! – disse Rodrigo aos risos – Sério, você tá magro demais, cara, tá mais leve do que a Alice. Tem perninhas finas igual moça, precisa jogar bola comigo para ganhar um corpo.
Normalmente eu teria apelado, mas o alívio de ver que era meu amigo Rodrigo me desarmaram por completo: comecei a rir igual a um idiota.
Ele me girou de novo, dizendo:
– Tá gostando, né safada, de sentir o cheiro do teu macho! Fica tranquilo que eu te protejo, não tem ladrão nenhum aqui não, hahahaha. Aquele barulho que você ouviu era de uma pedra que eu joguei por cima do portão, você caiu igual a um patinho.
Ele estava bem suado, melando meu corpo onde tocava.
Eu tentei me soltar de seus braços, balançando o corpo, mas obviamente não tinha força suficiente para bater de frente com Rodrigo. Ele parecia nem fazer esforço para me segurar, dizendo: “já tinha falado que uma hora ia te pegar de jeito, não precisa fingir que não sabia, amorzinho”.
Não sei quanto tempo ficamos nessa brincadeira, eu talvez tivesse levado numa boa em outra ocasião, mas o cheiro de Rodrigo estava me deixando inquieto, meu pau tava reagindo a seu toque, a sorte é que eu usava uma cueca apertada e a ereção não estava visível.
Não sei se ele notou alguma coisa, porém, em dado momento, propôs, novamente em tom de brincadeira:
– Eu coloco você de volta no chão se prometer que vai tomar uma com os caras hoje no boteco, nem vem com papo de Alice não, eu arrumo a babá em dois tempos.
– Ok, eu me rendo, vou onde vocês quiserem! Vai ser bom ter um vale night de novo.
Rodrigo finalmente me colocou no chão fazendo uma reverência e me oferecendo o braço igual um cavalheiro cortejando uma donzela, mas, antes que eu fizesse qualquer coisa em resposta, falou de novo zoando: “você sabe que vou te pegar, mas não vai ser hoje não, amorzinho. Ainda sou hétero hehehe, quero dizer, ainda acho que sou, talvez abra uma exceção para você” e piscou o olho.
Ele então me deu um abraço e disse: “não fica com raiva, não, é soh brincadeira viu? Vc é 10!” e me deu um tapinha nas costas.
Ri descontraído e finalmente falei:
– To de boa cara, vou deixar passar soh dessa vez, na próxima vou moer vc na porrada – fiz um gesto apertando meu muque imaginário.
Rodrigo então perguntou:
– Fala aí, cadê minha princesa, vou dar um cheiro nela antes de ir para casa.
Somente então me lembrei que Alice e Carlos continuavam sozinhos dentro da casa. E não tinha ideia de quanto tempo fazia que eles estavam lá.

Continua

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,61 de 33 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

22 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Samurai yokozuna osss ID:71owgwmt0a

    Conto top mesmo
    Quero comprar um contos seu por encomenda , quanto custa ?, quero sugerir o tema e como entrar em contato com vc

  • Responder Jairo ID:8cipw16rhm

    Na verdade o Rodrigo é um gayzão. O conto tá ótimo. Espero que Carlos tenha tirado um sarro dela e que o Rodrigo force uma surubinha. Bom demais.

  • Responder Mogi das Cruzes. ID:on96159fij

    Podia ter explorado mais a relação dela acordada e criando um clima de cumplicidade entre os 3.
    Ta gostoso este conto.

  • Responder Papa Anjos ID:81rd46w20a

    Conto está ficando muito longo e chato, não se aguenta ler nem a metade.

  • Responder MATURED ID:19p3f4vm1

    Continua do teu jeito, tá indo bem pois nunca vi no site tantos comentários, idéias e sugestões, sinal que está propiciando incríveis fantasias nos leitores! Muito bom!!!!

  • Responder Tiago ID:477ho67im9d

    gostei da parte da chamada de video. E eles se falando ao telefone. Já a parte do Carlos ficou mal explorada. Deveria ter acontecido em um churrasco na piscina ou algo assim. Onde o pai perdesse a filha de vista com alguns convidados por alguns minutos. Podia ser o Rodrigo com Carlos e Pedro. “Brincando” com ela na piscina. Essa versão não teve a parte da piscina que por si só rende um boooom capitulo.

  • Responder Lalinha ID:gqazp1oid

    Deu uma caida esse capítulo pois tiraram a menina do Rodrigo que é a questão mais excitante, eu achava que o pai ia ajudar Rodrigo a penetrar este limpar a porra…kkkkkkk essa ingenuidade é deliciosa não gostei do Carlos entrar na história…uma pena . aguardando a próxima parte

  • Responder Sou de Natal ID:2ql4cvyd1

    Continua amigo, posta logo a continuação…. Não demora, ja ancioso pela a continuação.

  • Responder Benhur de Oliveira ID:5pmon6s8b0c

    Cara que maravilha de conto…prendeu a tenção demais… foi tudo tão bom, tudo lindo, tudo muito gostoso, e mereceu sim uma bela punheta!

  • Responder Amon ID:1wm1mknq

    Não sei se faria sentido colocar mais uma criança no conto como comentaram ali embaixo. Com a menina tem todo o motivo já desenvolvido dela precisar de um homem mais másculo por perto e por isso o pai pede ajuda, agr com outra criança teria q ter outra motivação. Mas concordo que caso tenha, poderia ser um menino. O Rodrigo daria uma ótima figura paterna, poderia ensinar ao menino coisas tipicamente masculinas e de quebra tirar uma casquinha kkk. Mas aí prefiro q fique na minha imaginação ou pra depois, se por muita coisa na história agora, vai ficar ruim e sem foco. Além de que o Rodrigo parece ser um macho alfa hetero comedor de mulher, compreensível ele se excitar com uma menina, agr com menino e homem, é outra história, só se tiver outras circunstâncias envolvidas.

  • Responder Amon ID:1wm1mknq

    Meu comentário anterior não foi enviado, então vou reescrever:

    Ótimo capítulo como sempre, senti falta da interação entre o Rodrigo e Alice, q é provavelmente a melhor coisa do conto, mas tudo bem ir com calma. Sobre o Carlos, eu até acho interessante ele ser introduzido, mas sem tirar o foco do que já está dando certo. Por enquanto ele é apenas um figurante sem mto carisma e sem personalidade definida. Acho que você poderia continuar desenvolvendo e ir a fundo no que der com o trio principal e depois explorar outros personagens, se necessário.

    Acho que os pontos altos desse capítulo foram a cumplicidade e interação entre o narrador e Rodrigo, e a cena em que o narrador ingenuamente mostra a filha por call. A possibilidade do Carlos estar se aproveitando da menina sem q o pai veja também é bem excitante, mas meio que a cena saiu de foco e foi ofuscada quando o Rodrigo chegou. Vamos ver o desenrolar! Ah, interessante ver que o macho alfa já conhecia aquele médico secreto, hmmm…

    Enfim, excelente capítulo, continue e não perca o foco. Lembre-se que nossos comentários são apenas sugestões e você é o dono da história. Não ligue pras críticas sem fundamento.

  • Responder Amon ID:1wm1mknq

    Bom, lendo os comentários vejo que tem gente que quer que o pai seja comido, por mais que eu goste da parte de “broderagem” entre os dois, acho que não ficaria tão legal colocar algo tão explícito e tirar o foco da relação com a criança. Se fosse acontecer, tem q ser com calma e sem o pai deixar de ser tapado.

  • Responder Amon ID:1wm1mknq

    Ótimo como sempre, mas senti falta da interação do Rodrigo com Alice, acho q é a parte mais excitante do conto. Achei legal a participação do Carlos mas por enquanto ele ainda é apenas um figurante, não tem o carisma do Rodrigo nem uma personalidade definida igual ele. Gostei tbm da cumplicidade enntre os caras e da cena em que o narrador mostra a xaninha da filha por vídeo chamada haha. Ahh, interessante saber que o machão já conhecia aquele médico secreto, hmm. No geral foi um excelente capítulo, continue e não perca o foco!

  • Responder Krampus ID:2ql412c8l

    O homoerotismo na narrativa é muito excitante, não acho forçado pq o Pedro é um predador e faz parte do instinto dele submeter quem ele acha mais fraco, é um toque muito bom na trama

  • Responder Carlos ID:2ql412c8l

    Concordo com o Júnior, a graça do conto é a ingenuidade do pai, é o que faz o conto único, mudar isso só deixaria a história genérica igual tantas outras. Quem não gosta desse tipo de enredo tem uma gama de opções a disposição, continue com a essência do conto sem tranformar ele em mais do mesmo, quem não gostar não é obrigado a ler.

  • Responder Comoquieto ID:830xyuf08l

    Tem um trecho q vc troca o nome do Carlos por rodrigo, mas to vendo q o negocio ta se encaminhando pra bixesualidade ou viadagem mesmo, então não faz isso ta.

    • Paizão ID:g3iw1638m

      Não demore a continuar. Faça o Rodrigo comer o pai logo, mas sempre com a igenuidade dele. O Rodrigo tem que colocar remédio no cuzinho da Alice e precisa do cú do pai pra treinar. Depois o pai ajuda o Rodrigo a comer o cuzinho da Alice. O Ridrigo diz para o pai que tem que falar sempre sacanagem e ensinar a menina, para que ele consiga ejacular. O Rodrigo convence o pai de praticar nudismo em casa e que Alice deve falar sacanagem pra sempre manter o tesão e ter sempre o leite milagroso até pro pai tb. Não gostei de meter mais um. Poderia ficar só entre os três. No máximo a terapeuta.

  • Responder Júnior Alves ID:fi05nked0

    Outra dica é: No lugar de colocar outra pessoa no conto, tipo o Carlos, acho melhor colocar outra criança, poderia ser um menino, um sobrinho até. O Rodrigo iria fazer as mesmas coisas, e o pai, sendo tio nesse caso, também iria continuar ingênuo e sem participar.
    Última dica: A psicóloga quando o pai fosse no consultório contar as novidades, ela iria se masturbar escondida em baixo da mesa enquanto falava com ele, sem ele perceber, ai você desenvolve o resto a partir disso.
    E mais uma vez amigo, não liga para esses caras comentando besteira, já que não sabem fazer uma crítica correta e só sabem falar besteira, pois eles só gostam dos contos todos iguais e sem graça, então só ignora.
    Um abraço

  • Responder Júnior Alves ID:fi05nked0

    Bom, o que tenho pra dizer sobre esse? Deu uma caída sim, principalmente pelo fato do pai ter se excitado com a situação. Acho que se ele começasse a participar iria perder todo o ponto do conto que é a ingenuidade do pai, e iria ser só mais um conto no meio de tantos. Mantenha o pai inocente e ingênuo que é melhor e mais erótico. Sobre o lance gay, não tem problema ter, mas eu acho que deveria ser sutil igual aos outros acontecimentos do conto, igual quando o pai tirou o pau do Rodrigo da frente da bunda da Alice. Coisas sutis e leves, pois acho que ele se excitar, tira o propósito do conto.
    Minha dica é: Faça a filha ficar doente, não importa como, ai levaria ela no médico e ele passava supositório pra ela, e o Rodrigo se oferecia para colocar nela, mas ele ia dizer que não estava indo muito fundo usando os dedos, então teria que usar o pau para empurrar mais fundo e quando o pau saísse dela sem querer, ele ia pedir para o pai colocar de volta porque ele ia estar segurando a Alice, entendeu, sutis e jogadas no conto de um jeito certo.

    • Natal ID:2ql4cvyd1

      Concordo com o Júnior, o conto é maravilhoso, esse realmente deu uma caida, mas deixar o pai ingênuo, acredito q esse ponto q é o diferencial do conto.
      Parabéns pelo o conto e continua logo, tenta colocar pública 2 por dia.

    • Jairo ID:8cipw16rhm

      É verdade, mas o rodrigo tem uma filha a Jojo

  • Responder Davi Souza ID:8d5n6s5zri

    Esse foi o pior de todos. É só o que tenho pra comentar.