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Diário de Mentys

437 palavras | 0 |2.60
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Este conto se passa na visão de Mantys, uma ficção.

Dedico esta escrita – carente de tudo, mas abundante em luxúria – a cada homem que me penetrou. Divertir-me-ei a relatar sobre minha carne deflorada, já sem honra, pois de mim já foi tomada minha própria mente, hei-de dar o resto de minha alma. Não se culpe por se excitar com meu martírio, meu sofrimento o combustível do seu prazer, assim como o de todos luxos.
Na mais instável emocionalmente fase da vida, a adolescente, onde mais frágil se encontra a mulher, um empasse viria a mudar minha forma de ser: Você me proveu amor e carinho a vida inteira, ao exigir meu corpo, não há argumentos lógicos para recusar. Lembro-me de seu toque, que sobre o tecido fino de minhas humildes roupas, acariciava-me as partes. Sem entender, apenas a sentir as maravilhas que um falso sentimento de carinho pode gerar pode gerar, enquanto vós degustava minha boca com sua língua, segurando minha cabeça, aprofundando-a em minha garganta.
Desnudo na cama, eu de joelhos no piso frio e áspero, frente a seu pênis, que embora não antes visto, era familiar: “Que cheiro forte!” Eu pensava, mas esse cheiro que arrombava minhas, fazia meu corpo aquecer e arder. A cada desenrolar da minha língua, a cama rangia, a cada vez que sua glande cutucava minha e eu sentia seus pubianos coçarem minhas venta, a velha cama rangia. Como não ranger? É velha, mais velha que eu.
Você não se satisfaz, não é? Estava tomado pelo instinto, mórbido de empatia. Sendo assim, implorar pela minha pureza, já desgastada, de nada adianta. Rasgou minhas roupas, como qualquer laço amoroso que tinha por mim, e empalou o fundo da minha alma, manchando os brancos lençóis com toda minha dignidade. No início eu entendia, mas agora… Seu pênis era como um estaca, não tinha mais prazer, era doloroso. Meu sangue, meus gritos, minha lágrimas, tudo! Todo meu sofrimento era seu tesão. Enfiava cada vez mais fundo e mais rápido, mordendo meus peitos. Eu tentei me mexer, revidar, mas isso só o fazia roçar as paredes da minha buceta, me dando mais prazer e culpa que qualquer coisa.
Já sem brilho em meus olhos, um orgasmo. E agora? Como reclamar se viu meu corpo contorcido de tesão pelo que eu “fingia” não gostar? Você tem razão, somos todas iguais, mesmo violadas ainda gozamos, mesmo com a mente em colapso ainda gozamos. Você tem razão, só por favor, não me abandone, pai!

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