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Vingança

2762 palavras | 2 |3.84
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Conto fictício dividido em vários capítulos. A vingança de uma família, que perdeu uma menina… Conto muito pesado.

Este conto é pura ficção. Tem partes violentas, que for sensível faça-me um favor, não leia. Está escrito na primeira pessoa, pois eu encarnei a personagem de Nelson.
Nelson jamais esquecerá o dia 17 de Fevereiro de 2018. Estava na sua loja de informática, quase
a fechar a mesma, para depois ir ao ginásio, e depois ir á escola, buscar a sua princesa, a sua filha Soraia. Ele tem 29 anos, é casado com Clara, 3 anos mais velha, ela trabalha no ginásio como instrutora. Ela é loira, olhos azuis, alta, seios enormes, corpo bem proporcionado. Ele é moreno, quase negro, alto, antigo praticante de Judo, musculado, cabelos negros, olhos castanhos, rosto magro. A sua Soraia, era uma menina loira, de olhos azuis, cabelo longo, pele branca. O seu telemóvel toca, ele sabe que é a sua esposa, atende:

– Olá, amor, estava já de saída.
– NELSON…ELES LEVARAM-NA…EELES LEVARAM-NA…. falou a Clara aos berros desesperada.
– Calma…Clara…calma… levaram quem??? Quem são eles????
– A NOSSA MENINA NELSON…ELES…LEVARAM-NA!!!!!
– QUEMMM???? A SORAIAAAA???
– SIIIMMM…LEVARAMMM—NNAAAA…
– ONDE ESTÁS, CLARA???
– NA ESCOLA, ESTOU NA ESCOLA.
– VOU JÁ PARA AI.

Nelson, desliga o telemóvel, corre para o seu carro, conduz que nem um louco até a escola onde anda a sua filha, e vê dois ou très carros da polícia. Estaciona onde calha, sai do carro e nem a porta fecha. Vê a sua esposa desesperada, a chorar agarrada a uma mulher, corre para ela. Ela quando o vê, afasta a mulher e corre para os braços dele a chorar, com voz desesperada, aos gritos:

– NELSON…LEVARAM-NA…LEVARAM A NOSSA BEBÉ A NOSSA MENINA.
– Calma Clara… quem a levou??? Eu só daqui a 2h e que a vinha buscar….
– NÃO SEI… NÃO SEI…NÃO SEI… SSSSOOOORRRRAAAAIIIIAAAAAAA… aquele grito de desespero saiu da alma de Clara, e desmaia.
Ela é rapidamente assistida, é levada pelo marido a uma ambulância, onde é avaliado o seu estado, e acharam melhor levar ela a um hospital e ser avaliada por uma equipa de médicos. Lá foi sedada, e acordou passadas algumas horas. Ao seu lado está Nelson, a segurar-lhe uma das mãos, e está a chorar.
Ela só vira o marido chorar quando falecera um tio dele que ele adorava, e quando morreu o seu cão, Tejo, que lhe foi oferecido tinha ele 10 anos, e morrera de velhice, e quando ela lhe disse que estava grávida, e quando nasceu a Soraia. Soraia…Soraia…onde estava ela??? Soraia…agora ela lembrava-se. A sua filhinha desaparecera… fora levada por alguém, da escola.

– Nelson… a Soraia…onde está…já apareceu??

Nelson, quer falar, quer contar a terrível noticia que lhe haviam dado á apenas cerca de meia hora. Mas as palavras não lhe saiam… limitava-se a olhar para Clara, e a chorar. Clara conhece bem o marido, apercebe-se que ele está desesperado… aquele desespero nunca lho tinha visto no rosto…na maneira como ele lhe apertava a mão quase a esmagando…

– Nelson…diz-me que não é verdade… diz-me que não é verdade… DIZ-ME QUE NÃO É VERDADEEEE!!!

Nelson deixa-se cair no chão, ajoelha-se, agarrado á mão da mulher, como se para ele estar a segurar a mão dela fosse a única coisa que lhe parecia real, e ao mesmo tempo desejava que não fosse realidade, desejava estar a viver um pesadelo, e acordar e ver que tudo estava como dantes. Mas não estava. Só conseguiu olhar para a sua esposa e dizer:

– Mataram-na.

Nesse dia todos os noticiários abriram com a terrível noticia. Menina de 8 anos, é encontrada morta num pinhal, toda nua, cabeça cortada, as suas vísceras espalhadas á volta do corpo, fora violada, além da cabeça cortaram o dedo grande do pé esquerdo e fora levado pelos assassinos e violadores. Ela estava no centro de um pentagrama, deito com velas, que ainda ardiam quando a polícia chegou ao pinhal. Falo no plural, pois havia marcas de várias pessoas onde a menina fora encontrada.
Passados 3 dias foi o funeral da menina, e Nelson, jurou que sera a última vez que entraria numa igreja. Se Deus permitiu que fizessem aquilo á sua menina, depois dele lhe ter pedido tanto, antes de saber da noticia, então que Deus fosse proteger os outros, a ele jamais o enganaria novamente.
Nesse mesmo dia, á noite, no quarto da sua menina, abraçado ao urso de peluche gigante que lhe oferecera quando ela fizera 4 anos, ele jurou vingança. Estava a proferir essas palavras, quando sente a mão de sua esposa no seu ombro, e lhe disse:

– É a nossa filha, meu amor. Vingar-me-ei contigo. Quero que quem fez aquilo á nossa menina sofra, quero ver a cara deles quando lhes arrancar o coração, pois eles arrancaram o meu… o nosso.
– De certeza, Clara?
– Sim meu amor. Pela nossa princesinha, que agora está sozinha, naquele buraco…a minha menina está sozinha… e eu… não a posso ajudar…

Nelson abraçou a sua esposa, e choraram os dois, abraçados, e choraram tudo que havia para chorar, pois naquela noite nasceu um novo Nelson e uma nova Clara.
A investigação policial não estava adar em nada. Parecia que quando ia avançar, algo corria mal e voltava tudo ao princípio. Com o passar do tempo, deixaram de dar notícias na televisão, os jornais deixaram de publicar noticias sobre a criança morta.
Quem nunca desistiu foram Clara e o Nelson. Investigavam por conta própria, e quando por vezes julgavam ter encontrado alguma pista, contavam á polícia, mas ao verem que a polícia cada vez menos investigava como deveria ser, passaram a não fazer isso, e guardavam as escassas provas, por vezes boatos que ouviam e iam eles por conta própria investigar.
Por exemplo, porque escolheram a Soraia? Como sabiam da rotina dela? Como a fizeram entrar no carro azul, em que a viram entrar, e depois fora encontrado a arder num outro descampado nesse mesmo dia em que ela foi morta???
Num acaso do destino, umas semanas depois da tragédia, entra um homem na loja do Nelson, com um computador para arranjar, e o Nelson, enquanto estava e tentar encontrar a origem do problema do computador, encontra um ficheiro, com fotos de pornografia infantil, a certa altura fica chocado, mesmo em pânico quando numa dessas fotos repara num sinal numa coxa de uma menina, que estava a a ser violada na sia pequena cona e no seu cu, por dois homens mascarados, um com a cara do diabo, e o outro de um cão, ela estava entre os dois, e só se via aquela perna dela, mas o sinal, era uma marca que a sua Soraia tinha. Ele quis ir ter á polícia, mas lembra-se que até agora, eles nada tinham feito. Fez uma cópia do ficheiro, ligou á sua esposa, que foi ter com ele imediatamente á loja e viu as fotos. Quando ela viu a foto, gritou bem alto:

– SORAIAAAAAA!!!!!!

E desmaiou. Acordou uns instantes depois, deitada no sofá, com o seu marido a segurar-lhe a mão. E disse-lhe:

– Nelson…a nossa menina… era a nossa menina não era???
– Sim meu amor, era.
– Ela foi…foi… violada… tu me contaste antes… mas eu não queria acreditar… e agora eu vi… olha, disse ela, vais levar o pc á polícia, e eles que prendam esse porco desgraçado que é o dono. Eles poderão ver a origem das fotos… verem de onde enviaram a foto da nossa menina a ser… a ser… aí minha filha sofreste tanto…
– Tenho uma cópia amor. Eu conheço um rapaz que é um expert em informática, ele poderá nos ajudar. Os meus conhecimentos não chegam para tentar descobrir a origem das fotos , mas ele sabe.
– Faz isso amor.

O pedófilo foi preso, e interrogado sobre os ficheiros. Ele alegou que fora eu quem os pusera no PC dele. Mas mais 5 discos rígidos em sua casa escondidos num teto falso, denunciaram-no. Foi julgado e preso, mas nada me disseram sobre a origem da foto da minha filha. Só que eles não sabiam, que eu tinha esse conhecimento. A foto fora enviada pela Dark Web, e o endereço era da França. O meu amigo havia descoberto.
Fui passado dois dias a França, mais a minha esposa, fingimos que íamos lá passar uns dias a relaxar. Mas não fomos relaxar. Fomos lá para começar a nossa vingança. Claro que não dissemos a polícia onde íamos.
Arredores de Marselha. Uma vivenda enorme, eu e a Clara estamos a vigiar ela, dia e noite á dois dias. A segurança daquele lugar é incrível, nem uma mosca lá entra sem que eles vejam. Todas as manhãs, sai um carro, conduzido por um homem, e uma mulher sentada ao seu lado, e dirigem-se para um banco, e depois saem de lá a meio da tarde. Na noite do segundo dia, eles voltam a sair, eram 22h, e dirigem-se para fora de Marselha. As certas alturas descem-se do carro, e montam-se noutro que os esperavam.
Seguem mais uns quilómetros, e entram noutra propriedade. Mas esta está menos protegida, e eu e a Clara saltamos o muro, e entramos num pequeno bosque. Passados uns minutos, vemos umas pessoas com archotes a virem direito ao bosque e pararam numa clareira. Eu e a Clara trepamos a uma arvore e escondemo-nos por entre a vegetação de folhas e ramos da árvore. Estava uma noite escura.
Um deles usava a máscara do Diabo, e uma túnica vermelha, os outros, havia 4 com uma túnica doirada e as dos restantes eram brancas. Todos usavam máscaras de demónios, uns de demónios parecidos com animais, outros com pessoas, eram no total 23 pessoas.
Um desceu o archote e desenhado no chão estava um pentagrama, que se incendiou, e no centro o homem da túnica vermelha, começou a rezar em latim. A Clara estava a segurar-me numa mão, e fazia tanta força que me aleijava, enterrou mesmo duas unhas na minha carne. A missa durou uns 20 min, e depois dois dos tunica branca afastaram-se e voltaram com alguém enrolado num tapete, que foi desdobrado no centro do pentagrama, e era a figura do diabo. No tapete vinha um amenina, loira, com uns 8 ou 9 anos, falava espanhol, e gritava assustada ao ver aquelas pessoas mascaradas, a falar uma língua que ela desconhecia, e estava ali no centro, rodeada de fogo e agarrada de modo a não poder escapar. O homem da túnica vermelha faz-lhe o sinal da cruz invertida na testa com uma tinta negra. Ela chorava chamava pela mãe, pelo pai…ou por quem a ouvisse. Debatia-se como podia. As certas alturas começaram a cantar em latim todos os membros, e a menina é agarrada, as suas pernas bem abertas, ficando mesmo escancaradas, é colocado um lençol branco no chão, em cima do tapete, e o homem da túnica vermelha aproxima-se mais da menina, levanta a túnica, e um enorme caralho é mostrado á menina que agora esta desesperada, e ele fode a cona da menina sem dó, enterrando aquele caralho enorme na cona da menina, que deu um berro, que ainda o ouço hoje em dia, aquele desespero, aquela angustia, aquela dor… a Clara quase que salta da arvore para baixo, para ir tentar impedir aquela violação, e eu tenho a mesma vontade, mas seguro-a e faço sinal para ela estar quieta. Ela olha-me desesperada, eu sei que ela está desesperada, mas se fossemos tentar impedir, o mais provável era sermos mortos. E assim não vingaríamos a nossa menina. Disse-lhe isso ao ouvido. Disse-lhe também para ela não olhar mais, mas ela não deixou de olhar. Foi quando senti as unhas dela a enterrarem-se na minha carne, na minha mão.
A menina, lá em baixo era violada sem piedade, e a certa altura o homem para, nota-se que está a esporrar-se dentro do pequeno ventre dela. Ela desmaia, talvez fosse melhor assim. Ele depois exibe aos outros o lençol, com sangue da cona da menina, e entoam uma reza em latim. Depois ela é violada pelos 4 com túnicas doiradas, mas eram 3 homens e uma mulher, que se satisfez sexualmente, mamando nas tetas minúsculas da manina enquanto era violada na cona e no cu, e depois esfregou a cona dela na cona da menina que berrava, chorava, gritava a chamar pela mãe… dentro daquela…daquela…selvajaria o que mais me impressionou, foi a menina a gritar pelos pais e a dizer:

– Porque no me ayudan???? (Porque não me ajudam?)

Imaginei a minha princesa a dizer isso, enquanto a violavam, imaginei ela a chamar-me e eu…eu não a ajudei. Nem sei como me segurei na árvore.
Ela foi violada por todos os presentes, entre homens e mulheres. Eram caralhos a entrar para dentro dela, pela cona, pelo cu, pela boca, e ela sozinha, desesperada, eram uns atrás dos outros, ela foi violada por cada um pelo menos umas 3 a 4 vezes. Chupavam os peitos dela, mordiam-lhe nas pernas, nos braços, nas nádegas… Para o fim já nem chorava, limitava-se a debater quando os caralhos a violavam na cona e no cu. Uma selvajaria.
Quando todos a acabaram de violar, o homem da túnica vermelha foi buscar um sabre, sentaram a menina no chão, ele disse alto umas palavras em latim e desferiu um golpe com o sabre, e de um golpe só, lhe cortou a cabeça. Quase vomitei. A Clara não dizia nada, aliás ela esteve 2 dias sem proferir uma palavra. Só acordava a noite, gritando o nome da Soraia, eu abraçava-a, chorávamos e adormecíamos para voltar a sonhar com aquele massacre.
Mas voltando aquela noite de horror, os da túnica doirada, agarraram depois no corpo e na cabeça da menina, puseram novamente no tapete, enrrolaram-no, e levaram-no. E a cerimónia acabou. Quando eles se foram embora, vimos uma carrinha branca a sair da propriedade, deveriam ser os da túnica doirada, com o corpo, pensei eu, e segui eles á distância no carro. No cimo de um penhasco, acenderam outro pentagrama, e tiraram as vísceras do corpo da menina, espalharam elas á volta do corpo, retiraram as máscaras e eu via cara deles, e dela. Nunca as esquecerei. E disseram mais umas palavras e foram embora. Fomos depois embora também. Pensei em ir á polícia denunciar tudo, mas a Calara segurou-me num braço, impediu-me. Ela tinha razão, o corpo da menina seria descoberto, e se fossemos nós a denunciar, para além de ser estranho, devido ao que fizeram á nossa menina, os autores ficariam já de sobreaviso. Eu e a Clara acreditávamos que alguém da polícia estava envolvido naqueles assassinatos.
Mesmo sem falar a Clara só com aquele gesto disse tudo. No dia seguinte descobriram o corpo da menina, e claro que relacionaram com o que aconteceu á minha filha.
Mas a minha atenção, a minha fúria, o meu ódio, quando vi a noticia na tv francesa, foi para uma das responsáveis pela investigação… era a mulher da túnica doirada. Via ali pela primeira vez um rosto de uma pessoa…pessoa não, de um demónio mascarado de pessoa, ali ao ver ela na tv, a falar com aquela voz sentida, a prometer que tudo seria feito para descobrir o que se passou com a menina, compreendi que a máscara ela usava todos os dias, para ir trabalhar, as compras… e a verdadeira pessoa era aquele monstro mascarado que pactuava com a violação e a morte de crianças. Olhei para a Clara, que falou comigo pela primeira vez desde aquela noite, e disse-me:

– Quero matar aquela cabra, vou fazer ela sofrer.

A minha Clara, uma mulher doce, gentil, bondosa, transformou-se num ser onde apenas a vingança lhe dava algum objetivo de vida… não a censuro, eu sinto o mesmo. Mas digo-lhe:

– Vais matar ela amor, mas antes ela vai ter que falar…tudo.

CONTINUA

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2 Comentários

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  • Responder Alefe contos ID:8d5pktxv9a

    Adorei , @alefe156

  • Responder Ocram ID:mujvgyb09

    Continua muito interessante