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Amigo Pra Frente (ou por trás) PARTE 4

1250 palavras | 1 |3.90
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O pai de Arthur não era o que poderia ser chamado de amigável, pela aparência. Alto, gordo, barbudo, cara de ogro. Tinha braços enormes, algumas tatuagens e piercings da adolescência e uma voz grave e rouca. Não era nada sutil. Se tivesse que perguntar alguma coisa, falaria na lata. Foi com essa postura que ele me abordou:
– o que vocês dois tão fazendo?

Arthur está parado atrás do pai. Mais rápido do que eu ele responde que fomos buscar as encomendas para a mãe dele, e que estavamos voltando.
– por que vocês estavam correndo desse jeito?
– por nada não pai. é que eu quero mostrar pro Rodrigo o jogo que…
– nada disso. vocês tão imundos. não vai ficar moleque fazendo sujeira na minha sala…
– deixa os meninos, Lúcio – a mãe de Arthur surge pela porta.

Para quem aprecia o corpo feminino, Dona Jaqueline era um monumento. O cabelo loiro caindo em camadas pelas costas, preso num rabo de cavalo. Os olhos claros e a boca carnuda. Um corpo malhado e provocante, os fartos seios e nádegas cobertos sempre por roupas elásticas de ginástica. O rosto duro e a voz áspera demonstram uma mulher séria, adulta e vivida, mas o corpo e a educação no tratamento com os outros demonstram uma mãe aberta e viva.
– podem bagunçar lá em cima, mas não vai estragar nada, Arthur. eu deixei uns sanduíches pra vocês, no microondas, pode comer Rodrigo, não fica com vergonha. – o sorriso dela era extremamente reconfortante pra mim, e se manteve assim por anos, mesmo com o rosto feroz.

O pai ainda tenta argumentar, e enquanto os dois discutem, algo chama minha atenção. Como um acompanhante da mãe, sai pela porta do hall o filho mais novo da família. Pedro está vestido para ginástica como a mãe. Seus tênis caros e o boné de marca não chamam tanto a minha atenção como seu doce rosto infantil. As sobrancelhas grossas imitam as dos pais, mas as bochechas coradas, a boca pequena e macia e um nariz mínimo em formato de bola sempre me quebraram. Descendo ao corpo é possível notar seus braços bronzeados, cobertos de um penugem precoce a um menino 5 anos mais novo que o irmão, macios e fortes, colados à um tronco rechonchudo. As pernas carnudas dão sustento à duas bochechas traseiras, firmes e redondas. O garoto facilmente seria confundido de gênero se fosse visto agachado, com as duas luas sempre a mostra. Segurando um celular, ele levanta a visão e retira um sorriso da cara emburrada quando seu olhar conflita ao meu.

– irmãããão – ele abraça minha cintura, colocando a cabeça colada ao meu umbigo.

Como sempre, o substantivo afetuoso causa visível irritação ao pai, ao contrário da mãe que faz uma cara debochada.
O perfume de Jhonsons Baby inconfundível que o cabelo dele exala me deixam em êxtase. As mãos frias que acabaram de sair do banho envolvem meus braços quentes. O pai fala para o mais novo parar de fazer isso, que incomoda os outros, mas eu era capaz de entender a indireta faiscante dos olhos dele.

A situação é resolvida com os pais saindo de carro com o menor (( ͡° ͜ʖ ͡°) rebolando a abundância até o carro), e nos deixando sozinhos, sem faltar antes um olhar da morte do pai e um tchau caloroso da mãe.
– você disse que eles não tavam em casa!! – disparo ao meu colega
– não, eu disse que eles iam sair.
– não você disse que eles tinham saído…
– quê? não entendi? – e foi andando em direção ao hall.

Antes de acompanhar ele, paro por um milésimo e finalmente raciocino sobre o que tinha acontecido. Meu amigo, que nunca tinha me falado nada muito íntimo ainda, acabara de me fazer um oral e me masturbar junto com ele. Um sentimento de alegria, euforia e bem estar invadiam meu coração saltitante. Minha vontade era de nunca mais sair de perto daquele garoto. Pensava em mim o beijando, sempre quis beijar um menino, mesmo nunca tendo beijado uma menina. As damas tinham perdido o sentido em minha vida desde que avia descoberto a potência do corpo masculino.
Acompanhei meu amigo até o hall, onde ele me espera pra dizer:
– Vamos de escada
– ué? por que?
– ainda tá valendo aquela aposta – me lança um desafio com os olhos e sai correndo escadaria acima.
Acompanho ele, me esforçando pra alcança-lo. Não éramos os mais fortes, mas com certeza corríamos mais rápido que todos ali no condomínio. Eu sempre fui mais rápido, então, quando acho que vou alcança-lo, o impacto do corpo dele esperando o meu nos lança no chão da escadaria. Eu caio de frente pra ele, deitado em seu peito, ele quase bate a cabeça na parede. Começamos a rir freneticamente, tentando abafar as risadas com ganidos agudos:
– você tá loco?! – indago
– *risos* aaai, você quase me matou.
Ele para de rir e me olha no fundo dos olhos. O sorriso eufórico tinha se tornado mais misterioso, assim como os olhos semicerrados que ele usava pra me analisar. Ele passa uma mão no meu cabelo, descendo para o rosto. Eu entendo tudo, e antes de qualquer coisa, avanço para seus lábios. O beijo dele me envolve. Não pensava em nada, só em tentar fazer a minha língua, a minha boca, o meu corpo, se fundir ao dele. Ele chupa minha língua com força, eu acompanho ele, competindo em quem envolve mais a boca do outro, sem né importar muito com o oxigênio nos meus pulmões. Me aproximo tanto que meu pênis encosta no abdômen dele, e isso me dá um choque de realidade: sim, sim! eu estou beijando ele! meu pau está encostando na barriga dele! será que é assim que se faz? só sei que não quero parar nunca mais!

Ele enfia a mão dentro da minha bermuda. Escorrego a mão pra dentro da dele também, e começou a acariciação, ambos quase estourando a costura das bermudas.

Então a porta de um dos apartamentos abre, e nós nos arrumamos mais rápido que dá última vez. Saímos correndo escadaria acima e só paramos quando entramos no apartamento de Arthur. Ele fecha a porta e se escora nela com as costas. Eu me recupero rapidamente e ainda mais rápido envolvo ele nos meus braços de novo. Nos beijamos por mais um tempo, até que ele separa a boca da minha, deixando fios de saliva em suspensão no espaço entre nós.
– vamo pro quarto. – concordo com a cabeça

OPORRA, VOCÊS DEVEM ESTAR PENSANDO. POR QUE PARA TODA HORA ESSA PORRA QUANDO TÁ FICANDO BOM?! É POR QUE SE NÃO EXTRAPOLA O LIMITE DE CARACTERES E EU ME FODO.

Sem brincadeira, vou enviar a última parte junto dessa, é só clicar no meu nome que você vai ver todas as partes do relato.

CONTINUA

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1 comentário

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  • Responder Anônimo ID:1czrhof5j359

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