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O Mecânico, A Criança E O Zé Mané (Capítulo 1)

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Por

Quando o tesão por uma criança transforma a vida de dois homens.

Ele tinha sete anos. Apenas sete anos, mas já despertava um tesão avassalador em mim, um homem de vinte e oito, acostumado a comer e se saciar com inúmeras bucetas, não de crianças, pois até então elas nunca me chamaram a atenção. E justo ele, um menino, um garotinho me despertou esse desejo que eu não entendia e até posso dizer que, condenava.

Pergunto-me o que existiu para que isso acontecesse? O que havia naquele menino miudinho? Ele era uma criança que há pouco era um bebê e nem os atrativos físicos aos quais meus instintos sempre responderam com ereções cavalares ele possuía. Na verdade, qual o atrativo físico que uma criança pode ter para despertar o tesão em um homem? Eu não sei responder, porém meu corpo sempre era bombardeado por descargas elétricas intermináveis que terminavam no meu pau sempre que ele chegava na minha oficina acompanhado do seu pai.

O seu pai, Rogério, é o cara que pode-se chamar sem dúvida alguma de um verdadeiro Zé Mané. Nos conhecemos desde a adolescência, crescemos no mesmo bairro. Ele sempre foi o CDF, o diferentão, o estudioso, o cara que tinha por meta estudar, trabalhar, ficar rico, casar e constituir uma família exemplar. Entretanto, parece que por mais esforços, livros e estudos a sorte não lhe sorriu, da forma plena que ele idealizava. Pode-se dizer que conseguiu uma certa estabilidade financeira, como a maioria da nossa turma. Tinha um bom trabalho, construiu uma casa, comprou o seu carro, arranjou uma mulher… e agora que as coisas entornam a sua pacata e metódica vidinha suburbana.

Acredito que a fulana, por nome Janaína, foi a primeira buceta que o otário provou na vida, isso já com seus mais de vinte anos. Uma vagabunda da melhor espécie que com certeza fez o Zé Mané chorar de tanto prazer. Não demorou muito e ela já estava morando com ele, não demorou muito e ela já estava fazendo amizade com a vizinhança, não demorou muito e ela já conhecia biblicamente muitos homens do bairro, inclusive a mim, que lhe dei muitas surras de pica aqui na minha oficina quando várias vezes veio atrás de óleo queimado pra usar sei lá em quê. Só sei que ela levava o óleo e também a buceta bem calibrada, cheia de porra, que me enchia de tesão quando depois de fodida e pingando, levantava a calcinha e dizia sorrindo “vou guardar pra o jantar dele”.

E o Zé Mané viveria o sonho perfeito quando soube que seria pai. Ficou irradiante, vivia sorrindo, cumprimentava a todos com a maior gentileza, falava com orgulho do seu futuro rebento e em como o educaria pra ser o maior e mais respeitado doutor daquela cidade. O eterno sonho de uma vida milionária ainda o rodeava. Estava tão mergulhado na sua ilusão que não percebia os comentários irônicos e debochados da maioria das pessoas.

Infelizmente tudo desmoronou na sua vida após o nascimento do bebê.

Um dia, quando chegou do trabalho, tomou nos braços o bebê que chorava desolado no berço e sentou no sofá à espera da esposa bela e recatada do lar. Imaginou que a esposa dedicada estava fazendo um jantar especial para ele, mas faltou algum ingrediente e por isso ela teve que sair apressada e deixou o amado filho sozinho em casa. Era a única justificativa para falta tão absurda. Esperou muito, esperou bastante o retorno da amada. Não gostava de importunar a esposa com chamadas ao celular, mas naquele momento se fazia necessário, visto que a demora já se prolongava por mais de cinco horas.

Mas não foi atendido em nenhuma das quase cinquenta chamadas feitas. Nas primeiras tentativas as ligações foram rejeitadas, mas depois eram automaticamente direcionadas para a caixa de mensagem.

Por fim, o medo, o pavor, o desespero, a constatação:

JANAÍNA FOI SEQUESTRADA.

Naquela noite eu o encontrei com o bebê no colo vagando desorientado pelas ruas. Eram quase duas da madrugada, estava voltando de uma balada. Parei o carro assim que vi a cena. Com certeza algo estava fora da ordem e por mais que o cara fosse um tremendo mala, não poderia fingir que não o vi em deplorável estado.

Quando eu o alcancei e o fiz parar, seus olhos estavam embotados de dor e lágrimas. Nunca vi tanta tristeza e loucura em toda a minha vida.

– O que foi que aconteceu, cara? – perguntei realmente preocupado e abalado.

Ele só conseguia balançar a cabeça, chorar e ninar o bebê apertado ao peito.

– Rogério, me diz o que aconteceu. Você tá me deixando preocupado. Cadê Janaína?

Quando fiz essa pergunta, quando falei o nome da vagabunda, foi que o cara quase se dissolveu em lágrimas. Então caiu a ficha, o corno descobriu ou pegou a cavalona montada em algum macho. Confesso que tive vontade de gargalhar. Me segurei muito pra não fazer isso. O corno otário, o Zé Mané não merecia mais humilhação do que aquela.

– Ela tá aonde? – perguntei. – Ela tá na casa de vocês?

Entre mil soluços e um desespero sem fim, ele conseguiu falar:

– Eu não sei. Eu não sei onde ela está. Ela foi sequestrada.

Naquele instante minha mente bugou, deu tela azul no meu raciocínio.

– Sequestrada?! – perguntei incrédulo.

Quem iria sequestrar a piranha da Janaína? Que loucura! Peguei em seu braço e o puxei para dentro do carro.

– Vamos pra casa resolver isso – falei.

Senti realmente pena daquele otário. Acho até que bateu um certo remorso das pirocadas boas que dei na bucetona da sua mulher e ela levava a porra pra ele tomar de sobremesa no jantar. Mas o mundo é dos Malandros, e eu nasci pra ser um. E há quem cante “malandro é malandro e mané é mané”.

Arrastei o carro naquela madrugada quente da minha maravilhosa Madureira e logo se passaram sete anos. E a polícia nunca encontrou o paradeiro da esposa sequestrada, nem ela deu notícias. Algumas más línguas até afirmam que ela foi embora com João Três Pernas, o que pode ser verdade, pois o malandro também desapareceu no mesmo dia, por sinal, me devendo um conserto.

Rogério, se era otário e abobado, depois desse maremoto em sua vida virou quase um lunático. O cara só vivia à base de antidepressivos e calmantes. Ele insistia em manter uma amizade comigo, acho que me tinha como um salvador, já que o amparei naquela madrugada fatídica. Entretanto, eu não gostava da presença dele. Na verdade, nunca fui chegado a ele, e não só eu, todos da turma sempre o evitaram. Todos se dispersavam quando ele chegava junto. Por isso, o cara passou sua adolescência toda sem um amigo, praticamente sozinho dentro de casa, onde tinha como companhia apenas uma mãe já beirando a meia idade. O pai fora vítima de latrocínio quando ele ainda era criança.

E assim, depois de todos esses acontecimentos, chegamos há alguns meses.

Mais um sábado e ele passou na oficina, junto com o pequeno Davi, apenas para fazer uma visita e me trazer mais um presente. Já tinha uma coleção de coisas que o pequeno me presenteava. Eram perfumes, camisas, bermudas, sandálias. Nesse dia em questão foram cuecas, e ele me entregou dizendo:

– Pra você usar pra dormir, meu dindo.

O garoto era um poço de doçura, e eu sempre retribuí com carinho aos seus gestos. Ao contrário do pai, eu gostava mesmo do menino. Algumas vezes até olhava pra ele e pensava “será que é meu filho?”.

E foi nesse exato momento, que ele me entregou as cuecas e me abraçou que algo mudou. Eu sei exatamente o instante que o seu cheiro penetrou as minhas narinas e despertou esse desejo desconhecido, proibido e até o momento, indecente. Foi no segundo que ele estendeu os braços pra eu o carregar, e ao fazer isso, ele cruzou as pernas na minha cintura, me beijou no rosto e deitou a cabeça no meu ombro. Me senti desconcertado diante do pai que nos olhava com um sorriso imbecil nos lábios. Mas o calor da sua pseudo cria estava mexendo com meus instintos animais. Esbocei um sorriso amarelo e disse:

– O dindo agora precisa consertar esse carrão aqui que o barão já pagou adiantado, e daqui a pouco ele vem pegar.

Tentei fazer ele descer, mas grudou no meu corpo e ainda me deu mais beijos no rosto, dizendo:

– Quero ficar aqui com você hoje.

– O dindo tem muito serviço pra fazer e não pode lhe dar atenção.

– Mas eu quero – choramingou.

– Seu dindo vai trabalhar, meu filho – o paspalho tentou convencer. – Depois ele vai lá em casa, ou você vai na casa dele. Aí vocês ficam juntos.

– Não – disse malcriado, pegando no meu rosto e olhando nos meus olhos. – Quero ficar com você. Eu fico quietinho, não vou abusar.

A vontade era pegar aquele moleque mimado e birrento e jogar pra fora da minha oficina, junto com o bundão do seu pai. Mas não o fiz e, não consegui fazer nada, apenas deixá-lo agarrado no meu tronco na tentativa de esconder o meu pau que insistia em crescer sob a bermuda sem cuecas. Os meus esforços pra que ele não endurecesse foram inúteis e logo estava parecendo uma barra de ferro que pulsava escandalosamente. Não sabia o que fazer, se deixava a barraca armar e o lesado ver, ou descia mais o garoto pra servir como escudo e esconder minha jeba na sua barriga.

Arrisquei a primeira opção e o cacete inflou na sua potência máxima. Meu coração estava disparado e já esperava um chilique do paspalho, quando vi seus olhos pousarem na minha protuberância descomunal. Penso que vi ele engoli em seco, desviar o olhar, e voltar a observar como que pra ter certeza do que via. Eu não conseguia reagir, tomar uma atitude, estava paralisado perante aquela situação constrangedora e única na minha vida.

– Deixa ele um pouco com você – Rogério disse olhando pra mim. – Depois eu venho pegar ele, ou você leva lá em casa.

O cara não me deu tempo de responder. Virou e saiu apressado, tão rápido como se tivesse visto o capeta. Fiquei com Davi ainda grudado em mim, e então, sozinho consegui respirar e analisar rapidamente a situação.

– Eu queria que você fosse meu pai – o pequeno disse olhando nos meus olhos e me fazendo carinho no rosto.

Não consigo entender por que isso aconteceu naquele dia. Muitas vezes o peguei no colo, muitas vezes recebi os seus carinhos, e nunca aconteceu nada parecido. Mas naquele dia, meu tesão pirou minha mente e meu corpo, e por mais que eu quisesse esconder ou me enganar, era tesão pelo menino. E ainda isso, era um menino. Se fosse uma garotinha eu até poderia compreender, buceta é buceta, não importa a idade, se 7 ou 70.

– Eu já sou seu dindo – respondi fazendo-o descer do meu colo, mas o moleque estava parecendo um coala agarrado no meu tronco peludo e sem camisa. Só desceu o suficiente pra agora sim, lenhar de vez comigo, pois prensou meu pau entre nós dois, e o bicho começou a se debater feito um animal enfurecido. Nunca havia sentido nada parecido. Perdi completamente o domínio da minha pica, e ela fazia e agia ao seu bel-prazer. O tesão e o prazer eram imensos, maravilhosos, divinos. Entretanto, eu não queria sentir. Não estava confortável e nem contente com aquilo.

– Mas eu quero que você seja meu pai – se agarrou ainda mais em mim. – Você é legal, meu pai é bobo e feio. Eu gosto mais de você.

– Tá – disse como única alternativa. – Vou ser seu pai, mas agora desce que eu preciso trabalhar.

– Vai ser mesmo?

– Vou. Já disse. Agora desce.

Segurou meu rosto com as duas mãozinhas e sem eu esperar, me deu um selinho, seguido de muitos outros, e dizia:

– Meu pai, meu pai, meu pai, meu pai.

– Pronto – falei sorrindo. – Chega de beijo.

– Só mais um – pediu.

– Só mais um – permiti.

E aquele último selinho foi diferente. Eu quis receber e esperei. Olhei sua boquinha, seus lábios úmidos e rosados se preparando em um biquinho pra encostar nos meus, e senti vontade de lhe beijar de verdade. Botar minha língua dentro da sua boca e sentir o seu sabor. Depois lamber a sua e chupar, com carinho, com amor, com paixão, como há muito eu não fazia. Segurei sua cabeça e encostei meus lábios nos seus e fiquei parado, sentindo sua respiração, seu cheiro. Não preciso dizer que meu pau estava estrondando entre nós dois, e o meu coração seguia o mesmo ritmo, tal qual um adolescente beijando pela primeira vez.

Toquei minha língua em seus lábios. Foi um toque suave, calmo e lento. Esperei por sua reação. Afastei um pouco, queria ver seu rosto e ele sorriu. Passei novamente a língua, sorriu mais uma vez e então colocou a sua pra fora, me imitando. Tocamos as pontas e ficamos brincando de roçar uma na outra.

Esqueci completamente que era uma criança em meu colo. Perdi a razão e o juízo. Fui pra um canto, onde ninguém nos veria, pois a oficina estava aberta e poderia entrar qualquer pessoa.

– Quer brincar assim? – perguntei.

– Hum hum – respondeu balançando a cabeça e demonstrando toda a pureza e ingenuidade que possa existir no mundo.

– Deixa eu ver de novo essa língua linda do papai.

Ele sorriu feliz ao ouvir a palavra PAPAI e fazendo charminho me mostrou somente a pontinha. Quando eu fui lamber, ele puxou pra dentro, apenas de brincadeira.

– Deixa eu ver – pedi manhoso.

Balançou a cabeça negando de uma forma absolutamente infantil, que quase me enche de culpa e me faz parar imediatamente. Mas meu pau estava ditando e comandando as minhas ações e me fez pedir de novo:

– Mostra pro papai, mostra. Só um pouquinho.

Suas mãozinhas alisaram meu rosto com imenso amor e carinho e lentamente colocou a língua inteira pra fora. Lambi uma, duas, três, mil vezes, e coloquei dentro da minha boca. Apertei seu corpo no meu, deixando meu pau louco de felicidade em ser esmagado. Sei que estava babando e molhando minha bermuda, pois sentia a umidade na minha pele.

A sensação de beijar aquele garotinho foi sensacional. Uma experiência extra sensorial que me deixou em um estado de puro prazer.

Sei que pra ele era apenas uma brincadeira, uma diversão. Ele não entendia e nem sabia o que realmente estava acontecendo ali. Não tinha a mínima noção que estava sendo molestado por um adulto que o viu nascer e dar os primeiros passos. É como afirmam, o molestador, o abusador, o predador é sempre alguém próximo. Um amigo, um tio, um primo, ou mesmo um irmão e muitas vezes o próprio PAI.

Eu não queria soltar a sua língua. Por mim ela ficaria pra sempre dentro da minha boca, me fazendo delirar, suspirar e gemer, pois inevitavelmente soltei um gemido.

– Agora faz na do PAPAI – pedi colocando minha língua pra fora.

Pensei que ele fosse negar, talvez por nojo, ou coisa parecida, mas não. Ainda brincou de encostar as pontas, e foi sugando lentamente, brincando de dar mordidinhas, até engolir toda.

Deixei ele chupando minha língua enquanto sarrava meu pau em seu corpo tão pequeno nos meus braços fortes. Queria gozar pela língua e encher de porra sua boquinha doce. Fiquei botando e tirando como se fosse meu pau entrando e saindo até tocar sua garganta.

Seu hálito, seu sabor de achocolatado estava me enlouquecendo, me transformando em um homem que eu desconhecia. E será que ele ainda existiria em mim depois que eu gozasse? Tive a resposta quando falei baixinho em seu ouvido:

– Papai vai gozar bem gostoso agora.

Ele apenas balançou a cabeça e me abraçou forte.

Apertei ele contra mim como se fosse possível nos tornar um único ser. Apertei com um tesão que nunca senti antes, com um prazer que fazia todos os meu poros se dilatarem e suar como se tivesse em uma sauna. Estava queimando dos pés à cabeça. Estava esfregando nossos corpos. Estava suspirando, ansiando, gemendo, pulsando, melando, babando…

Gozando.

Gemi, gemi e estremeci, quase quebrando seu corpinho com o aperto forte que não consegui controlar quando senti a porra jorrando sem parar. E me segurei pra não gritar, pois a vontade era berrar pra todos saberem que eu estava gozando.

– Tô gozando… Tô gozando.

Não sei por quanto tempo fiquei parado, estático, ainda sentindo seu abraço. Sentindo meu corpo desfalecendo pra depois lentamente ir voltando ao normal. E com a normalidade, a verdade. Também, a culpa e a vergonha. E a resposta:

Não, aquele ser que conheci naquele ato insano desapareceu junto com o meu tesão. Agora só restava o EU que se sentia o pior homem sobre a terra. Um crápula, um nojento, depravado e vil. Um pedófilo imundo.

Ergui o seu rosto e pedi humildemente:

– Davi, isso que a gente brincou agora, não pode contar pra ninguém. Ninguém pode saber.

– Por quê?

– Porque não pode – estava à beira do pânico. – Porque isso é brincadeira de pai e filho e ninguém pode saber.

Ficou me olhando, pensando, analisando. Cheguei a sentir medo da forma como me olhava, e então disse:

– Tá vendo que você que é meu pai? Porque aquele nunca brincou assim comigo.

Relaxei como se tivesse me livrado de uma dinamite prestes a explodir.

– Exatamente – enganei. – Nem ele pode saber. Só nós dois. Ninguém mais. É segredo de pai e filho. Tá certo?

– Hum hum – balançou a cabeça. – Tá certo. É nosso segredo.

Me olhou feliz e disse:

– Você é o melhor pai do mundo.

Recebi mais um beijo, que dessa vez teve um sabor de culpa e pecado.

– Agora você vai ficar aí quieto porque eu preciso ajeitar tudo.

– Hum hum – concordou.

Peguei em sua cintura fazendo-o pular no chão. Parou em frente a minha pica que ainda estava um tanto inchada, fazendo volume, e a bermuda molhada de porra. Olhou e perguntou:

– Você fez xixi, papai?

– Não – estava embaralhado com a resposta. – Quer dizer, foi. Não sei. Acho que é só suor. É isso. É suor.

Olhou pra o seu próprio short e constatou:

– Eu também tô suado. Igual você.

Passou os dedos sobre seu short, no lugar molhado, esfregou um no outro e disse:

– Esse suor tá grudando.

– Às vezes é assim mesmo – empurrei ele até um banco. – Agora fica aí sentado, quieto. Eu vou terminar esse carro e depois vou te levar pra casa.

– Eu quero ir pra sua.

Abri a boca pra gritar um NÃO bem alto, mas não queria prolongar aquele momento. Então dei de ombros e me afastei.

As próximas duas horas foram de puro nervosismo e agitação. Aquele episódio não abandonava a minha mente, me causando arrependimento e um certo medo. Se aquilo caísse no conhecimento público, eu estaria com a minha reputação completamente destruída. Várias vezes olhei aquele ser tão pequeno e indefeso e me perguntava, como fui capaz de fazer isso?

Por fim terminei meu serviço e logo o carro estava entregue ao dono. Troquei rapidamente de roupa, fechei a oficina e antes de sair com o moleque, falei mais uma vez:

– Lembra do nosso segredo de pai e filho?

– Lembro – respondeu satisfeito por ter um segredo comigo. – É nosso segredo, de pai e filho.

– Isso. Só nosso. Nem seu outro pai pode saber.

– Tá certo – concordou.

Joguei ele dentro do meu carro e parti. Olhando pela janela as ruas movimentadas de Madureira, perguntou:

– A gente vai pra sua casa?

– Não. Hoje não. Outro dia.

– Por que hoje não?

– Eu vou sair daqui a pouco e você não pode ficar sozinho.

– Você vai pra onde?

– Pra uma festa.

– Eu posso ir com você?

– Não. É festa de adulto – respondi já me irritando com tanta pergunta.

– Meu outro pai me leva pra festa quando ele vai.

Nesse momento tive vontade de gritar na sua cara de moleque chato:

“Seu pai te leva nas festas que ele vai porque é um otário, um tremendo pau no cu, um cuzão, um Zé Mané, um viadinho igual você vai ser, só vai em festinhas de crianças com pipoca, brigadeiro e algodão doce. Mas se você quiser eu te levo em uma festa de verdade, pra você levar muita pirocada nessa bundinha novinha, pra os crias detonarem seu cuzinho infantil. E lá mesmo você fica, largado, estuprado, lascado, arrombado e morto, seu viadinho filho de uma puta.”

Respirei fundo e contive a raiva. Liguei o som bem alto em um batidão bem sacana pra não ouvir mais aquele pirralho. Minutos depois parei em frente à sua casa. Toquei a campainha, mas não fui atendido. Insisti, chamei, gritei e nada do otário aparecer. Mas, apareceu uma vizinha fofoqueira, que é o que não falta por aqui, e me disse:

– Ele tá aí. Eu vi na hora que ele chegou. Ainda achei estranho porque ele veio sem o menino, mas agora estou vendo que tava com você. Então tá em boas mãos. E ele não saiu mais não porque fiquei prestando atenção e nem a janela ele abriu. Deve tá dormindo. Pode bater forte na porta que ele atende.

– Vou fazer isso mesmo. Ele acorda nem que eu tenha que botar a porta no chão – falei cheio de ódio.

Esse arrombado pensou que ia largar seu filho comigo e passar a tarde dormindo. Tenho cara de babá? Meu ovo!

Não cheguei a derrubar a porta, entretanto, depois de muitas tentativas de pancadas estrondosas e ter chamado a atenção de uma duzia de vizinhos, precisei meter o pé e arrombar.

Alguma coisa havia acontecido com o Zé Mané.

E lá estava ele, jogado na cama e um frasco de remédio aberto. O cuzão queria morrer.

Foi uma gritaria, um corre-corre, um desespero e logo eu estava dentro de uma ambulância acompanhando o filho da puta desacordado, mas vivo, pra o hospital.

Depois de todo procedimento que consumiu seis horas preciosas da minha vida com esse otário, voltamos pra casa dele. Eu jurei que largaria ele lá e tocaria o pé pra o meu apê, mas não sei o que estava acontecendo que continuei lhe auxiliando. Deixei ele sentado no sofá e fui atrás do moleque que tinha ficado sob os cuidados da vizinha. Depois de responder todas as suas indagações, tomei o menino no colo e dei as costas.

– Meu pai tá vivo? – perguntou triste.

– Claro – respondi com motivação. – Seu pai é forte. É quase um super herói. Ele só teve um probleminha de adulto, mas já tá tudo bem.

Realmente me importei em deixar o garoto confortável, pois percebi que ele havia ficado abalado em ter visto o pai naquele estado.

Na porta, coloquei ele no chão e logo correu pra o pai que o abraçou sem conseguir conter as lágrimas.

– Por que você tá chorando, papai?

– Por que eu fiz besteira, meu filho. Por favor, me perdoe.

– O que foi que você fez, papai?

– Eu tomei remédio pra…

– Ele tomou remédio sem olhar a data de validade – interrompi – e por isso passou mal. Agora ele precisa tomar um banho e comer alguma coisa. Não é isso, Rogério?

Ele me olhou, entendeu e disse:

– É, meu filho. Foi isso. Seu dindo tem razão. Papai precisa tomar banho e comer.

– Vá pegar uma roupa limpa pra seu pai vestir – mandei, e quando o garoto foi pra o quarto, disse:

– Não precisa ele ficar sabendo dessa besteira que você fez.

– Me desculpe, por favor – pediu. – Eu fui um fraco, um covarde, minha vida é uma merda, eu sou uma merda, não sirvo pra nada.

Eu só queria dizer que ele tinha razão, que tudo que falou é verdade, mas fiquei calado. Não ia jogar a última pá de terra sobre o moribundo.

– Vá tomar um banho que essa fossa passa – mandei.

O sacana simplesmente caiu sobre mim quando levantou do sofá. Se eu não tivesse lhe segurado, tinha se arrebentado no chão.

– Tô muito fraco – falou. – Não tô conseguindo andar direito.

– Vamos – falei lhe dando apoio. – Segura aí.

Dentro do box, encostei ele na parede e perguntei:

– Consegue tomar banho sozinho ou vai cair?

– Consigo.

– Tira a roupa. Vou ficar aqui com você.

– Não precisa. Pode sair e fechar a porta, pra Davi não entrar.

– Por que ele não pode entrar?

– Pra não me ver sem roupa.

– Deixa de ser pau no cu – falei irritado. – Deixa de besteira. Vai dizer que o moleque nunca lhe viu nu?

– Claro que não.

– Vai, cara. Tira a porra dessa roupa e toma seu banho porque eu tô quase metendo o pé pra minha casa. Vou largar você aqui sozinho com o guri.

Ele me olhou com a cara mais triste e desolada do mundo e pediu quase em lágrimas:

– Por favor, fica aqui hoje com a gente.

– Como é que é? – perguntei sem acreditar naquele pedido infame.

– Pelo amor de Deus – implorou. – Eu tô com muito medo de ficar sozinho. Não me abandone, por favor.

– Cara, isso é sério?

– Tô com medo – confessou. – Tô com muito medo de fazer besteira.

Fechei os olhos, respirei fundo e larguei:

– Puta que pariu, Rogério. Você estragou meu dia inteiro. Que porra tu foi fazer na minha oficina hoje? Lenhar com minha vida? Lascar com meu final de semana? Por acaso tá escrito na minha testa BABÁ DE MARMANJO? Puta merda, seu lenhado. Fodido do caralho. Essa hora já era pra eu tá metendo na quinta buceta, e não aqui olhando pra você e essa sua cara de corno, chifrudo, viadinho, mamador de rola. Vontade de arrebentar seus dentes tudo, fazer você tomar todos os comprimidos que tem nessa casa pra ver se você morre de vez, viado inútil, bebedor de porra.

Ele ouviu tudo sem expressar uma palavra, e quando eu terminei, simplesmente desabou em choro. Só consegui sentir desprezo.

– Viado! – falei antes de bater a porta do banheiro e sair. Quando passei pela sala em direção a porta de saída, o pequeno estava vindo com as roupas na mão.

– Papai, você vai embora?

– Eu não sou seu pai – disse com raiva. – Seu pai está lá no banheiro, chorando feito uma mocinha indefesa. Foda-se você e ele.

Saí daquela casa, na qual nunca deveria ter entrado. Entrei no meu carro e sentei. Estava com raiva, com ódio e precisava respirar. Precisava me acalmar.

– Porra! Porra! Porra! – gritei. – Porra! Porra! Caralho! Filho da puta! Filho de uma puta! Corno! Viado!

Não consegui arrastar o carro. Desliguei o motor e fiquei parado, olhando o garotinho estático na porta de casa, com as roupas do pai idiota nas mãos e as lágrimas escorrendo pelo rosto infantil e inocente.

– Você me paga, Rogério – falei antes de sair do carro e voltar para aquela casa.

Fiquei de joelhos na frente de Davi, enxuguei suas lágrimas e pedi:

– Seus dois pais tiveram um dia muito difícil. Eu perdi a paciência e falei aquelas bobagens, mas por favor me desculpe. Nunca mais falarei assim com você. Eu prometo. Vou cuidar de você e do seu pai. Você me ajuda a cuidar dele?

Ele apenas balançou a cabeça, ainda chorando, mas agora, mais por alívio. Eu o peguei no colo e entramos. Escorei a porta com o sofá e fomos para o banheiro.

Rogério estava sentado no chão, com a cabeça entre os joelhos, em silêncio. Olhou pra gente e eu estendi a mão.

– Vai ficar me devendo essa – falei baixo, olhando nos seus olhos.

Apenas concordou, balançando a cabeça, e disse:

– Obrigado.

– Toma logo esse banho e acabou o assunto – mandei.

– Eu tomo banho sozinho. Eu tô bem. Podem sair.

– Tira logo a porra dessa roupa – falei devagar e com ordem.

O cara me olhou como se eu o tivesse condenado à forca. Seu desespero era imenso. Eu não estava acreditando que aquilo era somente pelo fato de ficar nu em frente ao filho. Era um imenso absurdo.

– Tira a roupa agora – ordenei outra vez.

– Por favor – pediu quase chorando.

Davi ainda estava no meu colo e olhava atento para nós dois. Coloquei ele no chão e peguei na camisa de Rogério, desabotoando. Senti seu corpo inteiro enrijecer, como um choque. Eu não iria parar.

– Relaxe, cara – pedi, tentando deixar ele calmo. – Relaxe, está tudo bem. Tudo vai ficar bem.

Consegui desabotoar toda a camisa e tirei do seu corpo. Sempre olhando em seus olhos aflitos e tentando entender por que tanta aflição. Não era normal.

Toquei no cós da calça, corri a mão pra o botão e ele segurou.

– Deixe eu tirar – pedi, quase com carinho. – Vai lhe fazer bem.

Nunca fui muito de perceber a dor dos outros, e muito menos de me compadecer com a infelicidade alheia, mas naquele instante, dentro daquele box, senti compaixão pelo cara que, em hipótese alguma eu daria um abraço que fosse.

– Confie em mim – pedi novamente. – Sou eu, Maurício, seu amigo, padrinho do seu filho. Confie em mim.

Senti suas mãos soltando as minhas, me permitindo continuar.

Tranquilamente eu desabotoei, abri o zíper e deixei a calça cair. Faltava a cueca samba-canção florida. E não acreditei no que eu estava fazendo, tirando a roupa de outro homem pra lhe dar banho. Realmente, aquele foi o dia mais estranho de toda a minha vida. Mas permiti continuar pra ver o que mais faltava acontecer.

Puxei o cós da cueca e abaixei. Meus olhos instintivamente pousaram no lugar onde deveria existir um pau. Havia algo, mas nunca poderia ser chamado de pau. Era algo extremamente minúsculo. Do tamanho de uma falange. Então compreendi a razão da sua vergonha e temor. Me esforcei pra agir normalmente. Me abaixei e fiz ele levantar os pés para tirar as roupas por completo. Me controlei pra parar de olhar pra o seu projeto interrompido de pica, e por um instante tive curiosidade em ver duro. Se é que aquilo endurecia.

Peguei as roupas e lhe deixei sozinho debaixo do chuveiro, com a porta do box fechada. A água caiu sobre o seu corpo.

– Consegue fazer isso sozinho?

– Sim – afirmou. – Eu consigo, estou bem.

– Então eu vou na cozinha ver o que posso fazer pra gente comer – falei.

– Pode ir. Eu estou bem.

– Mesmo?

– Mesmo.

Antes de sair, ele me fez parar e disse:

– Muito obrigado por tudo.

Só balancei a cabeça e fui pra cozinha com Davi.

– Por que meu pai tá triste? – perguntou puxando minha mão.

– Ele vai ficar alegre de novo.

– Vai mesmo?

– Vai.

– Quando?

– Logo – alisei sua cabeça. – Assim que eu me organizar nessa cozinha e preparar uma comida gostoso pra gente.

– Você tá triste também?

– Não. Eu tô alegre.

– Eu também tô alegre. Sabe por quê?

– Nao. Por que você tá alegre?

– Porque você não foi embora – me abraçou apertado. – Voltou pra ficar com a gente.

Curti seu abraço em torno das minhas coxas. Sua cabeça estava encostada no meu pau e logo lembrei do que aconteceu na oficina. Instantaneamente senti uma pulsação de tesão, mas ao contrário da primeira vez, não senti culpa. Deixei acontecer, e logo estava completamente duro.

– Papai? – chamou olhando pra cima e dando de cara com meu volume pulsando.

– Diga.

– Quer brincar de segredo, igual a gente brincou naquela hora?

– Você quer? – perguntei sem acreditar.

– Eu quero. A gente brinca enquanto meu pai tá tomando banho, pra ele não ver nosso segredo, né?

– É sim.

– Venha aqui – levantei ele e coloquei sentado no balcão do armário, me introduzi entre suas perninhas, e outra vez fui abraçado por inteiro, com braços e pernas.

Colocou rápido a língua pra fora. Ele entendia que a brincadeira deveria ser rápida, que tínhamos pouco tempo. E logo eu abocanhei aquele pedacinho de carne cor de rosa e chupei. Meu pau respondia a cada chupadinha com uma pulsação e um pouco de baba.

– Chupa a minha – mandei, colocando pra fora e logo ganhei uma mordidinha carinhosa.

Apertei seu corpinho no meu pau e gemi enquanto sentia ele engolindo minha língua inteira. Dessa vez eu estava mais solto e mais confortável com a situação, mesmo tendo noção de que ele não entendia nada daquilo e tudo era uma exploração e um abuso para saciar meu tesão e me fazer explodir de prazer.

Tenho certeza que ele sentia meu pau latejando, mas me perguntei se ele sabia o que era, pois Rogério nunca ficou nu em sua frente e mesmo que tivesse ficado, o que ele tinha pra mostrar era algo muito aquém de um pau. Então Davi jamais iria assimilar que o que ele sentia duro, quente e pulsando era a pica de um adulto. A minha pica grande e grossa, que naquele instante me proporcionava um prazer absurdo, nunca antes experimentado.

Meti minha boca na sua, agora beijando-o de verdade, ou, quase beijando, pois ele só se deixava ter a boca explorada e sugada, sem saber o que fazer, nem como corresponder.

Quis aproveitar mais daquela situação, pois como há o ditado, quem está na chuva é pra se molhar, então sem ele notar, abri a bermuda e deixei o pau pra fora, o que fez o meu prazer triplicar só ao sentir o calor do seu corpinho. Pra melhorar em mil vezes mais, levantei sua blusa e deixei o pau sentir na pele a maciez daquela pele infantil e imaculada.

– Tá gostando de brincar?

– Hum hum – respondeu agarrado em mim. – Tô gostando.

Tinha que tomar cuidado quando o apertava contra mim pra não o machucar, pois seu corpinho é muito frágil. Não podia esquecer que era uma criança de sete anos me satisfazendo.

– Aperta bem o papai – mandei e ele apertou o máximo que pôde, mas já foi o suficiente pra me levar ao delírio quando fazia meu pau subir e descer se esfregando na sua barriguinha, indo do umbigo até o meio dos peitinhos.

Estava fazendo um esforço imenso pra não gemer alto e chegar até o banheiro.

Davi parecia um bebezinho agarrado e aconchegado no meu tronco. Seu rosto estava recostado no meu peito, sentindo os meu batimentos acelerados por conta do tesão imenso proporcionado por aquela situação. Beijei sua cabeça com carinho.

Usar aquele menino pra o meu prazer sexual foi uma das coisas mais inimagináveis na minha vida. Nunca pensei que um corpo tão minúsculo pudesse proporcionar um prazer tão sublime.

Com o movimento do meu corpo, a minha bermuda acabou caindo aos meus pés, me deixando nu, pois não uso cuecas. A sensação de estar despido entre as pernas daquela criança fez meu pau babar, melando e deixando na sua pele o meu cheiro.

– Você é a coisinha mais deliciosa que eu já tive na vida – falei gemendo e espremendo minha vara entre nós dois.

Me sentia livre pra fazer e falar o que quisesse, pois tinha certeza que ele não entendia nada do que estava fazendo com ele. Naquele momento ele era um brinquedo que eu poderia usar da forma que bem entendesse, e estaria sempre sorrindo feliz por estar nos braços do papai abusador.

– Papai tá quase gozando. Tá tão gostoso fazer isso com você. Você é o brinquedinho do papai. Quer sentir o papai gozando?

– Hum hum – falou dengoso. – Quero.

– Quer sentir o leite do papai?

– Que leite? – perguntou meio confuso.

– O leite que papai tem e sai quando a gente fica assim juntinhos.

– Sai de onde? Do peito?

– De outro lugar, meu amorzinho – falei sentindo a porra se acumulando. – Depois papai vai mostrar pra você de onde sai o leitinho.

Meu pau estava deslizando por toda sua barriguinha. Eu sentia como estava tudo melado, babado. Sentia o cheiro da minha pica exalando do meio de nós dois.

– Papai vai gozar muito em você – falei gemendo. – Vou deixar você todo melado, coberto de porra. Vai ficar com o cheiro da minha porra, e depois vou mandar seu pai lamber tudo, como ele sempre fez.

– Não pode xingar, papai – falou sentindo meu pau sendo esfregado na sua barriga e peito.

– É nosso segredo também. Quando a gente tá brincando assim pode xingar.

– Pode?

– Pode, meu amor. A gente pode fazer tudo. Eu posso fazer tudo com você e você pode fazer tudo comigo.

– Tá certo papai. Você pode fazer tudo comigo.

– Aperta o papai – mandei ao sentir a porra subindo. – Aperta que papai vai gozar.

Meu pau parecia que ia estourar de tanta porra que subiu numa velocidade estonteante. Só consegui dizer:

– Tô gozando.

Foi uma explosão que inundou completamente o peito do meu bebezinho.

– Tô gozando.

Sentia a cabeça da pica latejando descontrolada, as veias pulsavam quentes, os ovos se agitavam enlouquecidos. Tudo isso por causa daquele ser minúsculo, que tão pouco tempo de vida tinha, mas que estava me deixando louco de tanto tesão.

E continuou jorrando e escorrendo minha porra pela sua barriga.

Permaneci parado, sentindo as últimas pulsação da minha pica expulsando todo o resto de porra. Parecia que eu tinha morrido, ou encontrado o paraíso e nada mais fazia sentido. Meu corpo parecia ter se incendiado e as chamas ainda consumiam todo o oxigênio das minhas células. Tudo isso só pra expressar como foi maravilhoso essa gozada. E pra deixar claro que, naquele instante eu decidi que teriam outras vezes. Não iria perder aquele prazer supremo que aquela inocente criança me proporcionava, mesmo achando que tudo era uma simples brincadeira.

– Maurício?!

Ouvi a voz de Rogério bem atrás de mim. Meu sangue gelou e parou de percorrer nas minhas veias. Como deixei isso acontecer? Como não ouvi ele sair do banheiro? Como fui irresponsável. Esperei pelo escândalo, pelo grito, pela agressão. Pela facada no meio das costas. Estava nu dentro das pernas do seu filho de sete anos, e qualquer pai mataria um desgraçado desses.

Acho que passaram dez segundos, mas pra mim foi uma vida inteira até ouvir novamente sua voz:

– Maurício, tá tudo bem?

– Tá tudo bem – respondi sem conseguir sair do lugar, e nem mesmo olhar pra ele.

– Você colocou ele pra dormir?

– Coloquei – apenas respondi.

– Ele tá dormindo mesmo?

– Está – menti. – Ele está dormindo. Estava ninando ele e acabou dormindo.

– Que bom. Ele estava muito cansado com tudo isso.

Não estava acreditando naquilo. Era impossível que aquele palerma estivesse falando sério. Ninguém veria uma cena dessas e acharia que eu estava colocando a criança pra dormir. Era muita loucura da mente dele. O pior foi quando ele se aproximou e disse baixinho pra não despertar Davi:

– Olha só, você nem percebeu, mas sua bermuda caiu. O botão e o zíper devem ter arrebentado. E você está sem cuecas.

– É sério? – perguntei me fazendo de besta, tanto quanto ele, pois não era possível que aquilo fosse verdade.

– É sério. Você nem percebeu porque tava preocupado em colocar ele pra dormir. E com certeza você deve tá muito cansado também. Lhe dei muito trabalho hoje. Fico até sem graça.

– Tá tudo bem – falei olhando em seus olhos. – Somos amigos, e amigos ajudam uns aos outros. Não é assim?

– É claro.

Fiquei olhando fundo nos seus olhos e percebi que ele estava realmente sendo sincero. Estava verdadeiramente acreditando no que falava. Eu não queria acreditar que ele fosse tão idiota desse jeito. Não queria crer que houvesse alguém assim no mundo.

– Ele está dormindo – falei pra que Davi entendesse e fingisse dormir. – Pega ele pra eu me ajeitar.

Antes de me afastar, coloquei a mão entre nós dois e desencaixei o pau dos nossos corpos. Estava meia bomba e caiu pesado entre as perninhas dele. Senti que estava tudo melado, então disse, deixando que Rogério o pegasse:

– A barriga dele está toda melada de suor. Suamos muito porque está muito calor e ficamos muito tempo abraçados.

Ele passou a mão na minha porra pra conferir e disse:

– Tá muito suada mesmo. Melhor dar um banho nele.

Por fim me afastei, mostrando-me nu para aquele otário. Deixando ele apreciar uma pica de verdade. Seus olhos não piscavam, fixos no meu pau. Ainda sacaneei, enchi a mão com minha pica e bolas e mostrei:

– Olha, até meu pau e meu saco estão suados.

– É. Tá muito calor mesmo – falou ainda olhando eu balançar a pica e sentindo o cheiro forte de rola. – Melhor você tomar um banho também ou não vai conseguir dormir direito.

Nesse momento, Davi, que apesar da idade, era mais esperto que o pai, fingiu estar acordando. E logo Rogério cobriu seus olhos pra que não me visse nu e fez sinal pra eu levantar a bermuda. O que eu fiz, rindo, mas quase gargalhando daquela atitude sem noção de um homem patético.

– Eu tava dormindo – Davi disse fingindo.

– Você dormiu porque o seu dindo ficou ninando você – Rogério explicou com seu jeito de pau no cu.

– Foi – o garoto disse e ainda sorriu pra mim, confirmando que enganamos o pateta.

– Quer tomar banho com o dindo agora? – perguntei com a pura intenção de sacanear.

– É melhor não – interveio preocupado. – Primeiro o dindo vai e depois eu dou banho em você.

– Eu quero tomar banho com meu dindo – choramingou.

– Vamos obedecer seu pai – falei, pois realmente queria tomar um banho e não ia continuar ali brincando de ser escroto com aquele acéfalo. – Outro dia a gente toma banho juntos, e brinca.

Davi era antenado e logo entendeu. Sorriu e disse:

– Tá certo.

Eu ainda dei um beijo em sua testa e falei pra Rogério:

– Vá pegar uma toalha pra mim, e leve lá no banheiro.

Dei as costas e saí da cozinha.

E aquele dia ainda estava longe de acabar.

PS: Esse conto foi editado para se adequar às regras do site. A versão original foi publicada no TELEGRAM.

Quem quiser mais informações pode me encontrar no Twitter como:

@DNACoimbra

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20 Comentários

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  • Responder Benhurms ID:1d5z6vljeknu

    Nossa esse conto foi muito fantástico! amei demais….. Vai ter continuação? Por favor de prosseguimento amigo e nos brinde com mais relatos!

  • Responder lucio entrou ID:gsuyulqrd

    Daniel,vou deixar para o final meu elogio nos comentarios,ualll

  • Responder Devinho ID:ayf4pzk

    Já mandei convite no Twitter

  • Responder Cris ID:vpdiigm1

    Adoro conto de pai bobão e amigo aproveitador. Continua por favor. Como faço pra ver a primeira edição?

  • Responder Genti10 ID:mta4r19hl

    Nem terminei de falar , mas mano precisa ser tão estupido assim com o cara ?

  • Responder Daniel Coimbra ID:xlpy9g8m

    Infelizmente minha conta no Telegram foi permanentemente banida. Mas continuo no Twitter como @DNACoimbra.

  • Responder Grilexp ID:1dm4hys25m3f

    Tesão conto com muito potencial, deu muito tesão @grilexp

  • Responder lugaidvandroy ID:gnruj2dv2

    conto com potencial pra muita coisa boa ainda. você me inspirou a escrever, Daniel. em breve recomeço os meus.

  • Responder Sonhador20 ID:1epl5ubw5lwd

    Nossa, que história. Qual seu telegram amigo ?

  • Responder Redlittlekitty ID:mt95xpb09

    Esse foi o melhor conto que li no site especialmente pela escrita

    • Leo ID:ltno0f1gzz6

      Kd a continuação

    • Adimy ID:g3jmh5zrb

      Meu quero muito ler a versão original como faço pra ler
      Muito bom esse conto

  • Responder Greg ID:xgn507v1

    Gostei do conto, tem potencial pra muita putaria entre o mecânico e o menino, e pq não com o pateta do pai tbm, meter pau no cu do otário, já que ele não tem pica pra meter, tem que levar.

    • Pervão comedor ID:1edg650nt71l

      Esses últimos contos do Daniel Coimbra é a prova que ele plagiava os contos que ele publicou aqui no contos cnn

  • Responder caio ID:1e05dkpmj33l

    delícia mano, como posso ter acesso ao conto no telegram?

  • Responder Jucao ID:1dg7p43qa42v

    Maravilhoso…. Muito bom mesmo. É bem excitante. E o legal é que expressa bem a realidade. Adorei. Parabéns

  • Responder Apimentando ID:19mks78rk

    Não consegui encontrar no twitter @DNACoimbra.
    Qual o grupo no telegram

  • Responder Daniel ID:1cq9rtl4s2ow

    Fiquei com muito tesão

    • Jucao ID:1dg7p43qa42v

      Eu TB….apesar de longo.
      Não foi o suficiente pra gozar, mas realmente muito excitante.

    • Daniel ID:1cq9rtl4s2ow

      Verdade, qual seu email