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Eu e Beto, sexta feira feliz que acabou mais feliz ainda

4276 palavras | 17 |4.82
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E meu Beto se refastelou, dançou xaxado por muito tempo sobre mim, com um carinho descomunal dele comigo e meu com Ele, foi uma noite delícia a nossa, graças à Deus.
Às seis hs o pi pi pi chato do rádio relógio nos acordou, estávamos os dois nanando feito anjinhos, Ele desligou o alarme dizendo, bom dia meu menino, sorrisão no rosto, Beto de mau humor de manhã era cousa difícil de se ver, deu um tapinha em minha bunda, vá lá fazer meu cuscuz e café, depois me chama.
Coloquei as águas no fogo, fui tomar um banho, tava acabando o cuscuz, fritando bacon e ovos, café já pronto, Luciano levantou-se, bom dia meu cozinheiro preferido falou-me, levantar com esse xerinho de comida de mãe é sempre muito bom, principalmente com uma mãe linda e gostosinha igual meu menino bom, respondi rindo, o bonitão tava inspirado, não pq era dia de pagamento dos dois, sempre acordava alegre tb o danado, ali com pagamento ou não, nada faltava, aqueles dois mosqueteiros tinham crédito em todo lugar, com dinheiro ou sem, pegava-se tudo na caderneta de fiado, Beto tinha bem umas quatro, dia de pagamento tanto Ele quanto Luciano fizesse chuva ou sol, iam às compras nos mesmos lugares e acertavam tudo, até eu tinha crédito, o pessoal da Cruzeiro, Adega, Café Floresta, etc sabiam que eu era cria do Oliveira, podia pegar qq coisa se precisasse prá mim ou prá casa, os dois e o pessoal lá do fundo tb gostavam das coisas certinhas sempre, pobre só têm o nome dizia Beto, se sujar fica sem nada.
Luciano encheu duas canecas de café e foi tomar com Seu Aroeira lá no alpendre, aquele levantava cedinho sempre, quando não queria fazer café, ficava lá esperando o meu sair e fumando o pito dele acocorado no chão, danado do véio era respeitado ali por todos, de vez em quando pegava Claudionor de jeito e dava uns sermão de Pai no danado, bixo era forte, eu que o diga, sabia o quanto era, fui chamar Beto, safado quando se refastelava de noite, acordava com mais apetite ainda, levantou correndo pelado pro nosso banheiro, prepara a mesa bebê, tu acabou comigo, tou varado de fome falou-me, coloquei a cueca e macacão dele no banquinho, fui pôr a mesa, saiu do banheiro já sentando na mesa, enchi o canecão de café prá Ele, se achegue Aroeira, vem cuscuzar com nós, falou alto da mesa mesmo, Luciano e Ele entraram, deram bom dia, ae que vi seu Aroeira, tava cum short véio dele e sem camisa, todo azunhado, parecia ter brigado com uma onça.
Os três sentados, enchi o pratão de Beto, sentei tb, dormiu com gato foi, Beto disse à Seu Aroeira, ele riu respondendo, não, com gatinha que achou que era leão, já pus o bixo no lugar dele, por três quatro dias num consegue levantar da cama não, eita falou Beto, cada doido com sua mania, nem falo nada, Luciano riu tb e disse, melhor nós num se meter mesmo, eles que se entendam lá na casa de Clemente.
Eu comendo quietinho, calado fiquei, não era assunto de minha alçada como ditava Beto, enchi o prato dele de novo e voltei a comer meu cuscuz com leite e tomando café, Claudionor gritou lá no fundo, sobrou prá mim e Preá, venham falou Luciano, se acabar mlk faz outro cuscuz que eu sei, os dois entraram, levantei prá pegar prato e caneca prá eles e sentei de novo prá acabar meu café.
Luciano levantou-se, foi pro banho, os quatro ficaram comendo e conversando na mesa, ui que alívio pagamento hj disse Claudionor, já tava a zero de tudo, esse carnaval levou meus tostão tudo embora, pois eu tb tava nessa disse Beto, num fosse o mlk esta semana num tinha tomado um conhaque sequer, tava liso, pq quer né continuou Claudionor olhando prá mim e prá Beto com a cara de sem vergonha dele, cofre e chave é tudo teu meu parça, melhor parar respondeu Beto, dinheiro no meu bolso só se sair do meu trampo, outro nenhum quero, Claudionor ficou quieto, conhecia o Nego muito bem, eu tava quieto mas entendi o que Claudionor tinha dito lógico, o safado vivia tocando o mesmo disco.
Luciano saiu do banho já de macacão, e ae, vamos falou prá turma, já já disse Beto, vou passar a cartilha de hj já saímos, cartilha tava leve nesse dia, no quarto Beto falou prá mim nem entrar na Oficina, dia de pagamento o Portuga gosta de te fazer agrado, já te deu 60 mango essa semana, até prá Avô é muito, me chamo Alberto e não Claudionor né disse rindo, teje na porta da Cruzeiro às 06.05 em ponto, tou com os meninos te esperando lá, já pago o que devo e fazemos as compras prá semana, depois o Café, Mercado e Adega, tudo nos corre, as compras do mercado chegando temos que tar em casa prá receber, depois da janta vou pro Baile, depois sair de casa só Segunda feira mesmo, teu Nego precisa descansar.
Lá foi todo mundo pro trabalho, coloquei Antonio Marcos na vitrola e fui pro batente tb, dei comida pros meus peixinhos lindos, os safadinhos eu colocava a boca no vidro eles vinham me beijar tão mansinhos eram, que é a natureza falava Luciano quando via, é, agradam quem cuida deles dizia Beto, até bixo gosta de ser bem cuidado, depois fui por água e comida nas árvores pros passarinhos, ae sim fui arrumar a bagunça da cozinha e da casa toda, primeiro era sempre Beto e Luciano, depois meus bixinhos, casa ficava por último.
Como sempre hora passou que nem vi, chegaram prá almoçar, Beto com uma caixa de Azeite Gallo nas mãos, dia de pagamento o povo do cais aparecia na Oficina com tudo que tinham prá vender, azeite, bacalhau, bebidas, roupas e até cuecas gringas, tudo baratinho, peãozada fazía a festa rs, guarde duas prá Alberto, quatro prá mãe, outras são prá nós disse Beto, guardei, os dois foram tomar banho enquanto eu ajeitava a mesa, saíram, almoçamos, Luciano foi dar o coxilo dele de meia horinha, Beto foi na frente, tinha um balcão frigorífico prá aprontar e entregar naquela tarde mesmo, lá do Restaurante Baleia disse Beto.
Luciano levantou-se depois, disse que ia esperar prá descer comigo e Arizinho, vou comer a bunda desse mlk, quem não tem cão caça com gato falou rindo, só tinha doido em casa pensei quieto, Arizinho era homem que eu sabia mas Luciano e os outros, se desse moleza, comiam mesmo, tudo maluco.
Me arrumei, logo Arizinho chamou na janela, fechamos a casa e saímos os dois, viramos a São Francisco, o safado do coroa graças à Deus não tava lá no bar não, Arizinho dizendo à Luciano que gostava de rock, é disse Luciano, no Saldanha volta e meia toca uma banda de rock lá, se quiser te levo, pow, quero sim disse Arizinho animado, teu pai num regula horário prá tar em casa perguntou Luciano, nada porra, tenho 17 anos já, tenho horário prá chegar em casa não, ah assim que é bom falou Luciano, eu só vendo a inocência do meu amiguinho que mal imaginava o que o loirão tava pensando.
Perto da Oficina segui a cartilha e atravessei pro outro lado, Beto da porta fez sinal de positivo com aquele sorrisão, seguimos prá Escola, falei prá Arizinho das compras na saída, legal, eu vou com vcs pow, mercado é comigo mesmo, já ajudo a carregar as coisas.
Às aulas correram tranquilas, recreio tb, com Dirceu nem esquentava mais a cabeça, desde meus onze anos ele já me atentava mesmo, na saída da escola, Arizinho, Dirceu, Fatinha, Flora e Fauna desceram tudo comigo até a Cruzeiro onde Beto me esperava, o ponto dos quatro era em frente à escola mas gostavam de descer bagunçando pelas ruas, só iam pegar o ônibus lá longe na Praça da Rodoviária.
Quem é esse grandão que tava com vcs perguntou Beto, é colega de classe respondi, já estudava comigo lá no outro colégio, bem grandinho prá tar na tua classe né continuou Beto, parece mais eu respondi mas têm 17 anos ainda, fique de olho Arizinho falou Beto, certo mão de ferro respondeu ele, só chamava Beto assim o danado, até Beto dava risada com ele, lá entramos na Cruzeiro eu, Arizinho e os cinco mosqueteiros prá carregarem as compras, depois no Mercado o rapaz levava as coisas até em casa, lá era mais arroz, feijão e as coisas de limpeza.
Saímos da Cruzeiro carregados de delícias, passamos no Café Floresta, depois fomos pro mercadinho da Senador, depois seguimos prá Adega, lógico que aqueles cinco iam tomar umas, até Arizinho tomou dois copos de Sangue de Boi, eu tomei uma Crush só, ah Arizinho, tu gosta dum vinhozinho é falou Luciano, gosto respondeu ele, umas batidinhas doces tb gosto muito, deixe então que lá no Saldanha que não falta no bar é batidas, Beto olhou com rabo de olho prá Luciano, devia tar pensando, fdp do Mano tá querendo enrabar o mlk.
Seu Joaquim como sempre me deu um garrafão de suco de uva, sempre me dava, voltamos prá casa com Careca pedalando o triciclo carregado de garrafas junto com a gente, caraio me disse Arizinho baixinho, tua casa num tem miséria hen, têm mesmo não lhe respondi, comida e bebida rola solto.
Mal entramos, o rapaz do Mercado chegou tb, descarregou as coisas, a costelona que Beto queria praquele dia ainda, o Nego deu um agrado prá ele e pro Careca, Arizinho foi embora, volta prá jantar depois convidou Luciano, tá bom falou ele já no portão.
Ficamos ajeitando as compras, Beto jogou os cinco kilos da costela na pia, é prá hj mlk disse-me, eu já sabia que era, deixe que eu corto lek falou Luciano, não, disse Beto, quem corta é ele, muita carne prosseguiu Luciano, força muito o ombro dele, já afiei as três facas de carne ontem prá isso continuou Beto, sei o que faço irmão, meu mlk já têm o bracinho meio ruim se não usar ele, o danado acaba é afinando, deixe ele fazer o trabalho dele.
A faca tava tinindo de tão bem amolada, deixei um bom pedaço prá assar no forno no outro dia e cortei o resto prá cozinhar na lenha, enquanto eu temperava a carne, Beto acendeu o fogão à lenha, iam jantar todo mundo em casa, era sempre assim dia de pagamento, depois iam tudo pro Baile, só ia ficar em casa eu e Preá.
Miguel apareceu enfim, a semana inteira não tinha visto o danado, não tinha aparecido um dia sequer prá filar a bóia, como ele falava, chegou alegre como sempre o mulatão, alugando todo mundo, eita que meu mlk tá passando fermento na bunda disse prá mim, acho que só não passou a mão nela pq viu a carinha fechada do Nego rs, trouxe meia dúzia de cerveja, enfiou no congelador e já foi pegando uma já gelada, sentou no degrau do alpendre e foi virando direto na goela, nem oferece, educação zero disse Claudionor rindo, uai, vcs tão tudo de copo cheio respondeu o danado rindo tb, ficou lá falando duma briga num bar por causa de aposta de bilhar, duma moça da vida nova que tinha chegado no Hotel lá da Senador, as conversas de Miguel lá eram sempre as mesmas, só comigo sozinho que Ele falava coisas sérias mesmo, eu cozinhando e rindo com suas histórias da semana, e a escola nova meu garoto, tá gostando perguntou-me, é legal respondi mas gostava mais da outra, peça prá Beto te mudar de novo então falou Ele, ele que peça disse Beto entrando na conversa, quebro os rodos e vassouras da casa nas costas dele, ê cadeeiro brabo disse Miguel rindo, os dois se davam muito bem mas viviam provocando um ao outro.
Depois ficaram conversando do baile, Miguel pediu prá Preá que não ia prá dormir dentro de casa prá mim não ficar sozinho, Preá gostava de ficar vendo tv à cores mesmo até sair do ar, topou no ato,
Arizinho chegou depois, janta já tava quase pronta, bate uma champanhe lá com pêssego em calda disse Luciano escondido prá mim, teu amiguinho gosta, bati mesmo, eu tb gostava mas só tomava meio copo, já tinha muito cachaceiro naquela casa, eu não ia ser mais um me dizia o Nego sempre, tinha como enganar o danado não, no beijo o danado sabia se eu obedecia a cartilha ou não, adiantava escovar dentes, chupar supra sumo, Beto tinha um investigador na língua parecia.
Miguel gostou do Arizinho tb, meu novo amigo era de boa, falava educado, sempre alegre, parecia que tinha minha idade ainda, tinha como não gostar dele não, Arizinho ficou lá na mesa conversando com eles e bebericando champagne, toma tb me dizia de quando em vez, mal sabia ele da cartilha de Beto, ou seguia ela ou me lascava depois.
O irmão de Preá chegou, janta já tava pronta e minha novela já tinha ido embora outra vez, dia seguinte ia perturbar Vânia prá me contar tudo senão eu perdia o fim da meada, Clemente falou da moldura lá encostada na parede, vou jogar fora isso amanhã falou Beto, esse tapete sai nunca, tá doido disse Claudionor, amanhã prometo que vou buscar os pregos, o mlk tá inocente nessa, culpa é minha, bom prá ele aprender prá quem pedir as coisas continuou Beto, comigo ou outro o tapete já tava na casa do Patrão faz é tempo, esses dois vasos que eu pintei logo vão é pro lixo, os carrinheiro vão gostar, o meu xato quando engatava as coisas num parava mais, tenho que comprar terra prá eles e pegar pedrinha prá pôr no fundo eu disse, aiai falou Clemente, onde já se viu comprar terra, esse mlk vai te falir Beto, fali nada disse o Nego, tem essas idéias de girico o danado mas é menino bom, uai, têm carrinho e pá aqui, eu vou e pego ali no terreno baldio da São Francisco falou Arizinho, duas viagens e cabou o problema, amanhã ou segunda cedo faço isso, quebra essa Arizinho então disse Beto, casa bagunçada me dá nos nervos.
Tá todo ajeitado hj disse Claudionor à Clemente, vai pro baile tb, vou nada respondeu Ele, vou rangar, tomar umas por ae e voltar prá casa, nosso cabrunco tá lá cheio de febre, Aroeira véio acabou com ele, se morre acaba me dando trabalho, Seu Aroeira riu, é, safado agora aprendeu a respeitar Homem, dei mole não, disse.
Beto me chamou no cozinha, faz favor pro Pai bebê, faz um bom prato, leve com teu amigo lá em Branca de Neve antes de pôr a mesa, prometi prá Ele ontem, leva uma gelada tb, um pé lá outro aqui, fiz o prato e fui com Arizinho levar, tavam lá o negão, um motorista de caminhão e seu ajudante consertando alguma coisa embaixo da caranga, ah mlk disse Branca de Neve, Oliveira é foda, promete e cumpre, põe lá em cima do balcão prá mim, já tou acabando aqui, dá tempo de esfriar não, deixei lá e voltei prá casa, Arizinho conhecia o povo todo por alí, era rueiro o danadinho, mãe não gosta não mas meu pai diz que bixo homem têm que ser criado é solto, tem noite que rodo essa zona inteira, qq dia peço pro mão de ferro deixar tu ir zanzar comigo por ae, vamos dar muita risada, eu ri já foi na hora, Arizinho nem imaginava como era a cartilha lá em casa, nem na calçada eu pisava, que dirá zanzar de noite por ali.
Entramos, Beto tava no banho, coloquei a mesa e esperei meu bonitão sair, dei um short preto na porta do banheiro prá ele, vestiu e já chamou o povo prá entrar dizendo, costela façam o prato e cada um se sirva lá no panelão, tá quente demais prá pôr na mesa, meu fã não quis vir perguntou Beto, foi prá casa da namorada respondeu Arizinho, só volta no último ônibus onze hs, fiz o prato de Beto, quis prato fundo normal ele, senão não guentava as danças depois disse rindo, fui lá fora pôr as costelas prá ele, voltei e sentei prá comer tb, tinha nove na mesa mas Luciano já tinha trazido uma cadeira lá de fora, na mesa de dentro só tinha oito, tinha farofa, molho de pimenta, salada crua na mesa, arroz fresquinho, feijão grosso, Beto não falava nada mas via a alegria dele comigo nos seus olhos, seu bebê tinha deixado a mesa do jeito que Ele gostava, cheia de gente e de comidas, a costela tava quente e no ponto, fiquei comendo com suco de uva, eles com cerveja, Arizinho era igualzinho Wantuil e os irmãos, virava bem os copos de cerveja, ê Arizinho, manera lhe disse Beto, senão tu volta prá casa rebocado hein, coisa feia Mano falou Luciano rindo, falar prá visita não beber, deixa o garoto, se se embebedar eu carrego ele até em casa depois, Arizinho olhou prá Luciano sem camisa, aquele peitão largo e aqueles ombrão musculosos com certeza carregavam até dois dele de uma vez até em casa deve ter pensado.
Povo foi acabando de comer e indo se arrumar, Miguel foi na frente prá trabalhar, Clemente entrou lá nos fundos um pouco e foi embora tb, Preá foi prá sala ver tv, eu já tinha botado um lençol no sofá prá ele, Luciano foi lá prá mesa de fora com Arizinho e continuaram conversando e virando cerveja, e ae irmão disse Beto, vai se arrumar não, vou depois respondeu Luciano, Beto me chamou no quarto, ficou se vestindo e conversando comigo, lindo meu Nego como sempre, pôs cueca apertada verde escura, calça social azul marinho bem justa tb, camisa de manga comprida amarelinha, cintão marrom largo e sapato da mesma cor, tava um Dr meu Beto, têm homem mais bonito hj no baile bebê, me perguntou, duvido respondi, então se prepare, se der na telha antes de findar o baile tou de volta e esse boa pinta é inteiro teu, até o talo hen, uma cara de safado tava meu Beto, eu tava sentado na nossa cama, Ele chegou pertinho, virou meu queixo prá olhar prá Ele, tá sozinho não bebê, Preá tá aqui prá tomar conta, nunca mais te deixo sozinho nesta casa, tu sabe como teu Homem é, posso voltar dia claro e posso voltar na madrugada de piroca dura prá te comer gostoso, Deus que sabe, teu Amiguinho tá lá fora na boca do lobo quase, dei a dica prá ele não se embebedar não quis me ouvir, mlk é macho mas tá animadinho além da conta, prá Luciano fazer ele de mulherzinha é difícil não, tu me conhece, sabe que não aprovo essas coisas mas o cabrinha não é mais criança, três anos mais velho que tú, vou sair agora e chamar Luciano de novo, se Ele não quiser ir não posso fazer nada, Arizinho tá nas mãos dele e de Deus, só não quero reclamação de pai nem mãe aqui em casa depois, tá entendendo né, tou Nego, Arizinho é homem respondi, já já vou fechar a casa, ele vai prá casa dele tb, vou ver um pouco de tv com Preá e vir dormir, deixa a tv e vêm dormir logo, tu acorda cedo bebê, têm que deitar cedo tb, fora que se eu tiver nervoso na volta, tu vai entrar na piroca, vou te acordar com certeza, se abaixou, me deu um selo gostoso na boca, tchau minha riqueza, reza prá Luciano ir agora comigo e teu amigo se mandar prá casa dele e continuar sendo Macho, é pro bem dele mesmo.
Ele saiu, fui tomar banho, sai, botei bermuda e camiseta, os dois continuavam lá fora em conversa baixa e animada, nem fui lá, Preá tava nem ae deitado no sofá assistindo um faroeste na tv, deitei no outro, fiquei assistindo um pouco tb, não demorou muito Luciano veio sozinho até a sala só com o short justo que já tava na hora da janta, o pau grosso atravessava duro o short quase todo, o corpão musculoso arfava nervoso mostrando que tava com fome do meu amigo bem moreno que tava com ele lá fora, então Preá disse Ele, libera teu quarto lá pra mim ? tu que manda parceiro respondeu Preá deitado mesmo, só pede pro mlk trocar a roupa de cama cedinho antes de eu chegar da barca com Leuzinha, bixa é braba, se desconfiar de alguma coisa vai achar que fui eu, valeu meu parça falou Luciano, olhou-me carinhosamente, ouviu né meu menino bom, Preá é dos meus, sabe guardar segredo, não vai contar nada prá Beto nunca que eu sei, o que acontecer hj fica entre nós prá sempre, passou a mão suave entre as pernas, teu camarada tá bebinho lá fora, facinho de tudo, depende de ti se levo ele embora prá casa dele e continua homem, ou se levo ele prá cama de Preá e só sai de lá de manhã, mulherzinha de vez, se abaixou na altura do meu rosto, aqueles olhos verdes me olhando com um carinho enorme, os pêlos loiros do peito roçando minha cara quase, vamo menino bom meu disse quase sussurrando nem ligando prá Preá ali do lado no outro sofá, tu sabe o quanto te gosto e tu gosta do loirão aqui tb, num fosse tanto respeito e medo que tu tem do Mano, gosto disso, dou valor, tú já era meu tb, vamo meu meninão, levamos Arizinho em casa, voltamos e vamos direto lá prá casa dos fundos, segurou minha mão alisando meus dedos com carinho e me deu aquele sorriso doce que era difícil ver sair dele prá gente estranha, bora, tu já tá vestido mesmo, dez minutinhos nós tá de volta, vou assim mesmo, só vou por a camiseta, salva teu amigo da minha rola, em troca tu vai ganhar a melhor noite da tua vida, prometo que vai ser mil vezes melhor que nossas outras duas, passou o dedo grosso na minha testa, passando pela minha boca até o queixo, deixou ele parado ali, vamos meu menino, fique com medo de Preá não, olhei prá Ele com aquele rosto forte e dourado, os olhão verdão parecendo me puxar prá dentro deles, ele puxou-me pelo braço com carinho, vamos disse de novo, Preá deitado sem tirar os olhos da tv falou, vá mlk com o galego logo, fica tranquilo, por mim Beto nunca saberá o que acontecer aqui hj, nem precisa ir lá pro fundo quando voltarem, já já tou dormindo, vou buscar Leuzinha cedinho de manhã, meu sono é pesado, o quarto do Galegão tá ali ao lado, confia nele e pode confiar em mim tb, fiquei pensando em Arizinho meio embriagado sozinho lá fora, olhei praquele rosto lindo que conhecia tão bem, ali olhando faminto pro meu, aquela boca linda e rosada quase tocando a que meu Beto tinha beijado um pouco antes e confesso, me deu vontade, de ter minha boca engolida por aquela boca do ‘Irmão” dele também.
Eu tava que meio hipnotizado por aquele rosto que eu achava lindo e conhecia tão bem ali quase colado no meu, o xero de Homem que vinha daquele corpo musculoso, o braço fortão e musculoso apoiado em meu ombro, vamo levar teu amigo repetiu Ele com uma voz doce, fosse Aroeira ou Claudionor aqui eu não taria te chamando prá te fazer feliz minha criança, sei que depois eles iam te querer tb mas Preá é dos meus, confio nele da cabeça aos pés, vamo logo, a boca encostou e engoliu a minha, a linguona dele prendeu a minha lá dentro, era um beijo que me fazia voar feito os passarinhos do quintal parecia, eu só pensava no meio daquele redemoinho doce dentro da minha boca, Preá apesar de ser amigo de Beto há mais tempo, era muito mais camarada de Luciano do que dele, via os dois lá na casa dos fundos conversando por hs, apesar de considerar Beto seu irmão, Luciano se abria maís com aquele baixinho sempre sorridente, eram feito irmãos tb, tirou a língua da minha, com aquele sorriso doce no rosto repetiu, vamo meu menininho doce, vamos nos fazer felizes e deixar Arizinho do jeito dele continuar sendo feliz também, não ouvi nem vi nada ouvi baixinho Preá pronunciar sem tirar os olhos da tv enquanto eu levantava e calçava minhas havaianas ali jogadas ao chão.

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17 Comentários

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  • Responder Regis ID:1dak5lfrd1

    Nossa MARCOS eu adoro seus contos sempre me vejo lendo sempre histórias recheadas de amor cumplicidade sempre procuro pelos seus contos

  • Responder Baby boy ID:vpdkriql

    Agora sim 😁

  • Responder Antonimo ID:gqata86ii

    Teu conto é fantástico. Riqueza de detalhes. Ambientação perfeita de locais, época, cenários, personagens. Narrativa interessante em linguagem coloquial. inconsistências, pontuação irregular ou falta dela, linguagem indireta, tornam a leitura pesada mas sem tirar o interesse na história.

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Obrigado. Postei há pouco. Boa noite.

  • Responder Zeca ID:bcoemdd2xnf

    Que medo de ter esperança sobre isso.

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Rs.
      Boa noite

  • Responder Baby novinho ID:1evj5qygxppp

    Agora sim como esperei por esse momento

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Obrigado. Postei há pouco. Boa noite.

  • Responder Nelson ID:gp1c5kkv4

    Será?

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Rs. Postei há pouco. Abraços.

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Mas Arizinho tem que da a algum macho ai da casa tambem, Clauduinor ou Matias deveria comer ele

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Rs.
      Postei há pouco. Boa noite.

    • Baby boy ID:vpdkriql

      Não, nem todo buraco e pra levar rola, ia estragar tudo

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Finalmente o lek vai fuder gostoso com um homem que ama ele, nao demora mao tto ancioso

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Obrigado. Postei há pouco. Boa noite.

  • Responder Ca ID:fi07cbmm4

    Finalmente o Lek com o Luciano

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Rs
      Postei há pouco. Boa noite.