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Era meu inimigo. Virou meu macho

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Tesão é algo insano, capaz de derrubar até mesmo o nosso orgulho.

Na infância e adolescência eu e Carlos vivíamos caindo na porrada. Mas depois fazíamos as pazes. Sempre. Até a fase adulta, quando descobri que minha esposa estava me traindo. Isso, por si só já me deixou louco. Mas quando descobri que era justamente ele que andava comentado minha esposa, inclusive também na minha própria cama, eu fui tirar satisfação com ela e… Não sabia que ele fazia jiu-jitsu. Não fazia até a gente perder o contato. Fui parar no hospital. Perdi a mulher, a casa e o carro. Tudo no nome dela. E quem foi morar na minha casa, dirigir o meu carro e fuder a minha mulher? O próprio. Eu fiquei desgostoso da vida. Tentei me matar com uma caixa de tarja preta. Novamente acordei no hospital. Passei dez anos da minha vida tentando me reconstruir. Mas, virei alcoólatra e, num dia acabei indo dormir com um travesti sem saber, que tava na sinuca. Quando descobri, vendo aquela tromba, bati nela e fui parar no xadrez. Mais um ano conturbado. Abandonado pelos amigos e pela família. Levou dez anos para eu me estabelecer. E nesse meio tempo descobri e assumi minha bissexualidade. Depois do incidente com a trans passei a ser encarando como enrustido. E não era. Mas, um colega de trabalho, aos poucos foi me arrastando para essa nova realidade, que inclusive eu até curto muito. Então, num dia eu estava numa “casa discreta”. Todos sabem como é. Meia luz, discrição, cabines… E o destino é mesmo coisa insana. Eu fui para uma cabine. Eu adoro cabines. Chupar, engolir e dar sem fazer a menor ideia de quem está do outro lado. Mas eu aprendi a fazer um cara pirar. Como costumam dizer, meu cu parece mastigar a piroca. É uma coisa que aprendi. Mas então… Eu estava diante de uma piroca simplesmente linda. Branquinha, com a cabeça bem avermelhada e as veias sem alto relevo. Não era grande coisa no tamanho. Mas era grossa na medida e muito bem definida. Parecia até uma imagem 3d. A glande era toda perfeitinha. Um míssel. E eu maltratei na boca. E me levantei e botei meu cu lá pra ele socar. E ele era como se soubesse o que eu gosto. Era imprevisível e me arrancou vários suspiros. E eu cheguei a quase gozar levando pica. E eu queria aquele leite. E sabia que ele estava se segurando, por conta das pausas. Então eu saí e voltei a me agachar e mamei até ele gozar na minha boca. Assim que ele terminou de gozar eu decidi engolir. Não era amargo. Parecia mingau de maisena com ácido. Ele tirou o caralho e eu chamei de volta. Eu faria levantar de novo rapidinho. Me apaixonei por aquele caralho. Então ele mandou eu esperar ele na sinuca que ele ia botar a bola vermelha no meio da mesa. Com os bonés ou chapéus obrigatórias e óculos não tem como reconhecer ninguém. Então veio aquele cara e botou a bola vermelha no meio. Eu não estava na sinuca. Mas tinha outro rapaz lá. Ele pensou que fosse eu e eu fui lá. Então disse que era eu e resolvemos beber no balcão, onde tem mais luz e da outra ver melhor o rosto. E mesmo com aquele óculos e chapéu, eu logo reconheci ele. Ele não me reconheceu. Eu quase tive um troço. Senti muita, muita raiva e vontade de gritar e sair correndo. Mas consegui me segurar. Ele realmente não sabia que era eu e eu perguntei sobre ele, se era casado e taus. E ele continuava casado com aquela vagabunda. Ele começou a me encarar mais e, pela cara que fez, ele meme reconheceu e falou meu nome. Eu quase tive um treco de novo. Até pensei em fingir que não. Mas ele balançou a cabeça e começou a rir de nervoso, dizendo que não acreditava nisso. Eu não sabia o que fazer. O fato é que ele, meu pior inimigo que eu odiava do fundo da minha alma, tinha acabado de me fuder e gozar na minha boca. E eu tinha adorado aquilo. Assim que a fixa caiu, ele riu com ar de superioridade e disse no meu ouvido: “foi mal cara, mas até que tú manda bem e se não fosse você, eu ia querer te comer a vida toda”. Eu não sabia o que fazer. O cara que fudeu a minha mulher e a minha vida… Mas o pior é que eu senti tesão na situação, antes dele saber que era eu, e no que ele disse depois de saber. Eu paguei as fixas e fui embora. Mas ele apareceu do meu lado e segurou na minha mão, perguntando se eu gostei. Eu puxei a mão e continuei andando. Então ele me segurou e disse que queria mais e que se eu fosse mulher, que ele ia botar um filho na minha barriga. Eu senti ódio, vergonha, medo, mas também um tesão surreal. E fiquei ofegante. Ele me segurou firme, me deu um puxão e me beijou e eu até tentei resistir. Mas acabei subindo. Desde então eu me tornei o amante dele. E a gente se entende na cama pra caralho! Que ironia do destino.

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