# # #

Meu primo me zoa, mas toda hora roça piroca em mim

6070 palavras | 8 |4.41
Por

Primo escroto adora me infernizar, mas eu sempre desconfiei que esse comportamento dele fosse por outra razão… Será?

Eu convivo com meu primo Hiago desde que a gente era novinho e posso dizer que já naquela época eu não era muito fã das zoações que o babaca fazia quando queria me tirar do sério. Meus pais moravam poucas ruas depois da minha tia e nós passávamos praticamente todos os dias frequentando a mesma casa, porém eu tentava ficar mais na minha, pois sou tímido e introvertido, enquanto o Hiago é meu extremo oposto, totalmente extrovertido, falador, brincalhão e hiperativo. Por exemplo, eu lembro da vez que tinha, sei lá, uns 13 anos de idade, tava sentado sozinho na escada do lado de fora da casa, aí surgiram meu primo e dois colegas mais velhos da rua. Logo soube que vinha problema, tentei levantar, mas um deles me travou com o corpo e me impediu de sair.
– O que vocês querem dessa vez? – falei primeiro.
– A gente só quer subir a escada, nada demais. – foi o Hiago quem respondeu. – E tu tá no caminho, priminho.
– É só pedir licença. – fui claro.
– Pedir licença? Que coisa de baitola, moleque. Tu é frutinha, é? – meu primo me cercou no canto da parede e chegou com o corpo muito perto de mim. – Responde, porra, tô falando contigo.
– Não, não sou. Por que você se importa tanto com isso, Hiago?
– “Por que você se importa tanto com isso, Hiago?” – o puto me imitou, abaixou meu short na frente dos amigos e saiu correndo pra parte de cima da escada junto deles, todos rindo da minha cara e do fato de eu ficar nu e sem graça em pleno quintal. – HAHAHAHAHAHA! Deixa de ser frango, moleque! Tu é homem ou é um rato, porra?!
– Aff, vai se foder! – xinguei lá de baixo. – Bando de otário.
Tem gente que diz que é coisa de pré-adolescente ou de adolescente querendo aparecer e se achar na frente dos colegas, há quem chame de bullying, eu só sei dizer que detestava a perseguição que o filho da puta do Hiago praticava comigo desde que éramos novos. Sim, perseguição mesmo, porque eu poderia estar no meio de uma multidão, não importa, meu primo descobria onde eu tava e me escolhia a dedo pra ser seu alvo de piadinhas e zoações de mal gosto. E como convivíamos juntos quase que diariamente, a passagem do tempo nos transformou em jovens que não se davam muito bem. Quero dizer, nos 18 anos de idade, já maiores, até que a gente não brigava dentro de casa, mas porque eu preferia ficar distante dele o tempo todo, caso contrário o Hiago passava o dia me infernizando e tentando tirar sarro da minha cara na frente dos colegas.
– Vem cá, você não tem mais o que fazer, não? – perguntei pra ele uma vez.
– Tenho. Infernizar você é meu esporte favorito. Gehehehehehe! – aí meteu o dedo no meu ouvido pra me irritar.
– Sai, garoto! Me deixa em paz, porra! Vai procurar uma mina.
– Já encontrei, viado. Tu não é viadinho, primo? Então, porra, tu vai ser minha mina a partir de hoje. – aí quis tirar sarro e me encoxou de propósito. – Aqui, ó?
– METE O PÉ, PORRA! – tentei dar um soco nele, acertei seu braço, mas o arrombado resistiu e não parou de rir perto dos amigos. – Que saco! Você cresce e não muda, né?
– “Você cresce e não muda, né?” – é claro que ele me imitou com a voz propositalmente afeminada, em seguida apertou o volume do pau na mão e apontou pra mim, como se me oferecesse sua tromba. – Quer que eu te mostre o que foi que cresceu, seu viadinho? Por isso que meu apelido é Pernalonga, tu tá por fora. Baba não, otário.
– Babar? Por você? BAHAHAHAHAHAHAHAHA! – foi minha vez de gargalhar em deboche. – Até parece! Você se acha, Hiago.
– Por que tu acha que meu apelido é Pernalonga, moleque? Fala tu. – insistiu no papo do apelido.
– Não quero saber, cara. Só quero que você saia daqui, feche a porta e me deixe em paz, porque eu tenho que acabar de estudar pra prova, pode ser?
Sem ter o que fazer, o puto pegou as folhas que eu tava lendo, jogou pro alto no quarto, saiu correndo e bateu a porta pra não me dar tempo de alcança-lo. Na moral, que garoto insuportável. Chegou aos 18 anos, mas o comportamento ainda era o de uma criança chata, não havia outra forma de falar do meu primo. E olha que o Hiago não era feio, só era chato pra um caralho mesmo, do tipo que eu não aguentava ficar nem um minuto perto. Seu corpo estava entre o magro e o taludo naquela época, a pele clara, o cabelo castanho, enroladinho e curto, bigode cortado fino, sem barba, a maior cara de safado, as pernas peludas, pés 44, 1,79m de altura e, sei lá, talvez uns 80Kg. O que o ajudou a desenvolver o físico foi ter entrado na academia, mas o cretino continuou implicante, chato e zoador comigo sempre que me encontrava, ou seja, todos os dias quando eu ia pra casa da minha tia.
– Qual foi, priminho. Tudo de boa? – ele voltou do treino com os parceiros, me viu lendo na varanda e preparou a primeira piada do começo de tarde.
– Tô bem, e você? – fui educado demais com o pilantra, erro meu.
– Tô suave também. Não como você, mas gostaria. Hehehehehehe!
Trocadilhos de duplo sentido eram o foco do Pernalonga.
– Se liga, por acaso tu sabe se cachorro que late na água também “lá te em terra”?
– Não sou veterinário, palhaço. – respondi afiado, dei um suspiro e logo soube que minha paz estava terminada com a chegada do trio.
– Tô ligado que tu não entende de bicho, só de bicha. Mas dá o papo, e se tu tá num navio com o teu cachorro chamado Nabunda e o navio afunda, tu leva Nabunda ou tu deixa Nabunda?
Qualquer uma das respostas terminaria em gastação em cima de mim, era uma armadilha. Então pensei rápido e não dei brechas.
– Nabunda nada.
– Boa. E qual é o aumentativo de dacueba?
– Dacuebaço. – mantive o nível.
– Quem nasce em Tilambuco, é o que? – mais uma tirada rápida.
– Tilambuquino. – só que eu já tinha anos de prática resistindo ao Hiago.
– Tu pinta “comeu” pinto?
– Claro que não, não sou pintor. – cruzei os braços, meio puto.
– E verdura, curte? Hehehehehe!
– É sério que você passa horas memorizando essas porras só pra me gastar, é? Tá me dando atenção à beça, depois eu que sou o viado. – provoquei.
Ele obviamente não se deu por vencido e exercitou o extenso acervo de piadas de duplo sentido que reservava apenas para lidar comigo.
– Se um saco tem dez laranjas e tu chupa uma laranja por minuto, quanto tempo tu acha que demora pra chupar o saco inteiro, viado?
– Ah, vá! Até parece que eu cairia num bagulho sem graça desses, Hiago.
– Mas tu tem dado em casa?
– Nunca. Não tenho paciência pra joguinho de tabuleiro.
– Sei. Se tu fizer um churrasco, tem problema eu entrar com a linguiça?
– Não vou fazer churrasco nenhum, idiota. Que mente insuportável, Deus!
– E leite, tu prefere de caixa ou de saco? Hehehehehehe!
– Não tomo. Vai continuar nessa perturbação, chatice?
– Se liga, moleque, por acaso tu sabe fazer vitamina?
– Pra que você quer saber? – desconfiei.
– Bate uma pra mim com “um mamão”? Hehehehehehehe!
– BAHAHAHAHA! – é claro que os outros colegas gargalharam junto dele.
– Mereço. – suspirei, revirei os olhos e bufei, mas nem assim ele desistiu.
– Vou preparar um café. Tu prefere na máquina ou no coador é mais forte?
– “No cu a dor é mais forte.” – pensei comigo antes de responder e entendi a artimanha de duplo sentido na frase dele. – Não tomo café, moleque. Agora vê se sossega a porra do facho, que eu tô tentando me concentrar aqui.
– Já é, vou te atrapalhar mais não. Mas ó, o negócio que tu me pediu continua de pé, só esperando uma posição tua. – segurou o volume da pica no short, balançou pra mim e caiu na gargalhada com os amigos.
– Aff, vai se foder, vai? Babacão. Arranja uma mina pra amolar, porra!
Mas é claro que às vezes eu acabava caindo nas tramoias, porque sou meio sem paciência pra piadas e ele também tá sempre inventando um jeito novo de me pregar gracinhas.
– Aproveita que tu é nerd e bom de matemática e ajuda a gente a resolver um lance da resenha, primo? – o sem vergonha pediu e escondeu o riso cínico.
– Que resenha? – fiquei curioso, assumo.
– A resenha que tamo planejando pro fim de semana. Nossas conta tão batendo errado na bebida e no churrasco, tá ligado?
– Hmm, fala. – dei bola.
– Tipo, eu convidei umas vinte cabeças e comprei uma peça de cinco quilo de carne, tu acha que dá pra “vinte comer”?
– Cinco quilos, vinte pessoas? Pô, sou péssimo de conta, mas acho que dá sim. Considerando que vai ter mais coisa, né? Frango, pão de alho, maionese, farofa. Dá sim.
– Dá pra vinte comer?
– Dá.
– Dá pra vim te comer tranquilão, tem certeza? Sem neurose?
– Dá, pô. Mas é número exato, não vai sobrar. Entendeu? – tentei explicar.
Foi quando o arrombado passou por mim na varanda, eu achei que ele fosse entrar pra sala, mas Hiago estacionou atrás do meu corpo, pôs as mãos na minha cintura e roçou a giromba na minha bunda de propósito e com vontade, arrancando muitas gargalhadas dos amigos no portão. Como os três tinham acabado de voltar do treino da tarde, o suor do meu primo passou pra mim, bem como seu cheiro e a quentura física, e aí eu preciso confessar que levei uns segundos a mais até reagir e demonstrar que fiquei puto com aquela brincadeira tosca.
– Aff, vai tomar no cu, Hiago! E eu aqui pensando que você tava falando sério, francamente. Chato a vida toda, meu Deus!
– Bahahahahaha! Tu que é lerdão, moleque. Além de viado, é lerdo. Foda.
– Me deixa em paz, vai? Chegou agora do treino, tá suado, vai tomar teu banho.
– Vou sim, pode deixar comigo. – e foi mesmo, mas antes ele tirou a blusa ensopada de suor e jogou na minha cara.
– NOJENTO DO CARALHO! – corri atrás dele na mesma hora.
– Tô ligado que tu gosta, putinho! BAHAHAHAHAHAHAH! – o cuzão correu pro banheiro, trancou a porta e eu não consegui alcança-lo.
– Seu cuzão, uma hora você vai ter que sair daí de dentro. – não deixei barato e gritei na porta.
– Dá licença que eu vou lavar o Pernalonga, priminho. Valeu. Hehehehehe!
– Idiota.
Ainda fiquei alguns minutos escutando o banho dele, mas perdi a pouca paciência que tinha e saí dali, voltei pra varanda pra tentar terminar de ler. Como eu disse, a passagem do tempo fez a minha convivência com meu primo se transformar num eterno jogo de gato e rato entre piadas de duplo sentido, brincadeirinhas de mal gosto e zoações fora do comum. E a longo prazo isso foi péssimo, porque normalmente ele fazia as gracinhas na frente dos amigos e até seus colegas foram se sentindo confiantes e tentados a me tratarem do mesmo jeito que o insuportável tratava.
– Qual foi, viadinho, já preparou meu pós-treino? Teu macho tá cansado, quero comer. – o babaca me deu um tapa na bunda quando me viu outro dia na cozinha.
– Começa não, chato.
– Preparou ou não o meu café?
– E quem disse que eu trabalho pra você, seu escroto? – respondi afiado.
– É essa porra mesmo, viadinho do caralho! – um dos colegas dele entrou na pilha, me gastou e deu um tapa na minha bunda nesse instante.
– Ih, qual foi? Tá perdendo a noção, moleque? – foi o próprio Pernalonga quem reagiu. – Tá pensando que tu tem intimidade pra mexer com o meu primo, é, cuzão?! Se toca, porra!
– Ué, mas ele não é viadinho?
– E daí?! O primo é meu, porra, só eu posso zoar, arrombado!
– Ah, vai se foder, Hiago! Tomar no cu-
Do nada o meu primo pulou pra cima do colega, o segurou pelos ombros e meteu um botadão de mão fechada no queixo do infeliz. Antes de qualquer reação, o outro amigo deles me olhou, eu também o olhei, a gente ficou sem entender nada do que aconteceu, porém corremos pra apartar a briga e impedir que a dupla se arrebentasse bem diante dos nossos olhos. Essa foi a primeira vez que vi o Pernalonga me defendendo e confesso que me senti diferente, de um jeito que nunca experimentei antes. Até na hora que o sem vergonha tava fazendo curativos no espelho do banheiro eu tive que parar pra ver e acreditar no que tinha acontecido minutos atrás.
– Tá olhando o que, viadinho? – ele mandou na lata.
– Cara, você é sem noção demais. Olha pro seu rosto, Hiago. Valeu à pena a violência gratuita?
– Tá maluco de deixar aquele vacilão te xingar de viado?! Duvido, pô.
– E desde quando viado é xingamento?
– Oh, não começa de viadagem, não, já é? Fiz o que tinha que fazer, só isso. Se adianta.
– Não te entendo. Você não fica o dia inteiro me chamando de viado na frente dos seus colegas? Qual é o problema do seu amigo fazer a mesma coisa?
– O problema é que tu é meu primo, não primo deles. Se aquele trouxa quiser, ele que vá perturbar os parentes dele, não os meus. Entendeu ou quer que desenhe, seu cheira pica? – parou de fazer o curativo e me olhou nesse momento, sério, esperando pela minha resposta. – Qual vai ser? Respondido?
Mas não consegui dar uma resposta de imediato, porque de repente entendi o porquê do comportamento do primo Hiago comigo. Todas as suas zoações eram sinônimos de sinais. Sinais masculinos, sinais físicos de aproximação, porque tudo que ele queria comigo era contato. Você já parou pra pensar como os homens no geral não são acostumados a tocar com o corpo todo em outros caras? A não ser em momentos específicos de euforia, tipo uma comemoração de gol no futebol ou durante uma luta de judô no tatame, mas fora isso é só aperto de mão ou então um abraço, uma batida de ombros, coisa e tal. E beijo, então? Entre homens? Muito raro, é só entre parentes e olhe lá. Levando tudo isso em conta, o que meu primo mais queria comigo era contato, por isso me roçava, me encoxava e me apertava com seu corpo sem desculpa de comemoração de gol ou de treino de judô. Entendi tudo como num estalar de dedos, demorei a responde-lo e passei vários minutos analisando seu jeito sério, revoltado e meio sacana de fazer curativos nos ralados do queixo.
– Perdeu o olho em mim, viado? – foi ele quem me tirou do transe.
– Sabe por que você fica me zoando o tempo todo de viado?
– Ah, pronto. Lá vem. Tô ligado não, por quê?
– É porque no fundo você quer que eu seja viado.
– Cheirou pó, moleque? Se foder, porra, fala coisa com coisa.
– Tô falando sério! Você nunca ouviu da minha boca se eu sou gay ou não, deve ser por isso que fica me perturbando, pra ver se eu te conto. Você quer que o seu priminho aqui seja viado, hoje eu tive a prova disso.
– Tá me gastando, só pode. Me respeita, porra!
– Eu sei o que você tá procurando comigo, Hiago. Só toma cuidado, porque agora a gente não é mais criancinha, já é? Se você procurar muito, uma hora vai acabar encontrando. – nem sei de onde tirei confiança suficiente pra mandar tão na lata assim, só sei que pensei no quanto estava acostumado a ouvir as zoações dele, respirei fundo e não perdoei. – Vai encontrar a resposta que você tanto quer ouvir de mim. Vou matar a sua curiosidade qualquer dia desses.
Manjei o volume da rola do safado no short e foi a primeira vez na vida que vi Hiago Pernalonga tímido. Seu rosto corou, ele se enrolou nas palavras, botou a mão na frente do corpo, apertou a ferramenta e tentou escondê-la do meu campo de visão. Inédito, nunca vi meu primo bancando o tímido antes, até porque normalmente era ele quem me constrangia, quem tirava sarro da minha cara e quem me fazia querer ficar longe dele.
– Tá maluco, cuzão! Vai se foder, porra! Rala daqui.
– Tô falando é muito sério. Espera só. Paga pra ver.
– Vaza, viado! – bateu a porta do banheiro e me deixou sozinho do lado de fora, mas eu sei que ele continuou pensando em tudo que falei.
Sinto que recentemente o pivetão começou a pegar mais pesado nas brincadeiras comigo. Da academia, o Hiago foi pros treinos de judô e passou a me dar uns sustos repentinos que sempre me deixavam arrepiados e sem reação. Teve uma vez que eu tava sozinho na cozinha de noite preparando um hamburguer, meu primo entrou em silêncio, tapou minha boca e caiu comigo no chão, imobilizando meu corpo com o seu e colando a pele suada na minha. Me impediu de gritar, montou o físico quente em mim e engatou as pernas peludas pra me travar por completo.
– Sssssssh! Quietinha, cachorra. Cadela do caralho. Não é disso que tu gosta, viadinho?! – forçou a cintura na minha bunda, roçou a rola, me dominou por inteiro e eu não tive escolha a não ser me render à força do safado.
– Hmmmm, mmmm, MMMM! – tentei falar, mas não consegui, então empinei o rabo e deixei o pilantra me sarrar como bem queria.
– Ssssssh! Já mandei calar a boca, puta. Pede arrego, vai? Quem é que manda aqui? Cachorra. – ele continuou esfregando a jeba no meu lombo, eu piscando cheio de fogo.
– Urrugu! Urrugu! – bati três vezes com a mão no chão.
– Ah, agora tu peida, né? Na frente dos outros gosta de me responder, mas quando tá só eu e tu o bicho pega. Medrosa. – só então tirou a mão da minha boca, mas não saiu de cima de mim.
– Você gosta de subir em mim por qualquer razão, ein? Tô percebendo. – foi a primeira coisa que falei.
Deu pra sentir a piroca do marmanjo dando leves pulsadas contra meu traseiro, mas mesmo assim ele não lidou bem com o meu comentário, saiu de cima imediatamente, apontou o dedo na minha cara e falou com raiva.
– Já não mandei o papo pra tu parar com essas ideias tortas pra cima de mim, viadinho?! Sou que nem tu não, seu cuzão! Me respeita, arrombado.
– Me respeita você! Toda hora com essas brincadeiras. Vai arrumar uma namorada pra você comer, moleque.
– Te mostrar a namorada aqui, ó. – outra vez manifestou a mania de segurar no caralho e mexer a cintura na minha direção, como se quisesse me oferecer a peça volumosa no short suado do treino. – Sem vergonha do caralho. Sou teu primo mais velho, tu tem que me obedecer.
– Ah, tá. Até parece!
Com a mesma mão que segurou a trolha, o palhaço esticou o braço e me ajudou a levantar do chão onde ele mesmo havia me derrubado. Ficamos de pé, cara a cara, um de frente pro outro, e foi aí que eu percebi o quanto a academia, os treinos e o judô estavam modificando bastante o corpo do Hiago. Seus ombros estavam mais espaçados, o trapézio querendo saltar dos ombros, o peitoral inchado e destacado do tórax, as pernas mais peludas do que nunca, assim como as axilas. Poucas espinhas no rosto, o bigode fino dando o ar de safadeza e o cabelo ainda enroladinho, porém agora com o disfarce em dia. Acho que passei muitos segundos observando seu corpo suado e quente na minha frente, ele percebeu e estalou o dedo na minha cara.
– Ô? Baba não, viado.
– Nem se você fosse o último homem do mundo. – menti. – Seu sonho é um dia eu dizer que quero dar pra você, né, Hiago? Fala a verdade.
– QUÊ!? AHAHAHAHAHAHAHAH! Mas nem se tu fosse a última piranha desse mundo, moleque. – ironizou minha resposta e usou minhas palavras pra responder. – Nem se eu fosse comedor de viado, duvido que ia querer foder contigo. Vai tomar no teu cu, tu não tem nem bunda direito.
Deu um tapa na minha raba, eu estapeei sua mão e o impedi de me tocar.
– Vai você. Fica aí derrubando os outros no chão e depois vem falar merda. – fiquei puto. – Se não gosta da minha bunda, por que fica me apertando toda hora? Não fode!
– Fodo sim, cuzão. Fodo pra caralho! Tu é que não fode e ainda quer empatar a foda dos outros.
– Como assim empatar a foda dos outros? Tô te impedindo de foder com alguém? Vai pra rua transar e me deixa em paz, garoto. Que saco!
– É melhor eu ir mesmo. Se eu ficar aqui, sou capaz de-
– É capaz de que?
Aí o sem noção me olhou dos pés à cabeça, apertou o porrete no meio das pernas, deu as costas e começou a sair da cozinha.
– Capaz de te meter a porrada, isso sim. Tchau, otário. – foi a última coisa que falou antes de sair e me deixar a sós novamente.
– Babaca. – resmunguei sozinho. – Até parece que eu ia querer dar pra um insuportável desses. Duvido. Nunca. Nunca mesmo. Nem morto. Jamais daria. Zero vontade de cair de boca num macho chato igual a ele. Zero tesão no suor quente desse filho da puta e no volume da rola no short de corrida. E no cheiro de dentro dos tênis, então? Que nojo. Nunca que eu ia querer dar Aff. Nada nele me atrai, nada. Nem aqueles sovacões, meu Deus. O cheiro deles quando esse moleque volta do judô, eu passo mal. Caralho, não tô crendo nisso!
Essa palhaçada de me derrubar no chão da cozinha deve ter acontecido semana retrasada, mais ou menos. O que vou contar a partir de agora ocorreu poucos dias depois, semana passada, especificamente na sexta-feira à noite. Meus tios renovaram os votos de casamento e fizeram uma viajem estilo lua de mel a sós durante o fim de semana inteiro, então meu primo ficou sozinho em casa, porém mesmo assim minha tia disse que não tinha problema eu aparecer lá pra ver TV e tomar banho de piscina se quisesse. Cheguei por volta das 21h, encontrei o Hiago jogando videogame no sofá da sala e ele abriu um olhar de espantado quando me viu entrando pela porta.
– O que tu tá fazendo aqui? – o cuzão quis saber logo de cara.
– Boa noite pra você também. Posso entrar?
– Não, pode não. Rala da minha casa. – aí voltou a encarar a TV e parou de me olhar. – Claro que pode, porra. Tu não tá sempre aqui? Otário.
– Tô, mas vai que você marcou alguma coisa com alguém. – dei a ideia. – Seus pais viajaram e a casa tá sozinha pra você, Hiago. Tá pensando que eu nasci ontem? Te conheço.
– Tá ligado que hoje eu planejei dar uma trepada, né, primo? Heheheheehhe! Bom que tu se liga nos sinais.
Sinais. Sua escolha de palavras me deixou torto. Pra completar, ele não desfez o semblante de espanto do rosto e isso me deixou muito pensativo. Foi então que me dei conta de que não se tratava de espanto, mas sim de curiosidade misturada com apreensão. O pivete tinha alguma coisa em mente, eu só não sabia o que era, mas tava pronto pra pagar pra ver.
– Mas me conta. Marcou com alguma minazinha hoje, foi?
– Pra que tu quer saber?
– Tô curioso.
– Olha que eu como cuzinho de curioso, ein? Cuidado.
– Hiago. – chamei.
Ele pausou o jogo e me encarou.
– Vai transar hoje mesmo? Tipo, tô te atrapalhando se eu ficar aqui? Não quero incomodar. – falei sinceramente, apesar de a gente estar sempre em pé de guerra.
– Tô pretendendo dar uma trepada sim. Relaxa, tu não atrapalha nada.
– Tem certeza?
– Absoluta. Tu não atrapalha nunca, viado. – ele me matou na seriedade.
Cinco minutos na presença do sem vergonha sem ouvir uma única zoação, pra não falar do tom altamente amigável dele para comigo. Alguma coisa não tava no lugar na sala da casa dos meus tios. Mas o que poderia ser? Senti meu primo inquieto, como se quisesse dizer alguma coisa, porém sem saber por onde começar. Teve um dado momento que ele me deixou jogando, ficou me observando, depois andou de um lado pro outro e toda hora vinha ver como eu tava na sala. Tudo bem que o Pernalonga já era hiperativo por natureza, mas naquela noite ele passou dos limites e eu confesso que não tive como ignorar.
– O que é que você tem, ein, moleque? Tá agitado.
– Caralho, que mancha é essa aí no teu cotovelo? – ele veio pro meu lado.
– Que mancha? – virei pra ver, mas não achei de primeira. – Aonde?
– Aqui, ó? – Hiago virou meu cotovelo, eu não percebi e minha mão parou exatamente no volume da rola dele no short.
– Aff, seu filho da puta! É só eu dizer que você tá diferente que já vem a primeira palhaçada, né?!
– Mas papo reto, primo, tá manchado aqui. Agora sem zoação.
– Aqui aonde, porra!? Não tô vendo.
– Aqui, caralho. – outra vez o cuzão dobrou meu braço e lançou pica na minha mão. – BAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Tu é muito meu pato mesmo, tem jeito não.
Silêncio. E o mundo parou de girar. Eu não fiz nada, deixei o volume da vara dele no short bater na minha mão e continuei imóvel, permitindo o total contato entre a genitália do marmanjo e minha mão. Era o que eu queria desde o começo, não dava mais pra esconder o quanto o jeito insuportável do Pernalonga tava mexendo comigo e me transformando em sua cadela número um dentro da mesma casa quase que 24h por dia. O sacana me olhou, viu que não reagi, olhou pro pau na minha mão e riu.
– Era isso que você tava procurando desde o começo comigo, não é? – sussurrei.
Não tive resposta nenhuma da parte dele. Apertei seu charuto em meus dedos, passei a outra mão em seu pescoço, cheguei pra frente e enchi a boca na boca do meu primo. O BABACÃO NEM DISFARÇOU, NA MORAL! Senti vontade de gritar de raiva por conta de tanto tempo ouvindo zoações e piadinhas de mal gosto, mas o tesão foi maior, me entreguei ao beijo e nossas línguas se encontraram na maior sintonia. O piranho ainda passou a mão na minha nuca pra pegar sustentação, foi virando o rosto lentamente e casando cada vez mais a língua na minha. A pica cresceu na minha mão enquanto isso, eu mergulhei profundo na saliva, o cheiro do suor também tomou conta e só então parei de beijá-lo. Abri os olhos, segurei seu rosto, afastei um pouco do meu e fiquei observando a cara de cínico, de puto, de hipócrita.
– Você não vale nada, na boa.
– Tu que é lerdão. Viado e lerdo.
– Eu que sou lerdo? Você teve que esperar minha tia viajar pra tomar coragem de fazer isso, cuzão.
– Cala a boca, filho da puta. Vem cá, vou te apresentar ao Pernalonga. – abaixou meus ombros, me pôs de joelho, suspendeu a perna do short e passou a trolha pra fora. – Pernalonga, primo. Primo, Pernalonga. Dá um beijinho pra cumprimentar, vai?
– CARALHO! É por isso que seu apelido é Pernalonga, é? Cacete!
– Porra, tu não viu nada, ele não tá nem duro ainda. Dá uma mamada pra ele crescer na tua boca, vai? Heheheheheeh!
– Precisa nem pedir, safado.
Antes de chupar, eu olhei aquela peça borrachuda, branca e grossa, respirei fundo o ar da chapuleta destacada do corpo e não acreditei no tamanho exagerado da grossura. Era visivelmente mais espessa do que longa, porém ainda assim extensa, comprida, alongada e notavelmente acima da média nacional. Por ser bem larga, a glande era massuda e solta, a uretra bem envergada na parte de baixo, sem freio, mas com um prepúcio tão grosso quanto a própria genitália, pra não falar da enorme veia passando na parte de cima da pica. Pernalonga era o apelido de um caralho de aproximadamente 14cm de comprimento quando mole e uma largura que deixaria qualquer pai de família com inveja do Hiago. Caí de boca sem nem pensar duas vezes, deixei o gosto salgado do suor do primo tomar conta da língua e engoli centímetro por centímetro até chegar pelo menos na metade do porrete.
– Ssssssssss! Filho da puta, mané, então tu curte mesmo, né? Ffffffff!
– Mmmmmmss! – a boca cheia me impediu de responder, mas fiz questão de dar a resposta no vai e vem da língua na pilastra.
– Era tudo que eu tava precisando, uma boquinha quente em volta da minha pica, moleque. OOOORRRSSSS! Isso, mama, vai? Tesão!
– FFFFFF! Gosta, é? – parei de chupar só pra provocar e bater com o fuzil dele na língua. – Eu sabia que esse tempo todo você tava me testando.
– Sabia, mas demorou pra caralho pra se tocar, viado. Já era pra eu ter te botado pra mamar há muito mais tempo, tá ligado?
– Eu sei, eu sei. Mas como ia adivinhar que todas essas zoações suas eram sinais? Aliás, por que é que a gente tá conversando? Chega. – voltei a mamar e aí ele ficou rindo da minha atitude apressada.
– Beheheheheheh! SSSSSSS! E pelo visto tu é dos meus, mama firme. Fica com medo da grossura não, pode cair de boca. Isso, puto! Aaarrrrfffffff!
Só que eu esqueci que era apenas o início da mamada. Quanto mais chupei, mais a escopeta cresceu de tamanho e não demorou muito até os 14cm se transformarem em 19cm de um aço grosso, reluzente, cabeçudo e da chapuleta extremamente lisa. E eu mamei tanto que deu pra ver até meu reflexo na superfície da glande, de tão liso que deixei o mastro do meu primo dotado.
– AAAARRSSSS! Pior que tu mama melhor que as minas daqui, na moral. Para não, continua engolindo o máximo que tu consegue, bora. FFFFFFF! OOOORRRFF! – o roludo chegou a tomar fôlego pra sustentar minha mamada quente e aconchegante, aí não segurou a onda e começou a suar de emoção e de tesão.
– Mmmmmfff! – deixei ele me engasgar de propósito e quase rasguei minha boca, graças à largura ilegal da bengala robusta.
– UUUUURRRFFF! Até o talo, será que consegue? – o canalha fez pressão, tentou me botar pra mamar tudão, mas é claro que não dei conta e ameacei engasgar, o que ele adorou ver. – Sssssss, calma! Sem fome, putinho. Hehehehehehe!
– Safado! Hahahahaha! Gosta, né?
– Pra caralho, pô. Cai de boca, vem. – mexeu a cintura pros lados, fez a chibata bater entre as coxas e eu me senti hipnotizado no vai e vem do monumento em ponto de bala.
– Parece que eu tô realizando um sonho, sabia?
– Papo reto?
– Sério. Ainda bem que tamo aqui agora. – confessei e voltei a chupar.
– SSSSSSS! Também acho, porque tu não imagina quantas punhetas eu bati pensando em tu me mamando, tá ligado? OOOORRRSSSS! – o desgraçado ficou na pontinha dos pés e cobriu meu crânio com as mãos abertas.
– MMMMMMFFF! – entalei na tromba, lacrimejei de nervoso, mas me senti muito excitado por ser a pessoa dando prazer ao Pernalonga.
Pra ser sincero, nem sei como consegui arregaçar os beiços e engolir até metade do tacape que o Hiago chamava de piroca. O formato da passagem do corpo pra cabeça me deixou louco, não parei de sugar, de passar a língua e de fazer aquele “ploct” das chupadas estaladas, ainda aproveitei pra massagear seu saco tímido e fazer as bolas ficarem soltinhas na minha mão. Meu pau duraço, o cuzinho piscando e eu dopado da testosterona de um pivetão caralhudo, implicante e insuportável. Aqueci os filhotes do pilantra com o calor da pele, ele passou a mão atrás da minha nuca e voltou a controlar o ritmo do boquete, ainda teve a malícia de tirar minha mão da rola e aí sim se sentiu verdadeiramente à vontade pra meter o quadril na minha goela.
– SSSSSSH! Engole o primo, cachorra! Aproveita que não tem ninguém pra ouvir, puta, engasga na cabeça da minha pica. FFFFF! Esse tempo todo eu tava querendo te dar uma dura e não sabia como, viado, agora toma.
– MMMMMSSS! – aguentei até onde pude, engoli mais centímetros e cheguei bem perto de sentir o talo da giromba em meus beiços, só que as pulsadas da cabeçota na garganta se tornaram intensas e não dei conta de engolir mais caralho. – GHHHHRR!
– AAAAAARRRRFFF! Que garganta guerreira, na moral. SSSSS!
– Aaaarrrssss! Caralho, garoto! Você é muito grosso, tá louco. Olha isso! Parece até um latão de cerveja essa rola, vai se foder!
– Iiiih, começa de caô não, porque eu ainda quero te comer.
– É o quê!? Duvido! – fiz um charme, é claro. – Nunca que esse troço vai caber em mim, Hiago, tá maluco?!
– Esse troço não, fala direito do Pernalonga, pô. Hehehehehehe! Vai dizer que tu não vai deixar eu dar nem uma sarradinha nesse cu? Passei tanto tempo roçando na brincadeira, agora que é pra falar sério tu desiste? Qual foi?
– Sério que você quer me comer?
– Tu é minha mina, viado. Esse tempo todo eu só queria te enrabar. Qual vai ser? – fez o pedido, me botou de pé e já foi virando meu corpo de costas. – Vai deixar o primo dar uma conferida nesse cuzinho depois de tanto tempo só na gastação?
– Aff, safado. Sssssss! – tomei uma encoxada na carne crua e fiquei arrepiado. – Quer cuzinho, quer?
– Já dei o papo que namoro teu brioco há tempos, não já? Só vou sossegar quando der uma conferida no que tem aí dentro, já aviso logo.
– E você entende alguma coisa de cu, Hiago?
– Quer que eu te mostre? – desafiou.

versão completa da história no twitter @andmarvin_

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,41 de 22 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

8 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Sage ID:1v7e0gqk

    Muito forçado

  • Responder Yue ID:81rfb9sm9a

    Conto bom, porém acho estranho com essa mania do passivo só dar prazer e nunca receber, esse hiago merecia engolir a rola do passivo todinha, quer meu cu,tem que me deixar com tesão antes, chupa ai seu escroto do caralho hahahhaha passivo dominador SIM

    • Filósofo da putaria ID:5pmpovikfij

      Não tem esse negócio de tem que em putaria …, não funciona assim.

    • Alex ID:469ctxs7d9a

      Viadinho cheio de tesão pra ser enrabado…quer que meta a língua no cuzinho pra lambuzar a entrada…isso simmm

    • André Martins ID:1daic2i49a

      o passivo deu o cu de pau duro, foi amassado por dentro, deu beijo na boca, teve o cuzinho chupado, os mamilos massageados, etc etc etc, mas aí você vem aqui e escreve que acha estranho a mania do passivo só dar prazer e nunca receber. deve ter lido outro história, só pode…

  • Responder PUTOVR ID:8efha5mt0i

    Parabéns! Conto detalhado.

    • Alex ID:469ctxs7d9a

      Aiiiiiii….tava uma delícia
      Na hora do vmos ver…acabou!!!!!

    • André Martins ID:1daic2i49a

      obrigado! não sou muito de responder comentários porque a maioria das pessoas quer ler qualquer merda, gozar, virar pro lado e dormir. é comum ver gente preguiçosa criticando e dizendo que minhas histórias são grandes, então agradeço quando encontro leitores que gostam de detalhes e boa escrita ♥