# #

Letícia flagrou Gizele…

901 palavras | 2 |4.57
Por

A aventura secreta entre duas adolescentes numa tarde quente de novembro.

Na minha adolescência, na década de 90, tinha uma garota na escola com quem eu competia por tudo: notas, lugar nos times de vôlei e handebol, pela admiração dos garotos e pelo posto de menina mais bonita e popular. Gizele fazia o tipo atleta, enquanto eu era mais patricinha e cada uma de nós tínhamos nossas amigas e seguidores (hoje seria algo como “team Gizele” e “team Letícia”). Obviamente, não nos dávamos nada bem e chegamos a ter alguns bate-bocas públicos na escola.

Uma professora do primeiro ano do ensino médio (ainda se chamava “segundo grau”) quis resolver esse problema e nos forçou a sermos dupla num projeto interdisciplinar. Era uma pesquisa sobre as ruas da cidade e tínhamos que ir a vários lugares, escrever relatórios, etc. Ou seja, a professora nos forçou a conviver bastante. No começo foi difícil, pois uma implicava com a outra, mas depois, fomos baixando a guarda e nos relacionando melhor. Comecei a perceber que tínhamos muito em comum e que a Gi era uma menina legal. Acho que ela começou a pensar assim sobre mim também.

Numa tarde de novembro, num daqueles dias terrivelmente quentes, tínhamos batido perna pela cidade por horas, até chegarmos à casa dela. Seus pais estavam trabalhando e, como estávamos exaustas e suadas, ela sugeriu que eu tomasse um banho enquanto esperava minha mãe vir me buscar. Me ofereceu roupas emprestadas e eu aceitei.

Tirei minha roupa no quarto e fui para o banheiro enrolada na toalha, mas antes de entrar no chuveiro, percebi que não tinha sabonete, então voltei ao quarto para pedir um à minha colega. Só que, antes que eu passasse pela porta, vi Gizelle mexendo nas roupas que eu havia recém tirado. Primeiro, pegou a camiseta e, para meu espanto, a cheirou longamente. Então pegou a calcinha…

Não fiz barulho para que Gi não me notasse. Fiquei imóvel, olhando pelo vão da porta, sem acreditar no que ela estava fazendo… A vi levando a calcinha ao rosto e a esfregando no nariz e na boca. Ela deixou cair a toalha que cobria seu corpo e, ainda cheirando a minha calcinha úmida, começou a se tocar. Jamais poderia ter imaginado algo assim… naquela época, na minha cidade, lésbica era coisa de outro mundo.

Gizele continuava se tocando e esfregava a calcinha no seus seios e no seu sexo… estava de olhos fechados e os lábios entreabertos, numa expressão de prazer… não pude deixar de olhar para o seu corpo nu de adolescente… ela fazia jus ao título de mais gostosa da escola… era morena, esguia, seios pequenos, mas durinhos e uma bunda saliente, firme que a destacava mesmo entre mulheres mais velhas.

Passado o susto e a incredulidade da primeira impressão, me peguei involuntariamente excitada com a cena… Gizele deitou-se na cama, de pernas abertas, minha calcinha no seu rosto e a mão tocando a própria buceta… seu corpo suado exalava um cheiro forte e gostoso, cheiro de safadeza… quando percebi, estava apertando com força minhas coxas, sentindo meu sexo molhado e quente… palpitando…

Jamais sequer havia imaginado ter um desejo lésbico, mas naquele momento senti um tesão absurdo, algo que jamais sentira por nenhum dos namoradinhos que tivera até então. Nervosa, cheia de vergonha e culpa, mas sem conseguir impedir, comecei a me tocar também, sem me preocupar se Gizele me veria… acho até que desejando isso.

Soltei um gemido abafado e minha amiga se virou assustada para mim, mas eu não parei a siririca… já não me controlava mais, continuei me tocando olhando nos olhos dela. Vi o pavor que ela expressou no primeiro momento se tornando malícia… ela estendeu a mão e me chamou para a cama… mesmo sabendo a loucura que aquilo era, não resisti nem por uma fração de segundo… me joguei na cama, logo sentindo seu corpo quente e suado tocando o meu.

Nenhuma de nós tinha experiência, então foi tudo muito intuitivo… uma busca por saciar nossos desejos com as mãos, com a boca… a beijei, lambi, toquei… meu corpo agia automaticamente, queria senti-la em mim, me misturar com ela… nos esfregávamos entrelaçadas, ao beijos e carícias, com violência e pressa, não contendo gemidos, até que o orgasmo chegou, primeiro para ela, mas logo em seguida para mim… gozamos juntas e permanecemos coladas enquanto nossos corpos relaxavam aos poucos, restando só aquele cheiro espesso que empesteava o quarto, assim como nosso suor encharcava os lençóis.

Ainda sentia a lassidão do pós-gozo, quando ouvi a batida na porta e a voz da minha mãe chamando. Corri para o banheiro, enquanto Gi, enrolada na toalha, foi receber a recém chegada. Não sei o quanto conseguimos disfarçar o que havia acontecido ali, mas minha mãe sequer me olhou no caminho para casa. Nunca falou comigo a respeito, talvez, se ela ler este conto, esta confissão da minha aventura lésbica da adolescência, ela reconheça a situação e finalmente tenha certeza do que ocorreu naquela tarde quente de novembro, há mais de 20 anos atrás.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,57 de 14 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

2 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Escritor de putaria ID:8d5ien6zrb

    Parabéns pelo conto. Quando puder, dá uma olhadinha nos meus…

  • Responder jorge ID:8ictxro49b

    muito bom , gostei , pena que não aconteceu de novo , pelo que você escreveu da pra perceber que vocês gostaram da experiência , nunca mais você viveu outro momento desse , foi muito delicioso .