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Irmã Neuza e Irmã Edi + Um caso antigo

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Este será o relato de um antigo caso de amor, ela já dura uns 30 anos. É bem sem sal, mas não podia deixar de contar.
Este caso foi relatado em diários escritos pela Irmã Edi, em uma das suas últimas mudanças a caixa com 9 cadernos em forma de diário foi extraviada pela transportadora e encontrada e entregue 4 meses (conforme datas escritas na caixa) depois na sede do nosso escritório.
Irmã Neuza e Irmã Edi entraram para o convento na mesma época, dividiram o quarto por bastante tempo se conhecem uma a outra muito bem.
Mesmo nas férias sempre que podiam iam juntas, como os pais moravam em cidades vizinhas elas passavam a metade em a casa e a outra metade na outra, e faziam tudo juntas.
Duas “freiras” não tinha como ninguém desconfiar, até que uma tia de Irmã Edi plantou a sementinha da dívida na cabeça da mãe dela.
Dona Lurdes chamou a filha para uma conversa séria, Irmã Edi se saiu muito bem, conseguiu convence-la de que era ao convívio de convento as tornaram muito amigas. Com o tempo foram mudando de comunidade e por consequência mudando também de cidade, os encontros se tornaram um pouco mais raro, mas se ligavam sempre, depois ficou até se descobrindo que nas férias elas se encontravam direto, iam para hotel para se encontrarem.
Em um dos diários com data de 2 anos após sua entrada no convento (casa de formação) havia um relato de uma das noite quentes, onde relatavam que tinham usado o “brinquedinho” (estava escrito assim, não estava descrito que tipo de brinquedo era) e nas palavras dela ” fazendo aquele caldinho gostoso”, fico imaginando que tipo de brincadeira foi essa, fiquei até com tesão escrevendo este conto. Muitas páginas com a descrição de suas aventuras noturnas. Uma que me chamou a atenção foi uma que contava o dia que receberam visita de Irmã Cleusa, uma irmã de idade mais avançada, na época por volta dos 60 anos a casa tinha três quartos, mas o que tinha cama disponível era o quarto delas. No relato conta que Edi ficou preocupada com outra no quarto, porque toda noite elas dormiam juntas e se amavam muito, mas não tinha o que fazer, aquela noite não teriam sua noite intima. Já era de madrugada e Irmã Neuza não conseguia dormir sem o seu caldinho e pulou para cama de Irmã Edi, ela quase entrou em desespero com a ousadia de Irmã Neuza. Começaram a se tocar, Irmã Neuza gostava muito de receber lambidas nos seios de Irmã Edi e em troca ela passava a mão em sua bucetinha (que no diário ela chamava carinhosamente de pãozinho) tudo foi meio esquisito aquela noite, não poderiam ficar totalmente peladas, mas tinham certeza que Irmã Cleusa dormia, ela não parava de roncar. A pernoite de Irmã Cleusa durou três dias e todas as noite foram assim, somente na chupada e nos dedinhos, mas no dia seguinte a sua partida foi uma noite inesquecível. Irmã Neusa pegou na dispensa uma caneca de vinho (sim este mesmo, o vinho da missa, cada comunidade te uma capela), a noite foi regada por vinho e chocolate, acredite ou não elas passaram bem, apesar de não ter o costume de beber, passou 3 anos, esse espaço de tempo, não sei dizer o que aconteceu, está faltando alguns cadernos, mas pesquisei no o histórico delas, meu trabalho é na sede e na secretaria tem uma pasta para cada irmã, contem além de cópias de documentos um histórico detalhado sobre a vida de cada uma, data de nascimento, se foi a primeira filha, ou segunda,…, no e dia pais, data de batismo, primeira eucaristia, crisma, comunidade que.morou, qual era a função em cada comunidade, entre outros detalhes, serve para o que chamamos de “memorial”, bom lá neste tempo dizia que estavam em uma comunidade de Curitiba, mas em casas diferente, uma era professor em um dia colégios das irmãs e outra animadora vocacional assim como eu sou.
Voltando aos diários, Irmã Edi relatava a dificuldade que estava em estar junto com Neuza se encontravam as vezes, mas já não podiam ficar juntas, e ela estava pensando em desistir da vida religiosa. Falou com a Irmã orientadora da época e foi lhe dado um tempo para decidir se queria ou não seguir no convento, tinha duas opções ou ir para um retiro ou ir para acsa dos pais. Ela escolheu ir para casa dos pais.
Irmã Edi estava com 22 anos, vizinho aos seus pais conheceu Itamar um jovem estudante de Contabilidade, ficou amiga e sentir um interesse por ele, saiam tomar sorvete, caminhar e Itamar a pediu em namoro, Irmã Edi pediu um tempo para pensar, os sentimentos estavam confusos, já eram 4 semanas sem contato fisico com Irmã Neuza e poucos telefonemas. Itamar aquele dia se despediu com um beijo em seus lábios, foi apenas um selinho, mas ela sentiu algo diferente, relatou em seu diário se poderia estar sentindo algo especial para duas pessoas totalmente diferentes. Ela teve uma conversa com seus pais, não falou sobre Irmã Neuza, mas chegou a conclusão que não queria mais ser uma freira. Foi para a Sede e comunicou sua decisão para a Madre, pediu uns dias para arrumar suas coisas, ela tinha muito livros, algumas roupas e poucos objetos pessoais.
Comunicou sua decisão para Irmã Neuza que ficou completamente desolada, prometeu na a abandonar.
Suas coisas foram enviadas em caixas por uma transportada, a caixa com alguns cadernos/diários foi extraviada, depois foram localizadas e enviada de volta a sede e eu encontrei essa caixa o ano passado, por algum motivo não foram enviadas ao destino, sou curiosa abri a caixa para saber o que tinha, pois Irmã Edi não está mais lá, achei que eram livros e tive uma maravilhosa surpresa.
Hoje elas continuam se encontrando, já vi elas juntas algumas vezes e fui apresentada para Edi, ela é funcionária pública e é casada com um contador, não sei se é o mesmo Itamar, porque nunca perguntei, na época que conheci ela ainda não tinha encontrado os cadernos.
Um dia atendi um telefone e era Edi querendo falar com ela, nesse mesmo dia Irmã Neuza saiu dizendo que ia no dentista, safadinha aposto que foram se encontrar.

Caso alguém tenha algum conto de convento pra me contar, ou somente conversar, pode mandar no meu e-mail: [email protected], não esqueça que tem 2 “a” no Margarida se quiser que eu divulgue seu conto, é só avisar no que posso fazer e dou os devidos créditos.
Bjs.
Margarida.

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10 Comentários

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  • Responder Gaby ID:8egu6dta46d

    Eu gosto de contos com tema de freiras lésbicas, esse lance de proibido, das escondidas, acho muito excitante

  • Responder Bia ID:xglptrd3

    Você é freira mesmo ????

    • Irmã Margarida ID:469cwbu2v9a

      Sim, há 16 anos.

  • Responder mikaela ID:8eez5vj742

    Muito bom

  • Responder mikaela ID:8eez5vj742

    Bom dia Margarida, não sei se ira retornar e ler as minhas considerações, observei que voce relata os acontecimentos friamente, a meu ver poderia muito bem “esquentar” a narrativa, Margarida!! se solte, lembre-se que por baixo de um hábito de freira ou noviça, existe uma mulher ou uma garota, ponha a funcionar a tua imaginação, muitas meninas muito embora não comentem, se iniciaram na arte do amor com uma outra garota, falo por experiência própria mesmo não me considerando lésbica. tenho alguns contos semi rascunhados, então vou terminar um e colocar aqui cujo titulo será ” A freirinha rebelde e o sexo a três” será um longo conto creio que umas 2500 letras. agora se quiser conversar comigo, meu mail é …[email protected] minha nota é 4 estrelas

    • Irmã Margarida ID:469cwbu2v9a

      Obrigada Mika, sempre é bom ler seus conselhos.

  • Responder Ana Moreira ID:jl06gcg6i9

    Relato muito interessante se bem que talvez não o devesse ter publicado…rs

    • Irmã Margarida ID:xlp014qm

      Tem razão, mas publicar histórias delas me sinto bem, sei que não sou a única freira safada. Kkkkk

    • Nil ID:xlq8e38m

      Ana gata gostosa

    • Ana Moreira ID:jl06gcg6i9

      Irmã Margarida, certamente que não!
      Mas como foi a partir de um diário privado de terceiros, comentei…
      Compreendo que a tentação de publicar tenha sido grande….kkkkk