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O Refugiado da Síria

4714 palavras | 12 |4.71
Por

Renan com apenas 10 anos dava o cu pro refugiado empregado de seu pai, e mal sabia ele que sua paixão iria mudar a vida desse homem sírio.

*** Identidade Bourne ***

Meu nome é Renan, o que vou contar aqui aconteceu quando eu tinha que 10 e 11 onze anos mas que faz parte de mim até hoje.

Meu pai tinha uma madeireira no Mato Grosso que só crescia e tinha muitos empregados que vinham de diferentes lugares. As vezes ele me pegava na escola, ou algum empregado dele e me levava pro escritório dele até o final do expediente. Minha casa ficava quase duas horas dali, então na propriedade havia os escritórios e também acomodação improvisada para nós e os sócios, caso preferissem passar a noite lá.

Com meus 10 anos de idade, eu não tinha muitos contatos além da turma da escola; minha irmã de sete anos na época passava tempo todo com minha mãe, que passava muito tempo na minha avó em Cuiabá. Meu pai era minha figura masculina, já havia espiado ele tomar banho e a dormir de cueca e outras coisinhas que fiz. Mas havia o filho do dono da mercearia na estrada, as vezes ele aparecia de bicicleta e a gente ia catar frutas por ai e caçar com estilingue. Denilson tinha 15 anos, adorava mijar na minha frente, só falava coisas de sexo, que não via a hora de se mudar pra cidade, só faltava seu pai vender a mercearia. Ele não era bonito, mas eu estava com vontade de deixar ele fazer comigo, acho que ele tentou me seduzir esse tempo todo, e finalmente o pai dele conseguiu vender, então eu não iria mais vê-lo, foi aí que me dei conta que eu tinha uma queda por ele e tudo que eu podia fazer era esperar ele aparecer na sua bicicleta pra se despedir.

Meu pai me pegou no fim da aula e me levou pra madeireira. Ele estava com trabalhadores, eu nem me interessava porque a maioria era homens feios e acabados; mas acabei notando um que me chamou a atenção pois era diferente, meu pai tinha conseguido uns homens diferentes para trabalhar. Sua mesa estava cheia de papéis como sempre, ele guardava alguns documentos num armário a chave, dizia que eram muito importantes e não era pra ninguém deixar de trancar mas ele mesmo saia e deixava esse armário com a chave na fechadura e saia.

Ouvindo as conversas de meu pai eu entendi que esses eram os tais refugiados de que o pessoal da madeireira falavam havia um tempo, eram da Síria, na época e mal entendia de geografia.

Esse homem sírio parecia ter uns 35 anos como meu pai, por volta dos 1.80cm e troncudo. Os sírios tinham barbas e pareciam ser bem peludos, esse cara era o mais bonito, com olhos cinzas que destacavam em seu rosto. Meu pai não gostava que eu andasse em meio aos trabalhadores por questão de segurança, sempre eu ouvia de acidentes e que tiveram que levar pro pronto-socorro, como a madeireira ficava fora do meio urbano, hospital podia levar quase uma hora pra chegar, mas eu queria ver aquele homem mais de perto, meu pai estava tão ocupado que não percebia.

O sírio estava preparando a toras e encaixava o gancho do guindaste. Ele usava um capacete, luvas e sapatos de proteção, mas o calor era tanto que arrancou sua camiseta e ficou de bermuda jeans, eu não conseguia aceitar que um homem daquele estava fazendo aquele trabalho, era muito bonito, ainda que mal cuidado. Ele me notou, me olhou enquanto fazia seu trabalho.
A cada dia eu me aproximava oferecendo suco, caldo de cana e café. Ele falava obrigado com um sotaque, falei meu nome pra ele e perguntei o dele , ele me disse Omar, mas eu o chamava de Osmar.

Omar não era de falar muito, só me olhava em silencio e ficava um momento esquisito, parecia estar sempre preocupado e descontente. Um dia, já perto de escurecer, eu fui levar café e um de seus colegas que estava por perto disse umas coisas na língua deles, pensei que estivessem discutindo e fui saindo, olhei pra trás e vi os lábios de Omar dizer obrigado. Mais à frente vi Denilson vindo de bicicleta em minha direção.

– Ainda bem que cê não foi embora! – disse empinando sua bicicleta em minha volta. – Tá tudo pronto! Vou embora amanhã cedinho!
– Mas mas… meu pai tá indo daqui a pouco também… então não vamos mais fazer aquelas brincadeiras…?!?! Poxa!
– Seria legal se a gente pudesse fazer aquilo né? Cê deixava né? Pode falar!
– Eu queria que você… fizesse aquilo comigo.
– Eu comer ocê? Só se for agora? Mas onde?

Olhei pra trás, o local mais perto era o galpão onde ficava Omar, havia muralhas de toras e uma cobertura de lona sobre elas e havia espaços como se fossem esconderijos. Naquela hora os homens já haviam ido pro alojamento, então chamei Denilson e fomos.

Já no penumbre do fim da tarde, com som perturbador das cigarras, entramos num vão. Denilson baixou sua bermuda e me fez pegar no pau dele, era grande pra minha mão, ele me pois de joelhos e mandou chupar, tinha um odor forte mas que me deixou mais excitado, seus pelos faziam cócegas no meu nariz. Ele me mandou baixar meus shorts e ficar de quatro, ele melou seu dedo de cuspi e brincou com meu cuzinho virgem até relaxar, só percebi que ele já estava enfiando seu pau quando meu anel começou a esticar no máximo.
– Já tô comendo seu cu como oce pediu! Tá gostoso?
– Dói um pouco!
– É porque minha pica é grande, ainda vai crescer mais! Quem sabe um dia a gente vira vizinhos!
Comecei a prestar atenção a sensação de ter meu cu penetrado por um penis e as fantasias que me viam a cabeça todas eram com aquele sírio. Ele metendo do meu rabo com sua cara de sério e seus olhos cinzas, sem eu saber o que ele pensava, podia estar me punindo, judiando de mim, ou estar me possuindo depois de me seduzir. Num vão da lona a minha frente havia um pé, olhei mais a cima e havia um olho cinza me observando, era Omar na pouca luz, ele ainda puxou a lona com o dedo e ficou assistindo, eu tentei me levantar dos cotovelos, eu precisava parar mas o pau só tinha acabado de entrar. Uma luz forte parecia ter parado atrás das toras.

– Só vim chamar meu filho… – era a voz do meu pai, seguido do som da porta do veículo.
– …. Teu filho? Ele ir pra lá! – falou Omar.
– Mas achei que tinha visto ele ali atrás…
– Sim mas já ir pro outro lado!

A porta da caminhonete bateu e foi embora. Num alivio eu ia agradecer a Omar mas Denilson me puxou e me pois no cano de sua bicicleta, ele me deixou na entrada escritório, onde em seguida encostou meu pai pra me pegar.

Noutro dia era domingo então meu pai não foi pra madeireira, passei o dia vendo tv, jogando vídeo game e recuperando meu cu, foi a minha primeira vez e estava bem dolorido, mas a imagem de Omar me vendo de quatro levando rôla me deixou com muita vergonha dele.

Na próxima vez que cheguei a madeireira, fiquei fazendo tarefa, estudando e jogando vídeo game, não tinha muita coragem de ir lá fora, vai que Omar disse pros outros e me pai poderia acabar sabendo, eu estava tenso, até meu pai perguntou se havia acontecido alguma coisa, ainda me mandou sair pra tomar um ar e fazer algo lá fora, porque ele iria com o sócio dele numa distribuidora de peças e poderia demorar um pouco. Era tudo que eu queria naquele fim de tarde.

Fui lá pra fora e de longe vi Omar trabalhando, levantando algumas madeiras, o homem era mesmo forte, como os outros, mas ele tinha músculos, imaginei como seria o pinto daquele homem. Preparei outro galão de água gelada e fui levar pra ele. Quando cheguei ele enxugava seu suor com sua camiseta.
– Aqui! Mais água gelada! – falei servindo-lhe um copo.
Ele tomou rápido e foi pra trás das madeiras sem falar nada. Eu fiquei curioso e fui olhar, ele estava com seu pau de fora mijando.
– Você me salvou do meu pai aquele dia! Eu queria lhe agradecer.

Omar me ouviu me olhando enquanto mijava, ele não era nada tímido, guardou seu pau mas ficou apertando ele e me olhando. Ele apontou pra debaixo da lona onde eu estava aquele dia, parecia querer me mostrar algo então me aproximei pra olhar, daí ele tirou seu capacete e me fechou por trás, me empurrou pra dentro de costas pra ele me fez baixar meu shorts, senti sua mãozona apertar minha bunda, ele puxou e tirou minha camiseta, ficou passando a mão em mim, abriu sua bermuda jeans, sua mão massageou minha nuca me deixando molinho, me fez ficar de quatro. Eu tremia de nervoso olhando pro chão, eu estava entre seus antebraços peludos e seus punhos que se apoiavam no chão, senti seu corpo se curvar sobre mim, seus pelos roçar na minhas costas, e seu quadril esfregando sua tora peluda na minha bunda. Ele cuspiu e cuspiu no pau dele e no meu cu.
– Eu vai devagar! Você não ter medo! – disse sua voz grossa sobre minha cabeça.
Algo duro e grosso batia na minha bunda, eu pensava “meu Deus, ele quer enviar isso tudo em mim!” , “isso é pra eu me arrepender e não desejar essas coisas mais”, era uma mistura de medo e excitação, ele forçava e ao mesmo tempo dizia coisas doces e acabei criando confiança e meu cu foi aceitando, ele enfiou tudo e começou a comer meu rabo devagar porque meu corpo estava travando de dor. Não foi fácil, ele meteu forte e gemeu, eu não senti prazer nessa primeira vez de tão nervoso porque era tudo novidade pra mim. Ele saiu de cima de mim e se vestiu, depois me ajudou a me vestir e levantar, me deu um beijo no rosto falando algo que não entendi e se foi pro alojamento. Andei sentindo meu cu arder e melado, no banheiro vi algumas marcas de sangue no papel higiênico além de uma forte dor de barriga.

Fique uns dias sem ir falar com Omar, fiquei com raiva porque por causa dele meu anus ainda estava dolorido, mas ele não parava de me olhava de longe. Por várias vezes no dia ele se ajoelhava e punha sua cara no chão, eu não sabia se fazia aquilo me pedindo perdão ou estava com algum problema. De noite meu pai ainda estava focado no escritório, havia me dito que talvez íamos dormir na madeireira então era pra eu tomar banho se quisesse. Depois do banho eu vi pela janela que havia uma lâmpada acesa no galpão de Omar, peguei um pouco da mandioca frita e suco de laranja e fui levar pra ele.

Omar estava sentado num toco fumando um cigarro, parecia triste olhando pro céu, mas abriu um sorriso quando me viu.
– Garoto, achei que nunca mais ia ver eu! – me disse com um beijo no rosto e esfregando minha nuca.
– Eu trouxe mandioca e suco pro Cê!
– Brigado! Pensei que não gostou de mim!
– É que ocê… nem foi carinhoso…
– Desculpa, é que eu ficou louco… – falou pegando no meu queixo.

Não sei explicar a sensação daquele homem beijando minha boca de menino, mas me lembro bem do gosto do tabaco e sua barba roçando mo meu rosto. Eu fiquei de pinto duro, ele me fez pegar em sua tora enquanto me beijava.
– Que grandão! Por isso que dói! Posso chupar ele?
– Mas eu acabou de mijar! Eu não lavou ele!
– Não tem problema!
Eu me ajoelhei e senti um odor de urina mas não era nada nojento, pelo contrário, me lembrou a cueca do meu pai. Sempre tive desejo de chupar um pau de homem adulto e não sabia o que esperar, então coloquei a boca, passei a língua, chupei , e suas pernas tremiam.
– Eu quero que ocê me come de novo, mas deixa eu sentar , tá?- falei olhando pra cima em seus olhos cinzas.
Ele concordou, tirou sua bermuda e se sentou numa lona dobrada encostado nas toras. Eu tirei minha roupa e vim de frente e depois de deixar o pau dele bem molhado fui me agachando, ele pegou meu rosto e grudou na minha boca, me beijava como se eu fosse sua namorada até que seu cacete sumiu dentro do meu cu, assim era muito mais prazeroso, com minhas mãos em seu peito peludo, foi minha primeira entrega, sentado no colo de um homem.

Depois ele falou pra mudar, forrou o chão macio e pó de serragem com sua camisa e me pois deitado de costas e veio por cima entre minhas pernas, seu corpo curvou pra poder me beijar enquanto me fodia na posição de papai e mamãe, bem carinhoso, ele me fez gozar pelo cu. A partir desse dia eu gamei, e ele me comia sempre que podíamos, era como um romance secreto. Eu não ligava mais pra dor, meu cu vivia dolorido e isso me fazia lembrar que eu tinha um homem pra mim. Omar gostou muito do sexo oral e me pedia sempre até engolir seu semen, eu fazia tudo que ele queria.

Depois de ter gozado no meu cu de papai e mamãe, ele me fez carinho, me disse que eu era muito bonito e ia sentir saudade quando for embora em duas semanas.
– Ir embora ??? Por que?
– Porque teu pai vai mandar nós pra outras terras longe daqui. Eu não sou livre.
– É só dizer pro meu pai que ocê não quer ir!
– Ele é nosso dono. Eu não pode escolher, eu queria ir pra cidade conseguir papéis, eu queria trazer minha vó pro Brasil, mas não posso.
– Por que não?
– Você não sabe? Teu pai tem nossos documentos, ele segura nosso passaporte. Igual o outro senhor antes dele, usa nós pra tempos pesados e depois manda nós pra outra terra trabalhar sem salário. Eles fala pra nós que vai pagar e devolver passaporte mas só fala.
– Ocê tá enganado! Isso não é verdade! Meu pai não faria isso!
– Teu pai não é homem bom, ele é homem mau!
– É o jeito dele! Ele é bom sim!
– Ele é teu pai. Oce está certo! Meu pai tá lá na cama com braço doendo, precisa de remédio mas teu pai não dá.

———— extra

– Talvez eu posso ajudar com alguma coisa!
– Ele quer conhecer você.
– Sério?! Eu também então!
– Então vem ver!

Eu me sentia como um namorado a ser apresentado aos pais. Fui com ele até o alojamento, alguns dos outros trabalhares me viram passar e entrar num outro cômodo onde havia a beliche deles é um cortina que separava das outra camas. O homem pouco mais velho mas bonito, bem parecido com Omar, porém meio parrudo ou com uma barriga alta, ele estava deitado na cama de baixo, seu braço estava pendurado no pescoço com uma camiseta, e coberto com um lençol da cintura pra baixo, tudo iluminado somente por uma lamparina. Omar deu uma espiada nos outros atrás da cortina e se sentou do lado de seu pai e começou a falar baixinho com ele, então me mandou sentar ao pé da cama. Omar disse algo sobre mim e seu pai me olhou dando uma risadinha rouca. Ele dizia algo ao seu pai que respondia não com a cabeça, mas Omar insistiu, seu pai dizia não meio rindo, até que parece que cedeu.
– Que foi? – perguntei com um sorriso curioso.
– Meu pai achar você bonito!
– Ele também! Ocê parece ele todinho!
– Meu pai que me criou ! Ele também acha você bonito igual os meninos que dança no Afeganistão!
– A donde é isso?
– Eu queria você fazer uma coisa por mim!
– Claro!
Omar olhou pra trás da cortina e deu alguma ordem pros caras de trás, que eles saíram e fecharam a porta.
– Eu falou pra ele que você faz muito gostoso. E eu quero ele também sentir feliz.
– Ah?
– Olha aqui! – disse puxando o lençol de seu pai, revelando seu penis carnudo.
O homem rindo tentou se cobrir, todo sem jeito. Omar me convenceu a tirar a roupa pro seu pai me ver pelado então me falou pra fazer nele igual eu fiz com ele e saiu do cômodo. Seu pai ficou olhando com um sorriso de lado e seu Penis ficou ereto me dando água na boca, então me joguei de cara entre suas pernas e mamei naquele papai machão fazendo ele se retorcer. Meio apertado naquela beliche, eu fui por cima deitando sobre aquele corpo roliço peludo, sob seu braço imobilizado, e rebolei até seu pau escorregar pra dentro de mim, ele me beijou na testa com um afeto paterno e depois sugou a minha boca, sua língua grande passeava ao redor dos meus lábios e sugava minha saliva. Rebolei deitadinho sobre ele até sentir seu membro expulsar todo seu esperma no meu reto, onde ainda estava a esperma de seu filho. Omar voltou eu já estava me vestindo, seu pai disse algo com sorrisão na cara.

———

Omar me agradeceu muito, me deu um beijo antes de eu ir.
– Ah se eu era livre para ver você sempre!
– Se ocê fosse livre você ficava comigo?
– Se eu livre sim, eu ia querer você ! – seus olhos me intimidavam.

A angústia só aumentava. Eu perguntei pra minha professora sobre refugiados e se era verdade que eles trabalhavam de graça, então ela me explicou tudo o que acontece que e o responsável por explora-los ainda ia pra cadeia. Falei que era só curiosidade, e que não nunca vi nenhum estrangeiro trabalhando pro meu pai.

Meu pai estava tendo uma semana agitada, parecia estressado com tudo e com todos. O dia tinha acabado e não conseguiu terminar o serviço administrativo. Ele mandou um sócio ir na outra madeireira e falar com o dono enquanto ele ia pro galpão de despacho receber uns caminhões e logo voltaria pra me pegar pra irmos embora pra nossa casa.

Escutei ele gritar pro sócio dele que resolveu mudar a data e os árabes iam amanhã mesmo pro Amapá, meu coração acelerou. Ele me mandou ir ficar no trailer e saiu fechando as portas às pressas. Passei na frente de seu escritório, a porta tinha uma parte se vidro, sobre sua mesa estava uma bagunça de papéis e pastas, e o armário onde guardava tudo com segurança estava com chave na fechadura. Olhei em volta pra ter certeza que ninguém estava olhando, então abri a porta e entrei. Sobre sua mesa havia contratos, notas, fotos, é uma pasta com uma etiqueta dizendo “documentos empregados”, ao abrir tinha uma pasta de plástico dentro com etiqueta ‘informal’, e lá estavam passaportes sírios e alguns documentos em outra língua, logo notei o passaporte de Omar entre outros. Escrevi um bilhete, Juntei tudo mais um envelope cheio de notas de cem reais e sai sem ninguém ver.

Corri desesperado pra dar tempo, Omar estava caminhando pro alojamento e me viu. Cheguei tão rápido que ele me segurou pra eu não cair.
– Está tudo aqui! Os documentos! Amanhã tem um ônibus que passa no rodoanel as 5 da manhã! – falei sem fôlego. – me manda uma carta pro nome e endereço que escrevi no bilhete! Meu pai tá voltando! Tchau!
– Espera! – segurou meu braço e me beijou fortemente.
Voltei correndo vendo as luzes do carro do meu pai entrar na propriedade. Ele brigou comigo por não estar pronto e fomos embora pra cidade, meu pai viu que eu só chorava mas achou que era porque ele havia gritado comigo e disse que eu estava fazendo demais drama. Eu também já chorava de culpa do que eu havia feito contra meu pai.

No dia muito cedo, acordei com meu pai me chamando urgente, que não ia poder me levar na escola e era pra me aprontar rápido que ele tinha uma urgência na madeireira. Enquanto dirigia ele falava num daqueles celulares de antenas enormes, conversou com muitas pessoas diferentes, ouvi ele dizer que eles não iriam muito longe sem os passaportes, acabariam voltando e iam pagar o preço.

Chegamos no escritório corri pra alcançar meu pai que foi às pressas, mas ele parou de frente a sua sala do lado fora olhando pelo vidro enquanto seu sócio tentava acalma-lo. Havia três pessoas estranhas a mesa dele folhando papéis e documentos. Na conversa entendi que era a polícia de imigração, que acabaram de chegar de surpresa, vasculharam alojamentos e falaram com os trabalhadores, e exigiram que lhe desse acesso aos documentos. Meu pai ficou pálido mas seu sócio disse pra ele se acalmar pois não havia nada ali que os comprometessem que depois ele entenderia, ele me mandou ir pro trailer e parar de chorar.

Meu pai ia ser preso porque eu confiei no Omar, e ele acabou chamando a polícia, era isso que eu pensava. Por fim, a polícia foi embora e tudo que meu pai falava era agradecer a Deus e que ‘há mal que vem pro bem’, o que eu não entendia na época. Em suas conversas entendi que a imigração tinha começado a fazer inspeção aleatório nas propriedades no combate ao trabalho escravo.

Foi um ano muito difícil pra mim, tive que desistir e aceitar que não receberia carta do Omar. Eu me sentia sozinho e com hormônios fervendo convivendo e morando só com meu pai, que vivia de cueca à noite. Via ele bater punheta na cama ao lado quando dormíamos no trailer, ele acabava que eu estava dormindo, um feixe de luz da lua entrava pela janelinha e iluminava sua virilha, ele era pauzudo cabeçudo e me isso me deixava com cu piscando lembrando da dor que Omar me causava. Outras vezes ele acordou e me viu batendo punheta embaixo do lençol eu parava na hora com vergonha mas ele nunca disse nada, ele se virava como se me desse mais privacidade.

Uma vez eu fiquei de olhos abertos vendo a luz da lua clarear sua virilha peluda, me lembrou muito Omar, o penis do meu pai parecia pulsar por dentro da cueca branca, estava tendo umas das ereções noturnas, eu parecia estar sonhando, não aguentei e cheguei perto, com cuidado eu puxei sua cueca e soltei seu penis, acabei pegando e pondo na boca daí ele acordou gritando comigo e eu me apavorei.

Meu pai logo se arrependeu e me pediu pra me acalmar, disse que estava tudo bem e era pra gente esquecer disso, que nunca aconteceu. Ele admitiu que era culpa dele pois eu estava crescendo e era hora de sair do mato e viver na cidade, então combinamos que eu ia ficar permanente na minha mãe.

Em Cuiabá eu vivia com medo, só havia notícia de violência pra todo lado. Minha mãe dizia que já tinha 13 anos e era hora de eu ir e voltar da escola sozinho como outros garotos, eram só dez minutos de ônibus que me deixava perto de casa. Fiz poucas amizades, eu tinha medo de me enturmar com os garotos, me chamavam de gayzinho.

Eu tinha um colega que gostava de andar de bicicleta a noite e me chamava pra ir. Nessa noite nós acabamos ficando na rua até mais tarde que de costume, por fim ele disse que ia pra casa de outra pessoa então eu voltaria sozinho cruzando um bairro perigoso. As ruas eram escuras e pouca gente circulando, havia um carro que parecia me seguir, era carro barato com barra de carga no teto, vidros escuros e fiquei muito assustado ao ver que ia onde eu ia, acelerei a bicicleta mas o carro me seguia, até que virei numa viela escura e o carro seguiu reto. Ali meio perdido parei na esquina escura tentando me localizar e fui surpreendido por dois moleques mais velhos que eu, de bicicleta me mandando ir pra calçada com eles senão eu ia morrer.

Os bandidos me chamavam de filhinho-de-papai, mandou eu dar meu relógio, tênis e minha bicicleta. De repente, do nada aquele carro aparece na esquina de luzes apagadas e imprensa a gente contra o muro. Estava muito escuro eu me baixei com medo, um homem grande saiu e lutou com eles, fazendo os moleques fugirem. Ele se agachou me devolvendo meu tênis e relógio, disse que pra eu segurar minha bicicleta, foi então que reconheci sua voz.

Eu pulei e abracei Omar, fazendo muitas perguntas mas ele me calou a boca com um beijo. Ele amarrou minha bicicleta no teto do carro, me levou pra uma rodovia e me comeu no carro até seu corpo se contrair e ejacular dentro de mim, foi então quando conversamos com calma.
– Por que você sumiu, nunca me escreveu?
– Eu não consegue aprender, só falar português, escrever é difícil! Mas eu ir teu casa e olhar, nunca eu veu você la fora no ano passado. Depois que eu pegar visto eu ir sempre de noite. Eu pensou que não era mais teu casa. Eu morar longe! Gasolina cara.

Nós nos casamos quando completei 18 anos, e contra a vontade dos meus pais, então fiquei um tempo sem falar com eles, fui viver uma vida muito simples com Omar, eu trabalhava de dia e estudava de noite na universidade pública. Mas nós demos a volta por cima, hoje ele tem cidadania brasileira, temos uma padaria árabe e já construimos nossa casa, onde ha uma edícula pro pai e avó dele. Omar está com 45 anos, engordou um pouco, ficou maior e roliço, não quer que eu malhe, gosta que eu fique magrinho, seu corpo me esmaga todo na hora de me comer de mamãe e papai, e eu com 22 anos ainda mantenho a aparência de 16. Ele gosta que eu o chame de ‘bába’ (papai em árabe), e como eu sou moreno claro, muita gente pensa que sou filho dele, chego até ouvir comentário de mulheres interessadas nele. Não sou tão inocente de achar que ele é monogâmico. Ele também é padrinho afetivo de um menininho de um orfanando, Omar traz ele pra passar fim de semana e as vezes me deixa com o pai dele e sai passear só ele é o menino, eu também gosto disso! Bom aí já daria outras histórias, enquanto isso podem ver uma foto de Omar.

*** Identidade Bourne ***

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Homem Sírio Omar

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12 Comentários

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  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Cada sirio bonito dava a todos

  • Responder Antônimo ID:e247x4r8m

    Continua a história

  • Responder Rluv ID:yilwotzj

    História gostosa de ler, muito boa

    -se alguém quiser trocar ideia: rluv (wickr me)

  • Responder Gozando mais ID:jl10os949b

    Os cara da Síria até que são boa pinta mesmo. Se eu fosse igual eles eu ia meter a pica mesmo

  • Responder Manuel BH ID:1ghmppw6t09

    Ele tinha quer dar cu pra todos empregados. Ai sim !

  • Responder Joaquim 32 ID:jl10os949b

    Voltou com tudo!

    • Ginho Moreno Corrêa ID:2j93w2qk

      Conta se o Omar está comendo o afilhado e se vc tbm comeu e se vc continuar a da pra Pai do Omar

  • Responder Anônimo ID:3ynzgfruzri

    Continua

  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Quero Omar para mim, que delicia de homem adorei a barba

  • Responder Cap Juju ID:gqaw4g5d1

    Hummm o Bourne errar polícia de imigração…Bourne falso??

  • Responder Capxv ID:469cwbuid9k

    Um dos melhores autores desse site 🤩

  • Responder Primão Gabriel ID:469ctdip49c

    Que saudades eu tava dos seus contos Bourne! Comecei a escrever aqui por causa dos seus contos.