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Eu e Beto, um dia feliz na praia

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Descemos do ônibus, pegamos a barca que nos levaria à praia lá do outro lado, desde criança que via o vai e vem daquelas barcas sem saber prá onde iam.
Morria de medo de água, Beto sabia disso, sossega rapazinho, nado feito peixe, se tu cair na água, te trago de volta pelos cabelos me disse assim que sentamos na barquinha.
Era um trajeto rápido serpenteando entre os navios que aguardavam a vez de entrar no cais, logo estávamos do outro lado, lugar era bonito mesmo, uma praia pequena quase sem casas, mato por todo lado, um barzinho no canto esquerdo, só eu e Vânia que não conhecíamos aquele lugar ainda, ela tb gostou.
Prá variar, foi todo mundo pro bar restaurante direto, tomar uma logo prá espantar a ressaca disse Luciano, sentamos lá, fiquei vendo os Clubes lá do outro lado, era gozado ver minha cidade de lá, pediram bebidas, refri prá mim, as meninas já caíram na batida de maracujá, pinguças rs, ficamos lá uma meia hora, vamos lá atrás no Djalma falou Beto pro dono, depois voltamos, reserva umas cadeiras ae prá nós.
Entramos numa trilha, ae começou a aparecer umas casas no meio da mata, no fim dela tinha o bar do tal Djalma, eram duas mesas rústicas grandes só, no fundo uma queda dágua tipo cachoeira e um riachinho que levava a água que descia dela em direção à praia, lugar gostoso, pediram bebidas, Wantuil já tirou o schort ficando só de sunga mostrando o que Beto preferia esconder, danado era grandão rs, os mano dele foram junto se banhar, vem tb disse Wantuil prá mim já debaixo da cascata, vai não lek disse-me Beto, essas pedras é um limo danado, já morreu até um rapaz do exército aqui, depois tu se refresca na praia.
Ficamos lá uma meia hora, Beto combinou com Seu Djalma que íamos voltar prá almoçar lá, galinha à caipira e peixe frito ia ser o cardápio, no caminho prá praia Beto me falou, mulher do Djalma faz uns rango bom, não sai igual os teus mas de fome ninguém morre não.
Já na praia, sentamos nas cadeiras que o Dono tinha colocado perto do bar e da água prá nós, eu fui direto prá água, tava gostosa, quentinha, acabou entrando todo mundo no mar tb, e ae rapazinho, gostou do lugar perguntou Beto, legal, muito gostoso aqui, Seu Djalma tem duas boca de porco lá no fundo, ele aluga pros que resolvem dormir aqui, lugar sujinho mas uma noite só não mata não continuou Ele rindo, se comporte que quando eu tiver uma folga vem só nos dois, te comer nessas matas vai ser muito bom, ah meu Beto, como gostava de transar em lugar deserto, lembrei lá do Paraíso em Itatinga, danado me fazendo berrar igual cabra nos trilhos do trem, saudades demais eu tinha daquele lugar, só tinha vontade de rir quando Beto mandava eu me comportar, num fazia nada de errado nem olhava prá ninguém à minha volta, sabia que o ‘zelo’ dele era grande, qq coisa era motivo prá Ele me olhar com aquela cara que dava medo, eu já evitava tudo que pudesse contrariar o danado.
Ficamos lá no bem bom, o Homem do bar toda hora trazendo bebidas e aperitivos que o povo pedia, Wantuil e os manos me chamaram pras trilhas, a ordem já tinha sido dada em casa, eu disse que ia outra hora.
Depois dumas duas hs ali, já estávamos tudo bronzeados do sol quente, Beto me chamou prá me mostrar um lugar, era pertinho, no meio da trilha à beira mar em meio às árvores havia tipo uma tampa de concreto grande, era uma caixa d’água embaixo me disse Beto, deitamos nela com as mãos na cabeça, os barquinhos que iam e vinham não percebiam nossa presença ali mas a gente via tudo, era gostoso deitar ali.
Quando nós vier prá dormir aqui bebê, vou te socar vitamina aqui nesta pedra, é gostoso prá caraio, eu ri e perguntei baixinho, tu já socou vitamina em gente aqui é Nego, Ele riu, muitas vezes lek, tenho que esconder nada de ti não safado, teu Beto era arteiro antes de ti, aprontava mesmo, por isso que gosto de fazer todo dia, tou acostumado, tu acabou minha farra, agora têm obrigação de segurar o tranco do teu Nego né, já falei que sou teu hj eu lhe disse, falou agora mlk teimosinho do Pai e tu sabe que eu adoro ouvir isso saindo dessa bokinha gostosa, vamos voltar prá praia, senão povo começa a pensar besteira de nós.
Caminhando na volta Ele disse, sossega aqui, descansa que em casa tu tem é trampo lek, fazer feijoada prá muita gente dá trabalho, que nada respondi, prá quatro ou quarenta trabalho é o mesmo, tu que corta as carnes, resto é mole, alisou minha cabeça, ah meu mulekinho danado me disse, onde é que eu ia achar outro igual tu pivete, eu ri, tu quando tá bravo comigo num fala que tem um monte atrás de ti, Ele riu e disse, têm mesmo bebê, mas tudo puto, putaria eu inté consertava na porrada mas ensinar a fazer tuas gororoba gostosas e tirar vitamina igual tu tira, ah mamãe, ae ia precisar dum milagre gigante, eu gargalhei com a cara de safado dele, esse cadeeiro véio gosta de tu meu safado continuou, por isso tenho tanto zelo, tu é novo ainda, por isso pode não entender teu doce Beto, mas todas as ruindades minhas contigo é sempre pensando no teu bem, esquece disso nunca não.
Chegamos na praia, tinha chegado muita gente vindo lá da cidade, povo já tava tudo enturmado num conversê danado, eu fui prá água, tinha uns meninos brincando num sonrizal, me enturmei com eles na brincadeira, aquilo era gostoso demais, olhava prá Beto e o pessoal, Beto bebia, conversava mas os olhos sempre ali onde eu estava, era muito ‘zelo’ que meu Nego tinha e como no futuro eu sentiria falta daquele ‘zelo’ lá do outro lado do mar, podia ir prá onde quisesse no Velho Mundo mas o que eu queria era ouvir aquela voz me dizendo, não sai prá lugar nenhum sem minha ordem, ah meu doce Beto, aquele Homem ia viver prá sempre entranhado em mim, mesmo tão longe, ele vivia em mim, estaria sempre presente.
Deu uma hora, foi o horário combinado prá irmos almoçar lá no Djalma, seguimos prá lá nós todos e mais um casal com dois mlks pequenos que a turma tinha feito amizade, a moça era bonita igual as de novela e muito animada tb, ela e Leuzinha iam conversando e gargalhando o caminho todo.
Tomamos conta das duas únicas mesas que tinham lá, as comidas vieram fumegando e gostosas, almoço foi uma algazarra só, tava tudo divertido naquele dia, o casal já tava até convidado prá feijoada no dia seguinte lá em casa, os ‘meninos’ tudo de olho na moça risonha, só o marido que fingia não perceber.
Ficamos lá até a hora de irmos embora, pagaram a conta e partirmos prá barquinha, a moça Andreza era lá do mesmo lugar de Leuzinha, o marido era do bairro de minha mãe e lá moravam, ô mundo pequeno esse, do outro lado já todo mundo se despediu, o casal tava de carro e garantiram que no outro dia estariam lá em casa, nós nos enfiamos no Circular 7 e fomos embora, no caminho o assunto era Andreza, eita muié gostosa todos os safados diziam, a bixa era bonita mesmo, simpática e dona de casa de mão cheia eu ia saber no dia seguinte, tinha preguiça prá nada não.
Em casa foi todo mundo pro banho lógico, eu, Luciano e Claudionor fomos pro Mercado Municipal comprar as coisas, num sei que milagre Claudionor pediu e Beto me deixou ir, um pé lá outro aqui hen me disse ao sairmos.
Voltamos carregado de coisas, meu ombro até doía do peso, Beto estalou o danado resmungando, teimoso safado, sabe que não pode carregar peso, já já te dou umas cotoveladas na fuça prá aprender, foi cortar a montanha de carnes, feijão já tava de molho, resto era comigo, Beto saiu da cozinha e foi com Preá meter fogo no fogão de lenha, coloquei nele as carnes prá dessalgar, tinha feijão pronto, tava todo mundo cheio do almoço, faz janta não lek disse-me Beto, faz uns aperitivos gostosos prá nós e tá bom, Leuzinha, Vânia e Dona Guilhermina como sempre tavam na calçada fofocando, os meninos foram deitar prá descansar um pouco pro Carnaval, Miguel tb se jogou no sofá, Wantuil e os manos foram pro pebolim, ficou eu, Beto e Edvaldo na cozinha, eles virando umas Antarctica e eu descascando batatas pro purê, ia fazer bolinhos de batata recheados de todo tipo pro pessoal, era olhando as carnes lá fora e na cozinha ao mesmo tempo, tu num cansa não mlk me perguntou Edvaldo, Beto que respondeu, vagabundo comigo não se cria não parceiro, ponho prá trabalhar mesmo senão vira trankeira, nem falei nada, conhecia meu Beto, antes de dormir Ele me agradecia várias vezes mas na frente dos outros gostava de ser o Durão, o mão de ferro da casa, Edvaldo riu dizendo, pois lá em casa se precisar de um prá fritar um ovo, tou é lascado, ninguém sabe, sabem sim eu falei, teus meninos já me ajudaram muitas vezes aqui na cozinha, é que eles acostumaram a comerem comida da rua acho.
Tou cansadão tb lek disse Beto prá mim depois, assim que escaldar as carnes vou dar uma deitada tb, o purê estava pronto, comecei a misturar farinha e a fazer uns bolões dele com a colher de pau, bixo tava é quente, ia recheando uns com atum, outros com queijo, presunto, mortadela, bacon etc, era eu fritando e eles comendo, hum delicia disse Edvaldo, batata recheada conheço mas bolinho assim nunca tinha comido não, Beto riu, mlk faz sempre disse, nós fica vendo tv e comendo, pq tu acha que eu e Assis tamos com essa barriguinha né, aiai continuou Edvaldo, eu com teu mlk em casa acho que explodia de tanto comer.
A carne lá fora já tava com a primeira escaldada pronta, Beto foi virar no tanque prá mim o caldeirão enorme, eu não aguentava o peso não, tasquei água de novo e lá foi tudo prá lenha de novo, Leuzinha e Vânia entraram só prá comer uns bolinhos, nós pica as couves depois disseram, Beto num gosta que a gente cozinhe, num gosto mesmo disse Ele, vcs tem pena de gastar tempero parece, mlk já atocha de tudo nos rango, por isso que fica tudo bom nas mãos dele, vão fofocar vão, elas riram e foram prá calçada com um prato cheio de bolinhos.
Os meninos de Edvaldo toda hora vinham beliscar tb na cozinha, a carne ferveu de novo, a noite já tinha caído, Beto virou a panela, resto é contigo lek, vou dar uma estirada, qq coisa me chama, vá se queimar a toa que te encho de bofetes a fuça depois, perguntou se Edvaldo queria dormir em casa que já preparava o colchão, não parceiro Ele respondeu, amanhã é último dia de Carnaval, povo gosta de torrar dinheiro, cedo antes de vir filar a bóia, vou repor o estoque de ursinhos ae pelos comércios, é dia de levantar uma grana boa, criar quatro mlk é foda, eu sei disse Beto rindo, crio um só já é uma despesa braba.
Edvaldo se despediu, os meninos queriam ficar prá dormir, ver as putas diziam eles, nada disso disse ele, amanhã cedo nós vamos é trabalhar seus porra, isso falou Beto rindo, dá mole não Edvaldo, foram embora, Beto foi deitar, qq coisa chama eu lek, num sei pq mas tou quebrado, foi o sol acho, tá véio Nego eu disse, ele agarrou a piroca com a mão, tu conhece teu véio, safado, bobeia que te faco chorar nela inda hj, eu ri, conhecia meu Nego, prá isso tinha cansaço nenhum não o danado.
Fiquei cuidando das comilança, Vânia e Leuzinha entraram, picaram as couves e as coisas da farofa do dia seguinte prá mim, povo levantou, uns foram pular o Carnaval, Miguel se entupiu de bolinhos de batata e foi pro baile trabalhar, Beto dormindo, eu com Vânia e Alberto fiquei vendo tv e indo olhar a feijoada de vez em quando, depois que tava no ponto, Alberto tirou do fogo e levou os dois caldeirões enormes prá cozinha, tinha comida prá cinquenta no mínimo, tadinho tava só esperando fazer isso prá ir dormir, eu já tava no embalo, fiquei sozinho arrumando a bagunça e pondo as louças em dia, já eram bem umas duas HS da manhã quando acabei tudo e fui pro banho, entrei no quarto devagarinho prá não acordar meu Nego mas não teve jeito, danado acordou, olhou no relógio, porra bebê, tava trabalhando até agora é perguntou-me, tava lhe disse, pelo menos tá tudo adiantado, só fazer o arroz, farofa e a couve no almoço e tem comida pronta pro povo todo.
Tou com fome disse Ele, tem bolinhos ainda? Tem respondi, guenta fazer um canecão de café ainda continuou, faço Nego, tava cansado mas o banho me reanimou lhe falei.
Fomos prá cozinha, enchi a jarra elétrica de água, coloquei os bolinhos no forno prá dar uma esquentada, o xero dessa feijoada tá é bom bebê, amanhã me acabo disse Beto, amanhã ou hj eu falei, já é madruga Nego, amanhã lek continuou Ele, inda vamos dormir pow disse o safado piscando o olho e estirando a mão por cima do schort de futebol que tava vestindo, eu olhei de relance, a danada tava meia dura, a cabeçona prá fora do schort sobre a coxona dele sentado, meu Nego era um Homão pensei sem dizer nada, era bom gente em casa nos fins de semana mas era bom tar sozinho com o Nego tb, nós sozinhos o ‘zelo’ dele sumia, a braveza tb, ficava todo carinho comigo o danado.
Coei o café, pus os bolinhos quentinhos na mesa, sentei e ficamos saboreando e tomando café sozinhos ou pelo menos só nós dois acordados naquele casarão quase todo às escuras, Ele levantou depois, pôs os pernão com a coisa pendurada bem do lado da minha cabeça, tu tá cansado meu pivete que eu sei me disse, mas deixa eu brincar um pouquinho antes de dormir de novo, ponho só a cabecinha, empurro ela prá dentro um pouco, depois te libero prá dormir até meio dia se tu quiser, de manhã vou na padaria, trago as coisas e o povo que se vire pro café né.
Nem respondi, Beto quando queria a cara de bravo dele sumia, virava rosto de mlk com aquele riso safado, mesmo que eu não quisesse, Ele ficava me cutucando na cama, sabia me abrir prá Ele o safado, eu dava mesmo e mesmo cansado dava gostoso, fomos prá cama, Ele tava descansadão, sabia que aquele um pouco que Ele tinha falado de pouco não ia ter é nada, safado só ia me deixar dormir depois que eu estivesse todo esfolado por dentro com aquele pirocão dele aiai, deitei já sabendo a madrugada que me esperava debaixo daquela delícia toda.

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9 Comentários

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  • Responder Francisco ID:g3jga5oij

    Oi, quando voltará escrever?? Deu book??

  • Responder Francisco ID:g3jga5oij

    Oi, boa tarde kd vc? E seus contos?

  • Responder LUARA ID:83105bakzj

    Marcos adoro sua história,mas infelizmente não tive tempo de ler os últimos capítulo antes de sumir do site,por favor Marcos posta novamente o q sumiu,sempre li todos sem perder nenhum capítulo.
    Desde já agradeço e aguardo por esse capítulo perdido e anciosa por muitos novos capítulo p saber de tudo sobre a história de amor do Lek e o Beto.😊😉

  • Responder :) ID:w71j6n40

    Adoro este conto 🙂 poderia reenviar os que foram perdidos nesse bug do site?

  • Responder Drica loka ID:bf9kdis6ic

    Tem que reenviar os capítulos perdidos do site.

    • Henrique ID:1v7ggrsq

      Oi Marcus eu amo seus contos, não demora pra postar não que fico aflito kkkk, queremos mais kkkk parabéns

  • Responder Mcbraga ID:8d5n6rtk0b

    Conto muito longo,cheio de muito detalhes não gostei

    • Alex sandro ID:gsudr920d

      Amo seus contos Marcus,continue por favor.

      Mais quero saber se o pai do lek ,Beto vai matar ele ainda?

      Só não curto muito Beto não dar myi5o carinho ao lek e um monte de gente em casa e só o lek faz tudo pra um monte de marmanjos

  • Responder Bsb novinho ID:19p2xp341

    Saudades de quando Luciano comia o lek gostava gostoso o Beto e bom mais Luciano com lem é muito melhor reli os contos poxa como Luciano comia o lek gostoso pqp saúdes de ver o lek levando rola de homem que o deseja faz ele gemer gostoso tem tanto homem gostoso pra botar ele pra gemer na vara !
    Tanto macho que poder fazer ele gozar !
    Em fim agora e esperar os novos capítulos e ver oq vai acontecer ! A despedida que vem quando ele não tiver mais com Beto o desenrolar dessa história!