Amado e iniciado pelo amado Tio

Hoje eu tenho 20 anos e meu Tio 38. Porém, a minha história começa muito antes disso.
Primeiramente, acho necessário explicar que sempre fui um garoto calado e adepto da leitura, o que reflete em minha escrita.
Rememoro que ainda em minha primeira infância, meu Tio já me tratava muito bem, sempre com muito carinho, paciência e atenção. É verdade que ele dispensava o mesmo tratamento para meu irmãozinho e para os outros sobrinhos e crianças. Mas isso não fazia me sentir menos especial.
Quando eu tinha apenas 7 ou 8 anos, na minha inocência, disse para o meu Tio que queria casar com ele quando fosse adulto. Na minha cabecinha, casar implicava somente em morar e dormir com a pessoa que você mais gostava. Não sabia a correta definição e propósito de um casamento.
Meu Tio deveria ter ignorado minha “proposta”. Porém não ignorou e me tornou seu alvo prioritário dali em diante.
Começou a convidar-me para sentar em seu colo com mais frequência. Todas as vezes que passávamos tempo juntos, ele dedicava-se nos meus interesses, por mais pueris que fossem.
Assistíamos juntos desenhos infantis, youtubers de Minecraft e brincávamos de carrinhos e soldados. Note-se que nessa época ele já era um adulto, mas de alguma forma, era diferente de todos os adultos, e eu adorava isso. Hoje sei que nenhum adulto sério perderia seu precioso tempo aprendendo toda a “lore” de FNAF e Pokemon, discutindo o assunto com seus “pares” de menos de 10 anos. Desconfiem de todos os adultos que agem assim, não deixem as crianças perto.
Pois bem, com a minha admiração por ele em níveis muito elevados, comecei a me sentir muito confortável em seu colo. Titio não precisava mais convidar. Eu por conta pŕopria e com muita boa vontade corria para sentar. Meu Tio começou então a expressar seu “amor” de outras formas. Enquanto em seu colo, enquanto eu jogava videogame ou assistia, ele beijava minha nuca, meu pescoço e meus cotovelos.
Isso era tão gostoso pra mim, carente de carinho, que comecei a pedir mais. Porém eu era muito inocente e não sabia me expressar com palavras. Ao invés de falar, comecei a arregaçar as mangas da minha camisa expondo mais pele dos braços, pois queria que os beijinhos continuassem em mais áreas do meu corpo. E de alguma forma, Titio entendeu minha linguagem. Beijou meus bracinhos.
Acho que essa foi a primeira vez que eu me senti “safado” e “provocativo”, ou talvez eu esteja reconstruindo minha memória de tal forma agora. O que eu tenho certeza é que naquela ocasião, quando eu percebi que meu Tio me compreendia e que eu ganharia muitos beijinhos onde eu quisesse, fiquei espontaneamente excitado e ereto. A minha primeira ereção para alguém foi para meu próprio Tio.
Imediatamente, descalcei meus tênis e minhas meias, e levantei a barra das minhas calças. Titio humildemente se abaixou e começou a beijar com muito carinho meus pezinhos e minha canela. Eu queria mais, e puxei tanto as pernas da minha calça que expûs minhas coxas. E quando Titio beijou minhas coxinhas, eu me senti no céu, no paraíso. O jogo que estava jogando no videogame já não importava mais, e o personagem na tela só morria.
Não prosseguimos naquele momento, pois eu já tinha alguma noção do perigo. Uma vez, quando eu era ainda menor, cometi o erro de beijar meu irmãozinho na boca, e apanhei dos meus pais, e me senti humilhado, e até meu irmãozinho foi posto de castigo.
Engraçado como mesmo inocentes, nos sentimos culpados. O único safado da história era meu Tio, e mesmo assim, eu tinha medo e me sentia responsável por protegê-lo. Na minha cabeça, eu estava levando meu Tio querido para um castigo terrível, tal qual eu levara para meu irmão.
Apesar do sentimento de culpa, nas semanas que se seguiram, eu continuei aceitando e desejando os carinhos. Até que em uma certa noite, meu Tio se sentiu corajoso demais.
Quando pôs eu e meu irmãozinho para dormir, meu irmãozinho dormiu primeiro, e Titio me perguntou se poderia fazer um “carinho especial” no meu “bumbum”. Eu confesso que fiquei desejoso e excitado e aceitei. Por que era de noite e não tinha ninguém acordado me senti mais seguro e corajoso também. Ou talvez não quisesse decepcionar meu Tio. Hoje sei que foi um erro, mas eu não disse “não”. Pelo contrário, aquiesci e falei “Sim!”.
Titio, muito feliz, pediu para eu ficar de bruços e para confiar nele. Eu obedeci e fiquei de barriga para baixo e face de ladinho no travesseiro, mas com a ansiedade de não saber e não conseguir ver o que aconteceria, devido à posição do meu rosto.
Me senti injuriado quando ele puxou minhas calças para baixo. Pensei em protestar, mas lembrei que prometi a confiança. Eu não tinha autorizado expressamente a me expor dessa forna e fiquei mais ansioso e com medo. Apesar de ser de noite, o que aconteceria se alguém, até meu pŕoprio irmãozinho que dormia do meu lado, acordasse e me visse de bumbum de fora na cama com o Titio? Pior ainda se fosse algum adulto, como meus avós que moravam na casa.
O medo deu lugar imediato à excitação quando ele começou a massagear o meu bumbum. Eu era baixinho, magrinho e com um grande bumbum branquinho e redondo. Ele amassava minha nádegas como se fossem pãezinhos, com muito carinho.
Quando eu já estava bem relaxado, ele começou com os beijinhos nas nádegas, e meu pinto endureceu imediatamente. Ele pôs a mão por baixo e segurou firme meu pênis ereto. Dessa vez eu ia protestar, mas não deu tempo, pois ele começou a lamber o meu cuzinho e eu fiquei sem palavras, sem ar, sem reação. A sensação era incrível. Eu fiquei todo desconcertado. E me rendi. Fiquei todo lânguido para que ele fizesse o que quisesse comigo.
E ele fez.
Titio começou a penetrar meu cuzinho com a língua. E eu estava tão relaxado e molinho que deixei. Meu pauzinho estava tão duro que parecia que ia explodir. Titio usou seu braço que estava segurando meu pênis para me punhetar com força. Por conta da força aplicada, meu corpinho mole subia e descia na cama, e a língua dele entrava e saía do meu cuzinho.
A minha cabeça só não pensava em nada, estava inundada de prazer, prazer e prazer.
Até que um alerta veio em minha cabeça, uma sensação estranha nunca sentida, mas eu pensei que iria me urinar todo. No segundo seguinte, entrei em desespero, e tentei segurar, mas não deu.
Qual foi minha surpresa quando eu senti um choque elétrico por todo meu corpinho, um grande espasmo, mas era bom, era puro prazer, relaxamento e satisfação. Provavelmente durou uns bons 20 segundos meu primeiro orgasmo, mas na minha cabeça parece que durou muito mais.
Titio relaxou também, e deitou-se ao meu lado, com cuidado para não deitar sobre meu irmãozinho, que não acordou por algum tipo de milagre operado pelo mal.
Eu estava tão grato pela viagem sensorial que ataquei meu Tio beijando-o na boca, e ele retribuiu. Ambos sabíamos que não podíamos conversar naquele momento, e ficamos trocando carinhos até adormecermos.
No dia seguinte, meu Tio teve “A conversa” comigo.
Perguntou se eu tinha gostado, e seu eu queria que houvessem mais vezes. Eu, estupidamente, disse que sim.
Pois então, para que houvessem mais vezes, eu não poderia contar para ninguém, disse meu Tio. Eu, desejoso de mais e mais carinho, atenção e prazer, concordei. E tal qual tivesse assinado um pacto satânico ou uma procuração para um advogado trambiqueiro, fiquei preso por muitos anos naquilo que os psicólogos chamam de “síndrome do segredo”.
Esse é só o começo da história, fizemos muito mais coisas prazerosas por muitos anos. Eu e meu irmãozinho viramos as felizes putinhas do Titio, e com muita alegria na época, mas é muito pesado para mim continuar essa história agora.
Meu Tio consegue ser ao mesmo tempo o herói e o vilão da minha vida. Embora tenha sido sempre gentil, carinhoso, dedicado e honesto comigo, me deu suporte em todas as áreas e necessidades amorosas e materiais, sinto que era responsabilidade dele ter segurado seus impulsos, e então eu teria tido uma vida normal.
Tanto eu como meu irmãozinho, que já tem 18 anos, poderíamos denunciá-lo. A partir de certa idade ele “conquistou” meu irmãozinho também, e desde meus 11 anos nos explicou sobre a ilegalidade dos atos e que poderíamos denunciá-lo no dia que nós quiséssemos, que ele não negaria nem nos constrangeria. Mais recentemente, ele voltou no assunto e explicou com termos jurídicos que temos muito tempo para colocar-lo na cadeia, que demorará muito para prescrever.
Mas nada disso importa, pois com absoluta certeza papai o mataria com muita crueldade se descobrisse o que houve entre nós.
Tanto meu Tio como meu irmãozinho encaram com certa paz tudo o que aconteceu.
Meu Tio parece que de forma nihilista aceita qualquer destino que acharmos justo sem se importar; e meu irmãozinho acha que não fizemos nada de errado, e tem desejo até de morar com ele e resgatá-lo.
Hoje Titio vive isolado e aparentemente muito depressivo, não tem amigos, nunca sai de casa e vive sozinho. Não é miserável porque é muito inteligente e portanto tem um bom salário, porém não aproveita em nada a vida. Não acredito que ele irá se aproximar de outras crianças no futuro, pois ele já não é jovem e não possui nenhuma alegria de viver. Também nunca trabalhou com menores de idade, e por isso parece de certa forma bem diferente daqueles predadores que são os que possuem esses gostos.
Ainda não consigo aceitar, e vivo preso no passado, desejando continuar nesse passado e repetir esse passado, o que é impossível, pois eu não sou mais criança ou adolescente, e meu Tio é um poço de depressão. Diz ele que ficou assim porque não encontra nenhuma razão em aproveitar a vida longe de mim e do meu irmãozinho, e que não consegue ficar só com o meu irmãozinho sabendo que eu o desprezo.
E eu só queria poder voltar no passado e viver pra sempre nele com meu Tio… Sem nenhuma pressão externa…

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