# # #

O Vizinho Militar 30 – “Bate uma pra mim, pelo menos?”

5677 palavras | 3 |4.18
Por

Então isso que é ser comido por um cearense? O guia que Jonas contratou na viagem era todo grosso e não é do jeito que você está pensando. É melhor.

É óbvio que a gente comemorou quando ficamos sabendo com umas semaninhas de antecedência que vinha um feriado prolongado pela frente. Eu vinha há algum tempo tentando planejar outra viagem com o meu militar, mas sempre colocamos outras coisas na frente. Às vezes nem era outro plano, a gente só ia adiando mesmo para ficar em casa de pijama o dia todo, se amassando no sofá da sala e pedindo delivery por preguiça de criar louça pra lavar depois.

Até pensei que seria interessante arrancar o primo de Jonas lá do interior pra passar uns dias em nossa cama de novo ou quem sabe procurar Rafa, o amigo gostosinho do meu namorado. Andava pensando muito neles principalmente nos momentos em que estava ocioso. Não minto que quase armei de ir pro futebol só pra ver a carinha safada dele, quem sabe criar uma safadeza rapidinha ou convidá-lo de novo para nossa casa, mas Jonas não tinha ido ao futebol nos últimos domingos. Até comentamos juntos algumas vezes que Rafa tinha sido uma boa surpresa, mas nossos comentários sempre acabavam em risos nervosos. Na verdade, nós dois sempre quisemos muito repetir aquela noite. Isso é fato.

Outro fato é que aproveitei as milhas e fiz uma loucura aceitável: comprei duas passagens de ida e volta para um destino cearense que sempre quis ir. Uma vila charmosa, minúscula e rústica na foz de um rio, no litoral mais convidativo do Brasil. Jonas quase desaprovou a minha ideia, mas eu já tinha comprado mesmo assim e ele sempre concordou que um dia iríamos fazer esse roteiro. Rapidinho achei uma agência no Instagram que fechava pacotes em parceria com a pousada e de quebra ganharíamos a companhia integral de um guia particular. Perfeito, não é?

Chegamos na vila numa quinta-feira depois de um voo demorado e outras tantas horas de estradas. Tudo lindo como as fotos diziam. Coqueiros espalhados pela paisagem, casinhas coloridas, lojinhas de artesanato, conveniência e mercadinhos, restaurantes charmosos beirando as ruas de areia que dão para o mar azulzinho lá no fundo, muita gente solta na rua, cabelos ressecados de mar e caras coradas. Tudo que eu precisava. Nos instalamos na pousada, demos uma volta na piscina pra curtir o clima gostosinho do começo de tarde e logo o guia se apresentou na recepção.

Irandir. Homem simples, deve ter uns 30 anos de idade, por aí, cabelo inteiro cortado baixinho de máquina num 1.5, sorriso faceiro, ombros à mostra numa regata solta no corpo, bermudão de tecido leve, rosto corado e pele amarronzada, misto de sol, mar e cor natural. Senti a mão forte quando me apertou e o peito seco no abraço que me deu. Não é musculoso e nem pretende ser, mas é definido. Tem cara de que gosta de esportes e até tem porte para isso, mas não foi praticando academia que ele conseguiu as linhas bonitas do corpo, foi na luta, trabalhando desde cedo como guia. Ele mesmo disse isso. Gostou que Jonas era brincalhão, mesmo tendo a cara de bravo e rápido entendeu que éramos um casal.

“Estão de lua de mel?” Perguntou saindo na frente pela rua estreita que termina no mar.

“Lua de mel? Não, não.”

“Vixe, capitão. Falando assim parece que tá fugindo de casório.” E rio todo solto balançando o corpo de um jeito malandro que a gente adora.

“Pode me chamar de Jonas mesmo, rapaz. Tem isso de capitão aqui não.”

“Capitão é só lá em casa” eu brinquei para os dois que gargalharam solto.

Não é que Jonas seja de fato capitão de alguma coisa, mas a imagem de militar trouxe a Irandir a ideia de um capitão, então foi assim que ele nos tratou por algumas vezes. Era até engraçado como falava, mas era também sedutor puxando o carregado sotaque cearense cheio de cor e brilho.

Olhamos o mar por uns instantes, molhamos os pés, lavamos o rosto, caminhamos por ali. Falamos da família dele que mora na vila. Mãe, pai e irmãos. Jonas brincou perguntando se ele também estava fugindo de casamento e ele disse que já tinha casado com o mar. Boa resposta. Esperto! Combinamos um horário para o dia seguinte e fechamos a noite na cama da pousada depois da janta.

O militar me procurou para um beijo calmo e eu vi nos olhos cansados que não dava para insistir em sexo naquela noite. Ele suspirou praticamente dentro da minha boca quando eu disse que precisávamos dormir, ia ser um dia cheio. Foi fácil fazê-lo adormecer com meus carinhos em suas costas largas.

Acordamos outros. Cheios de vida, fome e curiosidade. Procurei a rola dura do meu companheiro bem cedinho e servi uma mamada carinhosa com uma massagem demorada nas bolas durinhas. A gozada foi no meu queixo, no banho. Comentei durante o café que Irandir era um homem interessante e Jonas concordou, mas que não via nele nenhum traço de interesse por nós dois. Se estivesse interessado, talvez não demonstraria por nos tratarmos de um casal. O galego me sorriu de um jeito que imediatamente entregou sua curiosidade. “Bora?” Eu perguntei. Ele entendeu todos os sentidos do meu chamado.

Irandir chegou num buggy. Era o que faltava para completar o nosso roteiro. Curtimos o vento na cara pela interminável faixa de areia da praia paradisíaca, subimos e descemos umas dunas baixinhas, espirramos água para todos os lados atravessando algumas lagoas, observamos a paisagem e a vegetação característica do lugar e paramos para um banho de mar cristalino. Os dois de sunga. A minha slip preta deixando a bunda praticamente desenhada e a de Jonas um modelo clássico em branco que evidencia em exagero o volume que a pica forma entre as coxas. Irandir disse que ficaria pela areia nos acompanhando de longe no buggy e nos garantiu que aquela praia era só nossa. Gostava de trazer os seus clientes ao melhor lugar do litoral para que sentissem a energia e a beleza do Ceará. Ele não mentia. O lugar era lindo mesmo. Corremos para a água, mergulhamos apressados, sentimos o sal e a quentura boa da água, rimos um para o outro e como não poderia ser diferente puxei o meu militar para um beijo molhado. Ele me abraçou pela cintura, grudou o seu volume um pouco acima do meu, roçou em mim com sua sensualidade incontestável e me arrancou um suspiro quando chupou minha língua salgada.

“Vai deixar Irandir com inveja desse beijo” ele sussurrou no meu pescoço.

“E se ele ficar?”

“Talvez eu possa dividir um pouco… quem sabe… Mas aí ele tem que merecer muito, porque você é muita coisa pra qualquer homem.”

“Quer cu? Pra me elogiar assim só pode estar querendo foder gostoso quando chegar no quarto.”

Ele riu tombando a cabeça pra trás e deu uma olhadinha para a areia. Irandir acenou de lá e bateu continência ainda brincalhão.

“Ele deve foder como um bicho. Olha a cara de safado.”

“Ele tem um corpo todo desenhadinho sem músculo. Deve ficar lindo se comparado ao seu assim todo grande, todo musculoso, todo grosseiro.”

“Não sou grosseiro. Sou?”

“Aqui você é” eu disse alisando discretamente o contorno que o pau dele estava fazendo na sunga. Deu pra fazer isso porque ainda estávamos abraçados com a água na altura de nossas coxas. “Também é grosseiro quando eu peço pra me foder com raiva.”

“Aí eu sou mesmo. Se o meu urso pede, eu atendo.”

“Ta mole assim?”

“O meu pau? Alisa de novo pra ver.”

“Não, lindo. To falando de você. Tô podendo pedir, é?”

“Estamos no paraíso, não tá vendo? Todo pedido será atendido nessa terra sagrada.”

Ele nos girou na água e falou erguendo os braços aos céus como se alcançasse algum Deus assim. Pra mim, poucas imagens são tão divinas quanto a desse homem de braços abertos, de peito inflado e rosto corado admirando as nuvens claras lá em cima. A imagem quase me faz orar.

“Então…”

“Vai, pede. O seu militar vai te dar tudo do mundo. Qualquer coisa.”

“Eu quero ele.” Digo mirando Irandir com indecência nos olhos.

“Quer mesmo?”

“Eu quero. Preciso sentir a pele dele, o cheiro, o toque.”

“Seu pedido é uma ordem” ele diz.

“Tá falando sério? A gente vai foder com o guia?”

“Eu tô sempre falando sério.”

E nos faz cair num mergulho que enfia areia na minha sunga, que bagunça meus cabelos, enche meus olhos de sal. A gente ri e brinca, se molha e mergulha, rebate com o peito as ondas suaves e se abraça muitas vezes. Outras tantas nos beijamos e deixo que enfie sua língua pegajosa na minha boca buscando a minha. A gente ri no beijo. Parece que no Ceará tudo é leve demais, gostoso demais, safado demais. Corremos outra vez a areia em velocidade. Irandir se diverte assistindo nossos rostos ao vento e gosta de correr. Estamos em outra vila, uma ainda mais rústica. Diz que vamos no melhor restaurante do mundo inteiro. “Melhor que os de Paris”, ele diz. Eu só posso concordar. Irandir tem cara de que sabe de tudo.

Nos leva onde os locais vão. É simples, pé na areia, banco de madeira cortado no braço, na mão do homem. Tem gente sorrindo, tem outros poucos turistas, peixe frito e macaxeira na mesa, baião de dois e cerveja gelada. Irandir ia sentar longe, mas Jonas o faz sentar conosco.

“Não precisa, Capitão… Jonas! Precisão não, deixa quieto. Aqui a gente não paga, não. Traz o cliente e ganha um prato. Tem disso lá na cidade grande?” E ri todo solto.

Jonas insiste. Quer pagar pelo prato, quer valorizar a cultura e o sabor do seu povo. O sorriso que o nosso guia abre é tão grande que eu poderia me enfiar nele. Ocupa o espaço no banco de madeira ao meu lado e bate no meu ombro em comemoração. Comemos do melhor peixe que existe no mundo, realmente. Comemos que ficamos tristes. Não totalmente tristes porque o mar logo ali pede um mergulho rapidinho depois do banquete. Tem uma rede nos coqueiros chamando para uma soneca e tem cerveja gelada sendo servida.

Irandir nos conta como é viver por aqui, como é paquerar com essa gente livre e bonita pra caramba, que música toca nas festas, que coreografia a meninada inventa, que bocas beija fim de noite. Sempre ri, muito faceiro, muito malandro, e às vezes me responde tocando meu braço nu. Faço questão de virar de lado porque quero olhar seu rosto queimado enquanto fala e deixo que ele saiba que meu olho percorre seus ombros à mostra. Ele nota, sorri, mas diz nada.

É sensual como nos olhamos o tempo inteiro e como Jonas assiste a essa troca. Ele não interrompe nunca e sempre se cala quando nós dois conversamos. A verdade é que o meu militar sente tesão em me ver excitado e curioso.

A gente segue para o mar depois de pagar tudo o que consumimos. Outro banho, depois nos secamos e pegamos a areia no sentido na nossa vila. No caminho uma parada onde o mar se faz piscina. Calmo, límpido e fresquinho. Irandir nos acompanha de short mesmo, mas tira sua regata para vermos como é embaixo dela. Eu estava certo: definido sem músculos. De quebra exibe uma sereia tatuada no peito e âncora na costela. Olho descaradamente e elogio que ele deveria mostrar mais as tatuagens. Ele sorri, como sempre, e analisa o olhar de Jonas.

“Mó bonitão, pô. Deveria mostrar mesmo. Faz mais no braço, fica estiloso. Tem um jeito meio de cara do mar, de bicho solto. Vai pegar geral assim” o meu militar encoraja.

A gente mergulha, ele me segue algumas vezes e num momento não vejo quando dou passos para trás e encosto na sua barriga. O guia segura minha cintura guiando o caminho como quem diz que bem ali atrás está ele, mas no meio disso ainda me aperta e o seu volume molhado roça minha bunda com certa força. Sinto que foi proposital a forma como me segurou e guiou resultando no nosso encaixe. Sorrio olhando seu rosto molhado e procuro por Jonas que estava mergulhando distante de mim. Na distância o guia me olha sério e sai para a areia. Não se seca, só pendura a regata no ombro e sento na lateral do buggy me vendo chegar depois dele.

“Você tem tudo que precisa aqui, né?”

“Eu realmente vivo bem. Você também tem. Não gosta da sua vida lá nas capital?”

“Gosto. Nasci lá, né? Tô acostumado com aquilo tudo.”

“Tem até um cara bacana com quem pode casar um dia… se ele quiser.”

A gente ri e eu concordo.

“É difícil por aqui?”

Ele sabe do que estou falando. Citar Jonas na nossa conversa simples sobre os nossos lugares me faz pensar que tenta me dizer alguma coisa. Tem algo nas expressões de Irandir que me fala das curiosidades que guarda em silêncio. É um homem muito simpático, alegre, cheio de vida, mas às vezes se cala por longos minutos e observa demais os outros ao redor.

“É mais turista, sabe? Eles são mais soltos e tal. Aqui na vila é foda…”

“Lugar pequeno demais, gente conhecida.”

“Isso mesmo” ele concorda. “Pessoal fala bobagens já quando ver um turista tratando bem, imagina se…”

“Nossa, imagino.” Eu evito de força-lo a falar qualquer coisa.

“Ele é gente boa, viu?”

“Jonas?”

“Sim. Faz tempo que estão junto?”

“Não muito, mas diria que é um tempo considerável.”

“Vocês vão casar?”

“Olha… Sabe que eu não sei… Eu quero. Sinto que ele também. A gente até já vive como casados. Até as escapulidas já existem.” Eu brinco.

“Tu bota chifre nele?”

“Não, rapaz. Que isso. A gente tem um acordo.”

“Acordo, é? Coisa de casamento aberto?”

“Quase.”

“Que acordo é esse?”

“A gente traz pra cama quando a energia bate. Entende o que eu digo?”

“Tipo… Tô ligado. Os três, né?”

Eu sorrio. Não olho Irandir o tempo todo na nossa conversa, mas agora olho. Ele sorri meio envergonhado e se esconde desviando o seu próprio olhar.

“Isso mesmo. Tipo a três.”

“Ele é massa. Bonitão, educado pra caramba, gente fina mesmo.”

“Agora fala isso de você mesmo” eu digo quando vou saindo. Deixo para ele um sorriso e uma piscadinha.

No mar envolvo o pescoço de Jonas com os meus braços, busco a boca em um beijo rápido e sussurro. “É nosso a hora que você quiser.” Ele sabe que falo do nosso guia e comemora me agarrando pela cintura, me girando na água e mordendo meu queixo. É safado como faz isso. Me faz querer foder ali mesmo e bem poderíamos.

Irandir nos deixa na porta da pousada quando a noite está se aprontando para cair. Enquanto Jonas vai carregando a mochila com trocas de roupa que levei, as toalhas e as outras coisas, me aproximo e quase estico meu dedo para tocar seu peito enquanto falo. Tem pouca gente na rua, eu poderia ter feito isso sem trazer riscos ao nosso novo amigo.

“E se a gente fosse jantar juntos? Tipo nós três?”

“Nós três?”

“É, nós três. Você, eu e Jonas. Topa?”

“É que… Tem que ir… Tem uns negócios aí pra levar pra casa… Também vou… Amanhã agarro cedo, tem que arrumar as coisas lá.”

“Tudo bem” eu corto.

Invento um sorriso para não pesar o clima e ele começa a ir embora rápido demais. Sorri para Jonas, aperta a mão grande do meu namorado e depois me estende. Sorri para mim também e agradece pelo almoço. Combinamos o horário do dia seguinte e ele sai marcando a areia com o buggy rapidamente.

Saímos pra jantar só nós dois e na volta Jonas gruda em mim ainda no corredor. Está alto de vinho, a boca está roxa e doce. Morde meu pescoço me encoxando na porta do quarto e ri quando caímos dos dois na cama. Eu estou cheiroso. O corpo inteiro. Ele constata isso me despindo e farejando minhas panturrilhas, depois nas coxas, na bunda e morde as costas inteiras. Ele quer minha boca e consegue me deixar torto só porque precisa de beijo. A pica já dura roça o meu cu nuzinho e eu não faço ideia de onde foi parar o lubrificante. Fecho os olhos e descanso um pouco enquanto ele está lá pelas malas e depois suspiro quando a coisa toda melada vai entrando curiosa. Uma vez é a cabeça que se enfia, outra vez são os dedos. Me abre, me lambuza, me beija a nuca, morde minha bochecha e me come amorosamente. Me faz gemer espremido, me coloca de quatro e se enfia até os pelos da virilha espetar minha pele macia. Se molha de suor e Jonas gosta de me lambuzar com o cheiro do seu corpo depois que transpira. Geme também nas minhas costas, promete me leitar inteiro e ri de prazer quando rebolo. Me vira de lado, me come beijando minha boca, geme meu nome baixinho no meu ouvido e suspira cansado em cima de mim. Transpira rápido, queimamos juntos. Não deu tempo de ligar o ar. Ele avermelha logo, molha a testa e as bochechas, entreabre os lábios toda vez que se torce dentro do meu cu e eu me abro para caber mais dele.

Gozamos assim de lado. Minha perna lá no alto, ele inteiro encaixado e grudado, a pica toda enfiada e a boca dizendo coisas lindas.

“Filho da puta gostoso do caralho. Como eu amo leitar essa bunda gostosa. Como eu gosto de gozar pra você, meu amor. Que coisa linda essa carinha pedindo leite, que boca safada. Me pede mais. Tem mais pra você, meu safado. Meu cachorro. Toma esse leitinho. Tá quente, tá do jeito que você gosta. Toma no cu, seu puto. Toma, meu amor.”

Eu disse. Eram coisas lindas.

Dormimos tranquilos depois do banho e de ar torando no gelado.

Sábado. Cedinho tomamos café juntos na pousada e saímos. Outras praias, outras lagoas. Banho de água doce, geladinha. Água de coco na estrada, vendo fresco na cara, suor escorrendo em linha nas costas. Mar gostoso, praia de ondas fortes. Gente bonita na areia, homens bonitos no mar. Jonas atraindo olhares, os seus braços ao redor do meu corpo quando podia e eu pedia. Irandir encontrando amigos pela areia e um papo gostoso entre locais e nós turistas. Em outra vila vimos artesanato. Nosso amigo se enfiou em umas banquinhas e voltou com pulseira coloridas nas mãos. Sorrindo, primeiro pediu licença a Jonas para enfeitar o seu pulso, depois o meu. Gosta de agradar. Agradecemos e a mim ele deu um abraço quente. Ficou sorrindo sem jeito, mas nessa altura não precisava olhar Jonas para saber se tinha sido um bom momento para um abraço. Ele sabia que tínhamos essa liberdade. Estava entendendo.

Andamos por ali, tomamos uma cerveja e ele suco. Comemos uns camarões, voltamos ao mar e mergulhamos os três. Brincamos na água, contamos histórias uns dos outros, nos esticamos na areia. O almoço foi petisco num bar charmoso por ali. Na volta mais dunas, mais vento. Numa ruazinha paramos em algumas lojas de camisetas. Eu queria uma estampada de coqueiro e saí pra provar. Jonas e Irandir ficaram metidos em conversas de meninos não interessados em camisetas legais.

Outra despedida, mas essa um pouco demorada. Era nosso último dia ali. Jonas já tinha acertado com a agência, mas quis também dar uma quantia bem generosa por puro carinho ali na rua. Irandir, obviamente, tentou recusar, mas com minha intervenção ele entendeu que não rolava recusas. Peguei o dinheiro e eu mesmo enfiei no bolso lateral do short. Demorei minha mão porque ali estava quente e próximo demais ao corpo dele, da coxa. Já que estava ali quase grudado aproveitei para abraçá-lo e agradecer pela paciência e pela simpatia. Nos disse que era para voltarmos logo e que estaria sempre ali esperando. Achei bonito da parte dele.

Jantamos na pousada mesmo. Tomei um vinho tinto gostoso, senti as pontas dos meus dedos dormentes e na volta, passando pelo jardim, Jonas disse que tinha que passar na recepção e me aconselhou a seguir na frente. Eu só queria um banho. Já estava suando de novo, porque até as noites são quentes, e também queria trepar. A porta do quarto já estava destrancada e eu lembro de realmente não ter me preocupado em trancar quando saí. Nem eu e nem Jonas nos atentamos a esse detalhe. Mas julguei seguro deixar assim no meio minuto que fiquei parado na porta pensando sobre isso. Abri e a meia luz da noite lá fora me deixou ver os pés de Irandir que estava sentado na ponta da cama.

O primeiro segundo foi de susto, mas os outros me fez sorrir e corar o rosto imediatamente.

“Deixou a porta aberta? Confia mesmo na gente, né?”

Ele estava confortável com as duas mãos atrás do corpo apoiadas no colchão. Usava uma regata solta como as que usava nos passeios com a gente, mas a bermuda era limpa e nova. Ele estava cheiroso e emprestava o seu cheiro ao quarto. Entrei, bati a porta, deixei as chaves na bancada, fui deixando os chinelos pelo caminho e em segundos estava tão perto que para me olhar ele tinha que deitar a cabeça para trás. Seu queixo naquele ângulo ficou lindo. Eu não disse nada. Usei as duas mãos para tocar a pele quente do seu pescoço, forcei as pontas dos dedos na pele não muito macia, mas gostosa mesmo assim, e fiz seus olhos não desgrudarem dos meus. Ele estava vulnerável praticamente embaixo de mim e para ficar mais perto abri suas coxas com os meus joelhos. Encostei minhas coxas no seu peito sequinho e ouvi dele algo que me excitou imediatamente.

“Não dava pra deixar você ir embora sem te fazer provar o beijo de um cearense de verdade.”

“É tão bom assim?”

“Vixe. Tô te oferecendo um. Vê você mesmo.”

Beijei sem pena seus lábios finos. Beijei profundo, salivei de desejo, brinquei com a língua dura, mas docinha, e toda hora dizia como era gostoso beijá-lo. Nos deitamos na cama sem desgrudar as bocas. Eu por cima me encaixando perfeito entre as coxas magras, ele por baixo me recebendo como um cavalheiro. Foi educado em me tocar, mas guiei uma das mãos para debaixo da minha camiseta. Tocou as costas, alisou a cintura, apertou a bunda por cima do short curtinho. Suspirou que eu estava tornando difícil a tarefa de se segurar e eu sorri querendo mais. Rodamos na cama e ele por cima ficou rapidinho sem roupa. Montou meu peito e babou minha cara com a cabeça molhada da sua pica. Em segundos eu estava chupando engasgado com a coisa que crescia apressada. Não era grande ali embaixo, mas era grosso. A glande gigante, o corpo desenhado de veias, babando como nunca vi. Ocupou o céu da minha boca e me fez tossir repetidas vezes. Deitado, segurou minha cabeça e coreografou os movimentos circulares da minha mamada. Pelados, nos beijamos sentados. Eu em seu colo, ele sobre o colchão. Nos amamos assim. Eu vi. Parecia amor. Ele me engolindo, eu engolindo ele. Gemia na minha boca e eu pensava se Jonas sabia daquilo tudo. Deitamos assim encaixados e a pica roçou minha bunda suada.

“Relaxa, cabe direitinho. Vai como quiser. Me trata como um dos seus. Me faz seu hoje” eu disse.

Com a agilidade de um menino alcançou camisinha preparada em cima da mesinha do lado da cama e num minuto estava todo escorregadio pra mim. Pediu antes de cutucar. Dei todas as liberdades que precisava. Começou a me penetrar encaixado, grudado como namorados. Às vezes deitava meu corpo só pra alcançar minha boca e chupar minha língua. A saliva e o hálito dele possuem um cheiro e um sabor diferente de tudo que provei. É forte, marcado, mas é viciante. Doeu pra entrar porque na noite anterior eu já tinha sido penetrado e ardeu por causa da grossura. Me abriu com movimentos lindos e apaixonados. Dançou em cima de mim. De olhos fechados pensei em Jonas, mas também pensei no homem me comia.

Chupou meu pescoço e beijou o meu queixo enquanto se contorcia enterrando boa parte do seu poder de homem. Agarrei os ombros, me segurei com força e gemi pedindo logo tudo. Queria lá dentro, bem fundo. Me deu pica com maestria. Com a destreza de um safado profissional e com o calor de um amante fulgaz. Me encheu de rola, me babou nos beijos demorados e ferozes, gemeu em cima de mim palavras duras e mais duro ainda se manteve todo o tempo. Parou de meter quando sentiu que ia gozar. Perguntei se não estava apressado e ele me disse que há tempos não trepava com outro homem. Mudamos de posição. Sentado, ele encostou na cabeceira, apertou meu quadril com os dedos magros, me olhou na cara e não negou pica.

“Deixa vir. Pode gozar. Pode leitar meu cu se quiser. Não para, não.”

Ele gemia, rebolava comigo, forçava o quadril para cima toda vez que eu descia o meu e fechava os olhos.

“Isso, deixa. Mete. Não tira esse pauzão de dentro. Tá sentindo? É prazer. Tesão da porra. É isso que outro homem faz por outro.”

Ele agarrou meu queixo, apertou com certa força e de olhos fechados não conseguiu me dar o beijo que pretendia. Encostamos nossos lábios e respiramos o mesmo ar com dificuldade. Ele, porque estava se movimentando para me foder com jeito e eu porque estava sendo metido e tinha os movimentos controlados. Nós dois tremíamos.

“Goza pro teu macho. Goza tudo dentro. Você tá enorme… Tá tão gostoso. Eu sabia que seria assim.”

Na primeira pulsada dentro do meu cu, tive forças para erguer o quadril e arrancar de mim a pica apertada pela camisinha. Tirei apressado a borracha e precisamente nos juntei em uma punheta de muitas mãos e duas rolas avermelhadas tremendo por puro tesão. Gozamos juntos na barriga um do outro. A dele foi em jatos mais fortes que atingiram meu peito e no que pareceu um desmaio ele foi se desligando em meus braços. Com o rosto enfiado no meu pescoço quase gritou de prazer terminando de gozar e nos abraçamos molhados, grudentos de suor, porra e saliva. Ele me buscou em um beijo calmo, apaixonado, e eu dei tudo o que tinha.

Caímos na cama juntos, abraçados. Seu rosto estava vermelho e muito molhado de suor. Ri tentando secar o que deu, mas ele se livrou das minhas mãos e chupou rapidinho os meus lábios.

“Como faz?”

“Diga de uma vez, rapaz. Se apaixonou, foi? Que coração mole é esse?” Provoquei.

“Você é apaixonante mesmo” ouvi ele confessar.

“Então me pede pra ficar. Me faz prometer te dar esse amor sempre que necessitar.”

“Queria ter esse poder” ele disse.

“Eu queria te proporcionar isso e muito mais. Você é lindo, merece tanta coisa.”

“Tenho tudo aqui” repetiu meio orgulhoso. “Eu sou feliz pra carai, viu? Preciso de nada não.”

Nós sorrimos e outra vez nos abraçamos. Ganhei outro beijo em tom de agradecimento vendo que as mãos passeava pela cama procurando as roupas.

“Temos a noite toda, porra. Para de pressa. Fica aqui com a gente. Me come de novo.”

“Você tem tempo, eu não. Amanhã é outro dia, tem trabalho, tem turista. Vou pegar meu buggy, mostrar meu mundo, me apaixonar de novo.”

Eu fiquei deitado na cama pelado quando ele levantou e se vestiu olhando pra mim.

“Fala, Irandir.”

“Falar que eu me apaixonei por você?”

“É, cara. Vai, fala.”

Ele riu e pegou o celular no bolso da bermuda. Me fez colocar meu número nele e salvou mostrando pra mim. Escreveu meu nome seguido pelo emoji de um coração e um avião. Caiu por cima do meu corpo abusado quando o puxei pela regata e sorriu me beijando desajeitado. O som da porta abrindo se misturou aos dos estalos provocados por nossos lábios e Jonas se comportou de onde estava. Irandir se ajeitou, de pé, e seu rosto misturou ansiedade e excitação. O meu militar, seguro como sempre é, viril como nunca, deu passos lentos na direção do nosso amigo, me olhou deitado completamente nu e molhado de porra, orgulhou-se da imagem do namorado e segurou o guia delicadamente pelos ombros como um pai faria ao parabenizar um filho por qualquer vitória. Chegou seu peito grandalhão perto do peito seco do homem muito menor na sua frente e selou os próprios lábios nos dele. Se usasse a língua sentiria o meu gosto ali, mas não o fez. Sorriu, deu tapinhas nos ombros que segurava e se jogou na cama ao meu lado.

“Cuidado quando olhar assim pro namorado dos outros, rapaz. Tá pensando o quê?”

O galego grandão falou me puxando sobre seu peito. Cruzou nossas pernas, me apertou e ficamos quentinho assim. O ar-condicionado fazia seu trabalho naquela noite.

“Assim como? Tô olhando normal. Tô suave, capitão.” Irandir se divertia.

“Tá olhando apaixonado pra ele, porra! Quer pra você? Aposto que não aguenta os caprichos desse lindo uma semana.”

E nós três rimos. Sem cerimônias mesmo ele arrumou o pau dentro da cueca por cima da bermuda e nos mandou um beijinho. Queria que fosse na cama e me beijasse a boca outra vez, mas ficou rindo lá da porta e de lá mesmo se despediu. Jonas que tinha ido ao bar da pousada voltou ainda mais esquentado do que já estava por ter tomando dois copos de wisky. Montou meu corpo sobre a cama, molhou os lábios enquanto falava que não foi assim tão difícil convencer Irandir de me comer naquela noite e que não pretendia mesmo fazer parte da minha trepada. Era meu momento e me confessou com muitos beijos demorados e cheios de desejo que tinha ficado levemente enciumado de não participar dessa vez. Fui sério em dizer que não poderia ter feito aquilo, mas que o sexo valeu a pena.

Num piscar rápido de olhos ele estava enfiado em mim babando como um cachorro. Me abria pra ver como estava gasto a entrada que ele conhece tão bem e lubrificava com a baba que a cabeça da sua pica grandona liberava. Meteu muitas vezes deitado sobre o meu corpo de bruços beijando minha nuca, mordendo minha orelha, gemendo no meu ouvido. Gozou la dentro e deixou o leite escorrer as coxas. No banheiro me comeu em pé. Meteu apressado e rápido, com força e muito tesão. Meteu todo curvado, todo molhado e muito quente. Me machucava enquanto metia e me beijava torto, forçando meu rosto de lado encostado na cerâmica fria. Gozou outra vez misturando seu leite com a água do chuveiro e quase não se aguentou em pé quando caí de joelhos mamando o membro que se avermelhou inteiro. Ainda tinha leita. Eu queria tudo. A terceira gozada veio fraca, mas deliciosa e eu gozei junto numa punheta apertada. Esse leite eu bebi.

Terminamos a noite estendidos na cama mortos e gastos. O corpo queimava de tesão pelos desdobramentos daquele dia e ríamos da nossa coragem em matar toda vontade. Dormimos agarrados somente porque o ar estava ligado, caso contrário o calor nos faria ficar em lados opostos do mundo.

“Que lugar lindo. Que gente gostosa.”

“Eu que digo, viu…”

“Foi bom?” Perguntou me arrastando para o corredor junto com a nossa única malinha de mão.

“Ele sabe o que faz. Fode apressadinho e é grosso pra caramba.”

“Por isso você estava tão aberto. Tô com tesão só de pensar nisso.”

“Segura a onda. A gente não pode se atrasar.”

“A gente consegue foder em dez minutos, você sabe disso.”

“Jonas, segura a onda.”

“Nem uma punhetinha?” Tentou me convencer.

Eu tive que sair correndo.

A van nos buscou cedo como era combinado e embarcamos dentro do horário previsto. No avião, Jonas propôs.

“Deixa eu te comer no banheiro?”

Tinha gente do nosso lado e ele falava apertadinho no meu ouvido certificando-se de que a sua tentativa não ia se espalhar.

“Você só pode estar brincando.”

“Tô falando sério. Eu tô com tesão. Olha o meu pau. Deixa eu te comer um pouquinho? A gente dá um jeito.”

“Jonas, fala baixo. Porra, você tá duro mesmo?”

“Tô te falando. Bate uma pra mim, pelo menos?”

“Quando a gente pousar. Dá pra esperar? Só mais uma hora de voo. Caralho! Tá tarado demais.”

“Vai parecer uma eternidade. Que inferno?” Disse em lamento.

Eu ri excitado me divertindo com a situação.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,18 de 11 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

3 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Os contos sao muito repetivos mas a quimica que rola entre o Ursoe Jonas é demais, essa terceira pessoa que participa da estoria é sempre muito legal

    • Ursão Puto ID:fx71s2rhj

      Entendo que acabe ficando repetido em alguns momentos. Principalmente se a gente comparar com outros contos da galera que coloca tudo e faz uma mistura massa. rs Eu foco nos dois, na intimidade e nas experiências sexuais que vivem. Espero que seja bom pra você mesmo assim. 🙂

  • Responder Branquinho ID:dlo3mj9qj

    Impecável