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anjos inocentes 9

1319 palavras | 7 |4.61
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≠≠≠um perdão por um segredo≠≠≠
—é sério Guilherme, vocês precisam conversar- Júlio falava enquanto caminhávamos para a escola.
—depois do que ele disse ontem e do que fez? Eu nunca mais vou falar com ele, a nossa amizade acabou para sempre.
—ele está muito mal Guilherme, ele não quer sair de casa mais, até a mãe dele não foi trabalhar para ficar com ele.
—ele está mal! Ele está mal! Sou eu quem está mal aqui! Ele ofendeu a mim e meu namorado e ainda me deu um soco no meu nariz dentro da minha própria casa!
—calma Guilherme, eu só quero que as coisas voltem a ser como antes….um por todos e todos por um…não se lembra.
—não tem como as coisas voltarem a ser como antes Júlio, o nosso lema está quebrado, eu jamais vou perdoá-lo.
Enfim, o dia na escola não foi bom pra mim, más pelo menos serviu pra ocupar a minha mente, cheguei em casa e tomei um belo banho, pouco tempo depois o Gustavo apareceu, o convidei para entrar, se sentamos e ficamos juntinhos namorando no sofá, más não rolou sexo, a gente não estava no clima.
—e o Thiago? Ele perguntou.
—aff…estava tão bom! Tinha que tocar no nome dele!
—viu ele?
—não e nem quero ver.
—ele não foi na escola hoje?
Como eu disse, o Gustavo estuda em uma escola particular, eu estudo em uma escola publica aqui perto da minha casa.
—não, o Júlio disse que ele está muito mal com o que aconteceu, e que nem a mãe dele foi trabalhar hoje para ficar com ele.
—perdoa ele.
—o que!? Depois de tudo o que ele fez!
—vocês são grandes amigos, não faz bem guardar magoas no coração.
—não vou perdoar ele, eu ainda estou com muita raiva e você também deveria estar.
—ter raiva é natural, e eu sim! Também estou com raiva, más isso não quer dizer que não possamos perdoar, o perdão purifica a nossa alma e acalma o nosso coração…. Se um vaso está quebrado não significa que ele não tenha concerto.
—más esse vaso não da para consertar, ele está faltando um caco.
—não está faltando, ele só está perdido – Gustavo disse.
As palavras do Gustavo mexeram comigo, como um menino tão novo pode ser tão maduro nos seus pensamentos como ele, ele realmente é muito especial, não foi atoa que eu me apaixonei por ele.
—e então! Vai perdoar ele?
—eu quero, más não consigo.
—só perdoa, se não for por você faça por mim.
—tá bom, só você mesmo para me convencer, acho que lá no fundo eu também não quero ficar brigado com ele.
—então vamos lá pra casa dele.
—com a mãe dele lá? De jeito nenhum.
—então liga pra ele vir?
—más nem ferrando, ele vai achar que sou eu que estou correndo atrás dele, e também não quero que ele venha na minha casa, vai que ele fala aquelas coisas homofobicas de-novo, as coisas podem piorar mais do que já estão.
—aff….então liga para o Júlio, a gente marca pra se encontrar lá na pracinha.
—tá, pode ser então.
Eu liguei para o Júlio que na hora me atendeu, é como se ele já estivesse com seu telefone nas mãos só aguardando a minha ligação, eu falei para ele que queria conversar com o Thiago, que era para eles nos encontrar lá na pracinha, ele ficou muito feliz e disse que ia correndo avisar o Thiago.
—as sombras destas arvores são tão refrescantes – ele disse se sentando na grama
—é são sim, já fazia tempo que eu não vinha aqui – eu disse me sentando ao seu lado.
—se fossemos assumidos seria gostoso namorar aqui sem medo das pessoas verem – ele disse.
—você teria coragem de se assumir?
—eu teria sim, e você teria?
—com você, eu teria coragem pra fazer qualquer coisa – eu disse todo dengoso.
—não fala assim não que eu posso me apaixonar viu.
—pode? Por que eu já estou – eu disse e o abracei.
—me da um beijo?
—aqui?
—sim. Eu quero ter essa sensação de beijar ao ar livre.
—alguém pode nos ver!
—não tem ninguém por perto, me beija pra saber como é – ele disse já aproximando seus lábios dos meus.
Só deixei rolar e senti sua boca na minha, nosso lábios se tocaram e logo já estávamos num beijo intenso enquanto nossas línguas invadiam a boca um do outro, ele tinha razão, beijar ao ar livre era incrivelmente bom, dava a sensação de liberdade, ele tirou o seu celular do bolso e bateu uma foto da gente se beijando e disse que era para registrar todos o bons momentos, que quando ficássemos mais velhos teríamos boas recordações registradas em fotos, se assustamos ao ouvir alguém dizendo.
—aqui para os dois pombinhos apaixonados – disse uma moça vendedora de sorvetes nos entregando um sorvete de fruta pra mim e outro para o Gustavo.
—obrigado – respondemos a ela envergonhados pelo fraga.
—amor assim é raro viu, nunca deixe isso acabar, felicidades para vocês dois – ela disse seguindo o seu caminho.
—o que foi isso? – eu perguntei.
—liberdade, liberdade para ser livre e voar, vai chegar um momento que tanto você como eu vamos sentir essa sensação só que mil vezes mais forte – Gustavo respondeu.
Ao longe vimos o Júlio vindo com o Thiago, ficamos atentos a eles que se aproximavam a cada passo.
Assim que eles chegaram, eu pude ver o semblante do Thiago, ele estava muito triste, tinha perdido totalmente o seu brilho, ele a todo momento só olhava para baixo, ele não chorava, mas as lagrimas desciam dos seus olhos.
—sentem se ai com agente – Gustavo pediu gentilmente.
—e ai Thiago, tem alguma coisa a dizer – eu perguntei.
—eu sinto muito, eu não queria ter feito aquilo, eu fui um idiota e estraguei tudo, eu também sinto muito por ter te ofendido Gustavo, eu estou muito arrependido e não sei se vocês vão me perdoar – ele disse e não se aguentou e começou a chorar muito.
—hei, calma, Thiago – eu disse e o abracei.
Ele me abraçou de volta, suas lagrimas molhavam a minha camiseta na altura do meu peito, o Júlio e o Gustavo também nos abraçaram juntos.
—eu sou um idiota – ele dizia chorando – eu não mereço a amizade de vocês.
—você merece sim Thiago, a gente te ama, você é nosso amigo e nós te perdoamos, esquece o que aconteceu e vamos seguir em frente.
Demos um longo abraço apertado todos nós juntos, passado todo esse momento de melodrama, esticamos nossos braços de encontro um ao outro fazendo com que uma mão ficasse por cima uma da outra e as levantamos rápidas e demos o nosso grito de guerra bem alto e sorrindo….um por todos e todos por um… nos sentamos novamente e ficamos ali conversando, aquela moça do sorvete estava retornando.
—vou pagar um sorvete para a gente comemorar esse momento especial– Gustavo disse a chamando.
—os dois pombinhos querem mais sorvetes – ela perguntou para o Gustavo e olhando para mim na frente do Thiago.
—há não….vocês? vocês dois?….não…não…não é possível….vocês são gays? Você Guilherme, nosso melhor amigo…. você é gay….droga, droga – ele disse e saiu correndo.

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7 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
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  • Responder paulo cesar fã boy ID:3ij0y0lj6ib

    brigado pelos carinhos e seus comentarios leitores, eu fico muito feliz, parte 10 já foi postada, só aguardando o site liberar.

  • Responder Lion ID:1v7g92j8

    Os contos estão muito exagerados

    • Marcelo ID:8d5hue520i

      Oi Paulo César fanboy!

      Parabéns pelos contos, estou me emocionado muito a cada capítulo!
      Muito ansioso pelos próximos capítulos!!

  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Ele é inrustido nao tem coragem de se assumir ai briaga com quem tem coragem, ele parece os bolsominios

  • Responder Taylor ID:81rcz4jk0j

    Não é possível que depois de tudo o Tiago ainda continua sendo homofóbico, já quero a parte 10 já

    • paulo cesar fã boy ID:3ij0y0lj6ib

      voce vai se surprender muito com o thiago … prepara o coração para os proximos episódios

    • Lucas daniel ID:3eexzue66ia

      Aff esse Thiago parece que vai dar muito trabalho ninguém merece passar por isso tomara que ele aceite Gustavo e o Guilherme como gay