anjos inocentes 5

o primeiro beijo≠≠≠
DROGA, EU GOSTO DE VOCE, eu disse alto e comecei a chorar.

Não sabia o que esperar de agora pra frente, eu disse alto e em bom som que eu gostava dele, a decisão agora estava em suas mãos, ou ele me aceitava ou desfazia a sua amizade comigo e isso mexeu com o meu psicológico, ele me olhava e seu olhar era assustador, seus olhos azuis claros como um lago de agua cristalinas se transformaram em duas bolas de fogo que queimavam a minha alma, tudo o que eu queria era voltar atrás, mas não tinha como, o tempo não volta, ele só segue em frente, mas para a minha surpresa e alegria ele veio correndo em minha direção e me abraçou muito forte e apertado, seu abraço era confortante e aconchegante, era gostoso, eu me senti seguro e protegido, eu o abracei de volta com todas as minhas forças e nesse momento eu tive certeza, a certeza que o meu anjinho de cabelos dourados era meu, todo meu e eu nunca o deixaria escapar.
O nosso abraço caloroso durou muito, ele foi se soltando colocou suas mãos em meus ombros e me olhou nos olhos sem falar nada, e num movimento brusco e violento ele me beijou, e sentir seus lábios nos meus era tudo de bom, tinha gosto de anjo, gosto de amor, a mais pura inocência do amor, eu não sabia como beijar, más ele parecia ter pratica, eu só deixava ele conduzir, ele foi enfiando sua língua dentro da minha boca explorando a por completo enquanto nossas cabeças giravam de um lado para o outro. Foi um longo beijo apaixonado e muito gostoso. Ele voltou a me olhar nos olhos e disse……..
—como eu sonhei com este momento, eu te amo muito, te amo desde o primeiro dia que eu te vi – ele disse muito emotivo.
—eu também te amo demais, te amo desde o dia em que você colocou aquela pedra para eu tropeçar- eu disse e ele riu.
—eu queria muito ter te contado antes, mas fiquei com medo da sua reação, tinha medo de perder sua amizade- eu disse novamente.
—nessa empatamos, eu também queria muito te contar o que eu sentia, mas meu medo era saber que você não gostasse de meninos como eu.
—eu só gosto de um- eu disse todo dengoso.
— hum! Deixa eu ver se adivinho, esse menino tem os olhos azuis claros como um lago de agua cristalina? Ele disse e começou a rir.
Nesse momento eu também não aguentei e comecei a rir com ele, mas nossos risos não durou muito tempo quando eu disse….
—me beija de-novo para saber que não é um sonho.
—se for eu não quero mais acordar- ele disse e voltou a me beijar apaixonadamente.
Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, más estava e não era um sonho, era real, eu tinha ele e ele me tinha, más nosso beijo foi interrompido quando se assustamos ao ouvir minha mãe chorar. Ela estava aos plantos.
—mãe, mãe! O que aconteceu?-eu perguntei preocupado.
—me desculpa dona rose, eu achei que a senhora tinha saído, eu posso explicar, não é o que a senhora está pensando – disse Gustavo desesperado com medo da minha mãe.
—calma meninos, está tudo bem, é que…. é, é que eu estou emocionada.
—acho melhor eu ir embora- disse o Gustavo.
—NÃÃÃOOO, por favor não vá.
—fica Gustavo, eu não estou brava com você, pelo contrario, eu estou feliz que vocês tenham dado certo, eu aprovo o seu namoro com o meu filho.
Depois de todo o melodrama da minha mãe, eu e ela explicamos a ele tudo o que aconteceu neste dia, e pra falar a verdade! Foi o melhor dia da minha vida, eu contei a minha mãe que gostava de meninos e graças a ela e seus conselhos eu agora tinha o Gustavo todinho para mim, tudo estava perfeito e corria as mil maravilhas.
Estávamos sentados no sofá agarradinhos igual a dois namorados mesmos, notei que seu pinto estava duro espetando o short, o meu também estava e muito.
—hum! Quer dizer que somos namorados então? Ele perguntou.
—só se for pra sempre- eu respondi.
—assim será, nos momentos ruins e nos momentos bons, para todo o sempre até que a morte nos separe.
Soou como um pedido de casamento kkk, mas não foi isso, foi romântico foi doce, eu o beijei, seus lábios macios era prazeroso, nossas línguas se enroscando num beijo intenso era tudo de bom, seu hálito, o gosto da sua saliva era delicioso, mas outra vez a minha mãe nos interrompendo. Há mãe estraga prazeres….
—meninos! Meninos! Se comportem que o Júlio e o Thiago estão ai.
—tá, manda eles entrarem – eu disse desanimado por ter o meu barato cortado.
—oi Júlio, oi Thiago – eu e o Gustavo os cumprimentamos.
—o branquelo já está ai- disse o Thiago.
—para de chama ele assim Thiago, ele tem nome, tenha mais respeito – eu disse.
—eita…já viraram namorados é?
Neste momento eu e o Gustavo nos olhamos e ficamos sem saber o que dizer, a gente era de fato namorados mesmos agora, más eu pensei rápido e disse…
—vou namorar a sua mãe viu…
—vai em frente, se conseguir te dou um óscar- ele disse e começou a rir.
— mas e ai Guilherme, o que aconteceu com você hoje que não foi na escola? – Júlio perguntou.
—há! não foi nada de mais, só uma crise de nervos mesmo.
—crise de nervos! Isso parece coisa de viado – Thiago disse alto.
Assim que ele falou isto, a minha paciência foi por agua abaixo e eu acabei falando com muita raiva.
—e o que você tem contra viados?
—por que? você é um?- ele perguntou ofensivamente.
—eu não – respondi me defendendo.
—que bom, por que se você fosse perderia minha amizade para sempre, eu não quero ter amizade com esses tipos de pessoas.
Eu olhei para o Gustavo e meus olhos foram se enchendo de lagrimas, estava prestes a desabar em choros, ele me abraçou de forma sutil, o Júlio era mais esperto e notou que tinha algo de errado e foi se levantando chamando o Thiago.
—vem Thiago, vamos embora.
—embora! Por que se acabamos de chegar?
—é que eu me lembrei de que tenho uma coisa para fazer e preciso da sua ajuda.
—aff…então vamos, vocês vem também? Ele perguntou a nós.
—não, deixe eles ai, acho que o Guilherme, não está se sentindo bem ainda- Júlio disse ao Thiago.
—tá, vamos então seu chato.
Assim que eles saíram eu abracei o Gustavo, apoiei minha cabeça em seus ombros e comecei a chorar.
—ele é meu amigo, a gente cresceu juntos, não acredito que ele disse isto – eu dizia chorando muito.
—sinto muito Guizinho, tudo vai ficar bem.
Tá…ele me chamar de Guizinho foi fofo, más nada podia tirar a dor que estava no meu peito, as palavras do Thiago me feriram como uma faca afiada, a minha mãe apareceu na sala e abraçou nós dois juntos, ela foi nos conduzindo até a mesa e nós se sentamos, ela se sentou de frente e segurou a minha mão e a mão do Gustavo e disse…
—eu escutei tudo o que o Thiago disse, e eu sinto muito por tudo o que ele disse… o caminho que vocês vão seguir não será fácil, vocês vão passar por muitas provações e dificuldades, vão enfrentar muitos desafios, preconceitos e bullying, vocês terão que ser fortes, fortes um pelo outro, muitas pessoas não entendem e não aceitam, por isso é muito importante que vocês mantenham a relação de vocês dois em segredo por enquanto, pois vocês ainda são crianças e não quero que vocês se machuquem, tomem cuidado para não ser vistos fazendo o que vocês sabem né, e lembrem-se, vocês tem um ao outro, tem a mim e também os pais do Gustavo. Se vocês se amam tanto assim conseguirão passar por todas estas dificuldades.
Agora quem começou a chorar foi o Gustavo, o garoto se derramava em lagrimas, eu o abracei e comecei a chorar junto com ele.
—não chora meu anjinho, eu dizia o consolando.
—é que sua mãe me fez lembrar dos meus pais.
—e o que tem eles?
—é que eu tenho medo de eles não me aceitar.
—é só não contar.
—mas eu queria, só não tenho coragem.
—só conte quando você estiver preparado Gustavo- disse a minha mãe.
—e quando vai ser? Ele perguntou.
—quando chegar o momento você saberá- minha mãe disse novamente.
—mãe!
—sim filho! Diga.
—posso convidar o Gustavo para dormir aqui hoje? Amanhã é sábado e não temos aulas.
—se ele quiser e os pais dele deixar, pode.
—você quer Gustavo dormir na minha casa hoje?
—tá brincando? claro que eu quero.
Ele ligou para os pais dele e para nossa surpresa eles deixaram com a condição que eu fosse lá amanhã. E eu claro né, pulei de alegria, só não sei quem ficou mais feliz, se foi eu ou foi o Gustavo.

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