anjos inocentes 3

≠≠≠aquilo que não podia ser dito≠≠≠

—cara, é sério! Onde você comprou esses salgadinhos? Isso é muito bom, nunca comi um salgadinho tão gostoso assim na minha vida- disse o Júlio se engasgando de tanto comer rápido.
—são só salgadinhos Júlio, que pedi para minha mãe comprar– disse o Gustavo que só o apreciava rindo a gula do Júlio.
O Júlio comeu quase tudo os salgadinhos sozinhos quase não sobraram nada para nós, ele e o Gustavo se deram muito bem, o problema que o Gustavo ficava sempre junto a mim, quando eu digo junto é praticamente encostado um no outro, e o Júlio notava isso, mas não falava nada.
Eu admirava disfarçadamente aquele menino com cara de anjo, ele era lindo, loiro charmoso e atraente e seu cheiro incrivelmente agradável, cheiro de menino, cheiro de inocência, mas meu sonho estava muito distante da realidade, ele era muito bonito para gostar de meninos, o anormal aqui era eu, ele podia ser tudo, mas a única coisa que ele não era é ser gay.
A gente estava se divertindo bastante, conversando e jogando vídeo game, tudo estava indo muito bem até…….
—há, esse é o branquelo metido a playboy, que você falou tanto-disse o Thiago em pé na sala nos olhando com seus braços cruzados.
O Thiago era foda, ele tem esse costume de chegar na minha casa e ir entrando sem pedir permissão, acho que até na casas dos outros ele também fazia isso, eu odiava mas fazer o que né, teve uma vez que entrou na minha casa sem pedir e me pegou no fraga batendo uma punheta no sofá, que vergonha kkk, ele não falou nada para ninguém, mas até hoje ele me chama de punheteiro só pra me zoar.
—o que foi que você disse? – Gustavo perguntou serio.
— é iss…………
— THIAGOOO! – eu o repreendi antes que ele terminasse de falar.
— custa ser mais educado Thiago? Peça desculpas – disse Júlio.
— a qual é gente- disse Thiago.
— tá tranquilo pessoal, eu vou embora, afinal o intruso aqui sou eu, vocês são amigos de longa data, e eu só estou tentando ganhar meu lugar – Gustavo disse com semblante triste.
—NÃOOO…gritei alto e eles me olharam… por favor fique.
— é Gustavo, fique…não vá- disse o Júlio – o Thiago é assim mesmo, más ele é gente boa, não é Thiago?
—tá, tá bom, foi mal Gustavo- disse Thiago “meio que se desculpando”
Que raiva que me deu do Thiago, ele não é assim, além de entrar sem pedir vem ofender meu mais novo amigo dentro da minha casa, e sem contar que eu também fiquei muito ofendido, com ele, se ele não fosse tão meu amigo assim eu o expulsaria na hora da minha casa. Pelo menos as coisas foram dando certo entre eles, conforme eles conversavam foram ficando amigos e todo aquele clima ruim foi ficando para traz no esquecimento. Quando a minha mãe chegou do trabalho, eles ainda estavam na minha casa, ela ficou feliz e fez um suco de limão geladinho para a gente, foi uma tarde gostosa, nos divertimos, brincamos muito.
Os dias foram se passando e a cada dia que se passava a amizade entre mim e o Gustavo ia crescendo cada vez mais, e também ia crescendo os meus sentimentos por ele, a gente estava mais íntimos ao ponto de se abraçar de vez em quando, mas ele não agia assim com o Júlio e o Thiago, eu achava estranho principalmente eles, mas eles não falavam nada, apenas olhavam de rabo de olho, até a minha mãe já reparou isso. Ele já estava estudando na sua escola particular, o único tempo em que nos víamos era na parte da tarde, mas quase nunca tínhamos privacidade, pois o Júlio e o Thiago não saia do nosso pé, mas do que adiantaria ter também? Se o Gustavo nunca iria olhar para mim mais do que um amigo, eu ainda não tinha ido na casa dele, não é por que ele não me convidava, ao contrario, ele me chamava todos os dias para ir lá, mas eu tinha receio, me sentia inseguro, um menino pobre, quer dizer, pobre mas nem tanto assim né… Más um menino pobre ir na casa de um menino rico, isso me assustava.
A noite no meu quarto eu pensava no Gustavo, ele não saia da minha cabeça, eu ficava pensando nele, do jeito que ele falava comigo, dos seus toques discretos em mim…não tinha nada de erótico no comportamento dele, mas na minha cabeça tinha…não resisti e tirei meu pinto para fora e comecei uma deliciosa punheta pensando nele, não precisei bater muito para explodir num intenso orgasmo, gozei muito sujando minha cueca e minha barriga, até o lençol voou porra, nem me preocupei de tomar um banho ou me limpar, apenas fechei os meus olhos e dormi.
— o que é isso Guilherme? – disse minha mãe com uma cara de espanto.
PUTA QUE PARIUUUUUUUUUU…agora fudeuuuuu de vez…minha mãe viu minha barriga toda melada e minha cueca toda molhada e grudenta de porra, e agora como explicar? Não tem como explicar, o que eu vou falar para ela…que vergonha, que situação embaraçosa, ela vai me bater com certeza. Tá…me bater não porque ela nunca me batia, mas que eu ia levar uma bronca bem dada a isso eu ia.
— você estava se masturbando Guilherme?
—não mãe, eu não estava- eu disse e comecei a chorar de medo e vergonha.
— calma filho, a mamãe não esta brava, eu entendo, na sua idade é normal.
— me desculpa mãe, por favor não fique brava comigo.
— já falei que não estou brava filho, você está crescendo e isso é natural acontecer, só tenha mais cuidado da próxima vez e vai devagar.
— estou com vergonha mãe.
— há meu filho, não precisa ficar assim, e se te conforta, saiba que eu comecei mais ou menos na sua idade também viu.
— MÃÃÃÃÃEEEEEEEE!
Pronto, agora a imagem da minha mãe se……ficou lá impregnada na minha mente que quase não pensava em besteira.
— o que foi filho?
—precisa falar assim? não quero falar disto.
— tá, esta bom, não falo mais, más…você vai me dizer quem é a gatinha que você estava pensando.
—não estava pensando em ninguém.
—claro que estava! Ninguém bate punheta sem pensar em alguém, agora fala.
—MÃÃEE…de-novo não.
— para de drama filho, agora fala quem é ela?
— eu não quero falar mãe.
— há filho, o que tem a ver? Fala por favor, a mamãe esta curiosa.
Aff…A minha mãe já estava me enchendo o saco com essa conversa, ela não parava de insistir, se eu tivesse levado uma bronca e ficado de castigo seria melhor, eu já estava ficando de saco cheio.
—não vou falar – eu disse irritado com a insistência dela.
—não precisa ficar com vergonha filho, o que tem de mal nisso? É só falar … a mamãe quer saber quem é que está mexendo com este coraçãozinho.
—não quero falar.
—fala filho, por favor.
— JÁ FALEI QUE NÃO QUEROOO FALARR DELEEE.

Ai meu deus do céu, o que eu acabei de dizer…eu pensei com as mãos na cabeça quando me dei conta do tamanho da merda que eu disse.
—o que foi que você disse filho?
—não mãe, eu não disse nada.
—você disse a palavra “dele” filho?
—não falei mãe!
—você falou sim e bem alto, eu ouvi muito bem, você é gay filho?

Eu tentei argumentar, más as palavras não saiam mais e neste momento eu desabei num choro longo e profundo.

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