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O Vizinho Militar 26 – “Você sempre dá um jeito que te peguem mamando, né?”

5906 palavras | 7 |3.70
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Tiramos um final de semana de descanso no meio do mato, mas como sempre isso tudo virou uma grande putaria para o deleite do militar grandão.

A menina do tempo não se equivocou quando anunciou a frente fria que desceria pela cidade gelando tudo. Pegamos o carro pra ele ficar na garagem nesses primeiros dias porque não rolava ir passar frio no parque do centro, comer fora também é besteira, só curtimos festa cheia quando estamos fora da cidade, então nossos planos iniciais era ficar quietinho embaixo de uma coberta comendo macarrão e vendo série.

Foi Jonas quem lembrou de uma casa que favoritei no site de aluguel um tempo desses quando chegava perto de um feriado prolongado que a gente pretendia passar enfiados no mato. Perfeito! A casa é um projeto moderno de arquitetura, fica na área rural que cerca a metrópole e que no anúncio diz que mesmo não estando tão longe do centro ainda é possível sentir a paz e a tranquilidade do interior. Aluguei na hora. Trata-se de um container de metal virado para um vale verde que se estende por toda a paisagem e que acompanha um deck em madeira na área externa com sofás e até uma estrutura em alvenaria para uma fogueira ao ar livre. Usaram os fundos de uma propriedade para o projeto, portanto a parte do container virada para a casa maior é fechada, mas a que mira o vale é inteira revestida somente por vidros que prometem um nascer do sol belíssimo.

Chegamos cedo numa manhã muito gelada de sábado. Levamos petiscos e besteirinhas para beliscar assistindo o por do sol coladinhos à fogueira lá fora, ingredientes para um macarrão, para uma sopa quentinha, vinho, suco natural, água em abundância. Na entrada da fazenda um senhor de cabelos prematuramente brancos nos atendeu na porteira e sorriu aconchegante. Se apresentou como Gaucho, disse que era o dono da propriedade, mas não dono da casa que alugamos. Deve se aproximar dos cinquenta anos, deixa grande a barba e o bigode também já grisalho e a camisa xadrez aberta no peito nos deixa ver que os pelos dali também são branquinhos. Nossa conversa é breve, ele só precisa confirmar nossas identidades e nos passar as chaves.

O local é mesmo bonito. Nada de extraordinário se mostra nos fundos do container e a gente já sabia disso, mas a parte frontal é um delírio. Parece existir somente na nossa cabeça. Uma grama de cor viva escorrega até o começo de uma mata densa e baixa enquanto o resto da paisagem é um vale de tons misturados de verde. Ainda tem a neblina da manhã que embranquece o horizonte e deixa tudo ainda mais romântico. Antes de descer as coisas do carro e ver nossa casinha, Jonas me puxa de lado, gira o seu corpo ao redor do meu, me abraça por trás deixando seus braços pesados ao redor do meu pescoço quentinho e diz baixo com os lábios grudados no meu rosto que é bom estar aqui comigo. Tenho que concordar com ele. Nessa altura não consigo pensar em outra pessoa para viver esses dias comigo.

Lá dentro é lindo e temos pressa em nos instalar. Nada é muito luxuoso e nem esperávamos por isso. Tem o suficiente: uma cama gostosa e quente, uma televisão à parede cercada por quadrinhos bonitos pintados à mão por alguém talentoso. A paisagem pintada neles é aquele que avistamos quando olhamos lá fora. Tem uma parede fina que divide o ambiente do quarto/sala com a cozinha/banheiro. Tudo é moderno, bem acabado e encaixa perfeito no retângulo da enorme caixa de metal. O meu militar favorito quer tomar uma cerveja apreciando o ar fresquinho da manhã quase hora de almoço e senta no sofazinho de madeira externo com uma Corona geladinha de acompanhante. Digo muitas vezes que ele está lindo quando eu levanto e me afasto um pouco para ver que vista tem na lateral da casinha onde estacionamos. Ele agradece sorrindo sempre.

Mas está mesmo. O frio desses dias deixa a pele do meu galego mais alva e concentra no alto das bochechas um vermelho que pede beijo. Ali veste uma calça moletom cinza mais pesada, usa uma camiseta branca que não fica visível por estar embaixo do casaco que faz conjunto com a calça. Mesmo todo coberto seu corpo ainda cria forma e volume por baixo das camadas densas de tecido e se desenha mesmo assim. Ele parece maior quando se monta, os ombros engrandecem, o peito alarga, as coxas engrossam e eu posso jurar que ele está cada vez mais perto dos dois metros. Arreganha as pernas quando senta e eu de longe solto um risinho frouxo para esse tipo de sedução. Não é só o volume acordado na altura da virilha que fala sobre o tesão que o meu homem sente nessa manhã, ele mesmo veio o caminho inteiro dizendo que queria muito transar, que o clima estava gostoso, que a gente deveria parar na estrada e trepar bem rapidinho. Para todas as provocações dele eu somente ria e socava o ombro duro pertinho do meu provocando também o seu riso ao volante.

“Saudade do seu bom trato, meu ursinho” ele diz alisando a grandeza que guarda na virilha. A cara é de tesão, óbvio, mas também é doce. É muito convincente como diz essas coisas com a boca ainda mais vermelha por causa do vento frio que faz fora da casa.

“Você tá lindo assim” eu digo de novo. Deve ser a décima vez que elogio a beleza aloirada de Jonas.

“Diz isso com a boca cheia de pica?” Ele pede. É convincente outra vez. Sopra as palavras através dos lábios duros e isso me puxa para mais perto. Só um louco conseguiria ficar longe dele por muito tempo.

“Como é que é?”

“Fala que eu sou lindo com a boca cheia de pica? Eu tô doido por uma mamada no capricho. Essa mamada que você me dá de manhãzinha quando eu tô indo trabalhar pra me lembrar que em casa eu tenho uma boquinha perfeita pra foder e uns dedinhos macios pra acariciar as bolas enquanto eu deliro.”

Ele quase me faz rir com a forma como fala essas coisas, mas antes de engraçadinho é muito sedutor e suavemente pervertido. Suavemente porque não me xinga. É carinhoso pra pedir, mas grosseiro quando consegue, e é exatamente assim que descobriu que eu gosto que faça. Para se fazer mais merecedor dessa mamada que deseja coloca a garrafa de lado apoiada no canto do sofá, se abre mais pra mim, faz a pica apontar no moletom e enaltece a cabecinha dela com os dedos ao redor. Umedeceu os lábios porque queria um beijo e ganha quando eu finalmente tô perto o suficiente para me encaixar entre as duas pernas abertas. Me cede a língua, um monte de saliva quente e um beijo desses que a gente lembra por muito tempo. Desço aos meus joelhos e me coloco entre as coxas como em oração ao meu macho. Ele merece. Primeiro cheiro o perfume dele que ainda se prende ao casaco, esfrego meu rosto no tecido e chego ao volume que pulsa no meu queixo. Quer logo e quer ser mamado rápido.

“Tá frio, meu guloso. Tira só o pau pra fora.”

Isso não é difícil de se fazer. A imagem só da pica exposta com as duas bolas grandes penduradas sobre o tecido preso na base delas é ainda mais excitante. Ele pulsa no ar pra mim, força a primeira gotinha do seu líquido a sair pela cabeça e eu abocanho antes que ele sinta frio na rola. Descubro que jamais chegaria a sentir frio ali pois está tão quente que leva um delicioso conforto à minha boca. Uso a língua, os dentes, esfrego no céu da boca, sugo vigorosamente, aperto entre os lábios. Meu homem curte a mamada e literalmente se derrama no sofá com as pernas estendidas nas laterais do meu corpo. Às vezes uso as mãos para apoiar melhor sobre as duas coxas que me lembram dois troncos enormes, às vezes as uso para acarinhar o saco pendurado do jeito que gosta que eu faça. Geme fraco, baixinho, lembrando suspiros e me pede que engula tudo. Obedeço porque quero e preciso. O que ele ganha não é uma dessas chupadas cheias de pressa, ganância e desespero. Faço com calma, vou lambendo aos pouco babando só o necessário, mordendo somente pra arrepiar, sugando só pra aliciar. Ele gosta e reveza os carinhos entre a ponta do meu queixo guiando o oral e o meu cabelo bagunçado.

“Te bagunço inteiro porque adoro a sua cara de sexo” ele solta pra mim.

“Que cara de sexo?” Pergunto com a boca melada. Parei de sugar a cabeçona da pica para conseguir falar, mas é só calar que ele mesmo guia meu queixo de volta ao que eu não deveria ter largado.

“Essa carinha avermelhada, a boca melada e inchadinha de tanto mamar, o cabelo bagunçado, os olhos marejados e a bochecha amassada. Essa é a sua cara de sexo, meu cachorro” ele termina descendo um tapa de moderada força no meu rosto.

Queria falar outra coisa, mas não tenho tempo porque ele me mantém ocupado engolindo o bicho que parece querer brigar com a minha língua. Quando estou com tudo dentro da boca lutando pra não tossir ele me chama pelo meu nome com dois tapinhas no meu ombro. Eu acho que ele está só me incentivando, mas segura meu queixo e arranca sua pica da minha boca. Ela sai apressada e babada, meu queixo nela e os lábios não querem se fechar. Ele reclama qualquer coisa que eu não entendo bem e se ajeita no sofá me fazendo levantar em seguida. Só entendo quando olho para o lado e Gaúcho está nos olhando com um ar desconcertado, mas não assustado. Até lembra uma expressão curiosa. Por tamanha surpresa não consegue sair correndo dali e por isso fica parado como se quisesse nos dar tempo de inventar e compor nossa decência. Eu cubro a minha rola dura no meu moletom e viro de costas secando os lábios e os arredores do queixo com as costas das mãos. Jonas limpa a garganta com uma tosse, senta direito pra cobrir o volume todo que voltou para dentro da cueca e que se esconde no tecido. Gaúcho finalmente sorri e está completamente sem graça quando me viro e olho seu rosto. Ele começa a ensaiar qualquer desculpa quando Jonas interrompe.

“Não, não, não. Não se desculpa, não. A gente é que… Caramba.” Ele coçou a festa e eu fiz companhia ao meu militar no sofá. Nem olhava direito o barbudo no gramado não muito longe do deck. “A gente nem pensou. Foi mal.”

“Vocês estão em casa” brincou finalmente e me fez sorrir antes de continuar. “É que eu esqueci de avisar lá em cima que a gente ainda não desceu o encanamento que bombeara água para o banheiro, então a água que vocês vão usar é de uma caixa. Acredito que não vai acabar, mas se acontecer é só avisar que eu ligo a bomba e ela enche rapidinho. Vai desculpando aí.” Ele enfia as mãos no bolso da calça, olho o gramado, mas depois me olha.

“Não se desculpa, não. Bebi três cervejas e elas já bateram, aí você sabe, né? Nessa hora o cara fica meio solto mesmo. E valeuzão aí por avisar.”

“Mas é bom ficar solto assim” o Gaúcho disse amigável. “Tem hora que o cara tem que se soltar mesmo.”

Ele entendia que estávamos ali como casal, deu pra notar logo de cara ainda na porteira, e pela tranquilidade deu pra ver que não é desses que se impressionam facilmente. Da mesma forma pacata que chegou foi dando uns passos para a lateral da casa dizendo uma segunda vez que poderíamos ficar tranquilos, que estava tudo bem e que estaria na casa principal para qualquer questão que surgisse. Não consegui esconder meu rosto corado. Não fosse o fator surpresa essa seria uma situação que me encheria de mais tesão, mas na hora a quentura baixou, eu senti frio de novo e entramos logo após a sua saída. Primeiro rimos um bocado, achamos uma graça absurda em sermos pegos naquela situação e Jonas lembrou que mesmo não combinando eu sempre conseguia dar uma amostra do meu show.

“Você sempre dá um jeito que te peguem mamando, né?” Ele diz me puxando num canto da cozinha. Enfia as mãos no meu moletom e apalpa a pele quente da minha bunda. “Você sempre conseguindo o quer. Parece que tudo contribui para que eu sinta todos os prazeres do mundo ao seu lado” ele termina querendo me beijar.

“Eu e o universo fizemos um acordo” respondi manhoso quase grudado nos lábios vermelhinhos dele. No abraço eu já estava mole. Impossível não estar.

“Que acordo?”

“De te fazer o homem mais completo do mundo” eu disse.

“Você me faz completo” me confessa. “Tenho esse beijo…” e ele me beija rapidinho. “Tenho esse corpo…” e ele sente o meu cu com a ponta de um dedo curioso. “Tenho sua safadeza, seu desejo, sua vontade de engolir o mundo e tenho o seu amor.”

“Completo” eu sussurro já dentro da boca dele.

A fome bateu junto com o álcool no meu militar e aproveitamos para adiantar o almoço. Coisa simples. Arroz fresquinho e branco, farofa e um refogado de calabresa com cebola. Nos banhamos um de cada vez por causa do frio e do box minúsculo que por pouco não acomodava Jonas com conforto, colocamos roupas leves e nos jogamos na cama abraçadinhos para assistir um programa de auditório que nos mantém ocupados por uma hora inteira. Emendamos em uma série, vimos três capítulos seguidos, Jonas cochilou em meu peito e acordou com a noite caindo lá fora. O colorido ao fundo da paisagem me fez romântico de repente e as minhas mãos contaram ao corpo de Jonas como eu queria ser acariciado. Nós dois presos embaixo da coberta, Jonas caído sobre mim e encaixado entre as minhas coxas, a barriga quente roçando a minha e a língua pegajosa enfiada na minha boca em um beijo calmo e apaixonado.

Movimentando minha cabeça para dar novas posições ao beijo, olhei para a mata ao fundo e a imagem do homem barbudo e inteiro brilhado surgiu nos meus olhos outra vez. Seria assustador se dessa vez não fosse curioso e começasse a me excitar. Foi aparecendo com um cigarro aceso nos dedos como quem caminha na orla de qualquer cidade apreciando uma vista ao fundo, só que nesse caso seguia de lado dividindo sua atenção entre o último clarão sumindo no vale e os dois homens sobre a cama bagunçada. Foi inevitável pensar que ele merecia mais do que eu Jonas fazemos juntos e foi ainda mais difícil não pensar na intromissão e no entusiasmo que carrega no olhar. Não sei o que significa, não é do tipo de homem que me deixa entender, mas nos flagra, nos admira e parece ter vindo até ali só pra isso. Aliso as costas do homem que segue me beijando, mas agora está em meu pescoço, e pergunto no meio de um suspiro.

“Você acha que ele queria nos ver?” Falo como se Jonas soubesse que assunto eu abordaria repentinamente.

“Ahhh, não parece que queria.” Ele diz no meio da lambida que dá no meu pescoço quente. “Me diz você. Acha que ele gostou de te pegar com a rola inteira enfiada na boca?”

“Não consigo ler a expressão dele. Nem tinha expressão, na verdade. Só ficou lá parado. Foi até educado demais.” Enquanto respondia vi Jonas se enfiar embaixo da coberta para alcançar meus mamilos. Suspirei quando abocanhou um.

“Ele pode ter achado curioso sem se interessar de fato pela imagem de dois homens” Jonas falou entre umas chapadinhas que estava me dando depois de abocanhar o outro mamilo.

“A natural curiosidade” eu disse.

“Essa aí” ele suspirou. “O ser humano, o homem principalmente, é movido a curiosidade. Ele não precisa de tesão para achar uma mamada interessante. Ainda mais a sua, meu safado. Qualquer um iria querer assistir até o final.”

“Ele poderia voltar aqui” eu disse olhando outra vez lá fora. Ele ainda estava lá terminando aquele cigarro e numa última tragada nos olhando através do vidro e ainda longe do deck foi sumindo junto com o último clarão do dia.

“Você está louco que isso aconteça, né?” Jonas me fez olhar seu rosto quando surgiu saindo da coberta e me encarou.

“Eu sempre vou adorar ser assistido enquanto brindamos nosso sexo” respondo pedindo outro daquele beijo.

E as nossas carícias não caminha para uma transa. Ficamos duros, nos apertamos embaixo da coberta pesada, nos encaixamos em muitas posições, nos beijamos e beijamos nossos ombros, nossos queixos, nossos braços e mamilos, mas não permito que meu corpo se abra às penetrações. Jonas quer e quase implora, mas se contenta em cheirar e me beijar o corpo todo.

Jantamos o que sobrou do almoço, completamos com uma saladinha rápida, faço Jonas tomar outro banho para ficar limpo pra mim e depois de algumas cervejas e mais filme, o coloco de bruços e vou experimentando os cheiros que o seu corpo grande exala. Está mole pra mim e se abre perdendo as peças de roupa que insistia em usar. Mordo as costas, a nuca, beijo os ombros, cheiro o cabelo lavado, aperto a cintura quando desço, cheiro a nádega. O homem ri e arrepia, suspira e empina. Provo do cu, do gosto dele, deixo molhado, assopro pra torturar e beijo pra dizer que amo. Dedilho quando quero, penetro pra fazer gemer e penso que seria adorável ter aquele homem como expectador solitário dessa nossa intimidade. Minha língua brinca de cavar o anel de Jonas e ele brinca de rebolar pra mim. Faz isso sem vergonha e geme sem medo de parecer frouxo demais. Ele deve lembrar das muitas vezes em que eu estivesse lá atrás e dizia que homem tem que gemer quando tiver a bunda beijada por outro, tem que pedir linguada, se deixar amolecer, se arreganhar e liberar o cu. Homem de verdade dá, eu aconselho.

Só que nós dois estamos cansados e depois de muito roçar no corpo gigante e na bunda dura, escalo as costas e deito sobre elas terminando tudo em alguns carinhos. Ainda sobram muitos beijos antes do sono de cortinas abertas e olhares para a noite clara. Assusta no começo, mas depois acaricia a vista. Nos vestimos pra dormir quentinhos e lembro que Jonas ainda tem muita porra acumulada para a amanhã seguinte.

“Eu quero gozar e você fica me torturando” ele diz quando eu deito de novo e me pega por trás enfiando o volume da sua virilha onde se dividem as minhas nádegas.

“É que você maltratou demais da última vez e eu tô todo assado” brinco. Não me viro, gosto quando ele encaixa.

“Eu fiz isso?” Todo preocupado quer sentir com os dedos, mas eu me viro e procuro a boca em outro beijo. Ainda diz que eu deveria avisar.

“Estava gostoso e eu jamais pediria pra parar. Não quando é sua pica que está fazendo isso, não quando é o meu macho que está rasgando tudo. Relaxa que não é a primeira vez que você acaba comigo assim” eu faço rir e outros beijos apaixonados surgem depois disso.

A primeira luz do domingo me acorda e estou num tesão que não cabe em mim. Jonas ainda ressona pesado ao meu lado quando levanto e não deixo de dar uma olhada no seu corpo estendido e todo aberto. Ele está vestido, mas é como não estar. Consigo ver através do seu pijama porque a imagem dele nu está gravada na minha memória. O vidro que nos divide da paisagem está molhado de orvalho e uma neblina densa cobre o gramado, um pouco do deck e esconde completamente o vale lá no fundo. Estamos dentro de uma nuvem. Definitivamente é dia. São oito da manhã. Lavo a boca, meu rosto e volto para a cama procurando o meu homem. Me ponho dentro do cobertor pesado e engatinho sobre a ponta do móvel, depois sobre seus pés, suas canelas grossas e me coloco entre as duas coxas. Está quente e o cheiro do seu corpo dormido acorda um bicho em mim. Não me importo com o pijama e afundo minha cara na virilha fácil do meu militar que se mexe um pouco e leva as duas mãos a região. Me faz sorrir inconscientemente e eu beijo cada um dos dedos que cobre o pau. Ele se mexe de novo, suspira pesado e acaricia meu rosto naturalmente. Já fez muitas vezes isso, o seu corpo tem memória. Ele sabe quem está ali.

Sente minha barba, se deixa ser beijado nas costas das mãos, alisa meus lábios e se espreguiça num esticar de pernas que é tão sedutor quanto admirável. Engrandece quando faz isso. Se agiganta sob mim. Inspirado por seu despentear lento arranco seu pijama, desnudo a parte inferior do seu corpo e provo seu gosto de manhã. Abocanho cada bola, massageio cada uma, suspiro nelas, busco seus perfumes. Abocanho o pau com tudo, ele vai crescendo na minha boca, prendo a cabeça entre meus lábios, as veias saltarão logo no couro. Ouço os primeiros gemidos e eles são suaves, são de agradecimento. Jonas sabe que terá tudo de mim. Mas não são somente isso. Ele dizia algo baixinho que eu não estava escutando, pedia pra olhar lá fora e eu só fiz isso quando finalmente entendi.

Gaúcho nos assiste sentado no mesmo sofá onde Jonas repousava na tarde anterior. Fuma como na noite passada, nos admira através do vidro e só. Não se move, não quer dizer nada, somente espera nos assistir.

“Mata a curiosidade dele, safadinho” Jonas sussurrou ainda cheio de sono.

Se é a minha cara de sexo que dá tesão, é a cara de sono de Jonas que me deixa inteiro duro.

Eu sorri para o nosso acompanhante lá fora, depois sorri para o meu homem e me estiquei até conseguir beijar seu queixo quente. Tinha cheiro de manhã. Tirei do nosso corpo o cobertor pesado porque já começava a sentir o calor que se sente quando o tesão nos veste. Minha pica explodia entre as pernas e a rola de Jonas pulsava pedindo mais daquela mamada. Eu dei. Deixei gaúcho me ver curvado para conseguir lamber da base até a cabeça brilhante, as bolas inchadas e rosadinhas, a virilha cheirosa. Chupei tudo o que Jonas tem ali embaixo e que mantém tão duro quanto é imaginável que se possa manter. Apertei as coxas com força quando ele segurava minha cabeça e erguia o quadril buscando um sofrimento excitante de ser assistido. Quando dois homens trepam há uma energia que extrapola o nível da segurança e Jonas beira a violência quando se permite o tesão.

Fui usando dessa força que não surge repentinamente que ele segurou meu corpo e me tacou não cama de bruços, me tirou o pijama, me mostrou pelado ao cara lá de fora e massageou com firmeza cada uma das bandas da bunda como quem diz que é ali a porta para o paraíso.

“Esse corpo é meu” faz questão de dizer.

Eu me empino para todas as carícias que ganho lá atrás até quando elas são grosseiras e o que ganho é um amor melado em rusticidade. Desce o tapa pra avermelhar a bunda e aperta pra marcar, olho o cara e ele acompanha cada estalar de pele, cada movimento que o militar incita.

“Essa bunda é minha.”

Me cospe, me dedilha, me penetra com a mão. Quero gemer e enfio minha cara nos lençóis porque sei que fico bonito sofrendo assim. Me amacia na base do cuspe como se precisasse me preparar, mas faz isso por carinho. Quando tira a grosseria, a rudez, a violência e a ganância, a base dessa trepada é o amor que sentimos um pelo outro.

“Mete” eu imploro num desses gemidos passíveis de pena por serem tão sofridos.

“Pede de novo” ordena. Tem outro tapa grudado na minha bunda. Ele quer tudo marcado.

“Mete em mim, bem la dentro. Me segurei até aqui…”

“Não tô pedindo declaração de amor” Jonas fala me cortando. Consegue alcançar meu pescoço com uma das mãos e aperta como se me domasse. “Pede pica. Vai, pede!”

“Mete essa porra em mim.” Não peço, mas imploro. “Enche o seu puto de rola. Mostra como é dar pra você. Mostra pra ele.”

“Pede!” Ele ordena.

“Enfia. Vai, me come. Mete vara, meu tesão. Usa esse cu. Num é teu?”

Então me come assim montado em mim. Não de quatro, não empinado, mas literalmente montado em mim. Quer socar, mas está tão encaixado só que manda pra dentro forçando ir até o fundo que pode, até onde sabe que consegue. Olho de lado e sofrido para o homem que traga o seu cigarro e a fumaça que resulta disso se mistura com a neblina. Segura o olhar no meu e ainda não esboça qualquer reação. Não sei dizer se gosta de me assistir ser penetrado deitado com a bunda aberta para um homem muito maior que eu em altura, não sei se sente excitação ao me ouvir gemer fraco e forçado pedindo para continuar engatado na rola que pulsa toda vez que ocupa aquela entrada molhada.

Eu sei que Jonas quer se exibir quando ergue o seu corpo o suficiente para que a sua rola vá saindo de dentro da minha bunda até sobrar só a cabeça pra dentro e volta com tudo num encontro de corpos que mais parece uma explosão. Sei que ele quer mostrar quem manda quando usa uma das mão para apoiar em minha nuca e forçar meu rosto na cama me arrancando outros tantos gemidos, agora mais altos e mais fortes, ao mesmo tempo em que não desengata do meu cu e volta a preencher. É assim que ele come.

“Ele pode olhar o quanto quiser, mas esse cu é meu” ouço Jonas repetir lá do alto. Fala isso depois de voltar para dentro de mim. Tem posse na sua fala.

“Todo seu. Você sabe que ninguém faz isso com ele. Não desse jeito.” Eu consigo falar, mas para a felicidade do meu macho faço isso sofrendo.

“De jeito, hein?” Ele urra. É grosseiro.

“Com amor. Desse jeito bruto e rude. Mas com amor. Ninguém mete assim, ninguém me deixa mole desse jeito. Isso, é disso que eu tô falando. Ninguém cabe assim perfeito dentro da minha bunda como você faz.”

Ele deita de novo sobre meu corpo e toda aquela explosão de encontro de corpos vira um roçar grudento e já suado. Se mexe em mim e segue pregado.

“Fala isso de novo!” Ordena.

“Ninguém cabe assim perfeito dentro do meu cu igual você cabe, meu amor.” Solto em gemido.

“Ta falando dessa pica? É essa aqui que cabe no seu cu?” Ele tira a pica de mim não pra me torturar, mesmo sabendo que sofro quando estou longe dela, mas pra arrastar toda a baba que escorre dele na minha bunda. Faz isso se gabando do seu tamanho para o nosso acompanhante. Se gaba também do quanto baba. Um homem abundante em tudo.

“Essa rola. Essa aí! Não tem outra mais gostosa, mais grossa, mais quente.” De novo sai em suspiro. “Não tira ela de mim, não. Eu quero toda socada. Vai, assim… Deixa aí dentro. Não tira, amor. Tá gostoso. Ta pulsando, ta grandona. Caralho!”

“Então pisca pra mim. Morde!” Ele ordena.

Eu pisco. Travo o anel do meu cu e seguro a pica lá dentro. Arde quando faço isso, mas me preenche inteiro. Parece que cresce, que incha. Me massageia inteiro lá dentro. Como ele consegue?

“Quero que ele sinta inveja de você” confessa. “Aposto que ninguém vai fazer isso com a pica dele.”

“Deixaria eu fazer?” Pergunto. Estou olhando o homem, mas ele não me escuta agora porque pergunto em um sussurro.

“Não hoje. Nem tão logo também. Só meu. Deixo olhar, tá tudo bem, que morram de inveja, mas comer mesmo…” Ele acha uma forma de penetrar mais. Faz doer. Geme antes de falar. “Só eu vou te comer!”

É o que me satisfaz e me inspira a pedir para sair daquela posição. Está gostosa, mas quero ver o rosto suado e vermelho do homem que diz aquelas coisas diretamente no meu ouvido. Quero ele dizendo dentro da minha boca. Me penetra encaixando-se dentro das minhas coxas, assiste quando o homem se levanta e some na neblina antes de nos flagrar mais uma vez e me impede de olhar na direção de quem estava lá.

“Você é meu. Já disse ao mundo. Ninguém toca desse jeito, ninguém come assim.”

Jonas fala me impedindo de beijar e provocando com os lábios encostados nos meus. Fala de olho aberto quase cuspindo em mim.

“Você fica mil vez mais gostoso falando assim” confesso.

“É perigoso me deixar saber disso” ele ri.

Também quero rir, mas logo me resta gemer porque o militar me faz sofrer na pica nessa posição. Se encaixa e mete grosseiro. Me aperta a cintura e às vezes me aperta o queixo. Esmurra peito peito, belisca meu mamilo, me faz lamber seus dedos. Me cospe na boca, me força a brincar com a saliva e me beija em seguida. Geme na minha cara, diz que é uma delícia meter em mim, desce o tapa no meu quadril e rebola com a maestria de um exímio pervertido. Ainda me come de quadro no cantinho da cama provocando barulhos exagerados do encontro da sua virilha com a minha. Goza um pouquinho quando me vê masturbando meu próprio pau e se excita demais com isso, mas segura o que consegue e até sai de mim pouco para não acabar leitando antes do que deseja. Me penetra andando com dificuldade até o banheiro e morde a minha bunda me encurralando nos vidros do box. Descubro que cabemos, sim, no espaço mínimo e é assim bem grudadinhos que gozamos os dois. É ouvindo ele dizer grudado na minha nuca que a minha bunda está usada e leitada que deixamos nossa porra escorrer pelo ralo. É em espasmos que ele diz, ainda gemendo, que me ama.

“Você é perfeito pra mim” solta baixinho quando me abraça por trás gozado e aliviado, então.

“Como consegue ser romântico e bruto?” Pergunto.

“Eu sou bruto?” Finge uma inocência que até veste bem o rosto molhado e vermelho que eu quero ver logo.

“Ah, não mete essa não, neném. Mete igual um touro, arregaça minha bunda dizendo que me ama. Bruto e amorzinho ao mesmo tempo” digo depois de virar no abraço e finalmente averiguar o esforço estampado no rosto dele. Do jeito que eu gosto.

“Promete logo, então.” Ele pede carinhoso. Até alisa minha cintura grudadinho na minha barriga.

“Prometer o quê?”

“Que vai ser perfeito sempre pra mim.”

Fala manhoso. Não sei negar qualquer coisa assim.

“Você tem meu sim para todas as promessas, até as que ainda não fez” respondo.

É me apertando molhado quase dizendo que prefere existir dentro de mim num corpo só e soltando sorrisos no meio do nosso beijo que mostra ser o homem mais apaixonado do mundo. Às vezes para o que fazemos para me olhar completamente silencioso embaixo da cortina de água morna que sai da ducha e a boca se mantém entreaberta prestes a confessar, pela milésima vez, toda essa paixão. É exatamente no meio de outro beijo que a rola maltratada dele vai ficando dura de novo e encontra espaço entre as minhas coxas grossas e escorregadias. É grudado na minha boca que retoma os movimentos grosseiros que fazia minutos antes e me fode nas coxas, me come em pé. Encaixa a pica embaixo do saco, se curva pra acessar um pouquinho da nádega assim e goza rápido outra vez com gemidos ainda mais bestiais, ainda mais prazerosos. Arranca essa porra da sua última reserva e dói para gozar. Geme de dor e amor. Falta pouco para ele gozar chorando pra mim.

Fizemos café em exagero pra dois depois do banho. Tem pão, queijo e presunto, tem bolacha, manteiga, iogurte e fruta. Jonas gosta de café da manhã. Ele faz torrada e os famosos ovos mexidos. Tem bacon. Bacon! Tem uma cerveja antes do almoço e uma caminhada de mãos dadas pelo gramado ao redor da casinha. Tem um beijo que ele me dá quando me puxa para um abraço debaixo de um filete de sol desprendido pelo espaço entre duas nuvens densas de chuva. Tem um carinho que ele faz com inacreditável suavidade com as pontas dos dedos.

Tem carne assada pro almoço.

Tem futebol na televisão no meio da tarde e um pudim que levamos pronto da cidade. O beijo que ele me dá no intervalo do jogo quando vai me ver lavando a louça e cola seu corpo nas minhas costas me fazendo lembrar o sexo de horas antes. É sexy quando demonstra segurança em encostar em mim, é homem quando me roça e provoca antes de partir.

Vamos embora antes de anoitecer e agradecemos, outra vez na porteira, a educação de Gaúcho. Ele sorri nos encarando íntimo agora, afinal sabe que o tamanho exagerado de Jonas cabe inteiro dentro de mim e sabe também qual é o tom do gemido que solto quando sofro na grossura dele. Olhando do banco do carona ainda é difícil de desenhar qualquer desejo no rosto do cara. Pode-se dizer que ele queria nos ver, não precisa colocar outra intenção ou sentido nisso.

Como Gaúcho tem um monte esperando encontrar alguém como Jonas e eu por aí que sirva o que entregamos. Para eles, digo fácil: estarei sempre aqui. Eu serei sempre assim com ou sem Jonas.

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7 Comentários

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  • Responder Baby Boy ID:vpdkriql

    Como sempre perfeito

  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Eu queria que uma dia vc chupasse Jonas com a rola dele suja, cheia de sebo, eu adoraria le vc descrever o gosto

    • Ursão Puto ID:fx71smpv2

      Me manda um contato para onde eu possa enviar esse relato. É claro que já aconteceu, mas não sei se vou colocar aqui.

    • Baby Boy ID:vpdkriql

      Aff

    • Ursão Puto ID:fx71smpv2

      Baby Boy, o seu “aff” é porque perderia esse relato? Já são duas pessoas querendo. Vou colocar aqui mesmo. 🙂 Vocês que mandam!

  • Responder Nelson ID:3c793cycoii

    Delicia. Sou vidrado nesse conto. Impossível não ficar excitado lendo. A química desses dois é contagiante. Obrigado.

    • Ursão Puto ID:fx71smpv2

      Valeu por me acompanhar, Nelson. Prometo não desapontar e sempre te encher de excitação.

      Tesão e uma safadezinha nunca falta por aqui.