# #

Eu e Beto, uma Segundona de compras

1588 palavras | 3 |4.35
Por

Acordamos, era Segundona, dia de batente prá Ele e prá mim também, serviço não me faltava as Segundas, dia de pôr a casa em ordem de novo, fds quase sempre tinha zueira.
Beto foi pro banho, eu prá cozinha, fiz café, cuscuz, o de sempre, aqueles dois comiam cuscuz todo dia, quando queriam algo diferente pediam já um dia antes.
Beto sentou prá comer, Luciano saiu do quarto resmungando, caraio, nenhum dos dois me chamou, fiquei até às cinco no sofá, com meu tamanho todo tou é com a coluna torta, bem que o Lek queria te chamar respondeu Beto mas achei que tu ia acordar logo, acordar como disse Luciano, encharcado de vinho e lasanha como eu tava, sentou pra comer, é Mano, come cuscuz que passa, isso cura até coluna, aproveita rapazinho, senta e faz teu prato e ponha leite no café, tou mandando falou Beto.
Antes de saírem, Beto mandou eu adiantar as coisas que ia esticar o almoço dele prá gente sair e comprar meu uniforme e outras coisas na rua, foram prá Oficina, eu nem sabia por onde começar, era uma sujeirada no alpendre, só toalhas, tinha umas dez prá lavar, às lavei, adiantei o que pude, fiz almoço, tomei banho e fiquei arrumado esperando Beto, o resto eu fazia de tarde.
Beto veio meio dia, sozinho, cadê Luciano perguntei-lhe, vem depois, falei que íamos sair, vagabundo não gosta de por comida no prato tb, vai vir mais tarde, vamos lá bebê, comprar tuas coisas antes que meu dinheiro acabe.
Descemos a General, a Camisaria Estudante tinha convênio com várias escolas e fazia os uniformes dos alunos, em frente à ela que a gente pegava o ônibus prá minha mãe quando moravamos na outra casa e onde eu pegava o ônibus prá escola tb, entramos nela, Beto com aquele macacão cinza mostrando o peitoral mexia com as moças, todas queriam atender o danado, rapazinho é do Azevedo ae perto, vim comprar o uniforme pra ele disse Ele a uma mocinha da loja, foi rapidinho, em meia hora saímos de lá com duas calças, duas blusas, meias e tudo, não quer aproveitar e já levar a blusa pro frio perguntou a mocinha, não princesa, tou meio duro, em maio nós volta e compra, quer, faço no carnê pra vc continuou a moça, Beto deu o sorriso passa na frente que eu atropelo dele, tou fugindo de carnê belezura respondeu, tá bom então disse ela, quando voltar me procure, Ismênia meu nome, moro sozinha em pensão lá na São Bento disse a solícita e oferecida moça, eu até me arrepiei na hora, aquela rua dela me causava calafrios sempre que ouvia o nome, na saída Beto me disse, essas safada querem casar mas nem perguntam se o cara é casado ou solteiro antes e deu risada, duas quadras depois paramos na Casa X pra comprar os kichutes, um rapaz bonito nos atendeu, Beto pegou dois pares, pagou e fomos prá Casa Padrão lá perto da rodoviária, Beto pegou três bermudas azul marinho, tudo igual e três camisetas brancas prá mim, quase todas iguais tb, na saída me disse, pronto bebê, agora teu Beto fica de piroca dura 24 hs dando uma gargalhada, ponto de ônibus na porta tava lotado, povo deve ter ficado curioso, Segundona e aquele grandão de macacão rindo daquele jeito.
Paramos na loja de louças, entupida de gente como sempre, na porta Zé Macaco gritava no seu megafone, liquidação, entrem, Beto como sempre ficou na porta, detestava aqueles tumultos, quando chegava minha hora na fila do Caixa ele entrava pra pagar ou já me dava o dinheiro antes, peguei quatro formas de pão e uma pipoqueira, não tinha em casa e eles adoraram pipoca, eu comia uma e olhe lá, um dia ia saber pq, da fila do Caixa eu via o safado mexendo com as muié que ficavam na escadaria do Hotel ao lado chamando qq homem que passasse em frente, ele adorava provocar as ‘princesas’ como ele as chamava, na minha hora ele veio pagar a compra, na saída me mostrou pruma princesa lá na escada, 14 aninhos, cabaço, cobra quanto se eu trouxer ele perguntou pra moça prá me encher a paciência, se vier os dois ele faço de graca, procê dou um desconto, óia que eu venho disse ele mas gosto no traseirinho tb tá, ah seu safado falou Ela, lá é mais caro, tem desconto não, sem vergonha riu e fomos prá casa.
No caminho falei pra ele, passamos perto da Da Vinci, podíamos ter ido buscar o sisal tb, temos tempo hoje não respondeu ele, se avie e ande depressa, tou cheio de serviço na oficina, graças à Deus, outra hora nós vamos lá.
Chegamos em casa, Luciano já tava lá, largadão no sofá, enquanto eu esquento o almoço, Beto ficou abrindo o pacote das panelas, ah safado, falou três formas pegou foi quatro e essa panela doida aqui, que é isso, pipoqueira respondi, aqui não tem, é pra fazer pipoca pra vcs, ah se eu tivesse mal humorado mlk me disse rindo, ia levar cascudo até umas hs por comprar coisa sem me avisar, oba disse Luciano entrando na cozinha, vamo ter pão e pipoca todo dia agora, tem até piroca prá tu se quiser falou Beto gargalhando, danado tava alegrão todo, era a mesa acho.
Comeram e voltaram pro serviço, eu já tinha almoçado com eles, fui acabar meu trabalho de casa, depois guardei meu uniforme e já fui estrear as formas, fiz logo cinco pão de uma vez, chegaram era umas 7 hs já, eita que xerinho tá é bom ae dentro falou Preá quando passou no quintal, tou assando os pão de pimenta, mando um pra vcs respondi, Beto e Luciano foram pro banho, Beto já saiu só de schort pedindo pão com café, vai jantar não lhe perguntei, janto mais tarde lek, um pãozinho tira minha fome não, pedi pra Luciano levar um lá pro fundo, ia levar um prá Dona Guilhermina, deixa que eu levo disse Beto, tá escuro já e tu tá muito ruero pro meu gosto, até ri, portão de Dona Guilhermina era quase colado no nosso.
Tomei banho depois, fui assistir os Inocentes na tv do quarto, eles tavam vendo outro canal na sala, Beto chegou na porta do quarto, vêm pra sala bebê, ponho na Tupi procê assistir tua novela, fiquei lá no sofá deitado no colo do Beto até eles resolverem jantar assistindo Os Inocentes, eles falavam mas gostavam de assistir também.
Acabou a novela, Beto mandou pôr a janta, tou quase é comendo pão com café disse Luciano invés de jantar, esse pão do lek é supimpa, pois coma, tem três pra nós falou Beto, eu vou é jantar.
Fiz o pratão de Beto, Luciano viu, faz o meu tb por favor lek, pão eu como de manhãzinha no café, sentei e jantei com eles, os dois rindo das artes de Beto na rua antes do almoço, depois coloquei as roupas deles de molho, dei boa noite e fui ver tv no quarto, tava meio cansado já, tá cedo lek disse Luciano, nove e meia ainda, cedo o caraio disse Beto, levanta cedo tem que deitar cedo mesmo.
Fiquei deitado vendo tv e ouvindo as risadas deles na cozinha, Cláudionor tinha entrado tb, risada dele se ouvia longe.
Tava quase dormindo, um silêncio na casa, todo mundo tinha ido dormir acho, Beto entrou e deitou peladão na cama, pôs minha cabeça no peito dele, tava cansado pq não desligou a tv e nanou logo safadinho meu, tava te esperando pro meu boa noite respondi, boa noite bebê, sorte tua que hj não posso te dar um trato, do jeito que te deixei acabo é tirando sangue, amanhã tá novo, volto à ativa me disse rindo, se prepara, tb tou cansado hj bebê, tive uns trampo pesado graças à Deus, vou dormir logo mas se quiser me acordar com tua bokinha lá e me arrancar uns ai mamãe logo cedo, vou achar ruim não, me deu um beijo gostoso como sempre, levantou-se, desligou a tv, jogou o pernão por cima de mim e dormimos logo, de madrugada tava sonhando que eu saía lá nos fundos, dois homens do lado da porta me agarravam tapando minha boca e dizendo, quietinho, fica caladinho, eram Renato e Seu Juvenal, não gritei mas acordei tremendo todo, Beto nem perguntou o que era, levantou, trouxe uma água com açúcar, tomei o copo todo, dorme de novo bebê, teu Beto tá aqui te cuidando, nunca mais tu tinha tido sonho ruim, ficou me fazendo cafuné com a boca um tempão, ae eu dormi novamente.
Acordamos, tava um toró de verão danado lá fora, levante rapazinho, faz nosso café, da comida pros teus peixinhos, vai ficar na Oficina dia inteiro hj comigo disse Beto, quero ir não respondi, não perguntei se tu quer ir bebê, tou falando que tu vai, lá tu se distrai, quero tu sozinho hj aqui não, vou mandar teus sonho ruim prá casa do caraio ou não me chamo Alberto.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,35 de 17 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

3 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Esse moleque nao vai da mais o cu para os outros machos, ta sem graça tem que fazer beto deixar os machos comerem ele

  • Responder Sla ID:1daicwpzrd

    Eu acordaria ele chupando esse pauzão kkk

    • Marcus ID:19p2lvrzj

      Rs. Bjão Querido.