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Seduzindo o homofóbico – Parte 7

2415 palavras | 7 |4.72
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Ele desdenhou, rindo. Então eu me inclinei e lhe dei um tapa bem gostoso na bunda.

Olá, me chamo HDNA e antes de começar o conto gostaria de dizer que ele não é de minha autoria, este conto é do autor Whitechocolate, mas infelizmente ele foi deletado do site em que estava publicado, por isso estou publicando-o aqui.

Benji finalmente percebeu que era mais fácil dormir na minha casa. Minha mãe ficava na dela quando estava presente e – eu tinha quase certeza de que ela sabia sobre mim – não comentava nada, não fazia nenhuma insinuação e tratava Benji com normalidade. Eu confiava muito na minha mãe. E durante aquela semana, ela foi um anjo. As refeições nunca eram tão bem feitas como na casa de Benji, mas ele elogiava a comida e fazia minha mãe corar.
Eu evitei seriamente qualquer contato com Eloísa. Eu fiz o oposto do que fora aconselhado por ela, e estava envergonhado de encontrá-la. Benji falava dela de vez em quando, em conversas sobre a Gabi. A namorada dele estava mais e mais distante, um relacionamento que se segurava por um fio.
– Eu tenho planos pra gente no meio de Janeiro – ele disse um dia. Tínhamos voltado da academia, transado, e tomado banho juntos. Agora estávamos deitados na cama completamente nus, Benji de barriga para baixo e rosto encostado na minha perna, bem perto do meu pau semi-ereto. Ele havia acabado de mamar o membro, e estava ficando cada vez mais confortável com o meu gozo, sempre querendo no rosto, e deixando de vez em quando um pouco escorrer pelos lábios.
– Tem, é?
– Tenho. Falei pra você da casa de praia, umas duas horas de viagem pro sul, bem longe. Eu e você. Combinei tudo com o meu pai.
A menção do pai me deu um frio na barriga. Eu queria perguntar sobre a sua namorada, mas preferi ficar quieto, pois não queria estragar ainda mais aquele clima gostoso.
– Bem tentador. – Eu alisei seu cabelo ainda húmido, e vi ele fechar os olhos de prazer. Sorriu. – Mas você devia ter perguntado. Eu podia ter meus próprios planos.
Ele desdenhou, rindo. Então eu me inclinei e lhe dei um tapa bem gostoso na bunda.
A gente foi entrando em dezembro já com um novo espírito, como se já fosse o ano novo. As visitas à casa de Benji ficaram mais tranquilas, porque eu percebi que o meu maior inimigo, o preconceito, era também a minha melhor defesa, pois as mentes pequenas dos dois nunca poderiam conceder que o próprio filho fosse gay. Só precisávamos tomar cuidado.
Inevitavelmente encontrei Eloísa, e seus olhares acusadores e preocupados eram o que mais me incomodava. Sentia que Benji percebeu algo estranho, pois começou a evitar provocar encontros entre nós. Mas perto do natal, Benji e eu encontramos vários amigos numa praça, era noite, e Eloísa estava presente. De alguma forma, ela conseguiu me pegar sozinho, porque Benji e Gabi haviam sorrateiramente se afastado. Tentei não ficar procurando os dois entre as pessoas na praça, entre as árvores, e luzes brilhantes. Havia tanto tempo que Benji não me abandonava pra ficar com Gabi que o ciúmes foi sufocante… Até que Eloísa me puxou para um canto.
– Olha, – ela disse. – Eu não sei o que você tá fazendo, mas eu estou ficando preocupada. O Benji vê você como amigo, e vocês tão ficando muito próximos. Acha mesmo que isso vai acabar bem?
Não sei se foi o ciúmes que me pegou desprevenido, mas em vez de respirar fundo e falar alguma mentira para deixar a menina tranquila, eu fiquei com raiva da sua audácia e deixei transparecer.
– Porra, eu sou grandinho, Eloísa. E o Benji também é.
Ela hesitou e abriu os olhos um pouco mais do que o normal, mas logo se recuperou. Sorriu.
– Não tô tentando lhe ofender, Hugo, você sabe, não é? – ela disse. – Mas eu conheço aquela família. Você sabe o que fizeram com um amigo do pai de Benji? Bateram nele até ficar irreconhecível. Sabe por quê? Porque era gay. Eu sei que você é bi, mas tá ficando óbvio para quem quiser ver que você tá interessado, e Benji não vai saber fazer essa distinção. Você precisa tomar cuidado. Além do mais, olha aí, ele saiu com Gabi, isso não te fere? Você não prefere procurar alguém que te dê mais atenção? Olha lá, lá vem eles… Eles… O que será que houve? – ela disse, de repente mudando de tom quando viu que Gabi vinha andando mais rápido na frente de Benji, os braços cruzados na barriga, o rosto de choro. Eloísa caminhou como se fosse até Benji, mas Gabi a parou e começou a falar. Lágrimas desciam pela sua bochecha, e Benji passou pelas duas sem falar nada. Elas olharam para ele enquanto ele caminhava na minha direção.
– Vamos embora, – ele disse. Eu fiquei tenso, ao ver o olhar frio que Eloísa me deu. Gabi chorava, e abraçava a amiga, mas Eloísa olhava para mim.
– O que houve? – eu perguntei. Consegui quebrar o contato no olhar, e ignorá-la. Os outros ainda não perceberam o que houve, e Benji queria sair antes que alguma comoção começasse. A gente caminhou lado a lado pela praça.
– Terminei com ela.
– Oh. Ela ficou muito mal, – eu disse, me sentindo culpado… mas ao mesmo tempo, queria soltar fogos de artifício. Tentei não demonstrar isso. – Sinto muito.
– Sente? – ele perguntou, genuinamente interessado na resposta.
Eu suspirei fundo.
– Não.
Ele assentiu.
– Nosso namoro acabou há muito tempo. Foi crueldade da minha parte ficar com ela… Pior é que eu não estou nem um pouco triste porque acabou, mas sim por ter feito ela chorar. – Benji estava falando de um modo neutro, e eu decidi não interromper. – Ela queria saber por quê. Acredita nisso? Ela que devia ter acabado a relação há muito tempo. Eu fui um péssimo namorado… por muitas razões além de… de tudo. – Esse tudo foi definitivamente relacionado a mim. Eu olhei para baixo enquanto caminhava, minha alegria murchando como um balão furado. Agora era a hora. Ele iria me culpar. Tudo iria se voltar contra mim. Será que Eloísa estava nesse momento me culpando também? Engraçado que Gabi era a única que realmente tinha motivos para me odiar.
– Hugo – ele disse. Eu respondi, mas não olhei para ele. – Hugo! – ele repetiu, mais alto.
– Que foi? – falei, e percebi o medo na voz, e a irritação, a frustração. Olhos se encontraram. Ele deve ter visto algo, pois parou subitamente e me encarou. Ficamos frente a frente, deixando as pessoas passarem para poder conversarmos.
– Eu sinto que te conheço mais nesse últimos dias, – ele disse. – Sei quando você tá com algum problema. Fala pra mim.
– Não é nada.
– Meu Deus… – A frustração na sua voz foi dolorosa. Então ele começou a rir.
– Que foi?
– Não é nada, – ele disse, vingativo, e começou a andar. Depois de um momento de choque, eu fui atrás dele.
– Nossa, bem maduro da sua parte.
Ele riu mais um pouco.
– Tá bom. É que por um momento ali eu pareci a Gabi tentando me fazer falar dos meus sentimentos. Diz pra mim, Hugo. Você acha que eu sou uma pessoa ruim?
– Não, Benji. Claro que não.
Ele suspirou. A gente chegou onde o seu carro estava estacionado. Ele abriu a porta para mim com um sorriso, e nossa conversa ficou em pausa até que ambos entramos. Ele ligou o carro, e olhou para mim.
– Sua casa?
Eu assenti.
– Obrigado, Hugo – ele disse.
– Por quê?
– Ah. Por tudo.
No caminho de casa, Benji dirigiu com uma mão só, e eu segurei a outra, firmemente. A gente não falou muito. O silêncio não foi ruim. Pelo contrário. Nós dois estávamos rindo feito bobos.
Na porta de casa, eu vi que todas as luzes estavam apagadas, e mamãe estava provavelmente dormindo. Benji chegou perto antes de entrar, me abraçou, sem medo pois a rua estava deserta. Seu calor era mais que um conforto.
– Esse ano foi o mais maluco da minha vida, – ele confessou. – E parece que foi muito mais.
– Tá quase acabando.
– Acho que quero passar o natal aqui. Posso inventar uma desculpa.
– Vem, por favor.
Ele me beijou. Rapidamente. A rua estava deserta, mas ainda assim, não éramos estúpidos.
Mas quando entramos em casa, acabamos por perder todo o pudor, e Benji me pressionou contra a parede. No escuro, e no silêncio, estávamos livres. Até que minha mãe acendeu a luz e nos encarou com os olhos arregalados.
Benji se afastou imediatamente, tão rápido que bateu as costas na outra parede.
– Ai, senhor. Desculpa. Eu não vi nada. – Ela apagou a luz de novo e correu para o quarto dela. Eu poderia rir, se não estivesse completamente mortificado.
– Benji?
Não responder era a pior coisa que ele poderia fazer. Milhões de tragédias se passaram na minha cabeça. Imaginei que todas as palavras que ele havia dito sobre mim tinham sido mentira. Imaginei que ele já estava se preparando para avançar em mim, gritar, até me agredir.
– Hugo, eu acho que eu bati minha cabeça muito forte – foi o que ele disse, uma voz meio grogue e sussurrante. – Tá doendo.
De repente, eu estava lá com ele, olhando sua cabeça, todo preocupado. Levei ele para o quarto e olhei mais de perto, enquanto ele respirava fundo, deixando que meus dedos permeassem sua cabeça sedosa.
– Vou pegar gelo.
– Não, não precisa.
Eu deixei que ele me puxasse para a cama.
A gente se abraçou, e Benji ficou agarradinho em mim, me apertando, de um jeito que eu sabia o que ele queria. Carinho. Eu tomei cuidado para não passar a mão no machucado, mas alisei sua cabeça, seu rosto, e deixei que ele se escondesse no meu peito. Podia sentir o seu coração acelerado. Depois de um tempo ele começou a chorar, bem baixinho e timidamente. Instintivamente eu o abracei mais forte. E deixei que chorasse à vontade.
Horas depois, ainda agarrado a mim, mas já tranquilo, ele perguntou se eu estava acordado.
– Sim.
Benji se aproximou da minha virilha, e abriu o zíper da minha calça. Eu continuei dando cafune na sua cabeça. Daquela vez, ele foi bem mais amoroso e gentil, lentamente enchendo a boca e sugando meu membro até a cabeça. Ele gemeu, me enchendo de tesão. Tinha algo de diferente naquele jeito calmo e dedicado com o qual ele chupou. De certa forma, foi bem mais intenso. Foi a primeira vez em que ele não estava comprometido com ninguém além de mim, e que mais de uma pessoa além de mim sabia sobre nós. E Benji estava achando a paz naquilo tudo em mim. Eu nem fiquei surpreso quando ele mamou meu pau, sugando toda a minha ejaculação. Depois ele continuou chupando, me dando orgasmo após o outro. Eu não o parei. Sabia que ele precisava daquilo, e eu também.
– Sua mãe não falou nada. – Ele disse depois. – Não consigo acreditar, mano.
– Eu sei. – Eu respirei fundo. – A gente tem que tomar mais cuidado de agora em diante.
– Tá bom, – ele disse.
– Tem mais, Benji. – Eu me preparei mentalmente para confessar. – Eloisa sabe. De mim pelo menos. Ela não desconfia de você, e eu não disse nada. Mas ela quer que eu me afaste…
– Como? – ele perguntou, depois de um tempo.
– Ela me observou.
– Beleza. Eu vou… eu vou lidar com ela, tá bom? Eu nunca deveria ter introduzido ela pra você. Se eu pudesse voltar no tempo… Tava tentando me livrar do ciúmes da Gabi, e de ver você pelado. Dois acertos em uma jogada só. – Ele deu uma risada. – Eu assisti tanto porno gay, só pensando em você.
Eu queria rir, mas estava muito chocado com tudo. Precisava processar o fato de que Benji ainda estava calmo. Eu queria muito tocar no assunto dos seus pais, e do crime que o pai dele cometeu. Mas ele ainda não ter feito a conexão por si só era muito estranho, até mesmo um pouco perturbador. Era como se houvesse algum bloqueio ali. Então decidi falar na outra coisa que estava me perturbando.
– Você se arrepende de ter me introduzido Eloísa?
– Sim. Tinha outras meninas mais normais. Eloísa é muito chegada em mim, se é que me entende.
– Ah, sim. Porque ela é sua ex.
– Ex, não. A gente transou aqui e ali, mas nada sério…
Eu me levantei da cama.
– Ué. Ela me disse que vocês passaram a adolescência namorando sério. – Nos dois anos que eu conhecia Benji na faculdade, antes desse terceiro ano, ele namorava Gabi.
– Ela gosta de passar essa história por aí. Nunca soube por quê. A não ser, como eu disse, ela é muito chegada em mim. Perturbava muito a Gabi até que vocês começaram a se enrolar…
Benji falou como se tudo fosse bem normal. Eu tinha um frio na barriga, uma sensação ruim. Lembrei do olhar que Eloísa me deu na praça quando estava saindo. Aquele olhar passou a significar um perigo bem maior.
– Benji, é muito importante que Eloísa realmente não desconfie de você.
Ele ficou em silêncio por uns segundos, então, com seriedade:
– Tá bom, pode deixar…

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7 Comentários

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  • Responder The Black Sheep ID:on93s5mt0b

    Muito bom esse conto, muito bem escrito e com uma história envolvente que não fala só do sexo entre eles mas das causas boas e ruins que isso pode trazer também, um exemplo pra quem curte escrever aqui se inspirar um pouco. (Bem diferente dessas nojeiras sobre pedofilia que tem muito por aqui)
    Se o “white cholocate” tiver mais contos postados em algum outro lugar me avisa PF, vou adorar ler.

  • Responder Daniel Coimbra ID:xlpy9g8l

    Eu amo muito esse conto. Não é o tema que eu mais gosto, mas esse eu leria o dia inteiro sem parar. O tesão e a paixão que Benji sente por Hugo é maravilhosa, me deixa extremamente duro e babando.

  • Responder Desejo ID:2ql03vnd0

    Eu confiava nela kkk
    Esse conto fica melhor a cada parte! Ansioso pela próxima parte!

  • Responder Grilex22 ID:gstzz1oib

    Tô gostando desse conto @grilex22

  • Responder BoyTvPlus ID:2je506zi

    Eu amo esse conto

  • Responder BoyTvPlus ID:2je506zi

    Parte 8 urgente!!!

  • Responder @eumaiknunes ID:gsudr15m1

    Continua o mais rápido, essa história e demais ❤️