#

Seduzindo o homofóbico – Parte 4

2491 palavras | 4 |4.74
Por

– Espera. Alguém pode vir. Vamos sair daqui. – Pra onde você quer ir, hein? – Eu abaixei sua calça e apertei na sua bunda.

Olá, podem me chamar de HDNA e antes de começar o conto gostaria de dizer que ele não é de minha autoria, este conto é do autor Whitechocolate, mas infelizmente ele foi deletado do site em que estava publicado, por isso estou publicando-o aqui.

Foi um erro provocar tanto Benji. A pressão que coloquei nele foi demais. Benji me afirmou que estava tudo bem, no entanto, era claro que toda a nossa bravura no que diz respeito a nossas brincadeiras havia o afetado.
Percebi sua vergonha de avançar a nossa relação. E eu logo soube que deveria respeitar mais seu espaço e deixar as coisas rolarem naturalmente. Então depois do nosso sexo grupal com as duas meninas, Gabi – sua namorada – e Eloísa; eu não avancei mais e deixei que Benji ditasse o futuro.
Continuamos com nossas “parcerias”, dormíamos na casa um do outro, e Benji continou a despertar meu desejo profundo de simplesmente tomá-lo. Eu imaginava todo tipo de vulgaridade, e ao mesmo tempo, ficava encantado com nossos momentos íntimos e inocentes, as pequenas carícias, sorrisos trocados, toques sorrateiros.
Como na vez em que ele colocou o braço ao redor do meu pescoço enquanto estávamos sentado no chão do seu quarto, assistindo; nossas cabeças se encostaram uma na outra, e ficamos nos acariciando devagar, sabendo que era algo completamente proibido, mas que podíamos ignorar e continuar nossa ilusão de apenas parceiros.
Os dias passaram, e todo mundo esqueceu o quase escândalo da festa de Benji. Gabi retornou a ser a namorada santa, Eloísa manteve contato comigo, mas, graças a Deus, quis ser só amiga.
E eu continuei na minha torturante aventura de tentar entrar nas calças do meu amigo homofóbico. Minha energia estava dedicada a essa tarefa. O medo de perder aquela amizade foi a única razão pela qual eu não fiz uma loucura e avancei em cima de Benji naquelas noites, dormindo juntinhos, trocando calor, sentindo cheiro forte e masculino.
Eu olhava seu corpo de ladinho, bumbum malhado, empinado para mim, só chegando a apalpar com a mão. Beijei sua orelha, fazendo Benji gemer baixinho, não o suficiente para dizer que queria mais, porém não me recusando.
Sentia-me um covarde, derrotado e torturado, e ao mesmo tempo, a pessoa mais sortuda do mundo, por poder sentir o cheiro daquele cara tão de perto, encostar no seu corpo, sentir sua pele arrepiada. Que privilégio, meu Deus. Tinha um macho gostoso, um morenão todo pronto para mim, e cedo ou tarde, eu sentia que iria conseguir mostrar todo o amor que eu tinha para dar.
Ficamos nessas brincadeiras, sem levantar a desconfiança de ninguém, e o tempo passou voando, até que de repente, estávamos perto do final do ano letivo da faculdade.
Chegando o dia da última prova do ano, ficou combinado entre Benji e eu que ele iria me dar carona, mas quem acabou chegando em minha porta com seu carro foi o pai dele. Benji teve que buscar Gabi e insistiu que o sr. seu pai viesse em seu lugar. Retribui o sorriso e as boas maneiras de Tomás, e sentei no banco de passageiro depois de muita insistência pois eu queria sentar no banco de trás.
Aquele era o homem que havia inserido o ódio e ignorância em Benji. Precisei de toda a minha falsidade para sentar ali do seu lado e conversar com ele. Porém era difícil não apreciar as muitas características que compartilhava com seu filho, o cabelo negro e enrolado, a pele bronzeada e os olhos. Até o sorriso.
Fui convidado para jantar na sua casa, e tentei me esquivar, já que minha relação com Benji estava um pouco insegura, e também fiquei com raiva por ele não ter vindo me buscar hoje e ter mandado o seu pai que eu odeio; porém acabei concordando.
Ele me deixou na faculdade. Encontrei Benji na biblioteca, ele estava acompanhado de não só Gabi, como também Eloísa. Fiquei um pouco constrangido de encontrar os três, mas logo entrei na conversa trivial.
Suspirei fundo quando Benji beijou Gabi na orelha, no mesmo canto em que eu costumo beijar quando estamos deitados lado a lado. Ele não olhou para mim, mas sabia que a mordida no lábio era para mim. Era incrível como ele sabia ser sensual. Eloísa estava falando comigo. Limpei a garganta.
– Oi? – perguntei.
Ela sorriu e me olhou com pena. Inclinou-se para falar no meu ouvido.
– Para de encarar assim. Gabi vai perceber.
Foi dolorido manter o sorriso sem graça, enquanto eu tomava um gole de água, tanto para disfarçar meu embaraço, quanto para me livrar da pedra na garganta.
– Eu não tava encarando, – falei por fim.
– Tá bom, então.
Não gostei nada do sorrisinho insinuador dela, como se soubesse mais do que deveria, e dúvidas brotaram na minha mente a respeito do meu comportamento, se havia sido óbvio ou se encarava muito; de repente, senti uma sufocação com a possibilidade de brotarem rumores.
Apenas um rumor era tudo que Benji precisava para tornar toda a sua bagagem de preconceitos contra mim, e foda-se tudo que aconteceu entre a gente. Ele nunca iria deixar sua reputação ser atingida daquela forma. Ele respeitava seus pais demais para deixar que eu estragasse qualquer orgulho que compartilhavam um do outro.
– Agora você parece que tá morrendo, – Eloísa disse. Eu suspirei, e notei que Benji e Bianca olhavam para nós.
– Tá tortutando o cara, Eloísa? – Benji disse.
– Só um pouco, – ela respondeu. Sorriu inocentemente e agarrou no meu braço, encostando a cabeça no meu ombro. Eu consegui sorrir.
– Tudo bem. Ela pode.
Por um momento, os olhos de Benji se estreitaram com um brilho intenso, depois ele sorriu.
– Tá quase na hora. Vamos andando?
– Boa sorte, – disse Gabi. Benji beijou sua boca. Eloísa se virou pra mim, sorrindo. Eu entendi, e beijei a boca dela, subitamente e imensamente grato pela sua ajuda.
Eu e Benji saímos andando da biblioteca. A prova durou mais de duas horas, e no final, eu estava satisfeito. Estava feliz pelo prospecto de umas férias longas com Benji. Ele acabou depois de mim, e saímos do prédio conversando extensivamente sobre as questões, e muito aliviados de que só havia mais um ano de faculdade para se formar.
Fomos almoçar num restaurante diferente do que costumávamos ir. Imaginei que ele quisesee evitar Gabi. No meio da refeição eu fui no banheiro mijar. Alguns segundos depois de eu tirar meu pênis e me aliviar, eu escutei a porta do banheiro abrindo. Não me virei. O cara veio mijar ao meu lado. Estava prestes a sair, pois não estava interessado em ninguém mais além de Benji, quando senti o seu cheiro. Então finalmente eu me virei para ver o seu rosto me encarando.
Meu pau ainda pingava mijo quando Benji o segurou e passou o dedo na cabeça, se molhando. Eu deixei. Adorava aqueles momentos surpresas em que ele se deixava levar. Depois de um tempo sentindo meu pau, que tinha ficado ereto o suficiente para ele empunhar, Benji largou, e com a mesma mão, ele segurou no próprio pau.
– Vai hoje jantar lá em casa? – perguntou Benji como se nada tivesse acontecido.
– Sim. Seu pai falou comigo.
De repente, Benji se virou.
– Vei, a gente tá de boa né? Parceiros?
– Óbvio. Por quê?
Ele negou com a cabeça.
– Você não me acha estranho nem nada? Essas coisas que a gente faz…
Eu não queria deixar que ele levasse a conversa para aquele lado. Ele já parecia sem fôlego, o rosto vermelho, envergonhado. Qualquer coisa podia faze-lo se virar e nunca mais falar comigo. Então eu o interrompi.
– Não te acho estranho. Tô aqui pra tudo, vei. Tudo que você precisar. O quê acontece entre a gente fica só entre a gente.
– Tudo?
– Tudo.
– Então vem cá, – Benji disse.
Ele avançou, agarrou meu pescoço com as duas mãos e me beijou. Nossos paus grudaram e se ralaram como uma batalha de espadas. Eu o abracei, sentindo os músculos da sua costa, enquanto nossas línguas compartilhavam sabor e saliva. Benji foi deixando eu o empurrar contra a parede, e pressionar minha cintura na sua, sentindo a pressão que esmagava os nossos membros duros. Ele parou um beijo para respirar.
– Ah caralho, – ele disse. E depois retornou a me beijar. Movi minha cabeça em sintonia com ele. Nosso beijo foi longo e perfeito, um pouco selvagem e muito romântico. Não queria nunca tirar minha língua daquela boca quente. Mas Benji parou o nosso beijo mais uma vez. – Espera. Alguém pode vir. Vamos sair daqui.
– Pra onde você quer ir, hein? – Eu abaixei sua calça e apertei na sua bunda. – Você me provoca e quer parar de repente?
Ele me concedeu mais um beijo e, finalmente, um aperto do meu dedo no seu anel rosado que eu tanto desejava. E como se meu tesão por Benji fosse uma fogueira, o simples ato de toca-lo naquele lugar tão íntimo, tão vulnerável, e ainda mais num lugar público, foi como jogar gasolina no fogo, e meu pau quase explodiu. Benji deve ter sentido a minha vontade, pois gemeu na minha boca – um gemido que permeou minha garganta.
– Por favor – ele pediu numa voz baixa mas bem aguda e feminina, nunca tinha ouvido ele falar daquela maneira. Eu entendi que ele estava implorando porque se eu quisesse poderia ter fodido ele ali mesmo, e então eu simplesmente parei. Me afastei dele, sorrindo para que ele não se sentisse mal, ou se arrependesse. A gente se vestiu rápido, e Benji recuperou sua segurança na voz e sua confiança. A gente decidiu terminar a refeição para acalmar ainda mais.
– Você pode dormir lá em casa hoje, – ele disse. – Depois do jantar.
– E a Gabi?
– Os pais dela não querem que ela durma lá.
– Mas ela é maior de idade.
– Eu também, – Benji falou. – Mas vai eu desobedecer meu pai para ver se eu não recebo umas pauladas na cabeça. Por que? Você quer tanto assim que a Gabi vá lá?
Eu percebi o tom agressivo na pergunta, mesmo que a mudança tivesse sido mínima.
O garçom passou por perto e eu pedi a conta, enquanto Benji me olhava. Não sabia exatamente como responder a pergunta, pois não tinha ideia se o ciúmes era de mim ou da namorada. Deixei o silêncio responder por si só.
– Tu quer comer minha mina de novo? – Ele perguntou, e eu me recostei na cadeira, pego de surpresa. Parecia que quanto mais eu avançava com Benji, mais inexperado ele ficava.
– Não, – eu disse. – Eu quero comer você.
Benji suspirou, e olhou ao redor. Seu rosto parecia tenso, mas não recebeu a minha confissão com raiva ou ofensa. Ele olhou para a mesa, como se estivesse evitando os meus olhos. Alguns segundos se passaram, então ele se recostou de repente e passou a mão na cabeça, sorrindo.
– Isso é muito doido, – ele confessou. Eu não disse nada, e esperava que meu nervosismo não estivesse mostrando. – O que a gente tá fazendo é muita… – ele hesitou, seu rosto queimando
vermelho, – muita viadagem.
Ele conseguiu focar os olhos em mim, sorrindo, como se estivesse com medo e quisesse me acalmar. Eu achei muito lindo. O garçom veio com a conta e eu passei o cartão. A nossa conversa parou enquanto o homem estava por perto, e depois que ele saiu, a palavra viadagem ainda fazia eco no silêncio entre nós.
– Você já sabe que eu nunca vou quebrar sua confiança, – eu disse.
– Eu sei.
– Então…
– Eu fico com medo de você me interpretar errado se eu falar umas coisas que eu quero falar.
– Pode falar.
– Ah, cara. É difícil.
– Fala, irmão.
– E só que… eu não quero perder sua amizade. Eu me sinto muito bem com você, sempre que tu tá do meu lado, é como se você me desse uma força, cara. Quando a gente tá sozinho, a sacanagem de lado, só de você me abraçar, eu me sinto bem. Eu tenho roupa sua, ou o travesseiro que você usa quando dorme lá em casa, e eu sinto seu cheiro quando fico com saudades. – Ele me olhou nos olhos, parecia que não tinha fim para a vermelhidão que atacava o seu rosto. Ele deve ter interpretado o espanto no meu rosto como alguma forma de rejeição. – Mas isso não tem nada demais, uh, não vai mudar nada, entende?
– Benji, – eu chamei, para ele se calar. Eu queria botar para fora tudo que eu sentia, mas estava muito chocado, muito feliz, e ainda assim morrendo de medo, para conseguir colocar aqueles sentimentos em palavras. – Eu vou dormir lá na sua casa hoje. Nada vai me impedir.
Ele assentiu, e respirou fundo, depois me deu um sorriso lindo.
– Vamos embora? A Gabi deve tá querendo saber como foi a prova. E a Elô também, vocês tão juntos mesmo?
Eu dei de ombros.
– É complicado.
– Entendi.
No caminho para o carro, eu avistei uma árvore enorme que estava perto da parede do estacionamento, as raízes tinham levantado o chão do muro, quase derrubando tudo. Mas árvore e parede ainda estavam de pé. A árvore dava um lugar perfeito para se esconder do movimento do trânsito e das outras pessoas no estacionamento. Eu chamei Benji para lá, e fiquei bem atrás da árvore. Ele me olhou curioso. Eu puxei seu corpo para um abraço. O mais apertado que pudesse dar, o mais quente, mais cheio de gratidão pelas palavras que ele me disse. Sabia que tinha sido muita coragem da parte dele. Eu me afoguei no seu pescoço, no seu cheiro, e adorei quando ele retribuiu o abraço com ainda mais força, rindo bem perto do meu ouvido.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,74 de 27 votos)

Por #
Comente e avalie para incentivar o autor

4 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Pass ID:41ihtdilfib

    ADOREI QUERO MAIS!!

  • Responder Sigiloso ID:41ihtdilfib

    continua por favor

  • Responder Novim 16 ID:8cipya63d3

    Cada conto que passa melhor a história fica, continua por favor!!

  • Responder Lucas ID:g3jq4kghj

    Não creiooooo que já acabou essa parte. Conto maravilhoso, cada detalhe… simplesmente maravilhoso. Esperando a próxima parte…e que seja rápido.