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Passagem: Capítulo 1: Antecedentes e Preparativos

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Dinheiro compra tudo. Essa é uma verdade incontestável e com uma infinidade de exemplos que a sustentam e testemunhas que a endossam desde o início dos tempos até os dias de hoje.

Dinheiro compra todos os tipos de produtos, serviços, vantagens, privilégios e, principalmente, compra PESSOAS.

Pelo preço certo (e sim, TODO MUNDO tem seu preço), você compra pessoas pra te amar, compra funcionários pra fazer serviços extra, compra autoridades pra fechar os olhos e calarem a boca…

E compra gente como eu.

Quem eu sou, sinceramente, pouco importa pra essa história. O que eu faço, entretanto, é o que realmente interessa aqui.

Não tem um nome específico pra “profissão” que eu exerço, mas pensem em mim como um administrador. Não de empresas ou finanças, mas de pessoas.

Meu trabalho é organizar toda uma rede de pessoas que podem ser divididas entre dois grupos que estão separados e que eu devo fazer com que se encontrem.

Eu elaboro e supervisiono a rota que leva as pessoas do grupo A até as pessoas do grupo B. E quando elas se encontram, eu trabalho para garantir que esta “reunião” ocorra perfeitamente de acordo com os termos solicitados pelos integrantes do grupo B.

Além disso, quando o encontro acaba, eu também sou responsável por fazer com que as pessoas do grupo A desapareçam, mas isso é um detalhe que não importa muito hoje.

Pareceu confuso? Peço perdão por isso!

Eu sempre busco olhar para o meu ofício com um distanciamento frio e mecânico, pois isso torna tudo mais fácil e prático.

Mas hoje eu vou abrir uma exceção pra que vocês entendam nos mínimos detalhes o que acontece nas sombras da elite.

Então, traduzindo para termos mais palpáveis, eu normalmente me apresento para meus clientes como um “mestre de cerimonias” e “organizador de eventos”. É isso que está no meu cartão de visitas.

Eu presto serviço para clientes que pertencem à uma camada extremamente restrita da sociedade: aquela camada mais rica que todas as outras somadas.

Não estou falando meramente dos “ricos”, como as pessoas costumam pensar. Meus clientes são alguns homens e também umas poucas mulheres que MANDAM na riqueza, por assim dizer.

A verdadeira elite. Aquela que não sai nas manchetes e não está nas redes sociais. Um público seleto que não precisa aparecer para os reles mortais, mas que, nos bastidores, controlam todas as peças do tabuleiro da política, da economia e até mesmo das vidas daqueles que estão abaixo.

Por motivos óbvios, não vou dar nenhum detalhe sobre meus clientes, afinal, nossos negócios só tem uma coisa que se sobrepõe ao dinheiro: o sigilo. Mas pra não confundir vocês, vou usar codinomes durante o relato.

Agora, quanto ao tipo de serviço que eu presto, talvez seja a parte mais simples de explicar: o produto que eu vendo é o prazer e o serviço que eu presto é a realização desse prazer.

Qualquer prazer. Meus clientes me pagam verdadeiras fortunas que compram mais do que serviços “exóticos”. Eu sou aquele para quem eles ligam quando querem o impossível.

E é exatamente isso que eu entrego 100% das vezes, o que me garante uma reputação de respeito e confiança. Normalmente eu atendo pedidos individuais de meus clientes e a maioria nem é tão extravagante. Pra ser sincero, a maioria esmagadora de meus clientes pede coisas bem simples mesmo. Não raramente, sou contratado para procurar e comprar pessoas com quem meus clientes estabelecem uma relação fixa. Afinal, não tem por que se perder tempo tentando conquistar uma namorada ou um namorado quando você pode simplesmente escolher o que quiser em um catálogo, certo?

Outros tantos só querem serviços sexuais específicos demais para se conseguir na maioria dos prostibulos. Alguns só são muito exigentes quanto às características físicas da pessoa que vai para sua cama.

Querem alguns exemplos? Sem problemas.

Uma cliente (a quem costumo apelidar de “Enguia”) tem o hábito de transar com múltiplos homens em uma enorme banheira cheia de gel. Para isso, ela tem uma preferência particular por homens completamente sem pelos (incluindo cabelo e sobrancelhas), o que é relativamente fácil de proporcionar.

Há também um casal de meia idade (eu os chamo de Barão e Baronesa) que de tempos em tempos me procura para adquirir uma nova escrava sexual para satisfazer suas fantasias mais obscuras. Essas encomendas têm sempre as exatas mesmas especificidades: mulher, magra, branca, loira natural, menos de 1,60m e cuja visão e fala tenham sido anuladas cirurgicamente.

Recentemente, passei à prestar serviços para um jovem que acabou de chegar a maioridade e assumiu oficialmente o patrimônio e os negócios da família.

Assim que o rapaz (que chamarei de Herdeiro) soube da minha existência (afinal, seu pai fora um dos meus clientes mais assíduos por quase uma década), não tardou a me contatar para colocar em prática todas as suas fantasias mais mirabolantes em prática!

Devo dizer que seus pedidos estão entre os mais inusitados, ainda que meio “sem noção” algumas vezes. Acho que é influência da Internet, vai saber…

No geral, ele costuma encomendar moças de origem asiática com peitos volumosos e feições infantilizadas e as coloca para performar atos sexuais “bizarros”, digamos assim.

O Herdeiro também gosta muito de meninas que se fantasiam e interpretam personagens fictícias, o que as vezes me obriga a pesquisar a fundo o universo de alguns jogos virtuais e quadrinhos diversos.

Outro dos meus clientes mais recorrentes é o “Cinéfilo”, um grande apreciador de cinema, portanto, sempre que recebo um chamado, já reservo um voo para os Estados Unidos onde ofereço quantias obscenas de dinheiro para estrelas de Hollywood passarem uma noite na mansão deste cliente.

Ironicamente, mais de uma dessas atrizes contratadas para transar com o Cinéfilo acabou se tornando minha cliente.

Enfim, apesar de tudo isso parecer bastante inacreditável, acreditem: esses exemplos que dei nem são os pedidos mais difíceis de entregar!

Por exemplo: há muitos anos eu atendo um cliente a quem chamo de Patriarca. É um homem já de idade avançada, viúvo e sem filhos. Seu caso é peculiar, pois o Patriarca não PARTICIPA das performances que eu organizo: ele apenas assiste e dirige a situação.

Seus pedidos variam nos detalhes, mas todos seguem o mesmo critério: todas as pessoas contratadas devem ser parentes próximos!

Dentro disso, costumo recrutar pais e mães que fazem sexo com seus filhos e filhas, irmãos que transam uns com os outros ou mesmo famílias inteiras que realizam bacanais para o prazer do Patriarca.

Um dos pedidos mais difíceis de entregar foi a contratação de um conjunto de trigêmeas de pele branca para transar com um conjunto de trigêmeos de pele negra.

O Patriarca foi bem específico ao pedir que tal evento fosse realizado durante o período fértil das gêmeas e orientou os rapazes a revezar entre as meninas de modo que todos os três gêmeos ejaculasse dentro de todas as três gêmeas ao menos uma vez.

Foi uma noite longa aquela…

As crianças que resultaram daquela performance foram todas vendidas por um bom preço para um prostíbulo na Romênia. Por outro lado, os dois conjuntos de trigêmeos tornaram-se uma atração recorrente nas festas que eu organizo.

Acho que até aqui já deu pra entender mais ou menos como funciona meu trabalho, certo? Então agora posso finalmente começar a relatar um dos carros-chefe dos serviços que eu oferto e pelos quais sou famoso entre a elite nacional e internacional: a festa que meus clientes passaram a se referir como a “Passagem”, pois é realizada entre os dias 24 de Dezembro e 1 de Janeiro enquanto o resto do mundo está ocupado com as festas de fim de ano.

Como disse anteriormente, a maioria dos meus serviços é realizado a pedido de clientes individuais, porém as vezes eu também organizo eventos coletivos (que são aqueles mais trabalhosos e também mais caros).

Por exemplo: há um hobby bem popular entre minha clientela que consiste em uma modalidade caça esportiva. Geralmente eu organizo tours periódicos com mais de um “competidor” e seleciono os espécimes entre populações mais isoladas ao redor do mundo (normalmente no sudeste asiático, salvo algumas ocasiões especiais).

Essas caçadas, normalmente envolvem 20 ou 30 jovens em boa forma física e quase sempre do sexo feminino (que costuma ser a preferência desses caçadores) que são soltos dentro do perímetro definido para o evento sem vestes ou qualquer objeto.

Tais competições costumam durar cerca de 1 semana onde meus clientes perseguem e abatem suas presas da maneira que mais apetece sua criatividade.

Vocês podem imaginar, tendo em vista o tamanho da estrutura necessária a realização desse tipo de evento, que estes são serviços um tanto quanto caros.

Já a Passagem é um caso completamente diferente.

Primeiramente, ela não é uma festa organizada à pedido de nenhum cliente. Sendo assim, a outra característica é que a Passagem é um serviço de “cortesia da casa”, digamos assim.

Deixem-me explicar: quando se atua em um ramo como o meu, é necessário ter algum diferencial para atrair clientes novos e também para fidelizar os antigos.

Seguindo essa lógica, no ano de 1988, quando eu já havia acumulado um certo capital e estava consolidando minha base de clientes, decidi organizar tal evento pela primeira vez como um presente para meus clientes.

Foi numa escala bem menor e ocorreu em um lugar diferente do atual, mas seu sucesso foi tamanho que meu faturamento no ano seguinte quase triplicou por conta dos novos clientes.

Desde então, todos os anos sem falta, passei à organizar a passagem, mas já em sua segunda edição, com muito mais gente e numa pequena ilha privada do Oceano Pacífico.

Agora que vocês já sabem um pouco dos antecedentes, vamos às suas características principais.

Os preparativos da Passagem concentram-se em três tópicos principais: o local do evento, os convidados e os presentes.

A primeira parte é relativamente simples, mas demanda uma atenção minuciosa, pois além de garantir o conforto das acomodações de meus clientes, também é preciso abastecer o local com comida, bebida e outras coisas essenciais.

Além disso, é preciso criar uma estrutura de segurança rigorosa para garantir não só a integridade dos convidados, mas principalmente a privacidade. Pra isso é necessário delimitar um cordão de isolamento ao redor da ilha que impede que qualquer um que não seja convidado chegue sequer perto da costa.

Não são permitidos quaisquer aparelhos eletrônicos de fora e, durante sua estadia, os convidados recebem celulares exclusivos que só se conectam à uma rede doméstica fechada e criptografada onde meus clientes podem se comunicar apenas entre si e com a organização do evento.

Por garantia, também são instalados bloqueadores de sinal que impedem qualquer tipo de monitoramento ou comunicação externa, prevenindo qualquer mínima chance de vazamentos.

NENHUM registro de imagem ou áudio é permitido durante a Passagem.

Agora vem a segunda parte da organização que é a divulgação! Esse é um ponto importante, pois é o que garante que a festa tenha público.

Pra que isso seja possível, cada um de meus clientes ativos ou inativos (aqueles para quem eu já prestei serviços em algum momento) são contatados por mim em pessoa para que eu coloque seus nomes na lista de convidados.

Mas aqui é que está a grande jogada que torna a Passagem um empreendimento lucrativo pra mim: todo ano, aquelas pessoas que estiveram presentes no ano anterior são autorizadas a levar um certo número de acompanhantes.

Não estou falando de amigos ou parentes, mas de possíveis clientes que tenham interesse nos meus serviços. Desse modo, a Passagem é como se fosse uma “amostra grátis”.

Nos últimos anos, a Passagem teve uma lista de convidados que, com seus eventuais acompanhantes, somam entre 30 e 50 pessoas. O maior público dessa festa foi na Passagem do ano de 1999 para o ano 2000, quando 82 pessoas estiveram presentes, mas no geral, não costuma passar dessa meia centena.

Agora você deve estar pensando: o que faz toda essa gente se deslocar até o meio do oceano pacífico em plena véspera de Natal?

Pois bem. Como eu disse anteriormente: o produto que eu vendo é o prazer.

Para atender esses convidados exigentes, eu passo o ano preparando instalações diversas, comprando equipamentos e acessórios sexuais, encomendando produtos e substâncias recreativas, adquirindo um ou outro animal e, principalmente, recrutando pessoas.

Gente de todos os sexos, idades, corpos, raças e com todas as características que vocês possam imaginar!

E toda essa gente é comprada e transportada até a ilha da Passagem onde passam por alguns preparativos que vou especificar mais adiante. Tudo isso para um único propósito: durante todos os dias da Passagem, essas pessoas ficam à disposição dos convidados para que façam tudo o que desejarem de forma irrestrita e sem qualquer limite com elas.

O relato que vou compartilhar com vocês nos próximos textos consiste em alguns dos momentos mais marcantes da Passagem realizada no último ano. Para isso, eis a lista de alguns detalhes desta última edição da Passagem.

O evento contou com 36 convidados ao todo e, para atendê-los, foram providenciados quartos espaçosos para o repouso e também a maioria dos serviços sexuais. Todos os quartos possuíam cama de casal e banheiros com jacuzzis. Além disso, também foram disponibilizados cômodos especiais como um dark room, 10 cabines de glory hole, um palco com arquibancada para performances abertas e 4 masmorras completamente equipadas para práticas sadomasoquistas.

Foram contratadas 90 mulheres, sendo a mais jovem com 8 anos de idade e a mais velha com 83 anos. Havia mulheres brancas, negras e pardas, orientais puras e mestiças e até algumas índias. Entre essas moças também constavam 12 transexuais (sendo apenas 1 delas operada), 5 portadoras de nanismo, 1 garota com vitiligo, 1 cadeirante com ambas as pernas amputadas, 4 garotas grávidas que estavam em diferentes estágios de gestação e até mesmo um raríssimo par de gêmeas albinas (que ao fim do evento, foram vendidas à um rico empresário).

Também foram contratados 40 homens, sendo o mais jovem com 12 anos e o mais velho com 61. Brancos e negros eram a imensa maioria, mas havia também uma pequena parcela de orientais. Foram contratados 3 homens transexuais já devidamente operados (sem seios), 1 homem castrado (ainda com o pênis, mas sem os testículos), 4 anões e 3 homens da mesma família (um pai com seus dois filhos).

Para atender o gosto de alguns dos convidados, como de costume, foram comprados alguns animais: 2 cavalos, 20 cães (machos labradores, majoritariamente, embora também houvessem algumas fêmeas e outras raças) e 2 porcos de grande porte (um macho e uma fêmea).

Ao fim do evento, a maioria das pessoas contratadas recebeu seu cachê sem qualquer complicação.

O número de mulheres que engravidaram durante o evento é difícil de apurar, mas como essa sempre é uma possibilidade, todas as mulheres recrutadas para a Passagem possuem uma cláusula contratual que oferece o custeio por parte da organização do evento de qualquer procedimento abortivo necessário ou a possibilidade da venda da criança se assim quiser a mãe.

Além disso, pessoas que sofrem quaisquer lesões de maior gravidade durante a festa recebem um extra no cachê.

No evento em questão, foram registrados alguns casos de fraturas ósseas leves e medianas; vários casos de cortes ou perfurações que exigiram atendimento médico, mas apenas um caso realmente sério de sequela física que foi o de uma jovem de 19 anos que sofreu mutilações graves tendo os lábios vaginais, o clitóris e os dois mamilos completamente removidos por um dos convidados.

Ademais, o saldo final de óbitos foi de 17 mulheres e 6 homens. Bastante razoável em comparação à outras edições da Passagem, devo dizer.

Bem, agora que já passei um resumo do evento de 2021, posso começar a contar um pouco mais detalhadamente como foram os momentos mais marcantes de cada dia, começando pela véspera de Natal, no dia 24 de dezembro, que é quando foi realizada a abertura da Passagem!

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7 Comentários

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  • Responder verdade ID:6stwya5nm3

    mais fake que nota de 3 reais

  • Responder LUISINHO FT ID:3ij0y0lim9d

    gostei do conto, mas não senti tesão

  • Responder Frank ID:bj24ki2oi9

    Se alguém pensa que isso é só um conto está enganado. Isso é real.

  • Responder Jorge ID:g3irth49a

    Gostei do conto!
    Conta mais!

  • Responder Frank ID:bj24ki2oi9

    Eu sei que isso é real, não é nenhuma ficção.

    • DeusCristão ID:ona37w3qrc

      Eu sei que isso e falto uma vez que eu já vi essa mesma historia como as bonecas sexuais humanas que e um caso tao falso quanto o deus cristão

    • Deus Cristão ID:ona37w3qrc

      beee