Eu e Beto, dias tranquilos, noites deliciosas.

Acordamos, tava caindo um Toró danado, chuva de verão, passava rápido mas alagava nossa área toda, a rua da Oficina virava rio, pelo jeito vamos de galocha hj pro trampo disse Beto, tu vai comigo hj, te quero direto e reto aqui sozinho não, de tarde tu faz as coisas da casa.
Fui preparar o café, Luciano chega roncava ainda, baile devia ter sido bom, a chuva parou logo mas nossa rua tava alagada toda.
Beto saiu do banho, bateu na porta do quarto de Luciano prá acordá-lo, vai tomar teu banho lek me disse, depois nós toma café, vai comer cuscuz hj, banho depois faz mal.
Tomei banho, o sol já vinha fervendo depois da chuvarada, ia ser um dia bem quente parecia, tomamos café nós três juntos, guarda o resto do cuscuz pra fazer farofa no almoço, tou com vontade de comer me disse Beto, fomos pra Oficina, rua tava quase seca já.
A Oficina tava tranquila nessa Segunda, entrava no escritório, ficava batendo carimbo nos papéis em branco de fazer orçamentos, Seu Manoel falando da bacalhoada pra mim fazer, Murilo lindo como sempre mais no telefone atendendo clientes, voltava lá pra perto de Beto e do pessoal no serviço pesado, se aquieta aqui lek disse Beto uma hora, fica lá atrapalhando o serviço dos dois não, por Beto eu não saia um segundo de perto dele, fiquei lá ajudando um pouco Ele, logo chegou hora do almoço, fomos pra casa.
Fui fazer um arrozinho fresco e a farofa que Beto queria enquanto ele e Luciano se jogaram no chão da sala, estirar as costas como dizia Beto.
Depois que almoçamos voltaram pra Oficina, fiquei ouvindo música e cuidando daquela casa que eu tanto gostava, de tardinha fiz dois bolos, chocolate e banana, ia levar metade pra Vânia a noite, Beto nem precisava mandar, eu sabia que ele não gostava de ir de mãos vazias pra casa dos outros, mesmo sendo a do ‘filho’.
Depois das seis chegou todo mundo, da cozinha ouvi Claudionor passando e falando nos fundos, lek fez bolo, hj janto é doce, eu ria com o danado, era viciado em doce igual eu rs.
Beto e Luciano já entraram pegando um pedaço de cada um, eu já tinha cortado e tava pondo metade num pote pra levar, delícia disse Beto, Vânia e Alberto vão se acabar, assim que te gosto bebê, fazendo tuas obrigações sem eu precisar falar nada, comportadinho lá hem, nada de dar trabalho pros dois, foi tomar banho, Claudionor entrou pra comer bolo lógico, se lambuzou, ficamos conversando na cozinha, pus bermuda na maçaneta pro Beto, ele saiu e se sentou com Claudionor e Luciano, fui pegar as roupas dele no banheiro, folgado da porra tu Beto ouvi Claudionor falando, mlk gosta deu oras, tem que me cuidar senão troco por outro respondeu Beto, tu acha outro igual falou Luciano, vai pensando, do banheiro eu ria, num via nada de mais em levar as roupas do meu Beto do banheiro pro tanque, lá da outra casa Preá falou, tb quero bolo lek, vem comer aqui folgado ,Beto respondeu da cozinha, Alberto chegou logo depois tb, tomei banho e fomos pra casa dele, Beto atravessou a rua com a gente até o ponto de ônibus, pôs dinheiro no bolso da minha bermuda, pra que quero dinheiro eu falei, vou sair pra lugar nenhum, bom ter numa precisão disse-me Ele, ê Pai, sem filho hj falou Alberto à Beto, Cabos e Soldados vai bombar com teu riscado no chão, vou nada respondeu Beto, vou ver tv e dormir cedo, tou véio filhão e já tou cum saudade do meu pestinha em casa hj, eita que tá véio mesmo Pai disse Alberto, quem te viu, quem te vê, tou bem filhão Beto respondeu, sossegadão de tudo, sinto saudades das putaria não, o ônibus 47 vinha vindo, boa noite nos disse Beto, juízo lá lek, me falou Beto pela décima vez naquele dia, parecia que eu ia ficar fora a semana toda.
Descemos do ônibus, subimos o morro, era quase oito hs quando entramos em casa, Vânia já tava de janta pronta mas já foi logo pegando bolo, ligou a tv, nossa novela acaba amanhã bonitão disse Ela, pena que a Tupi aqui é cheia de chuvisco, se bobear vou com vcs de manhã e assisto o último capítulo lá.
Jantamos, a casa deles era pequena mas toda aconchegante, quintal na frente tinha bananeiras que desciam morro até a rua lá embaixo, depois da novela Alberto tirou o colchão reserva de casal do quarto, deitamos os três no chão, eu no meio, comendo bolo, vendo tv e fazendo palhaçadas, deu meia noite estávamos os três dormindo já.
Acordamos cedo, tomamos café e lá foi Aurivania com nós, Alberto ia jantar lá em casa e voltarem depois da novela.
Chegamos em casa, Beto tava de cara boa não, entrei no quarto pra tirar o tênis, ele entrou junto, vai dormir mais fora de casa não bebê, fico preocupado aqui, custei muito pra pegar no sono ontem, próxima vez vai de dia, te levo de manhã e te pego na saída da Oficina, chato eu falei, sério bebê, minha perna toda hora queria cobrir o que não tava aqui disse Ele.
Tomou café com bolo e foram tudo trabalhar, a casa era toda minha e de Vania naquela manhã, trabalhamos e nos divertimos muito, Beto e Luciano vieram almoçar, voltaram pra oficina e eu e ela esperando a noite chegar pra vermos o fim da novela.
Alberto foi o primeiro a chegar de tardinha, depois chegaram Beto, Luciano e Miguel, o mulato lindo era noveleiro tb, roía até a unha em certas cenas, Beto me chamou no quarto e disse, combinado hj era nós ir pra Mãe safado, tu fala fala que quer ir, depois esquece e eu que sou o ruim na história né, lá a Tupi não pega respondi, vamos amanhã então, tua sorte mlk é que gosto de casa cheia e tive dia bom hj na oficina, senão ia te dar uns beliscão de tirar pedaço falou Ele.
Pessoal jantou, eu nem quis, tinha comido a tarde inteira quase, o olho do Beto me dizia, vai abusando safado, depois te cato de jeito.
Ficou eu, Miguel e Vânia assistindo o fim da novela, Beto, Luciano e Alberto na cozinha jogando dominó e bebendo suas Antarcticas geladas, novela acabou, a bonita víbora Rachel teve o fim merecido, ah outra novela dessa nós não vê mais disse Vânia, mal sabíamos que Dona Ivani Ribeiro vinha com tudo de novo, Os Inocentes chegava já sacudindo o povo e acabando com o sossego duma tal Roseira lá no Interior, a arqui inimiga Globo se reviraria de raiva de novo, Dona Ivani e o elenco da Tupi davam banho nas novelas dela, povão as oito da noite só queria ver a malvada Juliana em ação na tal Roseira.
Miguel ia dormir em nossa casa, umas dez hs eu e Beto fomos levar Aurivania e Alberto lá no ponto da General, a família do porão que ficava sempre na calçada essas hs não ficava mais, a rua era das damas noturnas, dos peão do nordeste, daqueles homens grandão, maioria loiros de olhos azuis que em grupos desfilavam rindo todos de branco pelas ruas ali próximas, bebendo e caçando companheiras pra aquece-los na noite, as famílias se recolhiam dentro das casas, até o ar cheirava a sexo, ficamos esperando o ônibus, um grupo de marinheiros passou rindo e olhando prá nós, seus fdp gritou Beto pra eles, tão pensando que nesta cidade só tem viado é, vão tnc, eles não entenderam nada e seguiram, calma Pai falou Alberto, calma o caraio disse Beto, fazem o que querem com os putão das barcas dos esquecidos, pensam que nós somos igual eles, tenho é nojo de marujo, Vânia riu, será que essas tal barca existem mesmo disse ela, vá na oficina de manhã que tu vê os puto neguinho passando em frente pra pegar uma que sai do armazém 7 aqui pertinho, tudo lixo indo pegar os dólar desses lixos tb, cruz credo disse Vânia, uns homem bonito desses se prestando a isso, pois é falou Beto, digo sempre pra esse lek, mundo é podre bebê, tranco mais sei que tou fazendo.
O ônibus vinha vindo, Sábado trago outro cacho lek disse-me Alberto, tua torta tava o bixo de boa, tu vai é trabalhar vagabundo respondeu Beto, vou comprar as madeiras esta semana, voltamos pra casa, o carrinho do homem do algodão doce não tava lá no lugar de sempre de novo, tou cismado que o Homem morreu me disse Beto, chegou em casa comentou com Luciano, eita, morreu não, foi pra Campos do Jordão, a tisica pegou ele Miguel falou, ixi, coitado disse Beto, só quem já teve sabe a desgraça que é essa peste de doença, pior que a área aqui e lá onde Leuzinha vive tá cheio de gente com isso falou Luciano, nós tem que se cuidar, se um pega passa prá todo mundo diz na rádio direto, Beto se benzeu, Deus é mais, deixa nós pegar isso não.
Miguel e Luciano foram deitar, eu fui tomar banho, tava suado da caminhada, calor naquele horário tava forte demais ainda, entrei no quarto, Beto tava peladão de luz acesa na cama, piroca dura já, ele sabia que eu morria de vergonha dele assim, eu tava de short, isso meu menino bom, vermelhinho do jeito que eu gosto me disse, vêm xamegar teu Papai, deitei, Miguel deve tar acordado ainda Nego lhe falei, ele e Luciano sabem bem quem é quem em nossa cama lek, são bem grandinhos os dois me disse rindo, bem queriam os dois tar aqui no meu lugar, me deu aquele beijo gostoso dele, saudade da porra de tu tive ontem bebê, sério mesmo, a noite parecia que não acabava nunca, alisei o peitão dele, isso meu bebê lindo, mostra pro teu Beto que tu tb sentiu um pouquinho de saudade dele, me chupa gostoso, peladinho do jeito que teu Homem gosta, tirei o schort, assim que passei a língua na cabeça onde uma gotinha já pingava, ele já gemeu baixinho, ai mamãe, esse mlk vai me matar de novo, ai mamãe, como meu bebê é bom comigo mamãe, ia gemendo e alisando meu rosto e cabelos enquanto minha língua lhe mostrava o quanto eu e ela adorávamos meu doce Beto.

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