# # #

O Vizinho Militar. 19 – “Quer ver como eu mamo meu namorado?”

5418 palavras | 1 |5.00
Por

Um banheiro num salão de eventos, dois homens cheios de vontade, um olhar curioso… Jonas continua explorando a delícia que é ser assistido.

Eu me fiz de doido quando ele perguntou a primeira vez. Estava no horário de almoço do trabalho sentado na mesa do McDonald’s, meu amigo do serviço na minha frente e Jonas ao telefone numa ligação comigo. Tenho certeza que corei até o branco do olho na hora. Sei disso porque me atrapalhei todo com o molho do hambúrguer e o meu amigo riu. Devia imaginar que do outro lado Jonas me provocava. Eu já disse que esse é um dos passatempos dele.

O galego falava que João, um cara lá do quartel, ia casar com a “linda Ju”, como ele mesmo disse, e que éramos convidados. Ele sabia da minha falta de motivação para manter qualquer tipo de relação com os outros caras do exército, mas aquele era um caso diferente. Ele gostava muito de João e eu adoraria a Ju. Se ele diz… Mas acontece que depois de saber que eu aceitava o convite Jonas deu quase meio minuto de silêncio denunciando que pensava demais.

“Como seria?” Ele perguntou finalmente. Parecia mais uma pergunta para dentro, nem sei se tinha como responder àquilo.

“Como seria o quê?” Perguntei também depois de uma mordida.

“O nosso…” disse somente.

Eu ri. Não deixei ele saber que eu estava rindo e fiz isso bem baixinho.

“O nosso? Você disse que não pensava isso.”

Falamos sobre casamento numa madrugada enquanto bebíamos umas cervejas, comíamos um pão com mortadela sentados no tapete do meu apartamento depois de transar demorado no banheiro apertado. Não era um proposta, naquela altura, era mais uma pauta na nossa conversa arrastada de olhos grudados. Jonas me disse que não pensava muito em casamento nos seus relacionamentos rasos heterossexuais e eu disse que ele não precisava confessar que era tudo casual, afinal sempre deu pra perceber de cara pelo movimento de entrada e saída do apartamento dele. Isso até nos fez rir. Rimos, então, demos um gole grandão na cerveja amarga, ele engatinhou para mais perto de mim, me deixou encarar seu rosto ainda vermelho e me disse, sussurrando, que estava adorando o quanto de tempo que ele mantinha a porta fechada agora. Eu corei da mesma forma que corei na mesa do McDonald’s.

“Mas como seria?” Ele insistiu na pergunta lá do outro lado da linha.

“No campo. Eu sei, você vai rir. Vai achar brega, coisa e tal, mas lá em Brasília campo é diferente.” Tomei um golão de refrigerante pra molhar a garganta e o meu amigo me olhou curioso. “No fim da tarde fica tão bonito, tudo amareladinho, meio dourado, o campo de plantinha baixa, os montes ao fundo… Acho bonito. Sem falar que você ficaria lindo de azul clarinho no meio desse dourado todo.”

“O dourado do sol é mais bonito que o pelo douradinho do meu saco?” Ele perguntou cortando o clima pra me fazer rir. “Você disse que ama eles douradinhos.”

“Eu amo” concordei. “Mas jamais compararia com o pôr do sol. Você só pode tá brincando…”

“São belezas diferentes, até porque seria impossível meter o sol na boca, já meu saco…”

“Jonas! Pelo amor de Deus!” Eu quase gritei antes de gargalhar.

Depois da ligação tive que explicar os motivos dos risos e o meu amigo também riu das coisas ditas, mas assim como eu ficou com um risinho divertido para a curiosidade de Jonas sobre como seria um casamento bonito pra mim. Sempre disse que eu tinha poucas certezas, mas que uma delas dizia da minha não disponibilidade ao casamento. E nem seria necessário, uma vez que aquilo que vivíamos já poderia ser considerado um. Eu não saía do apartamento dele e ele não saía do meu. Casar, assinar papéis, todos os “sim” na frente das pessoas… Tanto padrão só pra criar peso em algo que já caminha bem.

Jonas sempre disse que pensava assim também.

Precisamos pegar um carro no dia do casamento. Uma viagem rápida de algumas horas só até o interior. Para qualquer imprevisto preparamos umas mudas de roupas, sapatos limpos, tudo jogado no banco de trás. Música alta no caminho, estrada limpa, lisa, vento forte atravessando a janela do carro pra entrar na minha camisa de botão aberta no peito. Vendo isso, Jonas esticou a mão e tocou meu mamilo. Eu sorri segurando a mão dele um minutinho lá, mas a minha cara… Ela não mente, não esconde, não ameniza. Ela fala mais que a minha própria boca. Como ele gosta que eu faça: segurei o pulso grosso onde termina o braço todo desenhado dele, alisei os dedos com as pontas dos meus numa delicadeza que usaria só pra segurar coisas extremamente frágeis, o que não eram os dedos dele, e os levei até a minha boca. Ainda sorria fazendo isso, mas esse sorriso em específico era maléfico, imitava inocência entregando perversão. Cínico, perigoso, malvado. Primeiro beijei as costas da mão, cheirei a pele macia coberta por pelinhos bem fininhos e também douradinhos, depois arrastei meus lábios ao longo dos dedos grossos e beijei cada um deles. Jonas acompanhava o que eu fazia, mas não se perdia na estrada. Foi justamente isso que o deixou aflito. O cara queria me assistir brincar com os seus dedos e seu desejo por isso sofreu quando inventei de colocar o dedão onde se dividem meus lábios. Ele até suspirou. Um olho na estrada, outro olho em mim. Ainda mais malvado, daquele jeito que a gente sabe ser impossível de ignorar, afundei o dedo usando a língua como repouso. Dentro da boca a pele esquenta, molha e gruda. Minha saliva é grossa, fazia calor e eu estava com sede.

“Porra, você vai me fazer parar aqui na estrada?”

Não precisei responder. Era o que eu queria.

Tinha que ser rápido. No acostamento, numa altura segura da estrada, o carro parado, o ar ligado, a mão dele enfiada inteira dentro do meu short folgadinho, a cara enfiada no peito e a boca grudada no meu mamilo. Me mamou rapidinho deixando espaço para umas mordidas na pontinha entre as sugadas fortes que me dava. Eu já gemia só aí. Ele aperta meu peito quando me chupa, faz o mamilo ficar em evidência, emoldura a pele alva com os dedos grosseiros, faz doer, mas ameniza quando lambe e suspira. Brinca com a língua pra fora, me lambuza com saliva e me deixa com o cheirinho da sua boca grudado na pele. Lá embaixo me masturba com a rola do lado de fora do short e da cueca. Pede pra erguer o quadril quando precisa trazer pra fora o meu saco e me deixa arrepiado com o carinho que se estende da pica até as bolas já inchadas. Me aperta como faz com o meu peito. Emoldura as bolas com os dedos também, faz doer quando usa força, mas volta a acarinhar usando de uma delicadeza que parece nem existir naquele corpo enorme. Só tira a boca do mamilo pra dizer o óbvio.

“Como você consegue fazer isso comigo? Eu não consigo ficar longe desse corpo.”

“É mágica” eu brinco. Minha boca tá melada do beijo apertado que demos e ele aproveita pra secar com outro beijo, esse mais contido, mais controladinho, com a língua enfiada lá dentro brincando com a minha. Termina chupando meus lábios perguntando mesmo já sabendo o que eu diria como resposta.

“Quer que eu te chupe? Eu tô doido pra te chupar, meu safado.”

Não preciso dizer que quero. Ele mesmo vai tomando o caminho da pica já do lado de fora e já toda babada. Ela está quente porque até um minuto atrás sofria apertada no meio dos dedos grandes do meu galego, mas vai continuar assim porque agora o que aperta ela é a boca dura dele. Como é lindo assistir Jonas se curvando para conseguir me abocanhar do jeito que gosto que faça e eu ajudo forçando na nuca, direcionando a pica bem no meio da boca e fazendo ela ir fundo de primeira. Não precisa ter pena dele, Jonas não é sensível. Mas ele chora. É natural. Os olhos pingam e ele me olha apaixonado e cheio de um tesão absurdo nos lábios entreabertos e babados. Brinco um pouco com eles, acaricio com as pontas dos dedos, deixo ele chupar minhas unhas e deixo ele chupar minha língua em outro beijo. Os olhinhos molhados pediam isso. Ele me chupa agora mais suave, usando muito a língua, sugando a cabeça da pica, mordiscando bem suave, esticando a pelinha e no meio de tudo isso me faz tremer com uma punheta lá na base onde cresce os tufos escuros de pentelhos. Que contraste lindo com a pele rosada do meu militar.

“Eu poderia estourar essa sua boca na mamada. Você faz uma carinha de que tá gostando. Tá gostoso? Tá?”

Eu forço Jonas me olhar pra responder. Ele só suspira pesado porque estava ocupado me engolindo. Ele volta.

“Tá gostoso? Fala. Tá gostando? Tô te dando pica direitinho?”

Ele só murmura que sim com a boca cheia. É isso que eu quero. Faço dizer mais vezes que eu tô gostoso, que eu tô babando pra caralho, que eu tô tremendo na mamada. O vidro claro do carro deixa a imagem da nossa putaria exposta e eu queria que parassem para ver como é que aquele macho daquele tamanho está deitado no meu colo pra me chupar do jeito que eu gosto. Digo isso. Ele geme que sim quando eu pergunto se ele gostaria de ser assistido assim. Eu sei que sim, é o tipo dele. Jonas aprendeu a se exibir comigo, a me expor como um troféu, como prêmio. Merecido prêmio, esse. Aprendeu que tem uma porção gigantesca de tesão em se deixar ser observado compartilhar esse mesmo tesão.

É pensando nisso, em ser assistido assim no carro, que anuncio que estou quase estourando em porra. Jonas sai da pica pra chupar meu mamilo outra vez, mas ele quer esse gozo. Outra coisa que aprendeu a apreciar: o sabor da porra. Tem outra porção gigantesca de tesão na sujeira que ela faz no corpo, na cara. A temperatura do líquido é a do seu corpo e ela brota trazendo o que de mais puro temos em essência. É como beber o meu corpo e o meu homem sabe disso, sendo assim quando finalmente gozo a boca dele está lá pertinho toda aberta pra receber tudo, ou o que puder, já que eu explodo para todos os lados entre espasmos sofridos e uns gemidos encorpados. Ele ri saboreando o gosto do seu macho, fica com o queixo melado, a barba que já tá nascendo de novo está grudenta e eu beijo a boca suja antes que esfrie. O beijo demora. Tem língua, dente, lábio, saliva, porra e uns suspirinhos dengosos da parte dele que quase me fazem gozar uma segunda vez. Ele me diz gemendo que também gozou. Eu pergunto como.

“Você consegue isso. Me faz gozar sem precisar de nada. Minha cueca tá toda melada, tá encharcada. Eu gozo só te chupando. Que pica gostosa, eu hein.” Ele responde.

Eu fico me achando.

Seguimos estrada os dois satisfeitos. Música alta, a janela ainda aberta, muito vendo, minha camisa agora completamente aberta no peito, Jonas rindo da nossa safadeza. Chegamos bem cedo na pousada que pegamos para aquele dia e que era o local onde seria realizado o casamento. Nada chique demais, mas nada muito simples. Tinha piscina, mas preferimos um banho e cama. Jonas tinha acordado muito mais cedo que eu, portando seguia molenga pelos cantos. Um cochilo resolveria. Antes de nos arrumarmos oficialmente conheci os noivos. Simpáticos. Ju era mesmo encantadora. Jovem, radiante, aquela coisa de brilho no olhar. O futuro marido seguia tenso e na presença de Jonas até tomou uma dose de qualquer coisa usando como desculpa para descontrair. Ainda pensei em pedir uma transa quando voltamos para o quarto, mas preferi deixar Jonas ficar um pouco mais alto com a bebida no meio da festa. Meus planos era arrancá-lo do salão e trazer para o quarto me aproveitando da moleza alcoólica. Seria meu, comeria lindamente aquele rabo durinho.

O casamento foi no jardim. Chique. Foi tudo bem rápido, eu diria. Jonas circulava entre os conhecidos me carregando junto mostrando que não se importava com a opinião de ninguém naquela altura. Se importava tão pouco que várias vezes tive que abrir meus dedos para os seus que vinham grudar na minha mão procurando carinho. Nas cadeiras durante a cerimônia ele alisava minha coxa um pouco acima do joelho e apertava suavemente como quem diz que está ali, como quem também agradece. Me sorria de lado, piscava sedutor e me fazia concretizar a ideia de que ele é um homem que sabe me fazer bem.

O salão era enorme. Bebida liberada, comida gostosa, docinhos sofisticados. O exército tá dando dinheiro, hein… Dançamos desconcertados no meio de convidados desconhecidos, trocamos carinhos quando a luz baixou e a nossa silhueta era iluminada por luzes coloridas, Jonas me roubou um selinho apertado no meio de um sorriso divertido e eu me perguntei quando ele finalmente seria tomado pela bebida. Eu poderia comer aquele cu quando quisesse, isso não seria difícil, mas a questão é que eu queria ele mole, fácil, todo entregue. No meio do meu pensamento o galego me puxou pela mão no meio das pessoas na direção dos banheiros e lá dentro tinha espaço e muitas cabines. A composição das pias é uma bancada grande e eu me apoiei nela esperando ele sair da cabine que escolheu para liberar a cerveja que vinha tomando. Deixei minha taça com chardonnay em cima da bancada que eu usava como apoio para as costas de um jovem cansado e respirei fundo o ar cheiroso do lugar. A claridade do novo ambiente me deixou notar quando saiu que o seu olhar já era meio torto, incerto. Tinha álcool naquela cara. Ele veio sorrindo desajeitado, o botão da calça ainda aberto, deixou cada braço de um lado do meu corpo, apoiou as mãos na bancada atrás de mim me cercando e procurou minha boca para um dos primeiros beijos daquela noite. Que saudade que eu estava. Beijamos sério, sem frescura. Dei a língua, senti as chupadas, brinquei com os lábios, senti prazer. Disse suspirando que eu amava aquele beijo apaixonado, Jonas respondeu colando em mim. Não era sexual o que fazíamos, era íntimo. Tanta intimidade que não vimos quando entraram no banheiro.

“Foi mal aí, casal!” O cara brincou quando passou por trás de nós dois.

Jonas me olhou com uma expressão assustada, mas aliviou quando eu ri baixinho. Também não precisava fugir, então fiz ele ficar ali pertinho de mim sem me encostar, mas eu queria mesmo era que se encostasse de novo, me beijasse profundo outra vez. O cara saiu se arrumando e sorriu na nossa direção. Parou na bancada pra lavar as mãos e deixou o copo com wisky um minutinho ali.

“Tão gostando?” Ele perguntou se olhando no espelho e usando a mão molhada pra pentear a barba espessa.

“Do que exatamente?” Eu brinquei sugestivo. Jonas me deu um apertão na cintura meio de repreensão, meio de divertimento.

“Isso aí tá bom com certeza” ele respondeu retribuindo meu sorriso. “Mas eu estava falando da festa. Bem montado, né? A Juliana tá linda. Ela é minha prima. Meio distante, mas é.”

“Tá tudo bom demais” respondi puxando Jonas pela cintura. Fiz o quadril dele encostar no meu e dessa forma nossos volumes que dormiam naquela altura ficaram encostadinhos.

É extremamente natural que um homem olhe na direção da genital quando dois outros se abraçam na sua frente. A gente sempre espera ver a qual distância um volume está do outro. Ele fez isso. Encostado de lado na bancada, os pés cruzados lá embaixo, já dando um gole no wisky e o olho passeando no corpo grande do meu militar. Esse, por sinal, não fez nada além de me obedecer e encostar o corpo no meu colocando uma mão na minha cintura e outra na bancada atrás de mim. Olhava mais meu rosto enquanto eu olhava o nosso novo amigo.

“Dando uma fugida? A festa tá boa, mas eu também daria se fosse vocês.”

“Tem hora que a bateria acaba e aí a gente precisa de um pouquinho de silêncio, né?” Quis que Jonas concordasse. Ele concordou. Não só concordou como percebeu que eu queria um selinho e me deu. Bom garoto!

“O casamento inspirou? Ou vocês já são casados?” O outro deu um gole no wisky.

“Casados? Esse aqui nunca casaria comigo” foi o que Jonas disse em tom de brincadeira. Riu e fez o cara rir. Como provocação eu grudei minha mão no queixo dele e apertei forçando um biquinho na boca gostosa que eu beijo quando quero. Antes de falar eu dei outro selinho todo apertado e com outra mão apertei a cintura por cima do blazer que Jonas usava. Esse sim foi bastante sexual.

“É claro que eu casaria com um safado como você.” Respondi.

“Um safado… Para outro safado.” Na pausa ele deve esquecido que tínhamos companhia. A língua, aquela que me procura sempre, fez isso nesse momento e eu tive que ir na dele. Abri a boca um pouquinho, deixei meus lábios serem chupados e até murmurei no beijo.

“Parecem safados mesmo” o cara sussurrou de lá.

Ele parecia com muita sede porque deu outro gole enorme no wisky e o olhar que lançou sobre nós dois foi muito intimidador. Deu pra ver que ele estava tão curioso quanto eu mesmo estava e a secura na boca devia ser por um motivo que nem ele mesmo entendia direito. Cravou os dois pés no chão nos assistindo beijar e penso ter visto o vulto da sua mão buscando sua virilha num segundo em que fechamos nossos olhos. Mas não carregava nenhum volume ali. Ele estava dormente, era um espectador. Um dos muitos que eu e Jonas despertávamos.

Então sem precisar de muito esforço dei o que ele queria.

“Muito…” Eu comecei. Parei pra morder o lábio inferior do meu homem enquanto minhas duas mãos se arrastavam por cada lateral do corpo grosso dele e pararam na barriga. “Muito safado” eu suspirei.

Jonas, tão mais safado que eu, fez suas duas mãos pararem em cada banda da minha bunda e forçou meu corpo para cima, não o suficiente para me fazer sentar na bancada da pia, mas com a força exata para fazer meu corpo ficar estrategicamente preso entre o mármore gelado e o seu corpo quente. Penso ter escutado um suspiro do homem ao nosso lado, mas posso ter confundido com os suspiros do meu militar. E assim, tão junto, seria inevitável não ficar excitado. O pau de Jonas acordou grudado no meu por baixo da calça social e o meu acordou preso pelo linho da minha peça, mas ele estavam colados e se empurravam nessa hora. Desgrudei do beijo para terminar rindo e Jonas dando uma gargalhadinha contida enquanto umas das minhas mãos que estavam na barriga foram descendo até onde o volume acordava bem rapidinho.

“Tá vendo? E ele ainda adora me chamar de safado. Vive fazendo isso.” Acusei. Era pura provocação.

“Fazendo o quê? Fiz nada.” Jonas se defendeu saindo de mim.

No meio do banheiro dava pra ver com exatidão o desenho que a pica dele estava montando no tecido esticado da calça. Como era lindo vê-lo ali inteiro entregue às suas próprias fantasias, porque mais do que por mim, Jonas fazia aquilo por ele mesmo. Adorava saber que era desejado, que era cobiçado, invejado. Tinha necessidade de mostrar poder, ganância por se tornar alvo. Eu olhei para o cara que nos assistia atento, fiz ele olhar pra mim quando percebeu minha atenção e o seu olhar nos implorava por mais. Não conseguiria dizer nada, uma aliança reluzia no dedo da sua mão, mas o olhar nos implorava por tudo o que poderíamos servir.

Servirmos perversão.

“Posso?” Perguntei. Eu queria que ele abrisse a boca para falar. Queria vê-lo pedir. Ele sabia o quê.

“Pod… Pode. Nossa, pode!” Ele sofreu pra dizer.

Feito.

Jonas caminhou de costas até a porta da cabine que o homem tinha usado minutos antes e que ficava exatamente de frente para ele ali parado nos implorando tudo aquilo. Caminhou já alisando a pica estourando, mas sem tirar do lugar. Eu não queria que ele arrancasse tudo pra fora ainda, afinal esse é um tipo de show que precisa de mistério. Ele mesmo abriu a porta da cabine e se colocou lá dentro sempre olhando diretamente para o cara lá fora. Eu fui em seguida, mas só com um segundo de atraso. Ele se colocou de lado e eu de costas para a sua barriga, colou em mim sem cerimônias e eu suspirei quando a montanha quente dele encostou minha bunda vestida. Investiu uma vez contra o meu corpo, duas vezes. Fez isso várias vezes insinuando o sexo e eu me empinei para mostrar veracidade. “É assim que ele me come” disse num sussurro.

Senti que a pica estava de fora porque a cabeça foi parar lá embaixo no meio das minhas coxas e onde as nádegas se dividem. Por estar tão dura senti que pulsava mesmo estando ainda vestido e Jonas, mostrando-se um verdadeiro mestre, encenou bombar com força me arrancando um gemido digno de puto. Fez isso duas, três, quatro vezes. Bombadas fortes. Para isso o homem ainda estava completamente imóvel. Não se movia dali, não falava nada, não acordava a pica, só erguia a mão e tomava um gole do wisky que não acabava. Me sentia sendo pago para o espetáculo. O pagamento era o tesão.

Jonas me rodou entre seus braços, me buscou outro beijo e guiou minhas mãos em uma massagem na pica exposta. Parecia maior. Sempre conseguia deixar aquilo mais monstruoso. O perigo de sermos expostos assim, a adrenalina no corpo, tudo fazia a rola crescer e pulsar mais.

“Quer ver como eu mamo meu namorado?”

Obviamente ele não respondeu, mas eu sabia que queria. E de joelhos no chão sujo da cabine a minha cara ficou ma mesma altura da coisa trêmula e babona. Eu sorri, é claro, dei uma série de beijos antes de cheirar profundamente o perfume do meu homem e depois, para o deleite de ambos ali dentro daquele antro de perversão, soquei fundo eu mesmo na garganta o quanto pude. Um engasgo, uma tosse, um suspiro, um gemido profundo e uma sequência violenta de chupadas. Jonas começou a gemer no segundo em que começou a me foder. Fazia sem dó, metendo na boca como sabe que eu gosto que faça. Faz assim: segura minha nuca com uma mão bem aberta pra ficar maior, com outra prende meu queixo na posição correta que prefere e soca. O saco balança e barulha, a virilha esquenta, as coxas se abrem e se curvam para que ele consiga meter bonitinho. É assim que eu deliro. Não tenho tempo pra buscar a minha pica e me punhetar, então faço isso com o pau do meu macho enquanto ele me fode. Masturbo na base e chupo até a metade. Ele treme, primeiro porque está alto de bebida e depois porque fazendo isso eu arranco todas as sensações prazeirosas dele. Me manda abrir a boca sendo escutado lá de fora, me manda usar a língua, me diz com entusiasmo que a minha mamada é a melhor, me diz gemendo que eu sou um guloso. Nem pensa em dividir aquilo, ele quer mesmo que o cara nos observe e morra de inveja. Ninguém vai chupar ele como eu chupo o meu galego.

A porra vem junto do último gole de wisky que restava no copo. Vem nervosa, quente pra caralho e muito grossa. Se derrama no meu queixo e mela minha boca inteira. Engulo o que cai dentro da boca e tento lamber o que restou ao redor dos lábios. A do queixo vira brincadeira nos dedos de Jonas e ele termina explorando meu sorriso safado com as pontinhas úmidas dos próprios dedos. Eu adoro como ele me usa assim. Aparentemente o homem também gostaria porque vi que ele só voltou a respirar corretamente depois que Jonas parou de gemer e esporrar. Eu subi, escalei o corpo enorme do meu abusador, busquei a boca e outra vez nos beijamos com vontade. Se existe algo melhor que beijo com gosto e textura de porra, me digam. Eu ainda não descobri. E foi depois disso que eu voltei lá pra fora arrumando meu volume com cinismo, encenando certa e impossível ingenuidade no olhar. O cara sorriu, coçou a barba e falou baixinho como se precisasse manter um segredo.

“Ele é sortudo pra caramba.”

“E ele sabe disso” respondi orgulhoso.

O nosso espectador passou nos cumprimentando com o olhar e um aceno de cabeça somente. Estava satisfeito e muito provavelmente naquela noite ele se acabaria em uma punheta como nunca. Dava pra imaginar aquele cara de mais ou menos uns quarenta anos, cabelo já mostrando uns fios grisalhos, corpo normal para a idade e olhar de curioso sofrendo numa punheta apertada no banheiro escuro enquanto a mulher dormia na cama ali do lado. Do meu lado quem parou foi o meu namorado com uma cara que exibia um contentamento incapaz de ser completamente descrito. Ele me puxou para um apertão ainda de lado e meteu a boca no meu pescoço mordiscando minha pele sensível.

“Você não cansa de me surpreender?”

Ainda tinha vinho na minha taça. Tomei o último gole, degustei a bebida cara e fui saindo sem falar nada. Só parei na porta para olhar pra trás olhando daquele jeito que a gente faz quando quer dizer que ainda não acabou.

“Você não viu nada, Jonas.”

Não tinha mais espaço para a gente no salão. Sobre a cama macia do nosso quarto o meu namorado aproveitou o barulho que vinha do outro lado da pousada pra gemer sem vergonha nenhuma quando eu deixei ele empinado e meti minha língua o mais profundo que pude na sua bunda. Ele estava cada vez mais mole, cada vez mais entregue e ainda mais excitado. Rebolou pra mim enquanto era molhado, gemeu meloso no meu dedo pedindo pra ficar ali um tempão, sentou na minha mão como se cavalgasse uma pica, quicou nos meus dedos e outra vez deitado se abriu para ser comido. Se arrastou pelos lençóis branquinhos toda vez que eu bombei seu cu com a minha pica grossinha, aguentou bem quando eu quis colocar tudo dentro, me olhou por cima dos ombros pedindo pra fazer ele gozar de novo desse jeito e tremeu quando consegui meter enquanto lhe punhetava. Pedia pra ir fundo, pra morder as costas, pra marcar a bunda. Pedia para fazer dele o homem mais feliz daquela noite, grunhia como um bicho preso na minha mão e enfiava a cara no colchão quando eu forçava até os meus pentelhos grudarem na pele rosada da sua bundinha dura. Sentou em mim e me fez gemer quando rebolou. O peito lá no alto é a visão mais bonita do mundo. Infla, balança, o mamilo endurece, parece uma montanha de movendo num ritmo delicioso. Jonas cria uma mundo inteiro quando cavalga minha pica. Não deixa de ser viril, não perde o tesão, não encena: ele experimenta o corpo como só um homem de verdade sabe experimentar.

“É assim que eu gosto” incentivo. “Rebola que eu te dou porra no cu, meu amor.”

“Meu amor” ele repete gemendo baixinho lá do alto, em cima de mim.

“Rebola que eu arregaço essa bunda e te dou toda minha porra, meu amor.” Eu repito.

“Meu amor” ele insiste.

“O meu amor” eu digo fazendo uma mão minha subir pelo peito, bem no meio dele, e parar no pescoço. Não aperto, só seguro. “Rebola no seu amor, vai. Faz ele gozar gostoso. Faz mais disso que eu tô quase. Isso, empina enquanto rebola. Você fica lindo assim. Isso! Que safado, olha só.”

Ele geme alto. Mais alto que eu.

“Isso, Jonas. Isso, meu amor. Eu tô quase. Vai, senta com força, senta gostoso. Essa bunda é uma delí…” e eu nem consigo terminar porque o leite escorre. Ele entra na bunda, ocupa o que pode e escorre pelo meu saco. É lindo o barulho que o nosso corpo faz quando é preenchido de porra e é lindo o som dos nossos gemidos quando gozamos juntos.

Ele goza numa punheta. Menos, mas goza igualmente quente, igualmente grosso. Desaba na cama, suspira pesado, me puxa pra perto e vira o rosto pra me olhar com os olhos vermelhos, molhados. É suor e choro. A gente termina num beijo. É língua, saliva, porra, tesão absurdo e um amor que não se explica. Ficamos assim grudados até que o corpo seque e preserve a essência do nosso cheiro, que o quarto se perfume da nossa trepada e que a cama vire uma bagunça toda vez que nos mexemos procurando um encaixe bonito. Às vezes me abro e Jonas se encaixa no meio das minhas coxas caçando meu pescoço como se num minuto depois dali estivéssemos metendo de novo, às vezes roda no lençol e me deita de lado pra se colocar atrás e colar o pau grudento no meio das minhas nádegas. Às vezes cola a cara na minha cintura e vai fazendo uma linha de beijos demorados por minha barriga, meu peito, meu queixo e minha boca. Às vezes só me olha em silêncio por um minuto inteiro seguro um risinho no canto do lábio que me faz inundar em paixão.

Amanhecemos cedinho na piscina aquecida. Ele, o meu vizinho, nadava pelo meio em braçadas lentas mostrando como a sua pele fica bonita molhada brilhando sob o primeiro sol. Devo ter sorte mesmo, concluo. Ele nada na minha direção, se encaixa entre minhas coxas e me cheira o queixo como um cão brincalhão. Nada para longe, se alonga de novo nadando de costas, mergulha demorado. Jonas é um bichinho bonito da água. É ainda mais bonito quando sai da piscina e a água escorre na volta bonita das costas torneadas. Facilmente eu me demoraria a contar cada uma das gotas que insistem em permanecer no corpo longo dele, facilmente poderia fazer isso com a ponta mais fina da minha própria língua. Ele ri quando proponho isso.

Saímos no check out de meio-dia. Outra vez deixei a janela do carro escancarada, o vento comendo meu peito nu, Jonas da mesma forma, o cinto forçando um vermelho na pele dourada do peitoral dele e a minha vontade de marcar essa região com a minha boca curiosa. Seguimos sem chupadas dessa vez. Tínhamos pressa.

A pressa, nesse caso, só existia para chegar em casa e aproveitar o resto domingo sem correria em uma transa onde eu seria comido na janela do apartamento do meu vizinho olhando a cidade ao fundo nos dizendo que amar é fácil pra caralho. Ainda mais quando fazemos isso como dois verdadeiros putos.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 5,00 de 11 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

1 comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Nelson ID:3c793cycoij

    Apaixonado por esses dois.