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O Vizinho Militar. 18 – “O nome disso é perversão. E eu gosto.”

4777 palavras | 4 |4.73
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O meu vizinho militar parece sentir que o seu puto aqui andou dando ouvidos para alguém e ele sabe exatamente como me castigar.

A vida pode ser brincalhona, pode gostar de tirar o controle das nossas mãos, nos colocar na parede e fazer tomar a decisão: é isso? Quem você é a partir das suas escolhas? Quem é você aqui?

Eu respondi que no meio dessa tempestade eu serei o furacão. Um delicioso furacão.

Contei ao meu amigo do trabalho sobre a tentativa de proximidade de Dereck e ele se excitou com a possibilidade. Rimos com o fato de eu ter dois caras enormes e de beleza muito acima da média no meu pé, mas parei para pensar que eu estava sendo bastante sortudo naquele momento. Diante da dúvida dele também não disse o que faria exatamente, mas revelei um plano. Ficou ainda mais excitado com cada etapa do processo e perguntou, cheio da já conhecida ousadia, se não podia fazer parte.

Ele recebeu um não enorme no meio da cara e nós dois rimos enquanto deveríamos estar rendendo serviço.

Já era bem noitinha quando dei um pulo no sex shop conhecido do centro. Minhas escolhas foram bastante simples: um lubrificante com sabor e um vibrador. A escolha foi por um modelo pequeno, de formato confortável e macio ao toque. O atendente achou pouco ousado para alguém que chegou lá dizendo que buscava diversão, mas ele não sabia do meu plano. Perguntei se eu poderia trocar de roupa no provador da loja e obviamente ele disse que poderia. Esperto, já tinha colocado os produtos comprados na mochila. Lá dentro abri a caixinha do vibrador, liguei na menor potência só pra sentir mesmo e gravei um vídeo minúsculo. Mandei por mensagem acompanhado de uma carinha sapeca.

“É o que parece ser?” me perguntou do outro lado.

Eu ri sozinho.

“É exatamente o que parece ser” confirmei.

Depois da mensagem contente que tive como resposta, mandei um endereço e desliguei a internet. Não queria justificavas agora, fosse se quisesse. O horário da minha reserva era próximo, deixei isso claro, então ele já devia estar se aprontando para isso.

“Até lá” eu falei sozinho.

Abri o lubrificante, senti como era na pele, senti o gosto também só pra confirmar que essas coisas tem sempre o mesmo gosto, passei uma quantidade pequena nos dedos, abaixei a calça e a cueca junto com a mão livre, untei o meio da bunda e o frescor do líquido me arrancou um suspiro.

“Tá tudo bem?” o mocinho perguntou lá fora de onde claramente dava pra ouvir minha movimentação.

“Tudo certo, tô só aproveitando pra mandar uma mensagem aqui. Vou jantar agorinha, tem que chamar o boy” brinquei.

“Quem vai ser o prato principal?” Ele riu depois de perguntar. Achei ousado, mas eles sempre são.

“Aquele que já estiver aberto o suficiente” disse rápido.

“Carvalho. Que delícia!”

“Eu sei… Eu sei…” Me gabei.

Peguei o vibrador desligado, senti a textura de novo, era macio como um veludo mas ainda duro o bastante para entrar fácil, molhei a pontinha dele e enfiei na bunda. Prendi outro suspiro pesado e terminei de encaixar com alguns movimentos circulares. Era propositalmente fino e pequeno. Era perfeito para o que eu queria. Depois de encaixar em mim, prender com as duas nádegas e sentir que estava seguro lá dentro, subi a cueca, a calça e dei os primeiros passos para fora dali. É claro que eu andei torto.

Fingi gemer de cansaço quando entrei no uber quando na verdade o gemido saiu forçado por estar com um vibrador inteiro socado na bunda. O motorista falou o necessário, eu respondi com uma voz cansada e arrastada, um outro suspiro escapou e eu sentei de lado. Sentia que ficava mais aberto a cada novo minuto que aquilo passava dentro do meu cu e que o meu corpo se acostumava a continuar aberto. Crescia a sensação de que a coisa passava a ser parte do meu próprio corpo e não era mais estranho segurar o formato dele para não escapar na cueca.

Quando ele chegou eu já estava sentado no lugar de sempre: o sofá fofinho que fica no canto do restaurante. De lá consigo ver uma parte do salão e não tem nada nas minhas costas além de uma parede coberta por plantas. As luzes estão baixas como sempre, o cheiro do lugar é delicioso, eu estou limpo, ainda estou cheirosinho e sigo aberto como nunca estive. Sinto que a minha bunda nessa altura está mais molhada e muito quente. Eu estou escorrendo, literalmente. A sensação me traz uma excitação que não estava preparado para sentir naquele momento e ele, o meu convidado, chega no momento certo.

É enorme, os ombros largos se desenham embaixo da camiseta, as mangas curtas da peça agarram nos braços que estão cada vez mais firmes, o queixo hoje está barbeado e o cabelo cortado ainda mais baixo. Parece que decidiu aparentar ainda mais rígido para aquele encontro. Me sorriu de longe no seu caminhar absurdamente seguro e me arrancou um suspiro só de me forçar a observá-lo de longe. Vi que não estava usando sapatos, mas uma sandália bonita e isso me deu tesão. O pé dele era lindo. Chegou perto, calado, só sorrindo, ficou em pé ao meu lado e curvou o tronco para que sua boca ousasse se aproximar da minha em público. Não beijou de primeira. Queria brincar. Cheirou meu hálito e eu tinha me escovado ao sair do trabalho, me deixou sentir o seu quando respirou e me liberou para beijá-lo. Dizia sem precisar falar. O nome disso é intimidade.

Eu beijei fazendo minha língua molhar o interior dos lábios dele e ele se afastou um pouco entendendo a ousadia.

“Você tá diferente?” Ele perguntou seguindo a minha orientação para sentar ao meu lado no sofá, e não na cadeira no outro lado da mesa.

“Você não sabe o quanto, Jonas” eu respondi.

“Seu olhar…” Ele parou pra me olhar perto. O cheiro estava fazendo a minha boca se abrir sozinha. Eu estava querendo engolir aquele homem ali mesmo. “O seu olhar tá devorador.”

“É que eu to olhando agora pro homem que mais me dá tesão no mundo… E eu tô querendo devorar ele inteiro.”

Eu vi quando Jonas desceu a mão pela barriga e agarrou em cheio o volume criado no meio das próprias pernas. O tecido da calça era fino e dava pra ver que ele não estava normal embaixo dela. Só o meu olhar já denunciava e acordava o meu homem. Essa era a minha intenção.

“O que você pediu além da taça já vazia de vinho?” Ele perguntou decidido.

“Me come!” Eu sussurrei em resposta ignorando tudo ao redor.

Vínhamos ambos cansados do nosso trabalho e há alguns dias não transávamos com a euforia e a indecência de um sexo completo, ou Jonas me chupava e fazia gozar para dormir, ou batíamos uma juntos e tomávamos um banho, ou a gente sarrava um pouco com uma penetração não completa. Até ali, estávamos morrendo para fazer aquilo que sabíamos fazer melhor: permitir que o outro experimente o prazer cru, sem frescuras, selvagem, doloroso.

“Sério, me come. Agora. Aqui. Nesse sofá. Tira a porra da minha roupa, me coloca de quatro, me chupa.”

Ele riu, puxou meu queixo, lambeu sem cerimônias os meus lábios e falou sem me beijar.

“O que o meu ursinho safado tá aprontando?”

“Enfia a mão na minha calça pra ver” eu pedi. Isso ele podia fazer.

Sem receio nenhum ele acariciou minhas costas enquanto olhava ao redor só pra se certificar de que estávamos seguros e aproveitou quando eu joguei meu corpo mais para frente e a calça folgou atrás. Ele enfiou os dedos e foi descendo. “Mais” eu disse. Ele se encorajou e desceu os dedos entre as nádegas e abriu um sorrisão quando entendeu que eu estava melado. “Mais fundo” eu pedi. Ele abriu minha bunda e topou com algo duro ali onde o cu se abria. Seus dedos la embaixo me fizeram gemer baixinho e eu não tive medo de fazer isso. Suspirei também, ousei uma reboladinha no sofá e aqueles dedos entenderam que cabia um vibrador socado no meu rabo.

“Você não tá fazendo isso” ele disse me desafiando bem perto do ouvido. Eu já estava suando e Jonas via.

“Eu quero que você arranque essa porra daí e chupe a minha bunda como só você sabe fazer.”

“Você tá quente e aberto na medida certa aqui embaixo, meu puto. Tá meladinho e pronto pra minha língua. Acha mesmo que eu não faria isso? Faço com todo prazer.”

Eu não consegui fazer outra coisa senão quase tombar a cabeça na mesa pra soltar outro gemido porque o militar cheiroso do meu lado não estava só tocando o meio molhado da minha bunda, ele estava manipulando o vibrador como se isso fosse obra sua o tempo inteiro. Ele estava fazendo ir mais fundo quase ao ponto de entrar com o dedo no meu cu. Eu estava pronto pra ser fodido por aquele macho exagerado. Foi ele quem falou de novo naquele tom de ordem.

“Eu vou fechar a conta aqui, você vai pagar o vinho que bebeu, vou te tirar desse lugar, vou te meter em um carro e depois vou meter nesse seu rabo gostoso até você nunca mais querer estar longe de mim outra noite. Eu vou entrar em você, vou te fazer homem, vou te comer e acabar com a minha fome de cu. Quer brincar, né? Você não tem noção da brincadeira que escolheu.

Eu levantei a cabeça, mostrei meu rosto vermelho queimando de tesão, deixei os lábios entreabertos numa clara expressão de prazer e sorri com o mais safado dos sorrisos que eu tinha guardado.

A mão dele continuou nas minhas costas no carro e na parte mais escura do caminho esteve outra vez dentro da minha calça. Na portaria do prédio ele me beijou em pé roçando sua barriga dura na minha sussurrando o óbvio dentro da minha boca. “Você é muito safado.” Ao porteiro ele brincou que “toda reclamão hoje vai no nome dele, viu? A culpa não é minha.” Por ser tão safado quanto eu e Jonas somos, aposto que ele entendeu de cara sobre o que o meu namorado estava falando. Naquele noite o seu gemido ecoaria de novo pelo prédio como sempre faz quando me come direitinho. No corredor ele deu dois tapas na minha bunda e riu do meu andar torto.

“Quer enfiar um negócio inteiro na bunda? Aguenta. Anda, rápido. Deixa de moleza, safado.”

Me despiu no meio da sala com as luzes só pela metade. Ele vestido da cabeça aos pés, eu completamente nu. Atrás de mim examinou o quanto estava aberto e pronto, alisou outra vez a dureza do vibrador socado no meu rabo, soltou um suspirinho de puro tesão e voltou para a minha frente. Só abriu o zíper, expôs a cabeça enorme e brilhante do pau, alisou com os dedos grandes e ordenou enquanto massageava a rola que era dele, mas que deveria estar enfiado na minha boca naquela altura.

“Você vai me lamber dos pés à cabeça. Eu quero te ver adorar o seu macho. Me trate como um deus agora. Vai, no chão. De quatro. Quero o seu nariz no meu pé. Sente o cheiro do seu macho.”

Eu fiz. De quatro enfiei o nariz do peito do pé dele. Cheiroso, limpo, macio, mas cheio de veia. Arrastei meu queixo sobre os dedos, rocei meus lábios nas unhas quando puxei pra cheirar mais forte e olhei pra cima avistando a expressão de prazer e satisfação do meu militar. A calça dele ficou perdida pelo tapete quando ele tirou e eu despejei beijos pelas canelas. Os pelos dali ficaram misturados aos pelos da minha barba e eu subi fazendo cada centímetro se sentir beijado e cheirado por mim. Na dobras dos joelhos eu deixei umas mordidas suaves e agora ele já segurava minha cabeça e alisava os meus cabelos. Eu de joelhos, ele em posição de militar, o peitoral inflando la em cima, a pica escapando da cueca inchada e o vibrador rodando da minha bunda.

“Só existe eu aqui” ele falou como se soubesse das visitas que recebi naqueles dias. “O único homem que vai receber a sua devoção está aqui na sua frente, em cima de você. Sou o único que merece isso aqui, essa carinha me olhando cheia de vontade, cheia de malícia. Você acordou isso em mim naquela noite, naquele estacionamento. Você é meu como ninguém um dia vai ser, então me agrade, me cheire, beije a minha pele…” Jonas deu uma pausa para me fazer sentir os seus dedos roçando os meus lábios. Entrou na minha boca, tocou os meus dentes, amaciou minha língua. “Esse é o meu gosto. Eu quero ele gravado na sua memória. Não existe nada mais pervertido que isso. Eu quero o meu gosto inteiro dentro de você.” Me fez abrir a boca, expor a língua e receber o cuspe encorpado que pendia da pontua da sua língua lá em cima e viajava em queda livre até a minha. Estava quente, salgado, pegajoso e muito, muito gostoso. Eu quis mais. E quis que fizesse isso com a minha cara inteira.

A minha boca é a outra coisa que Jonas fode com tanta frequência quanto minha bunda, então entra nela com a facilidade de quem conhece a porta de casa. Entra fundo, me faz engasgar de primeira, me faz salivar na pica e lacrimejar aguentando tudo lá dentro. Faz tudo isso depois de me forçar a despejar beijos por suas coxas torneadas e douradinhas por serem cobertas com aquele pelo fininho alourado. Antes também tinha me colocado pra lamber a virilha úmida e cheirosinha de homem limpo. Sempre segurando meu queixo e colocando a cabeça de lado pra acompanhar o movimento da língua, sempre apertando meu rosto com uma mão na bochecha e outra na nuca enfiada nos meus cabelos, sempre me olhando lá de cima superior a qualquer outro homem do mundo naquele momento. Só existe ele ali e eu mostro isso. Abro bem a boca, preparo bem a língua pra acomodar todo o corpo da rola e molhar bem a pele dele e me deixo ser tratado como um brinquedo sexual. Minha garganta reclamada da cabeça exagerada com barulhos que só excitam ainda mais o cara que eu ajudei a descontrolar. O saco dele incha e bate no meu queixo. É assim que ele me marca, é assim que o gosto dele viaja pra dentro de mim com rapidez. Me solta pra me ver cuspir. Quer e pede que faça isso na cabeça da pica. Eu cuspo pra engolir de novo. Meus lábios são macios, eles ficam vermelhos na hora e Jonas gosta disso. Me toca e sente que eles incham um pouquinho quando o pau força pra entrar. Ele até sorri me assistindo ser o puto que eu gosto de ser. Eu sofro, mas sofro sorrindo.

O vibrador quer escapar quando eu tento sentar rapidinho sobre minhas panturrilhas.

“Não vai sentar. Eu te quero de joelhos. Tá saindo? Eu ajeito! Fica quietinho, só geme pra mim. Assim mesmo, bem mansinho. Gosto desse seu gemidinho fresco.”

Eu faço o que ele quer quando se abaixa pra meter a mão lá atrás de novo e enfiar outra vez aquela coisa na minha bunda. Estou cada vez mais aberto, ele sabe disso. Estou perfeito para o seu pau grosseiro. Mas o rosto está na altura do meu, os olhos também e a boca está tão perto que eu sinto de novo o hálito frasco. Ele sorri. Jonas fica lindo quando sorri. O anjo aparece quando ele coloca os lábios de lado e a doçura do seu olhar insiste em reinar. Não me seguro e emolduro o rosto quadrado dele com minha mão delicada e beijo a boca de uma forma apaixonada, lenta e barulhenta. Ele me entrega a língua, sussurra uma besteira qualquer, sorri e me chupa. Não usa força, usa paixão. Quase está de joelhos, mas não o faz para não ficarmos em mesmo nível. Ele é apaixonado, mas ali eu estou para servir.

Volta para o alto me fazendo engatinhar pela sala. Me puxa pelos ombros, pelo queixo. Me deita na ponta do sofá, me abre bem as coxas, faz a minha barriga cair sobre o encosto lateral e me empina para finalmente se colocar atrás de mim. Está só de camiseta e se curva sentado no sofá pra chegar perto. Eu peço para ele ir logo, para deixar livre daquilo, mas ele interrompe com dois tapas fortes na bunda que me fazem parar de falar para reclamar da ardência. Só ele fala, entendi logo. Me empino de novo, abri novamente as coxas, olho pra trás para ver o espetáculo que é um homem grande se curvando para beijar sua bunda e sinto o queixo duro no meio das nádegas. Ele me lambe e lambe também o vibrador. Ele me morde na banda esquerda e depois beija a direita.

“Que putaria gostosa você aberto assim pra mim. Ta todo melado, tá quente, tá todo arregaçadinho. Vai ser fácil meter no seu cu assim, você tá um puto completo hoje. É só torar na pica e mostrar quem manda.”

Mas ele sabe o que eu quero e me dá isso. Arranca o vibrador que até ali não vibrou nada, liga o aparelho e me faz gemer quando brinca com a minha entradinha. Eu estou tremendo e me contorcendo, mas ele não liga. Se diverte com a tortura. Enfia, tira, brinca com os dedos, coloca só a pontinha do brinquedo, abre minha bunda, me morde, assopra meu cu, da tapinhas bem no meio.

“Por favor” eu choramingo. “Chupa, vai. Eu tô implorando por isso. Eu quero tanto sua boca no meu cuzinho.”

Pedir assim faz o homem cair de cara em mim. Ele me chupa com ganância, com certeza de que sou inteiro dele. Me penetra com a língua, me suga com os lábios, me morde, arrasta os dentes, respira forte no meu cu, suspira, geme baixinho, chupa mais fundo, bate no meu quadril com os dedos abertos, meu puxa pela cintura, me faz rebolar em sua cara. Eu sigo gemendo, rebolando e pedindo mais. Eu sempre estou querendo mais. O vibrador se perde quando ele usa uma das mãos enormes pra me servir um punheta enquanto chupa minha bunda e a outra usa para me abrir e tornar mais fácil a permanência da sua cara lá no meio. Eu estou completo. Era tudo o que eu queria.

Mas ele sempre vai me servir mais. Eu sou o furacão que ele ousadamente doma.

Deu saudade imediata da boca molhada e quente em mim, mas ele saiu dali pra cair sobre as minhas costas usando toda a força do seu corpo pra socar de primeira sem pena do cara que estava por baixo. Foi certeiro fazendo ir fundo. Eu já estava aberto o suficiente, molhado na medida certa, preparado e empinado. Foi tão fundo que doeu nele. O gemido grosso na minha nuca denunciou que o homem estava em seu ápice, que dali pra frente só uma coisa era certa: o gozo. Eu lutei pra não gritar na pica e uma lágrima escorreu não minha bochecha quando ele bombou. Não foi uma socada simples, parecia que ele queria cavar outro buraco em mim. Foi fundo, ainda mais, e foi forte. Eu gemi mais alto, ele segurou minha cintura e colou nossos quadris. Rebolava lá dentro, o saco grudado no meu doía e me fazia ter certeza de que não tinha como estar mais dentro que isso. Ele tinha me arrombado ali. Então essa era a sensação de ser completamente fodido? Eu queria chorar, mas de prazer. Parecia que dentro da minha barriga todos os órgãos se reorganizavam para receber aquele homem, parecia que as paredes internas do meu corpo reverenciavam as veias da pica que pulsavam com força. A pulsada delas viajavam e apontava no meu peito.

“Vai, mete com força. Isso, que pau gostoso. Ele não para de crescer em mim.” Falei sofrendo.

“Você faz ele inchar. Olha o tamanho, tá grandão. Ele vai estruturar no seu cu, meu puto. Caralho, eu tô te comendo tão gostoso.”

“Ai, porra! Ai!” Eu tive que choramingar. “Tá tão fundo. Tá acabando comigo. Me come, amor. Tá tão gostoso.”

“Fala que tá gostoso” ele pediu cheio de marra.

“Tá gostoso demais. Tá uma delícia.”

“Quer mais?” Ele perguntou.

“Quero tudo. Quero todo dentro. Não tira, não.”

Ele me tirou dessa posição para me colocar de quatro no sofá pra me mostrar quão rápido ele consegue meter. Eram metidas curtas e rápidas. Muito rápidas. Ele fez arder a entrada do meu cu, fez esquentar o couro. Gastou meu tesão. A medida que queimava minha pele, batia. Cada tapa deixava uma marca que duraria por dias. Nas minhas costas então… Ele marcou tudo. Se não por tapas, por mordidas. Mordeu minha nuca, o interior do meu braço, minhas costelas.

Usando da sua força ele me levou pra cama e rindo me deixou cair de barriga pra cima na pontinha. Abri as coxas imediatamente e só ali percebi o quão suado ele estava. Eu queria esse gosto também. Quando finalmente arrancou a blusa eu o puxei pela lateral do corpo e lambi o peitoral o máximo que pude. Ele queria entrar de novo e eu queria tudo lá dentro, mas precisava daquele mamilo na minha boca. Mamei, mordi, chupei e lá embaixo ele me arregaçou outra vez. Entrou ainda muito duro, ainda quente e babando. Bombou meu corpo repetidas vezes, incontáveis vezes. Fez isso com força, depois carinho, fez curvado pra me beijar, me alisando a cintura. Fez isso me masturbando, apertando minhas coxas, fez isso com os dedos ao redor do meu pescoço, forçando minha bochecha. Fez isso socando meu peitoral, fazendo doer o mamilo ao beliscar com as pontinhas dos dedos. Fez isso ao cuspir na minha boca de novo e ao enfiar os dedos. Fez isso provando a minha saliva dos próprios dedos com uma cara de vagabundo satisfeito. Fez isso sorrindo lá do alto com os dois braços atrás da cabeça e o peitoral inteiro aberto.

O homem assim é uma estátua grega. Uma dessas erguidas aos grandes homens da época, aqueles em destaques, posições superiores. Aqueles que definem o tempo. Jonas sabia como me marcar. Era ele o grande naquela noite.

Ainda me comeu de bruços na cama e me comeu de lado com os dedos cravados na minha cintura como se tivesse medo de me ver partir do nosso quarto. Em muitas vezes eu choraminguei de tesão e em outras eu quis chorar de tanto prazer. Quando me beijava e diminuía as estocadas que dava na minha bunda, queria sussurrar dentro da boca dele que amava aquilo que fazia comigo, que nenhum outro homem faria o que ele sabia fazer com o corpo, com os dedos, com a língua. Toda vez que Jonas me tocava eu esquecia que meu corpo era grande demais para os padrões de beleza, ou esquisito, ou qualquer coisa. Ser tocado por um homem assim é ter certeza que basta. Só isso: basta. Que você completa. Que cabe. Homem de verdade te faz caber, não importa onde. Não importa se é na ponta do sofá pequeno pra te comer todo empinado ou no meio dos braços num chamego gostoso cheio de malícia.

Foi nesse abraço que eu me senti caber quando ele largou meu corpo por já estar em pé de novo e caiu no chão no seu quarto numa respiração ofegante e num gemido baixinho de puro orgasmo. Tinha gozado comigo aos meus pedidos. Tanto tinha metido que estávamos prontos e foi numa punheta de duas mãos que nós dois esporramos. Usava todos os dedos para juntar nossas picas e me dá esse prazer de gozar juntinho, agarrado. Eu deitado, pernas abertas, barriga pra cima, olhos fechados, boca aberta num gemido. Ele entre as minhas coxas encostado na cama, pernas curvadas, coxas tensionadas, quadril forçado no meu, nosso saco grudado. Foi porra pra tudo que é lado. Barriga, peito, braço, rosto. Ele gemeu tão alto que me fez rir. Gemido sofrido, sabe? Daquele que vem do peito e escapa numa tremida de perna. Daquele que faz o homem ficar de boca aberta e língua pra fora feito um cachorro. Fraco e risonho, caiu no chão e gargalhou de prazer. Meu corpo coube no abraço. Viajei até lá e deitei sobre ele. Nossas barrigas grudadas de porra, nossos olhos cheios de água, nossa pele vermelha e cheirando a sexo. O quarto, por sinal, era pura pica. Perfume dos deuses.

“Essa é a única distância válida do seu corpo do meu” ele lutou pra falar.

“Não vem ser romântico agora, caralho. Você me arregaçou, Jonas. Quer sarar minha bunda com amorzinho?”

Ele gargalhou de novo e eu roubei um beijo no meio do riso.

“Eu viro um bicho quando você faz isso. Tem algo em mim que acorda com esse seu jeito…”

“O nome disso é perversão. E eu gosto” assumi. “Eu gosto quando me trata assim e depois me enche de carinho pra sarar a ferida. Morde, mas assopra.”

Ele ficou me olhando e estendeu um carinho por minhas costas. O nosso suor era um só e o nosso corpo clamava por um banho, mas ainda nos rendemos a muitos beijos no chão. Beijo com muita língua, muita saliva, muita pegada. Nossas rolas acordaram outras vezes e ficaram nessa de endurecer e amolecer criando baba, melando mais. No meio do beijo eu não segurei e mordi o lábio duro dele.

“Já não basta os outros estragos que você fez. Quer estragar minha boca também?”

Naturalmente ele alisou o peito falando isso. O próprio peito, nesse caso. Eu toquei o peitoral, então, e fiz um carinho suave de pontas de dedos.

“Te assusta me amar, vizinho?” Perguntei sem precisar de respostas.

Depois do furacão, a calmaria. Depois de me domar, saciar minha vontade de ser tomado por um homem de verdade, de me sentir completamente preenchido por pica, de ter aberto o meu corpo para fazer o seu caber nele, me banhou com calma, ensaboou minhas costas, lavou minha bunda, me beijou a boca enquanto tirava a espuma densa dos nossos corpos e cheirou minha barba limpinha depois da chuveirada. Se aninhou comigo na cama por preguiça de ir fazer comida pra gente, buscou as cobertas pra cobrir o nosso corpo desnudo, brincou de alisar meu peito deitado com a cabeça nele e finalmente pediu comida. Escolheu oriental.

Para a minha pergunta no chão a resposta dele foi uma espécie de cócegas nas costelas e depois disso levantamos. Até ali, na cama, ele ainda não dizia nada, só me alisava e acariciava o corpo que tão bem tinha usado. Eu tentava acalmar o meu peito e não pensar nas coisas que eu tinha dito, mas no olho do furacão a gente faz e diz coisas sem pensar (às vezes até por pensar demais). Mas aí ele cortou minha viagem e cortou também o silêncio quando falou enfiando a cara no meu pescoço.

“Não me assusta te amar, meu safadinho.”

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4 Comentários

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  • Responder Nelson ID:3c793cycoij

    Que delícia. Amando vocês.

  • Responder Baby Boy ID:vpdkriql

    Perfeito 👏👏👏👏 agora sim 😍

  • Responder Gordo passivo ID:5vaq00tfi9

    Sinceramente devetiam fazer um filme com os seus contos. DIVINAL.

  • Responder Pará ID:1gt0d29soij

    Maravilhoso até “filosofico”…