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O meu treino, para me transformar em Maria FIM

1667 palavras | 3 |2.86
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De volta a Portugal. Ninguem me reconhece. Um reencontro esperado, Dilia.

De volta a Portugal. Não sei explicar este sentimento, de voltar… eu não ligava nenhuma importância quando ouvia aquelas pessoas emigrantes que quando retornam, falavam que até o ar aqui era diferente… sim é verdade. Apanhei um táxi, e fui para a casa da Miss Jane, que comprou aqui em Lisboa, ela deixou-me ficar lá, enquanto eu acabasse os meus estudos universitários, eu tomava conta da casa, pagava-lhe uma renda apenas simbólica.
A primeira coisa que eu fiz, foi ir dar um passeio pelas redondezas, para ver se tudo estava igual. Realmente o ser humano é curioso. Só por ter estado fora aqueles anos, quando voltamos queremos que tudo esteja na mesma. Por caso estava, via as mesmas ruas, os mesmos rostos, a mesma cor do sol… só eu mudara, e de que maneira. O Zé, aquele gordo, paneleiro, que adorava dar o cu, participante em orgias e gangbang´s brutais, escravo sexual do João, o Zé capado, morrera, e transformou-se na Maria.
A Maria, feminina, bem vestida, a Maria que tal como o Zé adorava…viciada…em sexo. Isso era a unica coisa que era comum entre ambos, o sexo. O gosto pelo sexo, o gosto em caralhos, de preferencia enormes, dentro do cu e na boca. Ser dominada por um homem, fodida, até que ele lhe apeteça foder, e se houver outros a seguir, melhor.
Ao longe vejo vir um homem, com uma rapariga de mão dada, aproximam-se, passam por mim, a menina olha para mim a sorrir, e dos meus olhos começam a cair lágrimas, não sei se de alegria ou de dor. Foi o meu pai quem passou por mim, e a minha irmãzinha. Está tão bonita ela. E o meu pai, apesar de tudo, no fundo, no fundo queria um abraço dele, um carinho… nem me reconheceu. Talvez tivesse sido melhor assim. Vejo restos de homens que em foderam selvaticamente, a passearem com as famílias, alguns olhando-me com desejo. è muitas emoções para aquele dia, mas ainda faltava ir a um local… o cemitério. Percorri o cemitério, a procura da campa do homem que afinal me criou mesmo antes de eu nascer, que matou o Zé, e fez nascer a Maria. O homem que me fez apaixonar por ele, mas que nunca me amou, apenas me usou para satisfazer a sua luxuria, e engordar a sua carteira, o João. Acho a campa dele, não estou mais do que 1 minuto ao pé dela, acho que só queria confirmar que aquele homem estrava morto. Voltei as costas, nunca mais lá fui ou irei.
No dia seguinte, vesti as minhas legins, a tshirt, apertada ás minhas enormes mamas, os ténis e fui dar um passeio, depois fui até a universidade, inscrever-me, e fui almoçar. Recebo uma chamada, era o Simão, um detetive particular, que a minha amiga Agnes me indicou. Ele tinha achado o paradeiro de Dilia.
Deu-me uma morada, e um número de telemóvel. Combinei com ele um encontro, para lhe pagar o serviço feito, ele disse-me que estava tudo pago. Agnes, tratou de tudo. Agnes ajuda-me imenso, pagou-me os estudos, e eu só nãp faço ou farei por ela o que não possa mesmo.
Não dormi nada nessa noite, e logo pela manhã, vou passear, vejo os meus pais, e aminha irmãzinha a passearem também. Nem sabem, nem sonham quem eu sou, quando passo por eles e lhes digo o bom dia. A minha irmãzinha essa ficou a olhar para mim e sorriu-me, e fez-me adeus.
Mas esse dia, estava reservado para a Dilia.
Alugo um carro, e conduzo até uma aldeia, perdida, no interior de Portugal, em pleno Alentejo interior. Vou até a rua que estava no papel que o detetive me entregou, desço-me do carro. As pessoas, olham para mim com curiosidade, típica de quem não está habituada a ver caras novas. Acho isso tão tipico das aldeias, em que primeiro nos olham com desconfiança, e depois nos acolhem nos seus braços para sempre.
Bato a porta, estou mesmo muitissimo nervosa, abrem a porta… Dilia. Estava igual, mais bonita. Mais gordinha, mais mulher. Ela olha para mim uns instantes, e depois abre um enorme sorriso, e avança para mim e abraça-me:

– Zé… és tu…es tu… não acredito… não acredito !!!!!
– Dilia… ai que bom, Dilia!!!
– Mas agora estás uma gata…uauuuuu…
– Ora estou gordinha a mesma… mas tu estas uma beleza…deixa-me ver bem…
– Mas entra …entra…

Entrei na casa dela, uma casinha pequena mas acolhedora, poucos móveis, uma lareira acesa. Estivemos em silêncio uns instantes, tanta coisa para falar e começar por onde???
– Zé…posso começar eu?
– Sim… porque fugiste sem mim?
– Porque tu só vias aquele homem a frente… não digo que não viesses comigo, mas depois voltarias para ele, não é verdade?
– Provavelmente sim…
– E se ao voltares, revelasses onde eu estava??? Não poderia arriscar… voltar para acasa daquele homem, o meu pai, não. Chorei muito ao deixar-te, mas tinha de o fazer. Eu não aguentava mais foder assim como eramos fodidas.
– Percebo-te, Dilia.
– Andei a dormir na rua umas semanas, viajei em comboios de mercadorias, e um dia estava com tanta fome que fui roubar uma senhora. Sabes, nem para ladra sirvo. Desatei a chorar quando a roubava. Com a fome que estava desmaiei, e acordei na casa dela. Tratou de mim, quase que me adotou. Procurei a minha mãe, mas ela rejeitou-me, e para mim ela morreu.
Voltei para a casa daquela senhora, Inês. Recebeu-me, trabalhava com ela no café dela, estudava a noite. Quando ela faleceu, deixou-me de testamento esta casinha, e eu vim para aqui morar. Abri um pequeno café, comércio local. Vivo feliz. E tu?

Contei-lhe a minha vida toda, e ela ouviu-me sem fazer perguntas. Quando acabei era já quase de noite, e ela convidou-me para ir jantar com ela. Fez um jantar maravilhoso. Bem estava na hora d eme ir embora, mas ela insistiu para eu dormir com ela, já era tarde, dizia ela.
Aceitei de bom grado. A noite, apenas com a lareira acesa, sentadas lado a lado, debaixo do mesmo cobertor, ela confessou que quando abalou, me amava, e que ainda me amava. O sentimento era recíproco. Eu amo-a.
A vida tem destas coisas, eu adoro ser fodida por homens, sentir caralhos enormes a invadirem sem piedade o meu cu, que me amassem os peitos, que me esporrem a cara e o cu, engulir a esporra dos homens… mas amar, amo uma. mulher.
Despimo-nos ali mesmo, beijamo-nos longamente, percorro o corpo dela todo com a minha língua, abro-lhe a cona, e enterro a minha língua na cona dela. Ela torce-se toda, agarra-me no cabelo, grita pelo meu nome. Depois ela beija-me o corpo todo, lambe-me o cu, chupa as minhas mamas todas, depois manda-me fechar os olhos, sai e volta com um dildo enorme preso a cintura. Fodeu-me o cu com ele, e depois usei-o eu e fodi-lhe a cona e o cu. Pedia a em namoro antes de partir passados dois dias. Ela aceitou. Resolvi tornar-me uma mulher a 100%.
Estudava em Lisboa durante a semana, e aos fins de semana ia ter com ela. Depois de muito esperar, fiz a operação de mudança de sexo, deixei de ter aquele micro penis e passei a ter uma cona. Tirei o curso de medicina familiar, mas não quis ficar a viver na cidade, fui morar com a Dilia naquela casinha, e tornar-me numa médica no interior do Alentejo. E sou tão feliz. A Dília pediu-me em casamento, e claro que aceitei. Fez-me um pedido, que a minha familia estivesse presente.
Um dia, bato a porta da casa dos meus pais, a minha irmãzinha abre a porta. A minha mãe aparece logo em seguida.

– Bom dia… em que posso ajuda-la?
– Em muita coisa, que nunca fez, mas que poderá fazer daqui em frente, se quiser.
– Desculpe, mas não percebi…
– Não faz mal… mãe.
– Mãe… mas quem é a senhora???
– Sou o Zé…melhor…a Maria.
– O meu filho… o meu filho fugiu a uns anos, nunca mais o vi… fugiu com um homem…
– Foi essa a mentira que o João lhes disse?
– Meu deus…não acredito… és mesmo tu?????
– Sim sou eu, mãe.

O meu pai aparece, e pergunta quem eu sou, a minha mãe conta-lhe. Ele olha-me como se não acredita-se.
Mas a minha mãe, manda-me entrar, nem sabe como reagir. Entro…e começo a andar pela casa, vou até ao meu antigo quarto, agora é da Leninha, a minha irmã. Sento-me na cama dela, caem-me lágrimas pelo rosto.

– Só quero que me respondam a uma coisa??? PORQUE????
– Não sei.. não sei filho…

Falamos longas horas, ali naquele quarto. Explicaram-me o melhor que puderam… perdoar-lhes??? Não. Mas não mesmo. Mas aprendi que apesar disso, a minha vida não poderia continuar sem eles. Nunca mais os chamei por pai e mãe, trato-os pelos nomes deles. Foram ao meu casamento, no Canadá. Miss Jane fez questão, que eu e a Dilia casássemos lá. Depois passamos um mês no Uruguai, com a Agnes. Voltamos para Portugal, para a aldeia perdida no Alentejo interior, fomos aceites como um casal, mas ninguem sabe que eu nasci homem. Para que saberem?
Vivemos naquela pequena casinha, com os nossos filhos, dois da Dilia por inseminação artificial e mais 4 adotados.
E enfim, vamos vivendo a vida, fodendo que nem doidas todos os dias, felizes, cheias de trabalho, mas felizes.

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3 Comentários

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  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    ridiculo

  • Responder Pachecao também sou casad ID:xlo5sk0b

    Pena que chegou aí fim.

  • Responder Mestre ID:gipivg4v1

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