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Minha vida -histórias soltas 5

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Continuação
Depois daquela manhã voltei para casa feliz, de tarde, enquanto o tio Martins dormia uma soneca eu contei tudo à minha tia, e ela como sempre ficava feliz por mim mas disse em tom de gozo
-Então a titia vai ficar a seco? O menino gastou-se todo!
Claro que não, eu para a minha tia nunca estava cansado. Foi bom aliás é sempre mas não foi a mesma coisa pois ela estava triste porque o tio Martins estava meio doente.
O resto do dia foi passado a divagar pensando na manhã que tinha passado. No final da tarde o telemóvel toca, era a Marta. Perguntou se eu ia à terra no domingo, claro que não pois era pouco tempo e a viagem de autocarro era cansativa. Então disse que precisava da minha ajuda para terminar um trabalho, estranhei pois ela não tinha falado nada e, para além de ela ser muito inteligente éramos de anos diferentes mas como eu sou bom em textualizar, ela é mais barra em ler e interpretar, acreditei e disponibilizei-me. Queria mandar o pai me buscar mas não aceitei fui de autocarro. Com uma noite passada mais tempo na punheta em que a dormir, mal começou o dia levantei me e preparei me. Como ela me tinha explicado onde morava fui até lá perto mas não fui logo para casa dela aliás, tínhamos combinado por volta das 10 e quando lá cheguei ainda faltava hora e meia mas foi propositado para fazer umas compras. Para ela um ramo de tulipas, que eram as suas flores preferidas para a mãe, que eu não conhecia, um ramo de flores campestres que nas cidades dão muito valor, e para o pai? Era um homem muito requintado, era juiz! Perdia-me eu em pensamentos quando passo em frente à uma loja de bebidas e lembrei que enquanto falava com ele a última vez vi no carro umas garrafas de vinho. Entrei na loja procurei e encontrei vinho igual, era verde sendo eu da terra do vinho verde e neto de vinhateiro tinha obrigação de perceber em assunto, ao ler o rótulo, pelas castas entendi que tipo de vinho gostava, só esperava que tivesse comprado para ele senão lá se ia o trabalho todo. Depois de conseguir convencer o vendedor a deixar me levar o vinho, pois era menor de idade lá fui eu 3 garrafas de um verde de qualidade, um ramo campestre na outra mão e outro de túlipas escondido na mochila que levava, pudera posso ser aventureiro mas não sou tolo, lá fui eu até casa dela. Toca na campainha e vem uma senhora que saiu daquela enorme casa e caminhando por aquele passeio ladeado por jardim e chega ao portão
-Pois não?
-Desculpe é aqui que mora a Marta.
-Ah! É o colega da menina Marta? Faça favor de entrar. Siga-me por favor. A menina Marta já perguntou várias vezes por si. Foda-se! Já cresci pra aí meio metro, sou mesmo importante.
-Adormeceste? Estava a ver que nunca mais vinhas, quero ver a que horas vamos acabar o trabalho, se não acabar de manhã não sei onde vais almoçar, é que aqui em casa as refeições são programadas com antecedência.
-Ó menina, por favor não se enerve! Se for preciso e a mamã concordar, o menino pode almoçar aqui. Por mim não tem nenhum problema!
-Mãe! Mãe! O Pedro chegou!
Será que a casa é esta? Era esta a minha namorada? Eu estava atónito, cheguei 10 minutos antes da hora marcada e levo um chá daquele tamanho e mais eu vinha ajuda-la, estava eu perdido nestes pensamentos atrás daquela maluca que corria casa fora e agora sem a companhia da sra educada que tinha seguido para outro compartimento quando deparo com uma sra alta e magra, de cabelos louros, olhos verdes, um rosto que trazia um sorriso angelical aliás, nestes pontos era parecida com a filha. Mas, com todo o respeito pela “sogra” , só nestes pontos porque debaixo daquele vestido comprido verde água tinha um corpo, mas que corpo! Que trinta e tal anos bem aplicados. Ela era linda e muito meiga
-Olá então tu és o Pedro?
Ainda estava a ver se conhecia o cheiro do perfume que me atacou quando recebi os dois beijos já estava outra vez o papagaio. A sério a Marta estava insuportável naquele dia.
-Oh! Mãe o autocarro do Pedro avariou e se calhar não vamos terminar o trabalho de manhã, eu falei com a Rosinha e por ela não há problema mas, se for preciso, será que o pai deixa que ele almoce conosco?
-Tem calma Marta, vão fazer o trabalho que eu falo com o pai. Agora tem calma, o Pedro que eu saiba não é bruxo nem mecânico se o autocarro avariou que culpa tem ele?
-Eu disse-lhe que o pai ia buscá-lo foi teimoso.
-Por certo foi para não incomodar, não foi?
-Mas afinal quem é que não quer incomodar?
Agora é que estou fudido! Era o pai dela!
-Não é nada disso, diz a mãe dela -sabes João este colega da Marta
-Ah! Olá Pedro por aqui?
E vem me cumprimentar, todo atrapalhado coloco às garrafas no chão e estico a mão.
Então Jú qual é o problema?
Ela explicou tudo, como a Marta tinha dito e ele consentiu em eu almoçar lá, dei os presentes aos dois que gostaram muito, o ramo apareceu na mesa onde almoçamos, e o vinho também mas sem rolha! Assunto esclarecido, fomos estudar. É óbvio que eu ia exigir uma explicação, mal chegamos à sala de estudo dela, mais parecia uma biblioteca mas das mais sofisticadas, ela bateu a porta e depois dum longo beijo, com direito a mordidela no lábio e na língua disse
-Estás oficialmente convidado para almoçar em minha casa, outro beijo e continuou -tinha que ser assim senão a Rosinha e o meu pai iam armar confusão.
Sem que pudesse responder puxou-me pela mão e fomos caminhando até à secretária onde puxou um cadeirão para eu me sentar e foi continuando
-Mas já estou arrependida, quer dizer convido o menino para minha casa e ele vem carregado de presentes para a sogrinha e para o sogrinho e a namorada não é ninguém.
Eu percebi o tom sarcástico então fui me levantando, ela também já estava sentada, e disse, enquanto abria a mochila
-Ao contrário do que a senhorita tentou fazer, eu não tenho qualquer intenção de morrer hoje por isso não te entreguei lá em baixo mas… Pega! Apesar de tudo Amo-te
Ela não contava com isso, com os olhos em água segurou no ramo e vindo à volta abraçou me e beijou me muito estava radiante. Depois pousou o ramo escondido atrás da secretária e disse que ia abrir a porta para não haver problemas com a mãe, era plausível os problemas para um domingo já estavam de boa conta. Voltou para a sua cadeira e com uns papéis na mão foi perguntando umas coisas e tirando meia dúzia de ideias, coisa de meia hora não mais, antes de começar a arrumar a mesa de estudo pegou no telemóvel fez qualquer coisa e pousou-o, se calhar foi ver as horas.
-Vês és um querido, eu sozinha tinha para o dia todo e assim já está e ainda podemos ir passear no jardim antes de almoço. Enquanto falava veio até junto de mim, rodou a cadeira, sentou no meu colo e trás, mais um beijo
-Mas o que vem a ser isto, é assim que se estuda?
Junto com esta voz bate-se a porta, com a Marta no meu colo rodo a cadeira e vejo a mãe dela, estava feito. Com muita calma a Marta levanta-se vai ao outro lado da secretária e pega no ramo e diz
-Olha mãe o que o Pedro me deu? Não é lindo? É como ele, eu disse te que ele era muito querido.
Game Over. Não havia botão de auto-destruição, nem de resert, as duas janelas tinham grades, do lado da porta a sra Juliana caminhava calmamente, como uma modelo até mim. Se houver alguém interessado, a hora da missa do 7º dia estará nos papéis da funerária, a sério era o meu fim, eu nem conseguia reagir.
-Realmente é um querido, só espero que tenha muito juízo. Dizendo isto deu-me um beijo na face, eu tremia por todo lado, ela notou, então calmamente sentou se na mesa mesmo à minha frente e continuou -a Marta não tem segredos comigo, por isso ao saber do vosso namoro resolvi fazer este almoço, para falarmos. Só vim agora falar contigo porque tínhamos combinado que quando fosse para vir a Marta ligava me (agora entendi o telemóvel) mas pelos vistos ela quis te deixar bem encabulado (riu) olha eu não sou conta n vosso namoro, pelo contrário, só espero que tenham cuidado com o João, pelo que sei já se conhecem mas como deves saber ele não vai aceitar, pelo menos para já, ele vai querer provas dos dois de como o namoro não prejudica os estudos. Está nas vossas mãos! Outra coisa, vocês têm todo o o tempo do mundo, não se precipitem, não façam nada que um dia se possam arrepender, se é que fui clara. Eu quis mostrar-te que sabia para dizer que podem contar comigo mas para deixar bem claro que qualquer coisa que corra mal vou responsabilizar os dois. Certo?
-Certo dona Juliana, obrigado pela confiança, não se vai arrepender.
-Espero bem que que não, podes me tratar por Jú.
Bateu a porta e saiu
-Desculpa eu sei que te assustei mas acho que valeu a pena, não? Beijamo-nos e ela deitou a mão ao meu pénis, Ui! Gastou-se tudo ontem
Eu olhei para ela admirado mas, depois de me explicar que ninguém entra no quarto sem bater fomos para o WC. Caso alguém batesse eu ficava lá e ela saia por uma porta que dava para o seu quarto. Chupamos muito um ao outro, gozamos felizes. Foi assim muito tempo…
Continua

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