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Minha vida 8

1306 palavras | 2 |5.00
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Continuação
Quando eu pensava que já tinha visto tudo mais uma surpresa da minha tia, pediu-me que arranjasse uma namorada porque ela não dava conta sozinha. Ah ah ah! Eu sei que ela disse a parte do “dar conta” era a brincar mas mesmo assim faz bem ao ego. Agora que era mentira isso era pois depois da surra que lhe dei durante a tarde, à noite veio dormir comigo e ainda fizemos amor mais dois vezes. E tornou a falar no assunto da namorada e agora mais a sério disse que era importante para mim por vários motivos, além disso disse que até podia apimentar a nossa relação visto que com ciúmes quem podia ficar brava era ela. Rimos os dois, beijamo-nos e voltamos a fazer amor depois sem nos lavarmos dormimos assim, só acordamos de manhã com o tio Martins a chamar que era hora da medicação Foi uma sorte ele ter chamado do quarto senão ainda nos caçava juntos nus na minha cama.
Nos dias seguintes foi tempo de apalpar terreno, primeiro ver a reação do sr Carlos, cada vez que me via tentava desviar-se ao máximo, parte da escola olhava para mim de forma diferente, no princípio pensei ser paranoia minha mas depois vi que era mesmo pois quando o sr Carlos ia a sair do balneário a sangrar chegou a sra que ia limpar o pavilhão e, porque já me tinha visto, ao vê-lo assim suspeitou do que tinha acontecido que pelos vistos não era a primeira vez que a sra o caçava a fazer-se aos alunos mas ele ameaçava-a e ela nunca o denunciou por medo. Ele ainda apavorado contou à mulher o que aconteceu e pediu segredo coisas que ela, pelos vistos não guardou. Ah ah ah! Depois de saber que o velho não era problema pensei no tema namorar. Havia muitas miúdas giras que eram caídinhas por mim, modéstia à parte mas era verdade, não havia razão para perder esta oportunidade.
Dei uma olhada geral e vi a Marta, uma miúda que eu não conhecia pessoalmente, só de vista, mas era realmente bonita, loura, olhos verdes sorriso fácil, muito comunicativa e vestia muito bem. Pela primeira vez, dava-me pica tentar seduzir alguém da minha geração, ela estava com mais duas amigas, mas isso não me impedia a abordagem, como já disse em contos anteriores o meu ego estava em alta. Aproximei me delas, e com educação disse boa tarde entre o silêncio que se instalou lá foram as três deixando sair as suas boas tardes.
-Peço desculpa por estar a interromper, mas preciso fazer duas perguntas. Antes de mais gostava de saber o teu nome. Entre os risinhos das colegas consegui ouvir, em palavras doces e de uma suavidade extrema, chamo me Marta. -Ok Marta, andas à muito tempo nesta escola?
-Mais ou menos, desde o ano passado.
-E por acaso, não estudas saúde? Mais precisamente oftalmologia? Esta pergunta sai quase como se estivesse a implorar uma resposta afirmativa.
-Não! Neste momento não estudo nada em concreto, ando no 8º ano
-Ah! Obrigado, desculpa. Com uma expressão de desilusão faço intenção de sair mas logo só interrompido por um “mas porquê? ” de uma das colegas.
-Sabem é que estou com problemas de visão. Não sei como é possível, durante ano e meio nunca ter visto que a miss universo frequentava esta escola. Largo o olhar de preocupação e com um sorriso olho diretamente para aqueles lindos olhos verdes que ficam rapidamente rodeados pelo vermelho que a surpresa do piropo trouxe ao seu rosto. Com um piscar de olhos abandono calmamente o local. As risadinhas e os cochichos rapidamente se apoderaram em local enquanto o cowboy solitário se afastava em direção ao por do sol. Era assim que me sentia, o dom Juan da Madalena. A próxima aula deve ter sido muito proveitosa, para quem esteve atento pois eu não ouvi nada, ao sair do pavilhão onde tinha acabado a dita aula confirmaram se as minhas expectativas as amigas dela estavam à minha espera.
-Olha a Marta disse que não foi muito simpático da tua parte saíres sem, pelo menos dizer o teu nome.
-Pois! Realmente têm razão, só que temos um problema, é que não estou autorizado a dar qualquer tipo de informação de borla. Mas podemos sempre negociar, eu digo o meu nome e a Marta vai lanchar comigo ao fim das aulas.
Elas foram a correr falar com a amiga que estava um pouco afastada mas ao alcance da minha vista, já tinha passado a cegueira. Após algum tempo tempo a falarem, parecia que ela não estava muito disposta a ceder à minha chantagem, elas voltaram e disseram que tínhamos acordo.
-Ok então sendo assim o Pedro estará ao portão da escola no final das aulas para lanchar com a Marta.
17h12m em ponto, dois minutos depois do toque de saída estava eu ao portão, à espera daquela que só chegou pra aí sete minutos depois.
-Olá Marta
-Olá.. Pedro, certo?
Abanando afirmativamente com a cabeça, perguntei onde queria ir, ali perto havia uma pastelaria, um café e mais abaixo uma tasca. Ao falar na tasca ela sorriu e disse que na verdade não queria nada, eslava sem fome, apenas aceitou para saber o meu nome. Perguntei se era assim tão importante saber o meu nome, ela corou! Já fiz asneira em duas vezes que falamos deixei a duas vezes sem jeito mas logo corregi
-Se não queres lanchar temos duas hipóteses ou vamos dar uma volta ou então vamos embora, cada um para sua casa
-Não!… Eu… O meu pai só vem as seis e um quarto.
Agora foi ela que se enterrou, aquele “não” denunciou a, ela queria estar comigo. Mas fiz de conta, para não a deixar mais constrangida. Começamos a caminhar para o lado de trás da escola onde havia um jardim, ao comprido do jardim havia um muro baixo onde as pessoas se sentavam, colocamos lá os livros e fomos passeando ali por perto. Quem já andou naquela escola sabe da qual estou a falar. Ali só se vêm namorados ou quem como nós esteja a tentar. Falamos das turmas das amigas, de onde somos, perguntei se tinha namorado, ela disse que não
-Afinal não sou o único cegueta da escola.
Rimos, continuamos a falar sobre a família e sobre nós, ela era mesmo dali de perto, eu como já disse sou natural de uma terra mais no interior. Falamos sobre os pais, o dele é juízo!…
-Eu sabia que andava a arranjar maneira de andar de ambulância.
Ela riu se com vontade e chamou me parvo.
-Já fui mais.
-Mais parvo? Perguntou ela
-Sim, quando estava apaixonado por ti é não tinha coragem para falar contigo. Sei que pode parecer esquisito mas… queres namorar comigo?
Quando comecei a dizer isto, parei em frente dela e segurei nas suas mãos, coisa que não impediu. Ela de cabeça baixa nada respondeu, claro que também não lhe dei muito tempo, disse que o melhor seria ela ter um tempo para pensar e ela sem levantar a cabeça concordou, dizendo que o pai devia estar a chegar virou costas e foi pegar nos livros. Nesse momento chamei-a corri até ela e disse
-Vais pensar com carinho?
Ela sussurrou que sim e eu segurei seu rosto com a mão e beijei sua boca

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2 Comentários

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  • Responder Pedro ID:sgxcbm9c

    Obrigado AntoAnna pela força e um obrigado também para a Ana Moreira

  • Responder AntoAnna ID:zddcemk0k

    Olha adoro os teus contos.
    Pelos outros contos não te decepciones porque geralmente os brasileiros não comentam em contos portuguêses, vai-se lá saber porquê.

    Pelo que vi, eu e a Ana Moreira gostamos bastante, por isso continua