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Eu comia Rafael, que hoje é Raphaela (1/2)

1886 palavras | 3 |4.03

O afeminado eu comia e tive um romance escondido na adolescência virou uma mulher trans. Nós nos reencontramos.

Até hoje poucas pessoas de meu ciclo de amizade sabem que sou bissexual, não vivo por essa ou aquela bandeira, e também fui criado num ambiente sem preconceitos mortais que sempre existiram e ainda existem. Era meio que um tabu, mais hipocrisia sigilosa que preconceito mesmo.

Na minha turma da adolescência tinha de tudo, inclusive gays, lésbicas, conquistadores patológicos, meninas que trepavam com todos (e não deveriam prestar para namorar, como pensavam nossas mães), etc. Claro havia os meninos “machos” que transavam com outros meninos, a gente ouvia uma ou outra conversa e sabia que era possível, e hoje eu tenho a certeza de que todos sabiam quase tudo sobre as preferências sexuais de todos, salvo exceções mesmo. Não se falava sobre isso, respeitava-se e pronto, se era melhor ou não, não importa.

Nunca fui esses machos-alfa, dominadores; na turma eu estava mais para um moderado do que radical (para qualquer lado). Pegava as menininhas, trepei com uma que acho que trepava todo dia com qualquer um, e assim crescemos. A turma da rua era grande mesmo e ela só reunia toda mesmo quando ia para carnaval, festa junina ou para algum show.

RAFAEL era um dos que a gente sabia, e ele não escondia, apesar de nunca ter declarado, que era homoafetivo. Seu jeito, sempre andando mais com meninas, nunca jogou bola, nada deixava dúvidas. Corpo normal, treinava natação, cabelo moreno, pele clara, a gente até chamava de “bicha”, “mulher”, na hora da brincadeira ou quando se irritava com ele, nem sabíamos o que era preconceito, até porque algumas vezes todos da turma saíram em defesa de RAFAEL quando ele foi de alguma forma destratado ou até perseguido pelo jeito feminino que tinha. A turma era coesa contra “inimigos” externos.

Numa dessas tantas tardes livres que tínhamos da época, uns cinco da nossa turma foram ajudar RAFAEL a limpar e organizar a garagem da casa dele, que era uma zona e o carro cada vez mais entrava todo apertado. O pagamento seria sorvete para todo mundo. Foi uma algazarra muito divertida e bem paga.

Assim ficamos conhecendo os dois aquários que o pai de RAFAEL mantinha em casa, daqueles bem equipados, de encher os olhos de quem via. Eu, que tinha um aquário simples em casa e gostava de peixes ornamentais, chega fiquei sonhando com aquele nível de aquário. Passados alguns dias, eu estava passando na frente da casa de RAFAEL e ele estava chegando da padaria; perguntou se eu não queria ver um casal de peixes que o pai tinha adquirido, além de um novo adereço para o aquário maior. Eu topei na hora e entramos na casa, que estava fechada porque RAFAEL estava sozinho e tinha ido comprar pão para o jantar, obedecendo às ordens da mãe.

Fiquei boquiaberto porque os aquários me pareceram ainda mais suntuosos do que eu tinha gravado na mente. Conversamos sobre peixes, planos de eu equipar melhor o meu aquário, a importância de botar uma bomba para oxigenar a água (eu tinha de trocar a água a cada 3 dias, eu acho, e tinha de colocar água dormida porque a água direto da torneira tem cloro que mata o peixe), etc.

RAFAEL se levanta, volta com um pedaço de bolo num guardanapo e me oferece. Eu pedi uma mordida e dou um mordidão, comendo mais da metade da fatia.

– Ei, guloso, tá morrendo de fome? Perguntou RAFAEL
– Me ofereceu, eu como, senão é falta de educação, RAFA
– Parece que está sem comer nada há um mês, que morta-fome. Sai de perto do aquário que você deve comer até um peixinho desse
– Peixe só presta piranha kkkkkkkkkkkkkk
– Mas olha só, quem ouve pensa que é um Don Juan bem sucedido. Você é apenas um esfomeado cheio de lombrigas na barriga kkkkkk

Rimos e ele foi me dar o resto da fatia de bolo na boca. Eu abri a boca e ele colocou o que faltava, passando o dedo melado com a cobertura do bolo na minha boca. Achei estranho e sensual aquilo, ativando o meu modo tarado. RAFAEL fez aquilo de forma bem natural, ele era bem feminino e afeminado, mas também era uma insinuação, como confirmei depois.

Eu mastigava de boca cheia quando ele começou a lamber o dedo dele que tinha passado na minha boca com cobertura do bolo. Ele lambia e olhava para mim. Fiquei meio sem saber o que fazer, quando RAFAEL volta com o dedo de novo na minha boca e eu… lambo de novo. Sem esperar mais, RAFAEL me dá um beijo na boca e eu, no instinto, o afasto. Ele começa a me pedir desculpa, diz que eu não conte nada a ninguém, mas eu, ainda atordoado, digo que não foi nada, que estava ainda processando aquilo e que tinha até gostado da brincadeira. E nos beijamos de verdade agora. RAFAEL começou a pegar no meu cacete duríssimo enquanto me beijava e eu retribuí metendo a mão no cacete dele.

A gente não tinha muito tempo, já era fim de tarde e tanto os pais deles poderiam chegar quanto lá em casa minha família ia ficar preocupada se eu demorasse mais. Sem falar muito, ele me chamou para o quarto dele, fechou a porta e começamos a tirar a roupa na hora.

RAFAEL quase sem pelos, uma bundinha bem destacada e bem feminino. O cacete dele estava duro e o meu estava uma pedra. Nem precisamos falar, ele ficou de quatro na cama e me chamou. Passei saliva no meu pau e fui enfiando. Tive de passar muito cuspe no cacete, pois o cuzinho de RAFAEL era apertado, apesar de não ser mais virgem. Fui na paciência que tinha na época (hoje seria bem mais carinhoso), fui enfiando, ele chiava, eu tirava e botava de novo, até entrar tudo e eu começar a bombar naquele cu bem quente. A visão das costas dele, de RAFAEL me olhando de costas, rindo (eu já tinha comido e feito troca-troca, mas ninguém ria de prazer dando o rabo, apesar de gostar da safadeza), mostrando tesão, fazendo chiadinho na boca,era demais. A gente falava baixinho com medo de alguém escutar:

– Enfia, vai, rasga meu rabo, safado. Que rola quente, eu quero ela todo dia
– Que cu gostoso, RAFA, minha RAFINHA, minha putinha
– Ai, ai (e fechava os olhos com prazer), tô ficando folote, meu cu tá todo abertinho
– Vou gozar!

Enchi o cu dele de porra e dei duas tapas naquela bunda. Saí de trás, ele se levantou e fomos os dois para o banheiro, segurando as roupas. No banheiro trocamos um beijo, mas não demoramos mais.

– Ninguém pode saber, viu?
– Claro, RAFA, só entre a gente.
– Amanhã de tarde eu estou livre de novo, quer vir?
– Venho, a desculpa é que vou ver o aquário, mas fique em casa de porta fechada, para ninguém da turma querer lhe chamar
– Tá certo

Eu e RAFAEL começamos a transar toda semana praticamente, na casa dele, na minha casa, onde desse para trepar. Fomos evoluindo e um chupava o outro, gozadas na boca, de várias posições, às vezes duas seguidas quando o tempo dava, etc. Por umas duas ou três vezes, trepamos no quintal da casa de RAFAEL após chegarmos com a turma de uma festa. Todo mundo ia para casa, eu e RAFAEL ficávamos escondidos nos terraços de nossas casas e, dez minutos depois, eu ia bem ligeirinho comer RAFAEL no terraço da casa dele, encostados no muro da frente, sob a proteção de umas plantas. A frequência diminuía quando eu arranjava uma namorada, mas assim mesmo eu continuava a comê-lo, e ele nunca quis ser ativo. Tivemos momentos de discussão forte quando ele demonstrava ciúme de mim, mas tudo foi contornado pela tesão.

O tempo passou, cada um para seu lado, e não tive mais contato com RAFAEL, que, então, já era assumido e também começou a ter seus casos (na verdade, ele já tinha saído com 2 meninos da turma antes de mim, mas eu fiquei sendo seu “ficante” único durante um bom tempo, pois ele tinha se apaixonado por mim). Eu sabia que tinha uma forte atração por ele, só que não era paixão ou amor.

Após mais de dez anos (no mínimo) dessa época, eu e ele já não tínhamos contato, cada um tinha ido morar em bairros diferentes, estou chegando em São Paulo por Guarulhos e fui pegar a minha mala na esteira.

Fiquei na esteira errada e achei engraçado quando vi uma mala enorme e de estampa de onça rodando por algumas vezes sem o dono aparecer. Ri porque pensei bobagens do tipo “eu teria vergonha de pegar uma mala dessa também, esperaria o aeroporto fechar para ir atrás dela”, “vai ver que a mãe da onça que deu o couro para essa mala se vingou de quem comprou a mala”, etc. Percebi então que minha mala estava demorando e vi a besteira de esperar naquela esteira. Saí ligeiro para a esteira correta, peguei minha mala e me dirigi para a saída, pensando na minhas tolices, tanto de esperar na esteira errada, quando zombar de uma mala.

Quando estou já na saída, uma voz estranha diz “Ramon!”. Olho para o lado e era uma mulher alta com a mala de onça. Levei segundos para ver que era uma mulher trans, do meu tamanho, com roupas um tanto quando elegantes ou finas demais.

– Não tá lembrado de mim, não, menino?
– Deixe-me lembrar… (fiquei nervoso)
– Ramon, sou RAPHAELA, com PH, menino. Ex-RAFAEL… dos aquários
– RAFA??? Opa, não lhe reconheceria, cara, digo, menina
– Pois é, aquele RAFAEL morreu na faculdade de Odonto, que nem terminei. Fui embora para a Europa e volto ao Brasil de vez em quando
– Mas para Recife ou São Paulo?
– Raramente vou em Recife, só vou a trabalho por algumas poucas semanas, já que minha mãe está morando agora em Sumaré. Vou para Sumaré semana que vem.
– Que legal, vive Brasil-Europa.. é para quem pode! Trabalha com quê?
– Menino, aqui no Brasil eu vou trabalhar com quê? Lá fora eu faço maquiagem também, mas aqui é só programa, querido.
– Ahhhhhhh

Trocamos o telefone e fomos cada um para seu destino, não antes de lembrarmos as nossas safadezas e transas. Marcamos um encontro no flat dela em São Paulo e revivemos a nossa adolescência. Mas esses detalhes só no próximo conto. Adianto que RAPHAELA é bem melhor na cama que RAFAEL (nomes fictícios, obviamente) e que até hoje eu e ela ainda nos encontramos nas idas dela para Recife ou em São Paulo quando coincide de eu estar lá também.

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3 Comentários

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  • Responder Luís Carlos(Caco) ID:gqbg03qra

    E eu comia o Rubinho desde os dez aninhos. Até que lá pelos 13, 14a, deixou de ser chamado assim…e passou a ser chamado de Ágatha, nome que foi escolhido pela “própria”. Acompanhei a transição de perto. Desde o surgimento dos seios, até se transformar totalmente numa bela garota aos 17a. Atualmente ela é casada, tem 31a e ninguém diz se tratar de uma trans. É claro que com o tempo, ela se aproveitou e muito bem dos avanços tanto da medicina qto das áreas voltadas a beleza femina, para se aprimorar. Optou por não operar, e sabe fazer um bom uso do “seu brinquedinho” para deleite de muitos.

  • Responder Gaúcho21 ID:g3jmh0k0b

    Show eu sonho em poder ficar com uma trans bem gostosa e fazer tudo que se Pode imaginar entre quatro paredes se alguém interessa me responde por aqui que passo contato

    • Centauro ID:gstyw0gd1

      Adoro, já tive relações meio longas e não troco por mulher nenhuma, se quiserem me procurem @mariocentauro657 Instagram te esperando beijo