Lance do loirinho foi adiado, venci e Luciano também venceu, ia me ter como presente de aniversário

E a Sexta amanheceu linda, levantei sem me preocupar se ia acordar o Beto ou não quando sai da perna dele, depois do castigo da noite, estava nem ae pra ele.
Cheguei na cozinha tinha água fervendo de monte já, Luciano já se levantou pensei, adiantei o cuscuz, tava coando café, ele saiu do quarto de schort de futebol, bom dia meu menino falou, bom dia respondi, acordou cedo eu disse, é, dormi muito cedo ontem né respondeu, coloquei água pra ferver, deitei de novo pra esperar teu café, enchi a canecona dele e meu copo, sentamos pra tomar café enquanto o cuscuz ficava pronto.
Domingo tá em cima me disse ele, eu sei respondi, esqueci teu aniversário não, quero meu presente disse ele, eu ri, sabia de que presente ele falava e pensei rápido, ah se eu não gostasse tanto do safado do Beto, deve ser muito bom ficar embaixo dessa montanha linda, tou falando sério lek, continuou ele, 23 aninhos pow, acho que mereço, ê Luciano respondi, quem é que não quer te dar esse presente, um grandão lindo igual tu é, vc por exemplo respondeu ele, ah se eu pudesse falei, do jeito que gosto de vc Luciano, ia te dar esse presente ano todo, era só aniversário teu não, mas vc pode lek, só querer disse-me ele, posso não, é errado enganar quem a gente gosta eu acho respondi, ele nunca vai saber lek, te prometo continuou ele, mesmo assim Luciano, Beto não sabendo mas eu sabendo, tou errado do mesmo jeito.
Ele coçou a cabeça, te gosto muito mais que meu Mano lek, pode ter certeza disso falou-me, não vou te pegar a força, só vou usar a força pra te trazer até minha cama, na hora que eu trançar minha língua na tua, tu se entrega pra mim, me conheço e sei que tu vai gostar, tem medo não, te machuco nunca meu menino bom, pode apostar que até domingo tu vai pra minha cama, vou sugar esse teu corpinho, essa bunda linda tua até minha língua gastar a pele, muda de assunto Luciano eu disse, já já Beto tá de pé, escuta essas coisas, quem sofre sou eu depois, vcs são tudo unidos, os machos se protegem, já aprendi isso, e eu, tb sempre não te protegi lek continuou ele, mas é diferente eu falei, tudo que vcs fazem, os outros apóiam, se acham todos certos né.
Da um exemplo então pra mim disse ele, hj mesmo Beto num vai lá na oficina a noite, prá vcs ele tá certo, se fosse eu ir encontrar alguém mesmo que fosse só pra conversar, porrada né.
Tá misturando as coisas vc lek disse ele, meu mano é macho, vai quebrar um galho pros amigos e volta pra casa pow, eu ri, tá bom falei, e se fosse eu, voltava pra casa e ele me quebrava todo que eu sei, tou mentindo?
Não lek, tá não, tu sabe que sou sincero com vc, sempre fui, faça o que eu fizer com vc, se Beto souber tem os direitos dele, te punir, corrigir, tu é a feminha dele, lhe deve respeito, já ele é o homem, o macho, cuida de tu, vc tem que respeitar sim, se eu te pego e vou pegar e vc gostar, tem que me respeitar tb, é, todo mundo pensa assim eu falei, até minha mãe, se o Beto me meter um tapa e eu falar pra ela, vai dizer a mesma coisa, tá certo ele, é direito dele te corrigir, meu direito então é só ser corrigido, apanhar né.
Mundo é assim lek disse ele, então mais um motivo pra mim não errar né respondi, não erro não sou corrigido, tu tem que entender lek, tem homens e homens no mundo, eu nunca que ia deixar Beto por a mão em ti, pq o errado nessa história sou eu, ri de novo, aiai que Beto ia querer saber se tu ia deixar ou não, me arrebentava de qq jeito.
Fui descobrir o cuscuz, daqui pra domingo tu é meu lek, se quiser manter segredo melhor, se quiser que ele saiba, conte, mas tu vai ser meu disse ele, coloquei cuscuz pra ele, eu estava sem apetite nenhum, ele estava comendo, Beto levantou, veio pra mesa direto, coloquei cuscuz e café pra ele, tá mais calminho safado me perguntou, nem respondi, pq disse Luciano entrando na conversa, lek tava nervoso ontem, tava Assis falou Beto, todo cheio de razão achando que é homem pra me peitar, dei-lhe um castigo dos bons, um tapão bem dado, voltou pro bom comportamento, pra que bater no mlk Beto falou Luciano, mlk é bom, basta conversar pow, desde quando dar um tapa é bater irmão respondeu Beto, bati nunca nesse lek não, nem merece, tapa é só pra corrigir mesmo, baixar a teimosia, não falei nada, fiquei fazendo as coisas e olhando pras belas carambolas lá fora hehe.
Luciano foi trabalhar, Beto disse que ia dali meia hora, senta lek, conversar do aniversário do teu protetor, que diz me perguntou, podia ser de dois jeitos falei, ou a gente faz aqui normal, ou lá na oficina, tipo festa surpresa, vc chama ele pra ir lá, o horário tu que sabe, abre a porta, povo lá dentro que vc convidar canta os parabéns de surpresa à ele, que tu acha melhor me perguntou, melhor era lá mas vc vai ter muito trabalho, eu nao ia poder ir lá, senão ele ia desconfiar, melhor fazer aqui mesmo mas tu que sabe, e os rango fazendo aqui, me perguntou, eu faço oras respondi, umas lasanha de berinjela, ele adora, arroz, salada crua, churrasco, bolo vc encomenda lá na padaria da Braz Cubas, tu sabe que num presto pra essas coisas disse Ele, se tu deixar, eu vou falei, vamos nós dois amanhã disse ele, nós já compra o que precisa pras comidas sem falar nada pra ele, deixa pensar que vai passar em branco, cuida dos rango, cachaça é comigo continuou, pessoal é o mesmo de sempre, vou chamar Edvaldo também, se der, compra umas bolas pra mim pendurar pela casa pedi, nós compra amanhã, hj tenho compromisso, se as uvas e carambolas deixar, pensei.
Vou lá lek teimoso, esquece que segunda cedinho nós zarpa hen, vai levar tanta porrada lá que de cinco em cinco minutos vai tar dizendo que é meu, vou te espancar sem dó, porrada maior que a que tu vai me dar hj a noite tu não consegue não, ele veio pra trás da minha cadeira, pôs a cabeça na minha, pow bebê, deixa disso caraio, já te castiguei, te dei até tapa ontem porra, gosto disso não lek, fico mal pra caraio depois, tu é meu bebê porra, gosto é de te dar cafuné, leitinho, beijo, mordidinha no peito, larga esse ciuminho besta, mlk não vai tirar pedaço meu não, vou tar inteirinho jantando contigo hj pow, faz teu Beto feliz, diz que é meu, o tal loirinho te fala, da minha boca tu não escuta mais isso não respondi, tá bom teimoso, quando eu tiver te pirocando segunda feira dentro do rio, quero ver se tu não fala, ou fala ou te afogo, txau, té mais respondi e fui colher minhas carambolas.
Penerei no capricho minhas frutinhas, fiz 3 jarras cheias, gelo coloco na hora que chegarem decidi, almoço pronto, fui tomar banho, fiquei na janela pra ver eles chegarem, que se lascassem os dois, se viessem Aroeira e Claudionor também almoçar aqui e se o suco fizesse efeito, iria ser vingança completa, viraram na esquina, já corri pra por pedras de gelo no suco, deixei uma jarra bem no meio da mesa.
Entraram, ô delícia esse suco deve tar, já virou dois copos Luciano, tem mais duas jarras na geladeira eu disse, bebam a vontade, Beto tomou uns três copos tbm durante o almoço, deitaram no sofá pra descansar um pouco, aí, uma massaginha na coluna ia me fazer um bem agora disse Beto, fingi nem ouvir, voltaram pro trabalho, fiquei rezando pro danado do suco funcionar, só iria saber a tardinha o resultado.
Esqueci o trabalho nessa Sexta, fiquei vendo tv e coxilando a tarde todinha, tava no sofá entrou Luciano correndo pro banheiro, tadinho pensei, Beto entrou atrás rindo, que houve perguntei, Assis tá desde as quatro hs se esvaindo em merda me respondeu, ai coitado eu disse e tu ri é, quem manda comer tudo que é porcaria pela rua disse o safado, jogou o macacão no chão e entrou no banheiro pra tomar banho, não saiu mais de dentro, o relax do chuveiro não fez bem à ele não.
Fiquei quietinho na sala vendo tv, me mordendo pra não rir, não saia nenhum dos dois, não resisti, fui no banheiro do Luciano, bati na porta, tá tudo bem ae perguntei, não lek, tou pondo as tripas pra fora, quando sair toma um copo d’água com farinha eu disse, é tiro e queda pra isso, se eu sair vivo tomo respondeu ele.
Voltei pro sofá, nosso banheiro com água do chuveiro caindo, fdp pensei, pra ele fez efeito não, tá é lavando até a alma pra ir pro loirinho, ai meu Deus ouvi a voz de Beto sussurrar, fiquei quieto, ai meu Deus, disse de novo ele, que foi Beto falei do sofá mesmo, ai lek, me ajuda, tou morrendo acho, que tu tem nego disse à Ele, caganeira lek respondeu, ai Deus hj não, ouvi ele falando, se eu pudesse tinha ido até a esquina pra gargalhar à vontade mas ali impossível, pra mim seria a sentença de morte na porrada, dos dois acho, minutos foram passando, nos banheiros os tronos ocupados, Claudionor chamou lá nos fundos, oi falei, Oliveira já saiu, não vi não Claudionor respondi, eu estava no banho, no quarto ele não está, ah, já foi então disse ele, toma um suco de carambola e uva Claudionor, é ótimo pra desintoxicar o corpo, nem perguntei se queria, já fui enchendo o copo pra ele, hum, gostoso lek tá, enchi de novo o copo, vingança completa pensei, ofereci mais, safado não quis, dei uma jarra cheinha pra ele levar pra Seu Aroeira e fui pro meu sofá feliz, morro mas morro realizado pensei, passou mais uns dez minutos, Luciano saiu do banheiro, dei água com farinha pra ele me segurando pra não rir, cadê Beto perguntou, no banheiro falei, tá com desconforto intestinal, tomara que seja é caganeira tb disse ele, viado passou a tarde toda me zuando na oficina.
Falou as horas na tv, sete e dezenove, é loirinho, quer Beto vai ter que esperar muito, só tenho que me preocupar com uvas, carambola o pé tá carregado.
Luciano foi pro banho, Beto saiu pálido do banheiro, dei água com farinha à ele, ai lek, acho que foi uma empadinha que passaram vendendo na oficina, essas comidas de rua é um perigo falei, descansa um pouco, tá pálido Nego, ele deitou no sofá, eu sentei na ponta com os pés dele no meu colo, fiquei fazendo carinho lógico, Luciano veio, deitou no outro, aí Mano, nunca mais compro nada daquela mulher falou Beto à ele, muito menos Eu respondeu Luciano, pior que nem com fome tava, comi de esganado, eu quietinho, só ouvindo, se eu abrisse a boquinha sabia que ia cair na gargalhada, pra Luciano eu até poderia contar um dia, mas ao Beto acho que nunca, ele ia me estraçalhar, com certeza.
Ficamos vendo tv como uma família unida e feliz, eu pelo menos estava e muito, só de pensar no meu Beto com outro meu peito doía, eles pareciam que estavam melhor, lá em casa com a minha irmã e prima aconteceu a mesma coisa, não ficaram muitas horas com o desconforto intestinal não.
Vou fazer uma saladinha pra vcs falei, ai lek, será que não vai fazer mal Beto disse, faz não respondi, uma salada com arroz, uns pedacinhos de frios, pra não ficarem de estômago vazio.
Se eu melhorar, vou pro baile só de raiva disse Beto, por mim vai até pra lua pensei, tando sozinho, tou feliz.
Fiz uma saladinha no capricho pra eles, uma limonada gostosa, levei no sofá pra eles, coloquei na mãozinha gigante de cada um, comeram, deitaram de novo, fiquei vendo tv e brincando com os dedinhos do Beto, come tb bebê me disse ele depois, antes de dormir como, respondi, se dormir sem comer vou bater tua cabeça na parede trinta vezes, tu vai ver disse o sem vergonha.
Deu umas onze hs, de supetão Beto levantou, passa calça e camisa pra mim lek me disse, vou pro baile, vamos Assis, Deus me livre Luciano respondeu, vai que a danada volte, pow, teu aniversário falou Beto, vou não, chama os doidos lá atrás Luciano completou.
Fui passar a roupa, nem ia pedir pra ir, sabia a resposta já, Beto voltou lá dos fundos, Preá tá dormindo, Aroeira e Claudionor tão se esvaindo tb disse à Luciano, eita que Claudionor tá fudido hj então, comeu bem uns seis pão doce recheado da muié falou Luciano, pois vou sozinho disse Beto, foi pro banho, saiu, se arrumou, janta e vai nanar lek, nada de esperar tv sair do ar pra dormir hein.
Saiu pro baile, tava tão aliviado de tar melhor que nem quis me trancar no quarto, fiquei da janela olhando ele até virar a esquina, tava lindo como sempre, Luciano continuou jogado no sofá.
Fui tomar banho, já tinha tomado mas tava um calor danado, sai do banho, Luciano tava no chuveiro tb, dava pra ouvir o barulho da água caindo, tomei um copão de limonada, nem jantei, tava sem fome nenhuma, coloquei minha samba canção, camiseta, voltei pra janela, gostava de ficar vendo o povo passando na rua, mesmo tarde, ainda tavam passando alguns ônibus e muitos carros, era sexta, ficava tudo movimentado.
Senti Luciano se encostando atrás de mim, colocou o braço direito na minha cintura segurando firme mas sem forçar, deu pra perceber que tava só com a toalha enrolada no corpão, estremeci quando ele encostou em mim, vamos pro meu quarto bebê como diz meu Mano, é uma ordem, segurei firme na madeira da janela, para com isso Luciano, já conversamos hj cedo, quero nada de putaria com ninguém não, lambeu meu ouvido esquerdo, num é putaria lek e nem eu sou ninguém, sou teu amigo caralho, faço nada que te prejudique nunca não porra, confia no teu Luciano, me puxou pra mim soltar a madeira, segurei com mais força aínda, solta lek, se entrega continuou falando dentro do meu ouvido, vou gritar se tu não parar com isso eu disse, te conheço meu lekinho bom, tu é levado mas educado, gosta de escândalo não, começou a passar o queixo no meu pescoço, vamos, quero nada roubado não lek, quero de presente disse-me, tu num tá acreditando continuei, vou gritar bem alto, voltou pro meu ouvido, tivesse que gritar já tinha gritado me disse, tu quer tb, lá no fundo vc quer, gosta de mim, tá com medo do novo só e medo do Beto tb, vou te contar uma coisa, não é mentira não, Beto já me pediu cem vezes que se acontecer alguma coisa ruim com ele um dia, é pra mim cuidar de ti do jeito que ele cuida, pra eu nunca deixar tu cair nas garras do teu véio de novo, não vou esperar nada de ruim acontecer, nem quero que aconteça mesmo, vou cuidar e te paparicar mais é de agora já, a voz dele tava meio pastosa mesmo sem ter bebido nada, já sentia o negócio dele grosso e duro tocando em mim, olhava pra esquina na esperança de ver Beto voltando pra casa, de ter piorado de novo e largado o baile, lá atrás um silêncio, parecia que não morava ninguém lá, tira a mãozinha da janela meu menino bom, mostra que é bonzinho pro teu Luciano, senão acabo machucando teus dedinhos, quero isso não, a língua já passeava pela minha nuca e pescoço e ele continuava insistindo, tu conhece minha vida lek, sabe que já fui pego a força quando era lekinho, não vou fazer isso contigo não, solta a mãozinha, quero te levar pra minha cama de boa, dá minha chance, se fosse pra ser na marra tu já tava espremido debaixo dos meus mais de cem kilos há meia hora atrás.
Eu tava tremendo todo, tinha medo dele não, mas tinha medo dele ficar nervoso e mudar o jeito de ser, continuei segurando firme a janela, não quero disse à Ele, nunca mais ia conseguir olhar pra cara do Beto de tanta vergonha, ele mudou o tom, pois não meu rapazinho, finge que foi na violência, na marra que te peguei depois então, não vai ter motivo pra ter vergonha mais, tou contando até dez, solta a mãozinha senão te arranco dela no tranco, ae começou, um, dois, três, quatro, chegou no dez ele me puxou, pela cintura com um braço só, danado era forte demais, quem era eu pra poder com ele.
Me jogou no ombro como se eu fosse um boneco de algodão, porta do quarto dele tava aberta, entrou comigo, empurrou a porta com o pé pra traz, ela fechou, me pôs na cama dele, continuou em pé, tira a roupa lek, ordenou.
Tirei a camiseta com vergonha, os olhos verdes esmeralda dele tavam com um brilho maior agora, mandei tirar a roupa toda, falou, naquele tom de voz de Homem que não admite contestação, tirei a samba canção, aquele homão de 2,06 metros de altura e uns 120 kilos que pareciam ser só músculos, de pé soltou a toalha, negoção grosso feito salame hamburguês parecia ter olhos e tarem fixados em mim, em meio a montanha de pelos loiros que pareciam tar brilhando sob a luz da lâmpada do teto que batia neles.
Sabia que ia ser dele, já era dele, não existia mais nenhuma outra alternativa.

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