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Encruzilhada

840 palavras | 1 |4.17
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Muitos de vocês já assistiram um filme pornô de uma produtora brasileira e reclamaram da resolução da imagem, atuações e fetiches retratados. Mas vocês sabem como é a estrada que uma boa parte das atrizes caminha para chegar onde chegaram?

Rio de Janeiro, 1990, em uma favela qualquer. No escuro, quatro homens saíram de uma caminhonete carregando quatro sacos de ráfia. Derrubaram em um beco e retornaram correndo. Um dos sacos se abriu, saindo uma menina de cabelos encaracolados loiros e branca como a neve, com nove ou dez anos. Vendo ao redor sem entender como parou ali, voltou-se ao saco e viu uma marmita. Abriu e comeu um dos pasteis que encontrou. Aliviada da fome, desamarrou os outros sacos e tentou acordar as meninas que encontrara, sem sucesso.

Andava pelas ruas, estranhando o local. Perguntou-se onde sua mãe ou sua tia estavam, já que as ruas a recordavam de seu antigo bairro, mas estava tão escuro. Agradeceu por uma rua mais iluminada. Percebeu que o lugar não era seu antigo bairro, mas sim um bairro onde costumava visitar suas amigas. Uma voz rouca gritou umas três vezes, chegando mais perto:

  — Fernanda, Fernanda!.

Ela lembrou de alguém e virou-se.

  — sou eu, teu tio, o Ernesto — dizia alegre o homem com braços peludos, barba por fazer e uma lata de cerveja na mão.

Ela ficou grata por encontrá-lo, embora preferisse sua tia. Durante a ida para a casa do tio, não suportou a dúvida.

  — tio, a gente vai andar a pé até nosso bairro?

  — agora eu moro nesse bairro.

  — sério? E a tia?

  — essa voltou pra Paraíba.

  — nossa! Eu queria ver ela — disse com a cabeça baixa.

  — você vai ter a chance.

Chorando em silêncio, ela notou que seu tio não aparentava estar alegre. Nem parecia que ela tinha sumido por meses. Sentenciou para si que os tios deveriam ficar felizes numa situação assim, mas ignorou porque agora estava em casa.

A sala também servia como cozinha. O banheiro estava no quintal, que era pouco mais extenso que a casa. O maior cômodo, um quarto com paredes de madeira,  tinha apenas uma cama, um guarda-roupa e um espelho manchado.

  — tio, eu vou dormir onde?

  — na cama.

  — e o senhor?

  — também.

Veio à tona a lembrança de quando estava em uma cama, vestindo apenas calcinha, com um homem branco, alto e nu tocando sua bunda, sua coxa e a genitália. Com o pênis duro, mandou-a punhetá-lo.

  — isso. Devagar, assim mesmo, sua vadia.

  — o que é “vadia”? — perguntou, receosa.

  — não importa, puta burra. Meses na profissão e não aprendeu. Ah! Só punheta aí. Agora faz mais rápido.

O homem suspirava, bufava e grunhia.

  — já tá no ponto de você chupar. Tá mais duro que pedra.

A menina chupava devagar, observando a face do cliente. Se ele se irritasse, dava bofetadas. Puxou seus cabelos e afundou sua cabeça no pênis. Em três ou quatro segundos ela tirou a boca. Três tapas, um deles deixou marca.

  — já te falei, respira primeiro.

  — você não me deixou respirar.

  — fala mais uma vez e já sabe.

  — por que essa cara, sobrinha?

  — não, nada.

Ela observou seu tio ajeitando o lençol da cama. Percebeu que era uma cama menor do que a daquele homem. Veio à mente os dias em que ele fazia aquilo que ela menos gostava.

  — vai doer.

  — não vai. Tá aqui a vaselina.

  — mas mesmo com ela, ainda dói.

  — e eu vou fazer o quê?

  — não sei.

Na borda da cama, o homem se masturbava vendo as nádegas lisas e macias, com uma tatuagem em cada. À esquerda, “Foda-“, e à direita, “me”. Desferiu um tapa e agarrou os quadris.

  — pera, mas e a vaselina?

  — você não falou que mesmo com ela ainda dói? Vou comer natural, sem frescura.

  — se você não gostou do que eu falei, me desculpa. Põe a vaselina pra doer menos.

  — meu saco já furou de tanto você encher.

A partir daí, foram chineladas no rosto, cintadas nos peitos. Podendo segurar em qualquer parte do corpo, ele escolheu o cabelo por diversão. Se ela tentava fugir, doía e se parava, apanhava.

  — pensando bem, quero foder a boceta. Vou fazer uma coisa pra tua xana pegar fogo.

Colocou-a de barriga para cima e a beijou, dando uma chinelada forte na vagina.

  — Fernanda?

  — oi!

  — tá tendo devaneio?

  — não, não é nada.

  — vou te mostrar umas roupa que sua tia deixou.

Ao abrir o guarda-roupa, ela viu o objeto. Não sabia o nome, só sabia que uma parte era amarela, precisava ser segurado com os dois braços e fazia um barulho amedrontador…

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1 comentário

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  • Responder Piroca ID:xlorikd2

    Q merda esse negócio de continuação!! Pq não conta a porra completa mano!! PQP.