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O caminhante e o caminhoneiro

841 palavras | 7 |4.63
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Eu estava na casa dos vinte anos e, embora estivesse bebendo muito e sem comer, ainda era forte. Quero dizer, fisicamente, e isso é uma sorte quando todo o resto não está indo bem. Minha mente estava amotinada contra o meu destino e a minha vida, e a única maneira de acalmá-la era beber e beber e beber. Estava caminhando pela estrada, empoeirada e suja e quente, e creio que era o estado do Rio Grande do Norte, mas não tenho mais certeza. Era uma região desértica. Estava caminhando ao longo da estrada, minhas meias duras e apodrecidas e fedorentas, os pregos estavam atravessando a sola dos meus sapatos e para dentro dos meus pés e eu colocava papelão nos sapatos: papelão, jornal, qualquer coisa que encontrasse. Os pregos passavam mesmo assim e, ou você arranjava mais papel, ou virava a coisa do outro lado, ou de cabeça para baixo, ou mudava o seu formato.
Um caminhão parou ao meu lado. Ignorei-o e continuei caminhando. O caminhão arrancou e novamente o sujeito dirigia ao meu lado.
– Garoto – o sujeito disse –, você quer um emprego?
– Quem tenho que matar? – perguntei.
– Ninguém – disse o sujeito –, venha, entre.
Dei a volta até o outro lado e quando cheguei lá a porta estava aberta. Pisei no estribo, entrei, fechei a porta e me recostei no assento de couro. Estava fora do sol.
– Quer me chupar? – o sujeito disse. – Ganha R$ 20,00.
O sujeito já estava apertando o pau, se preparando. Não queria fazer aquilo, olhei pela janela para o oeste o sol ardia, devia ser por volta das 14:00. Sem perspectivas olhei de volta para o sujeito, rugas no rosto, nariz aquilino com pelos saindo, barba por fazer, pele branca queimada, sujeito rústico. Ele abriu a calça e botou o pau pra fora, já estava duro, muitos pelos negros grossos, veias estouradas, pareceu-me grande. Definitivamente eu não ia por aquilo na minha boca. Ele se aproximou.
– Não sou veado. Protestei.
– Eu sei. Disse ele ponto a mão na minha nuca.
Suas mão grossas quiseram me puxar, resisti. Ele aplicou um pouco mais de força e comecei a descer a contragosto em direção ao caralho do sujeito. Meu coração acelerou, o que eu estava fazendo? poderia perfeitamente abrir a porta do caminhão e sair dali, voltar para a estrada, o asfalto quente, os pregos, meus pés que doíam. A medida que descia, veio cheiro forte de pica e quando encostou no meus lábios mantive a boca fechada, resvalou e bateu no meu nariz, tornando aquilo pior. Ouvi sua voz grave dizer em tom de comando, abre a boca. Não sei porque obedeci, penso que o jeito dele falar me fez lembrar o meu pai, abri a boca e fechei os olhos, meu pensamento só queria sair dali. O pau entrou na minha boca, gosto amargo de sujeira, mijo e suor. Minha mente me levou pra qualquer lugar longe dali, enquanto o cara tirava e metia o pau da minha boca, só deixei meu corpo ser controlado, eu não estava mais ali. Não sei por quanto tempo aquilo ficou acontecendo, só senti quando ele empurrou mais forte o pau dentro da minha garganta e começou a urrar, me sufocou, não podia respirar e não tive escolha de engolir ou não, ele ejaculou dentro, porra grossa, tentei engolir, mas não desceu direito, caralho de porra que não desce passei a viajem inteira com aquilo atravessado. Rodamos alguns quilômetros sem dizer palavra, ele tentou me perguntar uma ou duas coisas ao que respondi secamente, não queria papo com ele ou o cara ia acabar querendo me comer, disso eu tinha certeza. Me falou que seu nome era Renato, não me importo, não falei o meu pra ele ao passo que ele resolveu me chamar só de garoto. Ao cair da tarde paramos num posto, pra abastecer eu quis ir comprar algo pra beber com meus R$ 20,00 cachaça da mais barata provavelmente, Renato me chamou pra tomar um banho, tinha qualquer coisa na sua voz que inconscientemente me fazia obedecê-lo, eu sei o que era parecia a voz do meu pai. Entramos no banheiro e eu já sabia o que ia acontecer, porém para minha surpresa nada, ele foi gentil. Me ofereceu seu shampoo, sabonete e roupas limpas, talvez tenha se sentido culpado pelo que fez, não importa. Reparei alguns segundos em seu corpo nu, era magro porém forte, músculo de trabalho, não de academia, pelos no peito, abundantes no pau, que descia longo, parecia pendurado naquela moita. Já do lado de fora, meio em despedida ele me falou num último momento.
– Vou seguir para São Paulo, se quiser pode vir, mas preciso que trabalhe comigo, tenho cargas para carregar e descarregar no caminho. Te pago R$ 100,00 na diária, mas o trabalho é duro. Disse Renato.

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7 Comentários

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  • Responder Tomogala ID:1dak0tad9a

    Nossa! Eu queria encontrar um caminhoneiro que fizesse desse jeito comigo. Enchendo a minha boca de esperma e fazer eu engolir tudo, até a última gotinha. Sem dó. Tenho 56 anos moreno baixinho, 1, 60 cm e 76 kgs. Meu e-mail [email protected]

  • Responder Joseph Stalin ID:83100j6s8k

    Né veado,você deveria honrar teu gênero,o masculino,e parar com essa veadagem,porque se eu,John Deere,Matador de Veados puser minhas mãos em você,essa tua veadagem acaba rapidinho!Cuidado veado,estou pelas ruas,comigo veado e veadagem acabam!

    • Lucas ID:3eexzpcjfii

      A pronto

  • Responder pevteem ID:1dai0tev9a

    espero que tenha aceito o trabalho que pode render um grana e um bom sexo na boleia do caminhao

    • Admirador ID:81rg0lg20a

      Continua, bom conto, história garantida

  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    Esse é op que se pode chamar de um bom trabalho, eu iria na hora

  • Responder Lex75 ID:5vaq00tfi9

    Trabalho e sexo… Qual a sua dúvida???