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Meu vizinho

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Meninas não me usem como exemplo para as suas vidas, no meu caso, depois de muitas tentativas, de muitos diálogos acabei tomando uma medida drástica.

Ao ler alguns contos aqui tomei coragem e resolvi escrever. Não posso dizer que é vingança, mas uma sensação de recompensa por tudo o que passei.

Sou filha única e aos quinze anos, ganhei de presente de debutante, um apartamento no meu nome. Foi nessa época que conheci meu marido, Ricardo, aliás, que de Ricardão não tinha nada. Foi meu primeiro e único namorado. Casamos porque antes de eu completar dezenove anos fiquei grávida.

Em relação aos sete, oito primeiros anos não tenho o que reclamar. Tudo era lindo e maravilhoso, inclusive tivemos um segundo filho neste período, agora planejado. Dizem que existem crises em casamentos a cada sete anos, pois é, não sei se nisso tem um fundo de verdade, embora eu ache que a qualquer momento possa acontecer.

Mas, quando eu estava com vinte e seis anos e as crianças já estavam mais crescidas, resolvi que queria fazer uma faculdade à noite. Queria voltar a trabalhar, nem que fosse meio período, para ajudar na renda da família e também sair um pouco daquela vida de dona de casa.

O que aconteceu? Aquilo que grande parte das mulheres passa: machismo, humilhação, brigas, porque lugar de mulher é dentro de casa (isso me irrita), para que estudar, pois já tem tanta coisa para fazer em casa, enfim….

Chegou a um ponto de sairmos com um casal de amigos e ele comentar que eu gostaria de voltar a estudar com dois filhos pequenos. Ficou com cara de bosta, porque o casal disse que seria bom para mim e os filhos já se viravam sozinhos e teriam a ajuda dele. Fiquei nessa discussão com meu marido por quase um ano até que concordasse que eu pudesse ir estudar.

Aí, começaram as brigas em relação ao que eu vestia. O vestido era curto, para que mostrar as pernas. A calça era apertada, parece uma puta. Você vai para a faculdade ou vai dar para outro enquanto eu e seus filhos ficamos aqui? Por que demorou? Com quem você estava? E eu aguentando tudo isso.

Eu até via um lado bom nisso, pelo menos ele se preocupava comigo, porém o lado negativo era um ciúme, meio doentio. Eu o amava e fazia tudo o que ele queria, inclusive na cama. Foi um período difícil.

As coisas se acalmaram depois que me formei. Acalmaram, inclusive na cama já que as nossas relações caíram muito. Eu até me insinuava, seja com uma lingerie nova ou se as crianças não estavam eu tomava banho e saía pelada, enfim…. Mas eu não queria tomar a iniciativa, pois sei que os homens detestam isso. Era raro ele se entusiasmar. Será que não sou mais atraente, cheguei a pensar. Me olhava no espelho e não via nada errado. Tenho um metro e setenta de altura, cinquenta e oito quilos, belas pernas, um bumbum bonito, seios médios e me cuido muito, seja na aparência, na alimentação e na bebida.

Eu já estava com trinta e sete anos e as crianças com mais de dezesseis quando resolvi procurar um emprego. Nova briga e as velhas colocações: Não precisa trabalhar, já não tem dinheiro suficiente? As crianças vão ficar sozinhas? Com a sua idade você não vai conseguir mais nada. Hoje, as empresas querem gente nova. Você não tem experiência.

Fui à luta e consegui um emprego. Ele não se conformava e mais uma vez vieram aquelas frases ofensivas em relação as roupas, aos perfumes: Isto está muito curto…. Vai perfumada assim para ir aonde? Vai com este decote para mostrar os peitos?

Mais uma vez tive que aguentar e superar tudo isto e mais, depois de um ano e meio fui promovida a gerente de projetos. Novamente brigas, discussões e fiquei louca da vida quando escutei: Deu para quem para ser promovida.

Puta que o pariu, pensei. É muito difícil ouvir isto. Meu próprio marido, que conheço e convivo a tantos anos. Respirei fundo e raivosamente olhei para ele dizendo:

– Eu não sou puta. Sou sua mulher e me respeite.

Parece que isso o fez cair na real. Me pediu desculpas, mas as palavras ditas não retornam e ecoavam na minha cabeça. Uma mágoa profunda nasceu em mim. Ficamos conversando somente o necessário por quase um mês. Ele chegou a me procurar para sexo, mas eu inventava desculpas e não quis fazer.

Veio a pandemia e o nosso convívio estava cada vez mais difícil. Ele, nervoso pois perdera o emprego e eu trabalhando home office. Eu sabia que o amor havia acabado, mas não queria admitir. Teve momentos que eu cogitei em me divorciar, porém, por compaixão acabei optando por me calar.

O tempo foi passando até que em maio deste ano aconteceram duas coisas: a primeira foi que ele arranjou um novo emprego, sendo três dias presenciais e dois home office e a segunda foi que meu vizinho ficou viúvo.

Fiquei triste com a morte dela, pois conversávamos muito e ela sabia de tudo o que se passava comigo. Era uma grande amiga. O casal sempre me deu uma certa, digamos, inveja, pois ela e o marido não se largavam. Eram cúmplices, parceiros, companheiros em tudo.

Acho que foi no início de julho que encontrei meu vizinho na garagem. Perguntei como estava se adaptando a uma vida nova e ele me disse que estava muito difícil. Sentia falta da companheira e pensei: se eu morresse acho que meu marido não diria isto. Diante de tanta tristeza, disse a ele, que se precisasse poderia me procurar a qualquer hora para conversar.

Acho que foi no final de agosto que a minha campainha toca e quando atendo era meu vizinho, parecia nervoso, querendo conversar. Disse que estava muito deprimido e eu pedi que entrasse. Preocupado, perguntou se havia mais alguém em casa, acho que com receio de alguém ouvir o que iria falar. Disse a ele que meu filho estava no quarto estudando e o outro tomando banho, enquanto que meu marido, às segundas, quartas e sextas trabalhava presencialmente.

Vi que ele não estava confortável e perguntei se ele queria conversar no seu apartamento, já que era mais reservado. Ele me respondeu que sim e fui para lá, avisando os meus filhos onde eu estaria. Conversamos por uma meia hora e assim que vi que ele estava um pouco mais feliz, voltei para o meu apartamento, deixando o número do meu celular, caso quisesse trocar alguma mensagem.

Este foi o início da nossa amizade e várias vezes naquele mês, trocamos mensagens, fui ao apartamento dele para conversar um pouco, aliás, as conversas sempre foram em relação à mulher dele, como viveram, viagens que fizeram, lembranças ou de assuntos do dia-a-dia. Aos poucos, fui sentindo confiança nele, e fui revelando algumas coisas da minha vida também. Era um desabafo mútuo.

Depois da vacinação, meus filhos, aos poucos começaram a sair e a me deixar com um tempo livre maior e às vezes, era eu quem batia à porta do apartamento do meu vizinho. Fui percebendo que estava ficando atraída por ele, mas era engraçado porque não era amor, mas também não era só amizade, era uma sensação diferente, eu definiria que os nossos encontros me levavam a uma leve euforia.

No início de novembro, em uma de nossas conversas, ele começou a falar da vida sexual com a sua mulher. Disse que preferiam a qualidade e não a quantidade, isto é, embora transassem de duas a três vezes por semana, era uma bem dada no dia, sempre com prazer mútuo.

Eu dei uma viajada na minha vida sexual e há muito tempo que eu não transava e mais tempo ainda que não tinha um orgasmo gostoso. Fiquei com medo do rumo que a conversa iria tomar e mudei de assunto.

Assim que cheguei em casa, fui tomar um banho e me peguei tocando a minha vagina, parando abruptamente. Naquela noite não consegui dormir direito pensando como seria transar com meu vizinho. Na minha cabeça fui fantasiando, porém sempre surgia uma barreira, não sei se por meu marido estar dormindo ao meu lado.

Por duas semanas isto ficou me torturando e uma vontade louca estava tomando conta de mim. Aproveitei um dia que meus filhos saíram e iriam demorar e meu marido só voltaria no começo da noite e resolvi que iria até o meu vizinho.

Na verdade, a minha intenção era dar apenas seduzi-lo, talvez uns amassos, mas não ter relações sexuais. Coloquei um vestido leve, passei um perfume e toquei a campainha. Ele abriu e entrei.

– Nossa!!! – Disse ele – Você está mais linda do que nunca….

Ficamos conversando sentados no sofá por uns minutos até que eu disse que estava me sentindo uma adolescente com vontade de dançar. Ele me respondeu que não sabia dançar, isto é, somente dançava músicas lentas e muito mal. Sintonizei a televisão e coloquei músicas românticas dos anos 90.

Ele realmente dançava mal e tentava, talvez por respeito, não encostar em mim, até que começou a tocar a música da Toni Braxton, com o título Un-break my heart, o que traduzido seria conserte meu coração. Até hoje não sei o que me deu, mas forcei a minha mão que estava nas costas dele, para que se aproximasse de mim.

Acho que ele percebeu, pois me apertou um pouco e se encostou. Sentia a minha região íntima pegando fogo e quando o pinto dele encostou então…. Sinceramente não sei se continuávamos dançando ou não, mas fui reconhecendo um pinto ficando duro, o que me levou a abraça-lo mais forte. Sua boca encostou no meu pescoço e o apertei ainda mais.

Ele tentou me beijar, mas recusei dizendo:

– Não…. Por favor….

– Vai… – Disse ele – Liberte-se dos seus preconceitos. Anos e anos teu marido te humilhando, deixando de ver a mulher maravilhosa que você é.

Ele afrouxou o abraço e eu o segurei. Acredito que tenha entendido que eu só não queria beijar, o resto era para continuar. Eu me sentia estranha, porém cada vez com mais vontade. Senti seus dedos soltarem as alças do meu vestido que caiu ao chão. Pela primeira vez, um homem, que não era meu marido, me via de calcinha e sutiã.

Suas mãos desceram até as minhas nádegas e ele me apertou firmemente. Isto teve uma ação sobre mim inesperada. Parece que eu estava embriagada, solta, sem pudores e minha mão foi tocar o pinto dele. Imediatamente ele tirou a calça e eu a sua cueca. Não vou mentir, era um belo pinto.

Me ajoelhei e comecei a chupar aquilo, aliás é uma das coisas que gosto de fazer. Ouvia meu vizinho suspirar de prazer e sabia que teria que parar pois corria o risco dele gozar e eu, agora, queria mais.

Me levantei e ele acabou de me despir dizendo:

– Como você é gostosa…. Você é um tesão…

Mesmo sendo palavras baixas, ouvi-las é um grande elogio. Sentado no sofá, me ajeitei e sentei naquele pinto. Foi um pouco difícil, pois fazia muito tempo que eu não tinha qualquer relação. Estava dolorido, mas ela estava mais do que úmida e foi deslizando e eu sentindo aquilo me penetrar.

Comecei a rebolar e a subir e descer, me acostumando e cada vez mais rápido. Já fazia o pinto dele sumir dentro de mim e estava delicioso. Me sentia livre, solta e só pensava em sexo. Suas mãos apertavam a minha bunda me enchendo de prazer. Cansamos da posição e ele pediu que eu ficasse de quatro no sofá.

Veio por trás de mim e enfiou, sem dó. Gemi de prazer e também, sendo sincera, de dor. Começou um vai e vem lento, depois alternava com momentos de muita velocidade e força, com outros de suavidade. Não sei quanto tempo ele ficou metendo em mim, até que….

Eu não sei de onde veio tamanho tesão. Acho que estava escondido por muito tempo. Minha respiração aumentou, meu coração disparou, começaram várias contrações e um sentimento de prazer como nunca havia sentido me invadiu. Era intenso e eu fui ficando mole, descontrolada. De repente, minha vagina começou a esguichar com um prazer ainda mais intenso e ele retirou o pinto.

Sinceramente eu não sabia o que estava acontecendo. Estava morta de vergonha por ter urinado nele, mas sentindo um prazer inigualável.

– Desculpe…. – Disse eu – Isso nunca me aconteceu antes…. Ai que vexame…

– Calma… – falou ele com muita serenidade – Você teve um squirt, ou melhor, simplesmente você ejaculou e isso é normal.

Como ejaculei? Até então eu achava que esta história de ejacular era montagem dos filmes. Agora, garanto a vocês meninas que é real e bom. Depois de alguns minutos para baixar todo o prazer que senti, me ajoelhei na frente do meu vizinho e comecei a chupar novamente o seu pinto.

Agora estava meia bomba, mas fui sugando e sentido enrijecer na minha boca. Eu tinha que compensar todo o prazer que ele me proporcionou, então caprichei. Com meus lábios envolvi a cabecinha dele, fazendo a minha língua deslizar. Beijava as laterais indo até o saco e voltava roçando os meus lábios, para então abocanhar novamente.

Ouvia os suspiros e gemidos dele e isto me dá muito prazer. Chupei, chupei, chupei até sentir aquilo pulsando e tirei a boca, recebendo os jatos de esperma quente no rosto.

Levantei-me e fui ao banheiro para me lavar. Logo entrou com uma toalha na mão para me oferecer e me perguntou se eu queria mais. Disse que não e fui saindo do banheiro quando ele me abraçou por trás e uma de suas mãos pegou no meu seio. Senti seu pinto meia bomba encostando na minha bunda e ele perguntou novamente:

– Tem certeza de que não quer mais?

Certeza eu não tinha, mas um sentimento de culpa começou a martelar a minha cabeça. Resolvi vestir a minha roupa e ir embora. No meu apartamento comecei a pensar em tudo o que havia acontecido. Embora estivesse feliz havia um sentimento de remorso e foi aí que decidi repensar tudo na minha vida.

Refleti durante dias, os prós e contras de tudo o que aconteceu comigo e cheguei à conclusão que seria mais feliz sozinha do que continuando um casamento onde, por anos, houve tanto desrespeito, egoísmo, mal tratos, desvalorização e tantas outras coisas.

Conversei com meu, agora, ex-marido e expus que queria me separar. Não sentia mais nada por ele e não havia porque continuarmos juntos. Ele tentou argumentar, mas fui irredutível. Vendo que não tinha mais volta, ainda me perguntou se eu tinha arrumado outro.

A minha vontade era dizer que sim, para que ele se sentisse um corno, mas acabei dizendo que não. Fiz isso porque me arrependi do ato que cometi, pois deveria ter me divorciado primeiro.

Mas enfim, o final do ano chegou, não estou mais casada e estou muito feliz, só não sei se vou continuar o meu relacionamento com meu vizinho. Acho que só foi uma aventura.

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4 Comentários

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  • Responder Telegram GatoOmar ID:gp1adjk0b

    Telegram @GatoOmar
    Eu gosto Gatinhas.

  • Responder Herman ID:8d5zzggd9i

    São coisas da vida, isso acontece. Mas você só confirmou a profecia do seu marido, era puta só ainda não sabia!

  • Responder Vantuil OB ID:bf9lcywt0j

    Conversa fiada. Amor de pica é que fica. Com certeza vai dar outras vezes pro vizinho. Conta…

  • Responder Barba73 ID:xgmw07v1

    Queria ser seu vizinho !