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Sequestro

2135 palavras | 8 |3.47
Por

História de como eu e meu amigo fomos sequestrados e abusados

Olá, espero que estejam todos bem. Me chamo Paulo (fictício) hoje tenho 37 anos, sou cadeirante desde o nascimento e o que irei relatar aqui, aconteceu comigo e meu amigo Bruno (também fictício) quando tínhamos por volta de 16 (eu) e 19 (ele)
Somos amigos de infância, nos conhecemos desde que eu e meu pai, com quem moro, viemos morar no bairro. Nunca fui de fazer amizade com facilidade, Sempre fui tímido.
No período do fim da tarde, sempre ficava com meu pai na frente da nossa casa, olhando o movimento, os meninos brincarem e etc. Numa dessas tardes estava Bruno jogando futebol com os outros meninos, quando sentiu sede e perguntou a meu pai

– Tio, o Senhor me dá um copo com água? Minha mãe saiu, tô sem chave

Meu pai então, como um homem muito bondoso que sempre fora, prontamente respondeu

– Claro, rapaz! Você passa um olho aqui no meu garotão enquanto eu pego?
– Olho sim, tio. Deixe comigo

Meu pai entrou pra pegar a água e Bruno então tenta puxar conversa comigo. Me comprimento com um soquinho

– E aí, beleza?

Eu, tímido, dou um sorrisinho de canto e respondo

– Blz…
– Qual teu nome? – Pergunta Bruno
– é Paulo – respondo

Bruno então me dá um tapinha no ombro

– O meu é Paulo. Se quiser posso te levar mais lá pra frente, pra ficar mais perto da gente

Nisso meu pai vai voltando com a água pra Bruno e intervém

– Eu bem que tento fazer ele se enturmar mas ele não ajuda

Os dois riem, Bruno bebe a água e volta pra o jogo

– Tem certeza que não quer ir?
– Não, valeu – respondo

Com o passar do tempo, eu e Bruno vamos ficando amigos. Ele me buscava pra jogar videogame na sua casa, vinha jogar xadrez na minha… ficamos bem amigos.
Fomos crescendo, meu pai foi pegando confiança de me deixar sair com ele, íamos ao cinema, shopping, praia… pra Bruno era como se eu nem fosse cadeirante, ou como ele mesmo diz até hoje

– A cadeira é só sua forma de se locomover, uai

Um dia estava eu com meus 16 anos e Bruno com 19, ele então chega aqui em casa

– Oi, tio, cadê o Paulinho?
– Tá lá no quarto, não sai daquele computador
– Deixe comigo, que vou tirar ele de lá agora!

Bruno então bate na porta

– Tá aberto, pai – Respondi pensando ser meu pai
– Pai? Nem idade pra isso eu tenho, cai fora!

Brincou Bruno entrando e me dando um abraço

– Tô suado, pô
– Besteira… vim te buscar pra a gente ir no aniversário do meu primo
– Mas eu nem conheço ele
– E o que é que tem? Tu vai comigo
– De penetra?
– Como meu convidado
– Quem já viu isso? Convidado não convida – Indaguei
– Bora simbora, rapaz, vai tá cheio de gatinha lá
– Tá bom, vou pedir a meu pai
– Ele já deixou ( meu pai vai entrando no quarto
– Não foi, tio?

Os anos passaram e Bruno nunca deixou de chamar meu pai de tio, mesmo depois de crescido.
Meu pai gostava muito dele, era como se já fosse da família

– Vou ajudar ele no banho, pode esperar lá na sala?

Falou meu pai

Posso ajudar em alguma coisa, tio?

Não, vai lá pra sala ver TV – falei eu

Bruno levanta as mãos como que se rendendo

– Sim, Senhor e vai pra a sala.

Pouquinho depois, já de banho tomado vou até a saída com meu pai

– Trás ele antes de anoitecer, por favor? – pede meu pai

– Trago sim, tio. Pode deixar

Bruno então me ajuda a entrar no carro, põe minha cadeira no porta malas e seguimos pra vá festa conversando bobagem.

Chegando lá, a festa é um churrasco, Bruno me ajuda a sair do carro, procuramos uma mesa e ficamos por lá.
Refrigerante vai, refrigerante vem, carne vai, carne vem… começa a chover

– É melhor a gente ir, tá ficando tarde. E se essa chuva engrossar?

Bruno concorda

Vamos, falei pra o tio que ia te deixar em casa antes do anoitecer.

Então pegamos a estrada e nem imaginávamos que nosso pesadelo estava pra começar.
No meio da estrada, de repente damos de cara com um tronco no meio da pista, impedindo a passagem do carro, Bruno então desce pra tirar, quando de repente é abordado por três homens armados, com a camisa cobrindo o rosto

– Bora bora bora, deita no chão! Assalto assalto, playboy.

Nesse momento já estou no carro em desespero, de cabeça baixa e as mãos pra cima.
Um fica apontando a arma pra meu amigo deitado no chão, enquanto os outros dois seguem pra me abordar no carro

– Desce, boy, sai do carro

Eu literalmente travo, não sei como reagir

Bruno grita

– Ele é cadeirante, deixa meu irmão em paz

Então o que estava vigiando Bruno deitado o manda levantar e o vem trazendo até o carro com a arma apontada pra sua cabeça.
A essa altura do campeonato já estou chorando. Os caras ordenam que Bruno me tire do carro e me ponha deitado no chão, de costas, e ele o faz.
Me pega no colo, fala no meu ouvido
– fica calmo, vai ficar tudo bem. Eu tô aqui

Conhecendo Bruno, é claro que eu sabia que ele estava com mais medo que eu e estava falando aquilo só pra me acalmar.
Bruno então me deita no chão, como o mandaram, mandam então que ele deite ao meu lado.
Temos nossos pertences levados e as mãos amarradas pra trás.
Os três passam um tempo dentro do carro, imaginávamos que iriam levar o carro e nos deixar ali, amarrados, mas não. Os três descem do carro, mandam Bruno se levantar e o colocam no porta malas. Nesse instante começo a chorar copiosamente, implorando pra que não façam nada com ele ( nem pensei em mim ) com Bruno já amarrado e com os olhos vendados com um pedaço da sua camisa que fora rasgada, dentro do porta malas, os três seguem em minha direção e fazem o mesmo, rasgam minha camisa e vendam meus olhos. Os três tem uma certa dificuldade pra me levantar do chão onde estava amarrado, mas me põem no porta malas junto com meu amigo Bruno.
Ouvimos então o porta malas se fechar, três batidas de porta ( os três entrando no carro) e seguimos por um tempo que não sei especificar quanto, só sei que parecia uma eternidade. Bruno chorava de soluçar, eu, com o mesmo medo mas tentei acalma lo, como outrora ele avia feito comigo

– Calma, eu tô aqui. Vai ficar tudo bem

Mesmo que dentro de mim eu não tivesse essa certeza

Depois de um tempo rodando, sinto o carro parar. O porta malas então é aberto dois dos caras me tiram, um segurando pelos pés e outro pelo tronco enquanto ouço uma voz mandando Bruno descer também. Pelo barulho dos passos, pisando em folhagens, senti que estávamos em uma área de mata. Uma porta ê aberta, com ringuir de porta velha.aparentemente entramos numa casa, pois a sobra na venda dos meus olhos volta a escurecer. Sou coloca sentado no chão, encostado a uma parede e tenho a venda arrancada dos meus olhos. Vejo então os trás caras, que continuam com a camisa cobrindo o rosto, Bruno é jogado no chão, ao meu lado, ficamos então ali, sentados um ao lado do outro, amarrados. Os três caras saem do ambiente e nos deixam trancados.
Bruno então olha pra mim:

– Tá com medo?
– Não, tô com meu irmão do meu lado

Lembro que ao ver os caras indo em minha direção, Bruno falou
“Deixa meu irmão em paz”
E era como a gente se tratava mesmo, como irmãos. As horas começam a passar e naturalmente, minha fralda descartável começa a chegar na hora de trocar, então começa a vazar

– Cé fez xixi na calça, mano

Fala Bruno meio espantado, sem reação

Abaixo a cabeça envergonhado e começo a chorar. Nunca havia falado com Bruno que usava fralda descartável, achava aquilo super humilhante.
A porta é aberta e um dos caras entra com pão e um copo de plástico que parecia ter alguma bebida em uma bandeja e na outra mão, um balde, no qual ele ironicamente falou

– esse aqui é o banheiro de vocês, não vou tá levando ninguém no banheiro, ainda mais um Aleijado

Gargalhou quando me viu com a calça molhada de urina

– Pelo visto alguém aqui nem vai precisar, né? Hahahaha

Os outros dois, ouvindo aquela gargalhada entram pra ver o que está acontecendo

– Hi…oh lá, o cara tá todo mijado hahaha

Os três riem muito e eu apenas choro, me sentindo humilhado

– Deixem ele, por favor – Bruno intervém

É quando leva um murro na boca e cai deitado no meu colo.
Os caras sentam Bruno novamente, desamarram as mãos dele, o mandam ficar de pé, e sádicos falam

Tira as calças dele! Vamo jogar uma água nisso, pra tirar esse fedor de mijo.

Aquilo parecia um pesadelo. Meu amigo que, até outrora só Havia me visto no máximo sem camisa, iria me me de fralda descartável e pior, poderia me ver nu.
Eu só chorava…
Bruno se ajoelhar próximo a mim, envergonhado, citando, pede

– Me perdoa, irmão

Eu só balanço a cabeça de forma afirmativa e não paro de chorar.

– posso desamarrar ele? – pergunta Bruno
– NÃO! – responde um dos três, de forma ríspida

Bruno então me deita no chão com todo cuidado, ainda amarrado e começa descer minha calça.
Bruno se depara com a fralda e fica sem reação, com o rosto vermelho.
Os três caras, ao me ver de fralda começam a rir sem postar

– porra, a gente trouxe um bebê, que merda
– isso vai dar mó ttabalheira
– vai nada! Deixa ele pelado aí. Arranca essa fralda fedida e deixa ele pelado

E é o que fazem, arrancam minha fralda, deixando à mostra um pau morto, pequeno, com uma “coroinha” de pelos pretos e aparados por meu pai em volta.
Nunca me senti tão humilhado na vida. Bruno envergonhado, tenta não olhar pra mim, vira o rosto. É quando amarram novamente suas mãos e o jogam sentado no mesmo lugar, até que um dos caras fala:

– será que esse outro também usa fralda? Bora ver hahaha

Então arranca a bermuda de Bruno, deixando aparecer uma cueca box preta que também é arranhada

– vai ficar nu também, pra não ter inveja do irmão

Fala um dos caras, arrancando a cueca de Bruno e exibindo um pau mole, visivelmente grande mesmo mole, com mais pelos que o meu. Pegam então um balde d’água e jogam em mim, pra tirar o cheiro de urina.

Depois somos deixados nus, amarrados um ao lado do outro.
Eu, como sempre chorando.
Bruno querendo transparecer força mas visivelmente assustado também. Ficamos em silêncio, sem olhar um pra outro, envergonhados por estarmos nus até que caímos no sino, dormimos ali mesmo, sentados, amarrados. Um com a cabeça no ombro do outro

Até que somos acordados com muito barulho de sirene e uma gritaria enorme

– POLÍCIA!!!

Atordoados, somos resgatados , levados a delegacia, onde meu pai e os pais do Bruno já estavam a nossa espera

– Me perdoa, tio, eu falhei

Fala Bruno pra meu pai, chorando muito

Meu pai o abraça forte e responde

– Calma filho, tá tudo bem agora. Passou…
Tenho certeza que você foi forte e cuidou do seu amigo…

Interrompo dizendo

– Amigo não. Ele cuidou do irmão, não é, Bruno?

Bruno então me abraça forte, como nunca havia antes

– é isso aí, tio. Cuidei do meu irmãozinho…

Hoje em dia não tenho mais meu pai, sou independente, moro só, e tenho Bruno como um irmão.
O filhinho dele me chama até de tio.

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8 Comentários

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  • Responder MG85 ID:gsv3mk9zm

    Não achei ruim, apenas é uma introdução do que ainda há por vim. Continue e adicione mais detalhes picantes.

  • Responder D ID:5pbartu1b0c

    muito RUIM

    • Anjo escarlate ID:2ql0lbmv2

      Conto incrível

    • Urso34 ID:1v7f4ov4

      Cara entro no site pra gozar e saiu chorando, sacanagem velho!.

  • Responder anônimo ID:5pbartu1b0c

    péssimo conto!

  • Responder R ID:w72k77d0

    Eu gostei bastante da história… Um pouco diferente, mas gostei. Felicidades pra você e o Bruno 😊

  • Responder G ID:81rfqgzb0j

    Lixo de conto

    • Lucca ID:h5hrb79hi

      ? Nada a ver